Portugues Flashcards

1
Q

Leia o texto, para responder à questão.

Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.

O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive matando.

 A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.

Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e, consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.

Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de orgulho intelectual para o matador.

Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação cotidiana do lado perverso do ser humano.

Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o amor.

(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)

As expressões copiosamente, mansuetude e filantropia, destacadas no segundo parágrafo, têm antônimos, correta e respectivamente, em:
Alternativas
A
restritamente … insolência … altruísmo
B
limitadamente … violência … misantropia
C
prolixamente … decrepitude … solidão
D
estritamente … inclemência … compartilhamento
E
chorosamente … brandura … isolamento

A

LETRA B.

COPIOSAMENTE: amplamente, abundantemente, muito, assaz, bastante, abrangentemente, extensamente, extensivamente, largamente, generosamente, grandemente, vastamente. De forma abundante: profusamente, excessivamente, fartamente, sobejamente, numerosamente, ricamente.

Antônimo = limitadamente, pouco, diminuto, escasso, conciso, raro, moderado.

MANSUETUDE: meiguice, afeição, afetividade, afeto.

Antônimo = violência, brutalidade, excitamento, ansiedade, excitação.

FILANTROPIA: desprendimento, generosidade para com outrem; caridade, beneficência, ajuda, altruísmo, amparo, auxílio.

Antônimo = misantropia, aborrecimento, antipatia, aversão, crueldade, desumanidade.

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Q

Leia o texto, para responder à questão.

  Malandro, preguiçoso, astuto e dado a ser fanfarrão: eis a figura do Arlequim. Sedutor, ele tenta roubar a namorada do Pierrot, a Colombina.

  Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa.

  Toda escola tem arlequim entre alunos e professores. Todo escritório tem o grande “clown”. Há, ao menos, um tio arlequinal por família. Pense: virá a sua cabeça aquele homem ou mulher sempre divertido, apto a explorar as contradições do sistema a seu favor e, por fim, repleto de piadas maliciosas e ligeiramente canalhas. São sempre ricos em gestos de mímica, grandes contadores de causos e, a rigor, personagens permanentes. Importante: o divertido encenador de pantomimas necessita do palco compartilhado com algum Pierrot. Sem a figura triste do último, inexiste a alegria do primeiro. Em toda cena doméstica, ocorrem diálogos de personagens polarizadas, isso faz parte da dinâmica da peça mais clássica que você vive toda semana: “almoço em família”. 

  O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre com as algemas do decoro. Aqui vem uma maldade extra: ele nos perdoa dos nossos males por ser, publicamente, pior do que todos nós. Na prática, ele nos autoriza a pensar mal, ironizar, fofocar e a vestir todas as carapuças passivo-agressivas porque o faz sem culpa. O Arlequim é um lugar quentinho para aninhar os ódios e dores que eu carrego, envergonhado. Funciona como uma transferência de culpa que absolve meus pecadilhos por ser um réu confesso da arte de humilhar.

  Você aprendeu na infância que é feio rir dos outros quando caem e que devemos evitar falar dos defeitos alheios. A boa educação dialogou de forma complexa com nossa sedução pela dor alheia. O que explicaria o trânsito lento para contemplar um acidente, o consumo de notícias de escândalos de famosos e os risos com “videocassetadas”? Nossos pequenos monstrinhos interiores, reprimidos duramente pelos bons costumes da aparência social, podem receber ligeira alforria em casos de desgraça alheia e da presença de um “arlequim”. Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a humilhação que não seria permitida a eles pelo hospedeiro e, tranquilos, voltam a dormir na alma de cada um até a próxima chamada externa.

  Olhar a perversidade do Arlequim é um desafio. A mirada frontal e direta tem um pouco do poder paralisante de uma Medusa. Ali está quem eu abomino e, ali, estou eu, meu inimigo e meu clone, o que eu temo e aquilo que atrai meu desejo. Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios como única chance de mantê-los sob controle. Quando não consigo, há uma chance de eu apoiar todo Arlequim externo para diminuir o peso dos meus.

  O autoconhecimento esvazia o humor agressivo dos outros. Esta é minha esperança.

(Leandro Karnal, A sedução do Arlequim. O Estado de S.Paulo, 26.12.2021. Adaptado)

Assinale a afirmação correta acerca das expressões astuto e fanfarrão, em destaque no primeiro parágrafo do texto.
Alternativas
A
Astuto tem como antônimo espertalhão; fanfarrão tem como sinônimo palhaço.
B
Astuto tem como sinônimo velhaco; fanfarrão tem como sinônimo destemido.
C
Astuto tem como sinônimo matreiro; fanfarrão tem como antônimo comedido.
D
Astuto tem como antônimo tolo; fanfarrão tem como antônimo bravateiro.
E
Astuto tem como sinônimo sabichão; fanfarrão tem como antônimo bufão.

A

GABARITO: C

Vamos lá. Com calma e perseverança, conseguiremos.

a) Astuto tem como antônimo espertalhão (E); fanfarrão tem como sinônimo palhaço (E). → Errado.

Astuto é o contrário de espertalhão? Não, pessoal. É a mesma coisa. São sinônimos, não antônimos. Por aqui você já elimina.
Fanfarrão é a mesma coisa que palhaço? Não. Fanfarrão é aquele cara que gosta de contar vantagem, que conta bravatas, que alardeia coragem sem ser corajoso. Palhaço é aquele que causa mofa (=zombaria), risos, gracejos etc.
b) Astuto tem como sinônimo velhaco (C); fanfarrão tem como sinônimo destemido (E). → Errado.

Astuto é a mesma coisa que velhaco? Sim. Astuto é aquele cara esperto; que não se engana facilmenfe e que gosta de enganar a todos: é o malandro. Velhaco é o sujeito traiçoeiro, que engana outra pessoa.
Fanfarrão é a mesma coisa que destemido? Não. Leia a 2 da A para fanfarrão. Destemido é o corajoso, e não o que conta vantagem sem a ter.
c) Astuto tem como sinônimo matreiro (C); fanfarrão tem como antônimo comedido (C). → Correto.

Astuto é a mesma coisa que matreiro? Sim. Matreiro é aquele cara que é astuto no que quer (esperto, malandro etc.)
Fanfarrão é o contrário de comedido? Sim. Comedido é o indivíduo prudente. Aquele que age com cautela, sensato e ajuizado. É o contrário do fanfarrão, que diz ter o que não tem.
d) Astuto tem como antônimo tolo (C); fanfarrão tem como antônimo bravateiro (E). → Errado.

Astuto é o contrário de tolo? Sim. Astuto = esperto/malandro; tolo = indivíduo pateta/parvo/pascácio.
Fanfarrão é o contrário de bravateiro? Não. É a mesma coisa. Fanfarrão = aquele que diz ter qualidades que não tem; bravateiro = aquele que conta bravatas (ostentar qualidades que não tem/arrogante).
e) Astuto tem como sinônimo sabichão (C); fanfarrão tem como antônimo bufão (E). → Errado.

Astuto é a mesma coisa que sabichão? Sim. Você já entendeu o que isso significa rsrs.
Fanfarrão é o contrário de bufão? Não. Bufão é aquele que nos causa graça (aquele que faz rir): é o palhaço; o bobo da corte.

