Pneumonias Agudas na Infância Flashcards Preview

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Flashcards in Pneumonias Agudas na Infância Deck (12)
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1
Q

Fisiopatologia

A

Colonização VA superior -> microaspiração -> inflamação com recrutamento PMN.
Inflamação -> fibrose -> hepatização -> opacidade no Rx

Se restrito a um lobo = pneumonia lobar.
Se difuso = BCP

Pode haver disseminação hematogênica = maior gravidade.

2
Q

Fatores de risco para complicações

A
  • faixa etária (RN, lactentes jovens)
  • estado nutricional/baixo peso
  • imunodepresão
  • desmame precoce
  • comorbidades (pneumopatas, asma, cardiopatas, Sd Down, anemia falciforme)
  • prematuridade
  • IVAS de repetição
  • tabagismo pasivo/poluição
  • sazonalidade patógenos
  • virulência patógenos.
3
Q

Etiologias

A
  1. RN
    - S agalactiae (pode haver também contaminação intra-útero, principal causa de sepse neonatal precoce = até 7 dias).
    - Chlamydia tracchomatis
    - Gram negativos entéricos (E coli, Klebsiella)
    - S aureus -> comunidade, sepse tardia.
  2. Lactentes (> 28d)
    - Chlamydia trachomatis (somente no canal de parto) -> processo inflamatório lento e perene (predileção pelo interstício), precedido por conjuntivite neonatal (3a semana)
    - vírus respiratórios (VSR, Influenza, metapneumo, adeno, rinovirus)
    - Pertussis: fase paroxística = pneumonia, com quadro arrastado, linfocitose (reação leucemoide = maior mortalidade).
    - H influenzae (5 meses a 5 anos)
    - S pneumoniae
    - S aureus - menos frequentes, associado a pneumonias gravem em < 1a.
  3. Pré-escolares (1 a 5)
    - S pneumoniae
    - S pyogenes = forma necrotizante
    - H influenzae
    - vírus
  4. Escolares/adolescentes
    - S pneumoniae
    - Mycoplasma (a partir de 5 anos)
    - Chlamydophila pneumoniae

Em todas as idades: M tuberculosis - Sd lobo médio.

4
Q

Pneumonia afebril do lactente

A
  • quadro mais arrastado: taquipneia, ausculta normal, hipoxemia.
  • Chlamydia trachomatis (história corrimento vaginal materno, parto vaginal, conjuntivite neonatal)
  • Outros agentes: Ureaplasma urealyticum, CMV (lnmegalia, hepatomegalia), pneumocystis jirovecii (mãe HIV +).
  • dissociação clínico-radiológica
  • eosinofilia
5
Q

Diagnóstico

A
  • clínico
    Vômitos podem indicar hipóxia - gastroparesia por vasoconstrição periférica.
    Gemência indica colapso alveolar - Sd desconforto respiratório
6
Q

Exames complementares

A
  1. Na suspeita de pneumonia, fazer Rx para buscar complicações.
    USG tórax: quantificar derrames.
    TC: pneumonias complicadas com evolução desfavorável.
  2. Hemograma
    Casos graves - Sd desconforto respiratório -> anemia
    Suspeita coqueluche
    Leucocitose PMN pode ser viral, ex. influenza.
  3. Marcadores inflamatórios
  4. Hemocultura em caso de bacteremia ou pneumonia complicada.
  5. Cultura aeróbia do derrame pleural - mandatório punção dx (exceto se < 10 mm) com análise bioquímica.
    Empiema - pH < 7,1, glicose < 40 ou 2/3 sérica, DHL < 1000 ou bacterioscopia +
    Se for empiema, tem que drenar.
    Após punção, Rx controle.
7
Q

Quando internar?

A
  • menores de 3 meses
  • sinais de toxemia
  • comorbidades, imunodeprimidos
  • pneumonias complicadas
  • repercussão hemodinâmica
  • Sd desconforto respiratório
  • hipoxemia (SO2< 92%)
  • falha tratamento ambulatorial/baixa aderência
  • dx prévio (< 2 meses) de sarampo, varicela ou coqueluche.
8
Q

Tratamento

A
  1. RN
    - penicilina (ampicilina) e amicacina (aminoglicosídeo para cobrir GN)
    - oxa + amicacina se > 2 dias de idade
    - cef 3a (cefotaxima melhor, porque ceftriaxone = barro biliar)
  2. Lactente jovem
    - macrolídeo se suspeita de Chlamydia
    - oxa + amicacina ou cef 3a
  3. Lactentes/pré-escolares - ambulatorial
    - amoxi por 5-7 dias
    Se após esse período sem melhora -> repetir Rx e checar adesão. Se complicação, internar. Se não, trocar ATB por
    amoxi + clav ou claritromicina
    - macrolídio
  4. Crianças maiores - internada
    - ampicilina
    - amp + sulbactam
    - macrolídeo

PAL - Macrolídeos: azitro > claritro > eritro (EHP)
Coqueluche - eritro 1a escolha.

tempo de tratamento: sem complicações 7-10 dias.
complicada: 10-14 dias.

9
Q

Complicações

A
  • derrame pleural
    Cd: < 1cm ou < 1/4 tórax - ATB EV
    1/4 e 1/2 - ATB EV e punção de alívio e análise líquido.
    > 2/3 tórax - drenagem imediata (só dreno ou dreno + fibrinolítico ou VATS), além do ATB.

ATB - se BEG, peni cristalina
se uso prévio de ATB ou toxemia, ceftriaxone
Febre pode persistir por 1 sem mesmo com ttmento adequado.

  • abcesso pulmonar: TC para quantificar secreção. T: normalmente, clínico.
  • pneumatocele: tratamento conservador, cavidade sem parede própria.
  • pneumonia necrotizante: rara, S pyogenes.
  • pneumotórax

Por prevalência - pneumococo
virulência - S aureus.

10
Q

Imunização

A
  • pneumo 10 valente (conjugada): 2, 4 e 6 meses.
    Reforço com 1 ano.
  • Haemophilus (penta): 2, 4 e 6 meses.
    Reforço com 15 meses e 4 anos.
  • DTP (penta)
    Após 4 anos de idade, reforço a cada 10 anos.
  • Influenza anual a partir dos 6 meses - 2 doses com intervalo de um mês e depois anual.
11
Q

Quando suspeitar?

A

Diante de um quadro de tosse ou dificuldade respiratória e taquipneia.

12
Q

Paciente > 3 meses com PNM sem melhora

A
  • se recebendo amoxi 72h sem melhora/com piora, fazer RX
  • se complicar = internação
  • sem complicar: ver idade
    < 5: amoxi+clav (dobrar dose pra pegar pneumo intermediário + produtores de betalactamase - haemophilus e moraxella)
    > 5: claritro (deve ser pnm por atípicos)