➥ Complementando com três palavras perigosas que a VUNESP já cobrou:

Latente: todo mundo usa com sentido de “evidente” (é latente o descaso na rodovia = é evidente o descaso na rodovia), mas isso está errado. Pessoal, latente NÃÃÃÃO é sinônimo de evidente. É justamente o contrário: latente signfica oculto, encoberto (perigo latente = perigo oculto). Tome cuidado!! Para dizer que algo é evidente, use patente.
Alvissareiro: promissor (trago notícias alvissareiras)
Vaticinar: fazer adivinhação (não tem nada a ver com vacinar rsrs): aprendeu ciências ocultas e passou a vaticinar.

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Q

Leia o texto, para responder à questão.

  O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia, apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.

  Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando etimologia.

  O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam trancadas. É pouco?

  Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.

  O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.

  Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.

  Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.

  Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

  O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.

  No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais. 

  Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

  Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era rezar. Está valendo. 

(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)

Considere a passagem:

  “Mesmo” essa acepção, “como”vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico bastante popular que a palavra carrega “há”décadas. No século passado, tornou-se possível “falar em” “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.  

Os termos destacados na passagem transcrita podem ser corretamente substituídos por:
Alternativas
A
Inclusive … tal qual … faz … referir-se à
B
Igualmente … segundo … fazem … referir ao
C
Até … conforme … faz … referir-se a
D
Precisamente … conforme… fazem … referir-se a
E
De fato … tal qual … faz … referir-se à

A

GABARITO: C

“Mesmo essa acepção (1), como vimos (2), tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico bastante popular que a palavra carrega há décadas (3). No século passado, tornou-se possível falar em (4) “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

Vamos lá:

  1- Pessoal, esse "mesmo" nos dá a ideia de inclusão, adição: ele é uma palavra denotativa de inclusão (até, inclusive, mesmo, também etc.). Veja que podemos falar: "inclusive/até essa acepção tinha seu lado escuro". Por aqui, você não elimina muitas. Vamos continuar?

  2- O "como" pode possuir diversos sentidos. No do texto, ele é uma conjunção subordinativa conformativa (equivale a segundo, de acordo com etc.), observe: "mesmo essa acepção, conforme vimos (de acordo com o que vimos) tinha seu lado escuro". Aqui eliminamos as alternativas A e E.

  3 - O examinador quis que você substituísse o verbo haver, com sentido de existir, pelo verbo fazer, com o mesmo sentido. Lembre-se: o verbo fazer, quando possui sentido de EXISTIR, não varia! Ele é IMpessoal, isto é, NÃO possui sujeito e, por isso, fica no singular. Veja:

Fazem três anos que não a vejo (x);
Faz três anos que não a vejo (✓).
➥ Por isso, o correto é: “faz décadas”. Eliminamos as alternativas B e D e ficamos com o gabarito.

  4 - "referir-se A vírus" ou "referir-se À vírus"? Foram essas as opções que o examinador nos deu. O correto, pessoal, é "referir-se A vírus", pois, quando temos palavras masculinas (o vírus), NÃO há crase, exceto se a palavra "à moda de" estiver implícita. Ex.: "usava sapatos À Luís XVI" → "usava sapatos À MODA DE Luís XVI".

➥ Agora, a gente marca o gabarito, beleza?

c) Os termos destacados na passagem transcrita podem ser corretamente substituídos por Até … conforme … faz … referir-se a.

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Leia o texto, para responder à questão.

  O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia, apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.

  Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando etimologia.

  O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam trancadas. É pouco?

  Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.

  O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.

  Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.

  Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.

  Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

  O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.

  No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais. 

  Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

  Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era rezar. Está valendo. 

(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o autor emprega exclusivamente palavras em sentido próprio.
Alternativas
A
Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava.
B
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam trancadas.
C
Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.
D
Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.
E
Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos permite “dominar os arcanos da álgebra”.

A

GABARITO: E

Quando você se deparar com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:

Sentido figurado (conotativo/abstrato/alegórico): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra)
Sentido próprio (denotativo/lógico/objetivo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho)
Macete:

Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário

➥ Devemos procurar nas alternativas o sentido PRÓPRIO:

a) Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. → Errado. Você já viu um vírus hibernar? Dormir profundamente? Não. Sentido figurado.
b) O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam trancadas. → Errado. Quem aqui já viu o estudo abrindo janelas? Ninguém. Sentido figurado, conotativo.
c) Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas. → Errado. Você já pegou rsrs. Metáfora venenosa se encontra no campo alegórico, abstrato. Temos, portanto, sentido figurado.
d) Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas. → Errado. Sentido figurado.
e) Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos permite “dominar os arcanos da álgebra”. → Correto. Por eliminação, aqui não há palavra em sentido figurado. Apenas há o sentido próprio. Lembrando que arcano significa misterioso, enigmático. Quando o autor diz “dominar os arcanos da álgebra”, quis dizer que ter o tal conhecimento não nos permitirá dominar os mistérios, os enigmas da álgebra. Aqui, há a presença de palavras em sentido próprio: o sentido que o dicionário dá à palavra (a pedra é dura), sem conotação.

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Q

Nada é de graça e, se for, desconfie

    A Muralha da China não é vista da Lua, e a tomada do padrão antigo não vai voltar. Se você acreditou em notícias falsas como essas, eu sei como elas chegaram até você: de graça, por meio das redes sociais, de sites gratuitos de “notícias”.

    Informação de qualidade não tem como ser de graça, pois existe algo inexorável no mundo da comunicação: conteúdo de qualidade custa. Jornalismo custa. E alguém precisa pagar a conta.

    No Brasil, por décadas, a liberdade – e a qualidade – do jornalismo foi garantida por um modelo que se viu ameaçado nos últimos anos.

    O modelo funciona assim: clientes contratam agências de propaganda, que anunciam nos veículos, que, por sua vez, podem investir em jornalismo isento, contratando bons profissionais.

    Por que esse modelo é tão importante?

    Primeiro: ele garante o fortalecimento das agências e a qualidade do conteúdo da propaganda.

    Segundo: a publicidade ajuda a garantir a independência econômica (que traz a independência de opinião) dos veículos de comunicação.

    Terceiro: países onde a imprensa não recebe investimento privado e depende do governo têm a sua democracia ameaçada.

    Mas veio a revolução das redes sociais e todo mundo virou youtuber, blogueiro, digital influencer. O investimento publicitário começou a migrar para esses novos canais, muito mais pulverizados.

    Ao contrário do que se sonhava nas faculdades de jornalismo, essa revolução não democratizou a informação, popularizando os meios de comunicação. Na verdade, ela sucateou a informação e ameaçou o jornalismo de verdade. E as fontes de fake news foram se espalhando, impulsionadas por likes e compartilhamentos.

    Agora, o mundo percebeu que as fake news não eram tão inofensivas assim. E essa reflexão começou a trazer resultados. Os mais espertos passaram a procurar fontes melhores para se informar.

    Nos EUA, o hábito de leitura de jornais tradicionais, na versão impressa ou digital, aumentou entre as faixas etárias mais jovens.

    Aqui, em 2016, os onze maiores jornais registraram um crescimento de 16,6% em assinaturas digitais, segundo o IVC (Instituto Verificador de Comunicação).

    Com a volta dos assinantes, uma verdade fica cada vez mais clara: o que é de graça não funciona. Conteúdo de qualidade custa. Mas é uma ótima relação custo-benefício. Benefício para o mercado e para a sociedade.

(Mario d’Andrea. Folha de S. Paulo, 26.09.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta a respeito da expressão destacada no trecho do texto.
Alternativas
A
Em – … a tomada do padrão antigo não vai voltar … –, está em sentido figurado, significando conector elétrico.
B
Em – … pois existe algo inexorável no mundo da comunicação … –, está em sentido próprio, significando implacável.
C
Em – … um modelo que se viu ameaçado nos últimos anos … –, está em sentido figurado, significando paradigma.
D
Em – … começou a migrar para esses novos canais … –, está em sentido próprio, significando promover.
E
Em – Na verdade, ela sucateou a informação … –, está em sentido figurado, significando onerou.

A

a) Em – … a tomada do padrão antigo não vai voltar … –, está em sentido figurado, significando conector elétrico.

Incorreto. A palavra está em sentido literal, denotativo. Sem transtornos, com uma leitura breve, nota-se que “tomada” não é substantivo, e sim uma forma nominal do verbo “tomar” que está substantivada;

b) Em – … pois existe algo inexorável no mundo da comunicação … –, está em sentido próprio, significando implacável.

Correto. O adjetivo “inexorável” está mesmo no sentido literal, denotativo e encerra o significado trazido pela banca;

c) Em – … um modelo que se viu ameaçado nos últimos anos … –, está em sentido figurado, significando paradigma.

Incorreto. Está em sentido literal, denotativo;

d) Em – … começou a migrar para esses novos canais … –, está em sentido próprio, significando promover.

Incorreto. Está em sentido figurado, conotativo, significando “mudar; sair”;

e) Em – Na verdade, ela sucateou a informação … –, está em sentido figurado, significando onerou.

Incorreto. O verbo “sucatear” está mesmo em sentido figurado, porém com sentido distinto de “onerar”. No contexto presente, “sucatear” encerra sentido de “arruinar”, ao passo que “onerar” relaciona-se com gastos, despesas.

Letra B

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Q

A ditadura do algoritmo

        Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.

       Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano.

        Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido.

        No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios da pessoa.

        Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.

1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/

a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

Considere o seguinte trecho do 5º parágrafo:

… pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação….

Nesse contexto de leitura, estão empregadas em sentido figurado as seguintes palavras:

Alternativas
A
imagens e incentivo.
B
camuflada e armadilhas. 
C
agradáveis e pensamento.
D
alinhado e anseios.
E
criam e interpretação.
A

GABARITO: B

➥ Quando você se deparar com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:

Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra)
Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho)
Macete:

Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário

➥ Analisando a frase, encontramos o sentido figurado, simbólico apenas nas palavras da alternativa B:

b) camuflada e armadilhas. → Correto.

“… pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios”

➥ Certo. Ninguém vai ficar realmente “camuflado”, como um soldado. O autor empregou o termo para dizer que a intenção das redes é mascarada (outra palavra no sentido figurado). Ela vem por outro meio: imagens fofinhas, frases de motivação etc. A intenção se apresenta por meio de sorrelfas (dissimulações, disfarces).

“… tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação….”

➥ Certo! Mesmo pensamento da anterior. Ninguém realmente criará “armadilhas”. O termo foi empregado no sentido simbólico, figurado.

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7
Q

A ditadura do algoritmo

        Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.

       Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano.

        Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido.

        No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios da pessoa.

        Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.

1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/

a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

No texto, apresentam sentido equivalente os termos destacados na passagem:
Alternativas
A
Por ser jurássico (1)na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador(2)… (1º parágrafo)
B
Desenvolvi (3) vários, mas, até hoje, nunca esperei (4) que algum deles ficasse feliz ou triste com algo… (1º parágrafo)
C
… uma inteligência artificial interpreta (5), aprende e provoca (6) contínua e quase naturalmente emoções humanas… (3º parágrafo)
D
Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência (6), pois o perfil de consumo (7) também é mapeado… (4º parágrafo)
E
A ausência do contraditório (8), da discrepância e do discordante (9)infantiliza qualquer relação… (último parágrafo)

A

GABARITO: E

➥ É uma questão para você encontrar o sinônimo. O examinador só não usou estas palavras.

a) Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador… (1º parágrafo) → Errado. Jurássico é o mesmo que programador? Não. Sentidos diferentes.
b) Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste com algo… (1º parágrafo) → Errado. Desenvolver algo é a mesma coisa que esperar algo? Não. O sentido não é o mesmo.
c) … uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emoções humanas… (3º parágrafo) → Errado. Interpretar algo é o mesmo que provocar algo? Não. Sentidos diferentes.
d) Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo também é mapeado… (4º parágrafo) → Errado. Acho que você já pegou a onda rsrs. Ter experiência de algo não é a mesma coisa que consumir algo. Sentidos diferentes
e) A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação… (último parágrafo) → Correto. Ser contraditório quer dizer ser discordante? Sim. Concordante é aquilo que concorda. Discordante é aquilo que discorda de algo, é contraditório. Os termos são sinônimos. É o nosso gabarito.

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Leia o texto para responder a questão.

Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um introvertido extremado, que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que sites da internet ou jogando videogames violentos. Seu desempenho escolar havia despencado para um punhado de notas baixas, e ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas cibernéticas.

    [...]

Em menos de uma semana, Sara gingava para lá e para cá, exibindo abertamente a tatuagem, e, de quebra, uma argola no nariz, para dramatizar sabe-se lá qual afirmação. As duas semanas de castigo que recebeu por essa estupidez serviram apenas para deixá-la mais insolente e distante.
(James C. Hunter. De volta ao mosteiro)
Considerando o contexto, os vocábulos destacados no texto – extremado e insolente – têm, respectivamente, sentido de
Alternativas
A
competente, imprudente.
B
destacado, polida. 
C
revoltado, reverente.
D
exagerado, desrespeitosa.
E
consumado, cortês.
A

GABARITO: D

Significado:

Extremado: Distinto entre muitos; insigne; excelente, perfeito: escritor extremado, virtudes extremadas.
Insolente: Que age com desrespeito, de maneira desrespeitosa; malcriado.

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Leia o texto para responder a questão.

Febre mundial, abacate ficou mais valioso que petróleo e gerou até tráfico

Você pode até não suspeitar (1), mas o abacate que amadurece na sua fruteira está valendo mais do que petróleo. Na verdade, vive-se uma verdadeira obsessão (2) mundial por ele. Há mais de uma variação da fruta fazendo sucesso em cima da torrada dos hipsters1 , na sobremesa das famílias tradicionais, sendo usado como condimento e indo parar em pratos requintados nos restaurantes.
Segundo a avaliação de quem é da área, uma mudança em hábitos alimentares e em maneiras de preparo ajudou a popularizar o abacate. Os preços dispararam, gerando lucros para além de crises econômicas e sociais em todo o mundo.
Na Nova Zelândia e na Austrália, onde crimes beiram a zero, surgiram verdadeiras redes de tráfico da fruta. No ano passado, as autoridades neozelandesas interferiram até mesmo em um mercado paralelo.
Já no México, líder mundial na produção, a exportação da fruta já é mais lucrativa do que o petróleo, com mais de 1 milhão de toneladas saindo do país, de acordo com o próprio governo mexicano.
Mas, por quê? “Antes se entendia que o abacate era uma fruta gordurosa, que engordava. Hoje acontece uma desmistificação, que é uma fruta saudável”, analisa Jonas Octávio, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Abacate (ABPA). Segundo ele, além da pegada fitness2 que a fruta assumiu, o público passou a testar também versões salgadas do abacate, como o guacamole.

(https://noticias.bol.uol.com.br. Adaptado)

1 Hipster: Alguém que pensa e se veste diferentemente do que é moda dominante.

2 Fitness: Relativo à boa condição física.
Considere as passagens:
•  Você pode até não suspeitar (1)… (1o parágrafo);
•  Na verdade, vive-se uma verdadeira obsessão (2) mundial por ele. (1o parágrafo);
•  … uma mudança em hábitos (3) alimentares e em maneiras de preparo… (2o parágrafo).
No contexto em que estão empregados, os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
A
desconfiar … compulsão … costumes
B
acreditar … interesse … regras
C
pressentir … motivação … comportamentos
D
entender … atenção … crenças
E
adivinhar … descaso … manias

A

alternativa: A

suspeitar- verbo transitivo direto ou indireto. Tem como significado de sinônimo: lançar, acusar, desconfiar, etc.

Obsessão- substantivo feminino. Tem como significado: compulsão, necessidade, perseguição, etc.

hábitos-substantivo masculino. Tem como significado: manias frequente, costumes, etc.

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Leia o texto para responder à questão.

Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história humana.

A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e da presença física faz com que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença do outro e, consequentemente, não se coloque no lugar dele.

A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo perfeito exposto na mídia social gera uma concorrência, uma competição que resulta em duelo, e isso cria um individualismo que, com o tempo, passa a ficar impregnado no indivíduo.

O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro saiba minha azeda verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, não é de verdade.

Ama-se tanto a si mesmo e promove-se tanto o amor próprio que esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito.

Não admitimos que somos apenas humanos. Temos vidas fictícias fragmentadas em momentos e apenas nos alegra o impacto que isso causa no outro. 

(Fabiano de Abreu – A geração que não consegue se colocar no lugar do outro. www.deabreu.pt/artigo – acesso em 11.12.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que consta palavra empregada com sentido figurado.
Alternativas
A
Estamos vivendo o maior individualismo…
B
A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal…
C
Não admitimos que somos apenas humanos…
D
… não quero que o outro saiba minha azeda verdade…
E
… esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito.

A

GABARITO: D

Quando você se deparar com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:

Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra)
Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho)
Macete:

Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário

O sentido figurado nós encontramos na D:

d) … não quero que o outro saiba minha azeda verdade… → Pessoal, a verdade não é azeda, de fato. O autor utilizou o sentido figurado para dizer que a verdade é dura. Usando a sabedoria popular: A verdade dói.

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Leia o texto para responder à questão.

Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história humana.

A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e da presença física faz com que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença do outro e, consequentemente, não se coloque no lugar dele.

A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo perfeito exposto na mídia social gera uma concorrência, uma competição que resulta em duelo, e isso cria um individualismo que, com o tempo, passa a ficar impregnado no indivíduo.

O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro saiba minha azeda verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, não é de verdade.

Ama-se tanto a si mesmo e promove-se tanto o amor próprio que esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito.

Não admitimos que somos apenas humanos. Temos vidas fictícias fragmentadas em momentos e apenas nos alegra o impacto que isso causa no outro. 

(Fabiano de Abreu – A geração que não consegue se colocar no lugar do outro. www.deabreu.pt/artigo – acesso em 11.12.2019. Adaptado)

Na frase – Temos vidas fictícias fragmentadas (*) em momentos... –, a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por
Alternativas
A
anexadas.
B
operadas.
C
divididas.
D
alienadas.
E
compostas.
A

GABARITO: C

Fragmentado é o mesmo que dividido.

Dicionário: reduzir a ou fazer-se em fragmentos; fracionar(-se), quebrar(-se).

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Leia o texto para responder à questão.

Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história humana.

A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e da presença física faz com que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença do outro e, consequentemente, não se coloque no lugar dele.

A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo perfeito exposto na mídia social gera uma concorrência, uma competição que resulta em duelo, e isso cria um individualismo que, com o tempo, passa a ficar impregnado no indivíduo.

O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro saiba minha azeda verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, não é de verdade.

Ama-se tanto a si mesmo e promove-se tanto o amor próprio que esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito.

Não admitimos que somos apenas humanos. Temos vidas fictícias fragmentadas em momentos e apenas nos alegra o impacto que isso causa no outro. 

(Fabiano de Abreu – A geração que não consegue se colocar no lugar do outro. www.deabreu.pt/artigo – acesso em 11.12.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta o antônimo da palavra destacada no trecho:

“… isso cria um individualismo que … passa a ficar impregnado (*) no indivíduo.”.

Alternativas
A
fresco
B
desagregado 
C
compreendido
D
entranhado
E
infiltrado
A

GABARITO: B

Meus amigos, atenção!! Estas questões são perigosas. Quem diz: “Ah, são fáceis. Nem vou treinar” acaba errando no dia da prova. Em geral, o examinador coloca uma palavra em negrito e outras nas alternativas. Quem faz muita questão liga o automático e sai procurando o sinônimo, não é? rsrs. Rebobine seu cérebro agora e pense: Quando eu vir essa estrutura (negrito + palavras na alternativa), vou circular o que ele pede. Amém! rsrs

Aqui ele perguntou qual é o ANTÔNIMO.

➥ Impregnado é o mesmo que entranhado, isto é, fazer penetrar um corpo líquido, por exemplo, em algo. Ex.: “uma chuva fina mansamente impregnava a terra”. O contrário, que é o pedido, é desagregado, isto é, aquilo que foi separado em partes; decomposto em suas partes constitutivas.

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Leia o texto para responder à questão.

Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história humana.

A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e da presença física faz com que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença do outro e, consequentemente, não se coloque no lugar dele.

A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo perfeito exposto na mídia social gera uma concorrência, uma competição que resulta em duelo, e isso cria um individualismo que, com o tempo, passa a ficar impregnado no indivíduo.

O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro saiba minha azeda verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, não é de verdade.

Ama-se tanto a si mesmo e promove-se tanto o amor próprio que esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito.

Não admitimos que somos apenas humanos. Temos vidas fictícias fragmentadas em momentos e apenas nos alegra o impacto que isso causa no outro. 

(Fabiano de Abreu – A geração que não consegue se colocar no lugar do outro. www.deabreu.pt/artigo – acesso em 11.12.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que as frases se equivalem quanto ao sentido.
Alternativas
A
Não quero que o outro saiba a minha verdade. / Prefiro compartilhar minha verdade com o outro.
B
Estamos vivendo o maior individualismo da história humana. / A humanidade pratica hoje um egocentrismo considerável.
C
O mundo perfeito que se vê nas mídias sociais dificilmente gera competição. / As redes sociais promovem vidas impactantes a partir da competição.
D
A presença física entre as pessoas incentiva a busca da felicidade real. / A empatia e o acolhimento entre as pessoas são características da falta de verdade.
E
Somos apenas seres humanos. / Temos vidas fictícias fragmentadas.

A

GABARITO B - Estamos vivendo o maior individualismo da história humana. / A humanidade pratica hoje um egocentrismo considerável.

(4)

(0)

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Leia o texto de Marcos Rey, para responder à questão.

O coração roubado

Eu cursava o último ano do primário e como já estava com o diplominha garantido, meu pai me deu um presente muito cobiçado: “O coração”, famoso livro do escritor italiano Edmondo de Amicis, best-seller1 do gênero infantojuvenil. À página de abertura, lá estava a dedicatória do velho com sua inconfundível letra esparramada. Como todos os garotos da época, apaixonei-me por aquela obra-prima, tanto que a levava ao grupo escolar para reler trechos no recreio.
Justamente no último dia de aula, o das despedidas, após a festinha de formatura, voltei para a classe a fim de reunir meus objetos escolares, antes do adeus. Mas onde estava “O coração”? Onde? Desaparecera. Tremendo choque. Algum colega na certa o furtara. Não teria coragem de aparecer em casa sem ele.
Ia informar à diretora quando, passando pelas carteiras, vi o livro bem escondido sob uma pasta escolar. Mas era lá que se sentava o Plínio, não era? Plínio, o primeiro da classe em aplicação e comportamento, o exemplo para todos nós. Inclusive o mais bem limpinho, o mais bem penteadinho, o mais tudo. Confesso, hesitei2 . Desmascarar um ídolo? Então peguei o exemplar e o guardei na minha pasta. Caladão. Sem revelar a ninguém o acontecido.
Passados muitos anos, reconheci o retrato de Plínio num jornal. Advogado, fazia rápida carreira na Justiça.
E, quando o desembargador Plínio já estava aposentado, mudei-me para meu endereço atual. Durante a mudança, alguns livros despencaram de uma estante improvisada. Um deles era “O coração”. Saudades. Havia quantos anos não o abria? Lembrei-me da dedicatória do meu falecido pai. Procurei e não a encontrei. Teria a tinta se apagado? Na página seguinte havia uma dedicatória. Mas não reconheci a caligrafia paterna: “Ao meu querido filho Plínio, com todo o amor e carinho de seu pai”.

(Coleção Melhores Crônicas – Marcos Rey. Seleção Anna Maria Martins. Global, 2010. Adaptado)

1 best-seller: livro que é sucesso de vendas
2 hesitei: fiquei na dúvida

Assinale a alternativa que completa o trecho a seguir sem alterar o sentido do texto:

Reencontrando o livro, lembrei-me da dedicatória do meu falecido pai,…

Alternativas
A
por isso a procurei na página de abertura.
B
depois que a procurei na página de abertura.
C
porém a procurei na página de abertura.
D
embora a procurasse na página de abertura.
E
caso a procurasse na página de abertura.

A

GABARITO: A

Veja o trecho original:

“Lembrei-me da dedicatória do meu falecido pai (.) Procurei e não a encontrei.”

➥ O sentido entre as orações assindéticas (sem síndeto, isto é, sem conjunção) é o de conclusão: Eu me lembrei da dedicatória, portanto fui procurá-la, mas não a encontrei.

➥ Nós podemos substituir por conjunções conclusivas como logo, portanto, por isso, assim, pois, por conseguinte, então, em vista disso etc.

➥ Por isso o gabarito é a letra A:

a) por isso a procurei na página de abertura.

➥ Erro das demais:

b) depois que a procurei na página de abertura. → Errado. O sentido não é o de tempo. É o de conclusão.
c) porém a procurei na página de abertura.→ Errado. O sentido não é o de oposição.
d) embora a procurasse na página de abertura.→ Errado. O sentido não é o de concessão.
e) caso a procurasse na página de abertura.→ Errado. O sentido não é o de condição.

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Leia o texto, para responder à questão.

Retomada com máscara
Com o relativo arrefecimento da pandemia e após quase um ano e meio de restrições, compete ao administrador público a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre as recomendações mais draconianas de especialistas e o compreensível anseio da população e dos agentes econômicos por um retorno à normalidade.
A manutenção de controles muito rígidos, num momento em que a vacinação avança e o número de óbitos cai, pode provocar aflição e desânimo no público, além de agravar os danos sociais.
Já um relaxamento geral tende a suscitar a sensação triunfalista de que a pandemia está vencida e resultar num repique de infecções e mortes, com a consequente retomada das restrições, como se vê em algumas partes do mundo.
O governo paulista começa uma tentativa de encontrar um meio-termo não sem divergências no colegiado de especialistas que assessora a gestão. Conforme anunciado, foram abolidas as limitações de horário e de lotação para estabelecimentos, à exceção de aglomerações em casas noturnas e espetáculos.
A decisão se ampara na redução do número de hospitalizados e no progresso da imunização. A vacinação já atinge com ao menos uma dose 71% dos paulistas, índice semelhante aos de Reino Unido e França.
Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções e 250 mortes por dia. Tampouco deve ser ignorado o avanço da variante Delta, mais contagiosa.
Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras, a mais eficiente medida de prevenção fora a vacina.
A importância cabal do equipamento recomenda um incremento da fiscalização nos estabelecimentos e nas ruas, assim como demanda campanha de conscientização. Deveria ser considerada ainda a distribuição gratuita da proteção em locais de grande circulação.
Por fundamentais que sejam as obrigações do poder público, cabe aos cidadãos também agir com responsabilidade. Só assim se evitará um retrocesso prejudicial a todos.
(Editorial. Folha de S.Paulo. 18.08.2021. Adaptado)
No texto, é empregada em sentido figurado a palavra ou expressão destacada na frase:
Alternativas
A
Com o relativo arrefecimento ()da pandemia e após quase um ano e meio de restrições…
B
… compete (
) ao administrador público a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre as recomendações…
C
A manutenção () de controles muito rígidos, num momento em que a vacinação avança…
D
Já um relaxamento (
) geral tende a suscitar a sensação triunfalista de que a pandemia está vencida…
E
A decisão se ampara (*) na redução do número de hospitalizados e no progresso da imunização.

A

GABARITO: A

Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra)
Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho)
Macete:

Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário

➥ Analisando as assertivas, encontramos o sentido figurado, simbólico apenas na A:

a) Com o relativo arrefecimento da pandemia e após quase um ano e meio de restrições… → Correto. Arrefecer significa esfriar. A pandemia não “esfriará”, de fato. O autor utilizou a palavra para dizer: “Com a relativa diminuição dos casos de Covid-19…”

Arrefecer

esfriar ou provocar o esfriamento de; tornar(-se) frio. “o frio arrefeceu a comida”
figurado • (sentido): desanimar ou provocar o desânimo de; desanimar(-se), desalentar(-se). “a doença fez arrefeceu a sua dedicação”

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Leia o texto, para responder à questão.

Retomada com máscara
Com o relativo arrefecimento da pandemia e após quase um ano e meio de restrições, compete ao administrador público a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre as recomendações mais draconianas de especialistas e o compreensível anseio da população e dos agentes econômicos por um retorno à normalidade.
A manutenção de controles muito rígidos, num momento em que a vacinação avança e o número de óbitos cai, pode provocar aflição e desânimo no público, além de agravar os danos sociais.
Já um relaxamento geral tende a suscitar a sensação triunfalista de que a pandemia está vencida e resultar num repique de infecções e mortes, com a consequente retomada das restrições, como se vê em algumas partes do mundo.
O governo paulista começa uma tentativa de encontrar um meio-termo não sem divergências no colegiado de especialistas que assessora a gestão. Conforme anunciado, foram abolidas as limitações de horário e de lotação para estabelecimentos, à exceção de aglomerações em casas noturnas e espetáculos.
A decisão se ampara na redução do número de hospitalizados e no progresso da imunização. A vacinação já atinge com ao menos uma dose 71% dos paulistas, índice semelhante aos de Reino Unido e França.
Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções e 250 mortes por dia. Tampouco deve ser ignorado o avanço da variante Delta, mais contagiosa.
Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras, a mais eficiente medida de prevenção fora a vacina.
A importância cabal do equipamento recomenda um incremento da fiscalização nos estabelecimentos e nas ruas, assim como demanda campanha de conscientização. Deveria ser considerada ainda a distribuição gratuita da proteção em locais de grande circulação.
Por fundamentais que sejam as obrigações do poder público, cabe aos cidadãos também agir com responsabilidade. Só assim se evitará um retrocesso prejudicial a todos.
(Editorial. Folha de S.Paulo. 18.08.2021. Adaptado)
Na frase – … as recomendações mais draconianas de especialistas… –, o termo em destaque qualifica tais recomendações como
Alternativas
A
indiscutivelmente necessárias.
B
excessivamente rigorosas.
C
inteiramente infundadas.
D
certamente justificadas.
E
seguramente inconvenientes.

A

GABARITO: B

Questão de sinonímia. Vamos lá:

” … as recomendações mais draconianas de especialistas… “ → Recomendações excessivamente rigorosas.

Draconiano:

que ou o que se refere a Drácon, legislador ateniense do sVII a.C.
por extensão: que ou o que é excessivamente rigoroso ou drástico. “contrato draconiano”

➥ Para quem, assim como eu, gosta de descobrir a etimologia das palavras:

      "Drácon (Atenas, c. século VII a.C.) foi um estadista da cidade grega de Atenas. Tornou-se "archon eponymos" (título de nobreza ateniense) em 621 a.C. Político revolucionário para sua época, foi também o primeiro legislador das pólis gregas, famoso por ser excessivamente severo, quando não sanguinário.

      Uma das suas mais importantes ações foi a elaboração de um código de leis ("thesmi", em grego) que serviram como a primeira constituição escrita da cidade de Atenas. As leis concebidas ficaram conhecidas como o "Código de Drácon", cuja redação ocorreu por volta de 620 a.C. e onde, para quase todos os crimes era aplicada a mesma pena, ou seja, a pena de morte, deixando bem clara a sua característica severidade e intransigência.

      Caracterizado por sua imparcialidade, era essencialmente uma legislação considerada muito severa. Assim, o termo "draconiano" logo se tornaria popular, utilizado para qualificar a norma que exacerba o rigor punitivo (...)."
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Q

Leia o texto, para responder à questão.

Retomada com máscara
Com o relativo arrefecimento da pandemia e após quase um ano e meio de restrições, compete ao administrador público a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre as recomendações mais draconianas de especialistas e o compreensível anseio da população e dos agentes econômicos por um retorno à normalidade.
A manutenção de controles muito rígidos, num momento em que a vacinação avança e o número de óbitos cai, pode provocar aflição e desânimo no público, além de agravar os danos sociais.
Já um relaxamento geral tende a suscitar a sensação triunfalista de que a pandemia está vencida e resultar num repique de infecções e mortes, com a consequente retomada das restrições, como se vê em algumas partes do mundo.
O governo paulista começa uma tentativa de encontrar um meio-termo não sem divergências no colegiado de especialistas que assessora a gestão. Conforme anunciado, foram abolidas as limitações de horário e de lotação para estabelecimentos, à exceção de aglomerações em casas noturnas e espetáculos.
A decisão se ampara na redução do número de hospitalizados e no progresso da imunização. A vacinação já atinge com ao menos uma dose 71% dos paulistas, índice semelhante aos de Reino Unido e França.
Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções e 250 mortes por dia. Tampouco deve ser ignorado o avanço da variante Delta, mais contagiosa.
Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras, a mais eficiente medida de prevenção fora a vacina.
A importância cabal do equipamento recomenda um incremento da fiscalização nos estabelecimentos e nas ruas, assim como demanda campanha de conscientização. Deveria ser considerada ainda a distribuição gratuita da proteção em locais de grande circulação.
Por fundamentais que sejam as obrigações do poder público, cabe aos cidadãos também agir com responsabilidade. Só assim se evitará um retrocesso prejudicial a todos.
(Editorial. Folha de S.Paulo. 18.08.2021. Adaptado)
Considere as frases do sexto e sétimo parágrafos, respectivamente: I. Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções… II. Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras…

Assinale a alternativa que identifica corretamente a relação de sentido que os termos destacados estabelecem nos respectivos contextos, e apresenta, nos parênteses, expressões que os substituem adequadamente.
Alternativas
A
I – Contraste (No entanto); II – Comparação (Como).
B
I – Explicação (Porque); II – Conformidade (Desse modo).
C
I – Ressalva (Entretanto); II – Conclusão (Portanto).
D
I – Causa (Como); II – Adição (Ademais).
E
I – Consequência (Logo); II – Concessão (Apesar de que).

A

GABARITO: C

I. Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções…

➥ Temos uma conjunção adversativa, que pode ser substituída por mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, só que, senão (=mas sim), agora, antes, ainda assim.

II. Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras..

➥ Temos uma conjunção conclusiva, que pode ser substituída por logo, portanto, por isso, pois, por conseguinte, então, em vista disso.

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18
Q

Leia o texto, para responder à questão.

McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia. Implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas morais no julgamento da comunidade de que escolhemos participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes no conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito de observações e reconhecer a organização geral da rede da qual participam.
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a esses dispositivos é a “nomobofobia” (do inglês nomobophoby, abreviação de “no-mobile phone phoby”, ou “pavor de ficar sem conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o sentimento de pânico experimentado por um número crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. A informação azul, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno para o espírito.
(Vinícius Romanini, Tudo azul no universo das redes.
Revista USP 92. Adaptado)
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão empregadas em sentido próprio.
Alternativas
A
Implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros…
B
A informação azul, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade…
C
um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a esses dispositivos é a “nomobofobia”…
D
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco viciante…
E
Para achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros…

A

A = Gigantesco nesse caso tem sentido de intensidade o que resulta em sentido figurado

B = Sensibilidade não tem poros

D = redes sociais não tem artérias

E = redes sociais não tem labirintos

GAB C.

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19
Q

Leia o texto, para responder à questão.

A psicanalista Maria Homem diz que o ressentimento é a palavra-chave para ousar compreender o mundo hoje. Luiz Filipe Pondé acredita que o ressentimento faz de nós incapazes de ver algo simples: o universo é indiferente aos nossos desejos; além de destruir em nós a capacidade de pensar e compreender a realidade.
Ressentir-se significa atribuir ao outro a responsabilidade pelo que nos faz sofrer. Como se a culpa do que não somos ou não podemos ser fosse sempre do outro, esse bode expiatório que escolhemos quando não podemos nos haver com nossos próprios limites. Ressentir-se é uma impossibilidade de esquecer ou superar um agravo. Seria uma impossibilidade ou uma recusa?
O ressentido não é alguém incapaz de perdoar ou esquecer, é alguém que não quer esquecer, não quer perdoar, nem superar o mal que o vitimou. O filósofo Max Scheler classifica como “auto envenenamento psicológico” o estado emocional do ressentido, um ser introspectivo ocupado com ruminações acusadoras e fantasias vingativas.
O ressentido é um escravo de sua impossibilidade de esquecer, vivendo em função de sua vingança adiada, de maneira que em sua vida não é possível abrir lugar para o novo; trata-se de um vingativo passivo, e suas queixas contínuas mobilizam, no outro, confusos sentimentos de culpa. Na verdade, ele acusa, mas não está seriamente interessado em ser ressarcido do agravo que sofreu. No ressentido, permanece uma dívida impagável, a compensação reivindicada é da ordem de uma vingança projetada no futuro. O ressentido é um covarde, pois não concede a si mesmo os prazeres da vingança pelo exercício da ação. Esse desejo de vingança recusado é o núcleo doentio do ressentimento nietzschiano. Uma vez que não se permite reagir, só resta ao fraco ressentir.
Por não esquecer, o ressentido não consegue entregar-se ao fluxo da vida presente. A memória é como uma doença, o tempo não pode ser detido, a vontade não pode “querer pra trás”, ou seja, corrigir o curso de suas escolhas passadas.
A solução para o ressentimento não é negá-lo, mas nomeá-lo, informar-se sobre ele, perceber que é impossível não o ter em nós em alguma medida. “Conhece-te a ti mesmo”, foi o conselho dado pelo sábio filósofo Sócrates, no século V a.C. Quem sabe tenhamos a coragem e as ferramentas para compreender essa emoção, e, com isso, podermos nos colocar além do ressentimento. Talvez possamos um dia transformar esse sentimento e, assim, criar um novo modo de estar com o outro.
(Luciana Ribeiro Soubhia, Ressentimento.
Revista Bem-estar, 04-07-2021. Adaptado)
É correto afirmar acerca das palavras destacadas no trecho – O filósofo Max Scheler classifica como “auto envenenamento psicológico” o estado emocional do ressentido, um ser introspectivo ocupado com ruminações acusadoras e fantasias vingativas. – que
Alternativas
A
introspectivo está empregada em sentido figurado; ruminações tem como antônimo irreflexão.
B
introspectivo tem como antônimo extrovertido; ruminações está empregada em sentido figurado.
C
introspectivo tem como sinônimo introvertido; ruminações está empregada em sentido próprio.
D
introspectivo está empregada em sentido próprio; ruminações tem como sinônimo conversações.
E
introspectivo e ruminações estão empregadas em sentido próprio; têm como sinônimos, respectivamente, sisudo e regurgitação.

A

Gabarito na alternativa B

Solicita-se indicação de correta assertiva sobre os termos destacados em:

“O filósofo Max Scheler classifica como “auto envenenamento psicológico” o estado emocional do ressentido, um ser introspectivo ocupado com ruminações acusadoras e fantasias vingativas.”

B) introspectivo tem como antônimo extrovertido; ruminações está empregada em sentido figurado.

O termo “introspectivo” é utilizado como adjetivo sinônimo de “introvertido”, sujeito voltado para seu próprio intimo, sendo antônimo do também adjetivo “extrovertido”.

O termo “ruminação” é a ação praticada por alguns animais de retirar do estomago o alimento já mastigado para uma segunda mastigação. Em sentido figurado é utilizado para indicar uma análise, reflexão, demorada, que é retomada diversas vezes.

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20
Q

Leia o texto para responder à questão.

Ideologia mortal

A cada novo massacre a tiros nos Estados Unidos – e contam-se nada menos que 121 com quatro vítimas ou mais desde 1982 – renovam-se as discussões acerca do controle de armas de fogo no país, cuja legislação acerca do tema é uma das mais permissivas do mundo.
Em 16 de março, um homem assassinou 8 pessoas, 6 delas de origem asiática, na cidade de Atlanta. Dias depois, um atirador abriu fogo num supermercado em Boulder, no Colorado, matando outras dez.
As preocupações atuais vêm estribadas também no crescimento das mortes por armas de fogo em assaltos e brigas domésticas. No ano passado, registraram-se quase 20 mil óbitos por tiros nos EUA, um salto considerável em relação à média de 15 mil óbitos desde 2016.
Embora aponte-se a concorrência de fatores associados à pandemia nos casos específicos desses últimos crimes, estudos mostram que o acesso praticamente irrestrito a pistolas, fuzis e rifles, somado a uma cultura que enaltece sua posse, constitui o agente estrutural por trás do fenômeno.
Foi isso que permitiu que os Estados Unidos se tornassem, de longe, a nação com o maior número de armas per capita do mundo. Em 2018, o país abrigava 393 milhões delas para 326 milhões de habitantes – nada menos que 45% do total em circulação no planeta.
Não obstante a evidente necessidade de cercear tal comércio, pouco ou nada se avançou nas últimas décadas nesse sentido. As resistências ancoram-se numa emenda à Constituição do fim do século 18, que consagra o direito de possuir e portar armas de fogo.
Além disso, sempre que o Congresso ensaia endurecer as regras, o poderoso lobby do setor atua para barrar as iniciativas. Mesmo alterações que poderiam ser feitas sem precisar da concordância do Congresso são consideradas de difícil execução, dados os altos custos políticos envolvidos.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.03.2021. Adaptado)

Considere as passagens do texto: 
•  ... renovam-se as discussões acerca do controle de armas de fogo no país... (1° parágrafo) •  ... somado a uma cultura que enaltece sua posse... (4° parágrafo) •  ... sempre que o Congresso ensaia endurecer as regras... (7° parágrafo) 
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
A
bate-bocas; ignora; sugere.
B
ofensas; propõe; prepara.
C
debates; exalta; tenta.
D
controvérsias; condena; promete.
E
desentendimentos; vangloria; descarta.
A

GAB.: C

Sinônimos

Discussões: desentendimentos; debates; polêmicas.
Enaltece: eleva, elogia, exalta, louva; engrandece.
Ensaia: analisa, explica, tenta, pratica.

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Q

Leia o texto para responder à questão.

Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um introvertido extremado, que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que sites da internet ou jogando videogames violentos. Seu desempenho escolar havia despencado para um punhado de notas baixas, e ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas cibernéticas.

[...]

Em menos de uma semana, Sara gingava para lá e para cá, exibindo abertamente a tatuagem, e, de quebra, uma argola no nariz, para dramatizar sabe-se lá qual afirmação. As duas semanas de castigo que recebeu por essa estupidez serviram apenas para deixá-la mais insolente e distante.

(James C. Hunter. De volta ao mosteiro)

Considerando o contexto, os vocábulos destacados no texto – extremado e insolente – têm, respectivamente, sentido de
Alternativas
A
competente, imprudente.
B
destacado, polida.
C
revoltado, reverente.
D
exagerado, desrespeitosa.
E
consumado, cortês.
A

GABARITO: D

➥ Pessoal, em toda prova da VUNESP vem uma pergunta sobre sinônimos. A dica que te dou é comprar um caderninho bem baratinho e ir anotando as palavras que você desconhece com os respectivos sinônimos. Aqui, eu coloco a palavra e, ao lado, o sinônimo com um exemplo de frase, além, é claro, de ler bastante rsrs.

Se você não tiver para onde fugir, pode tentar interpretar a frase, assim:

“Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um introvertido (PALAVRA PARA SUBSTITUIR), que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que sites da internet ou jogando videogames violentos. “

➥ A gente percebe que o pai está criticando o comportamento do filho. Veja que ele nos diz comportamentos extremos que o filho tomou: Era rebelde e barulhento, e virou introvertido e ______. Veja que ele passou de barulhento para introvertido. De fora para dentro. A substituição só pode ser a D: Introvertido extremado.

“As duas semanas de castigo que recebeu por essa estupide.z serviram apenas para deixá-la mais (PALAVRA PARA SUBSTITUIR) e distante.”

➥ A ideia que o texto traz é que ela ficou de castigo, mas não resolveu nada. Continuou distante e permaneceu como era. Polida, educada, reverente, cortês? Não! Desrespeitosa.

Significado:

Extremado: Distinto entre muitos; insigne; excelente, perfeito: escritor extremado, virtudes extremadas.
Insolente: Que age com desrespeito, de maneira desrespeitosa; malcriado.
➥ Você pode pensar que isso não vale a pena, mas e se vier uma palavra como idiossincrasia, por exemplo. E agora, José? rsrs. Ou você sabe ou você interpreta o contexto.

Obs.: Inclusive esta palavrinha já caiu nesta questão: Q1154407 (VUNESP/Escrivão/PC-BA/2018)

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22
Q

Leia o texto para responder à questão.

Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um introvertido extremado, que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que sites da internet ou jogando videogames violentos. Seu desempenho escolar havia despencado para um punhado de notas baixas, e ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas cibernéticas.

[...]

Em menos de uma semana, Sara gingava para lá e para cá, exibindo abertamente a tatuagem, e, de quebra, uma argola no nariz, para dramatizar sabe-se lá qual afirmação. As duas semanas de castigo que recebeu por essa estupidez serviram apenas para deixá-la mais insolente e distante.

(James C. Hunter. De volta ao mosteiro)

Assinale a alternativa cuja frase apresenta apenas linguagem com sentido próprio.
Alternativas
A
Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde…
B
… que gastava todo o seu tempo livre surfando […] por sites da internet…
C
Seu desempenho escolar havia despencado…
D
… para um punhado de notas baixas…
E
… ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas…

A

GABARITO: A

Sentido conotativo ou figurado: Conto de fadas

É o sentido simbólico que pode ser atribuído a uma palavra → “seu coração é de pedra”
Sentido denotativo ou próprio: Dicionário

É o sentido literal da palavra → “A pedra é dura”
➥ O examinador pediu o sentido PRÓPRIO/DENOTATIVO, logo o correto é a A: “Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde…” → Correto. Sentido próprio da palavra. O autor fala o que a palavra significa de verdade, o que consta no dicionário como seu significado.

Quanto às outras:

(B) … que gastava todo o seu tempo livre surfando […] por sites da internet… → Errado. Sentido figurado. Ninguém surfa na internet.

(C) Seu desempenho escolar havia despencado… → Errado. Sentido figurado. As notas não “despencam” realmente. Quem despenca é fruta (cair da penca).

(D) … para um punhado de notas baixas… → Errado. Sentido figurado. As notas não estão em uma mão, em um punhado (punhado de sal) de fato.

(E) … ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas… → Errado. Sentido figurado. Ele não mergulhou realmente de cabeça.

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23
Q

Leia o texto para responder à questão.

   A atividade física atua como ansiolítico e antidepressivo, pois (*), quando se controla a ansiedade, a insônia e a depressão diminuem consideravelmente. A investigação mostra que “quanto mais (*)  graves foram as queixas de insônia, piores estavam os índices de depressão e tensão e ansiedade dos participantes”, além de apontar que a falta de sono está relacionada com os níveis de “raiva, hostilidade, fadiga, confusão mental e distúrbio total de humor”.
   No entanto (*), os pesquisadores ressaltam que, pela investigação aqui relatada, não se pode deduzir que “o exercício físico foi responsável pelos benefícios descritos neste estudo”; somente se pode “assumir que os fisicamente ativos diferenciaram-se dos inativos”.
(Jornal da USP. https://jornal.usp.br/ciencias/estudo-destaca-a-relacaobenefica-entre-nivel-de-atividade-fisica-e-qualidade-de-vida/)
Os elementos destacados no texto (pois; quanto mais; No entanto) podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido, por, respectivamente:
Alternativas
A
porque; tanto mais; Entretanto.
B
por que; como; Portanto.
C
por que; como; Tanto que.
D
porque; tanto mais; Já que.
E
por que; como; Já que.
A

Gabarito A

sabendo as conjunções adversativas já mata a questão.

No entanto pode ser trocado por Entretanto.

Dica para não esquecer. TOME NO COPO.

Todavia

Mas

Entretanto

NO Entanto

Contudo

Porém.

(146)

(3)

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24
Q
Na frase do primeiro parágrafo – Centros esses que acabam reunindo aglomerações “por concentrarem os serviços”. –, o trecho destacado pode ser reescrito, sem alteração do sentido do texto, como indicado em:
Alternativas
A
visto que concentram os serviços.
B
porém concentram os serviços.
C
embora concentrem os serviços.
D
para que concentrem os serviços.
E
se bem que concentrem os serviços.
A

Leia-se o fragmento textual:

“Centros esses que acabam reunindo aglomerações por concentrarem os serviços.”

A oração destacada é uma subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. Para desenvolvê-la, insere-se um conectivo com valor causal. O único nas opções de resposta que encerra o sentido visado é a locução “visto que”:

“Centros esses que acabam reunindo aglomerações, visto que concentram os serviços.”

Letra A

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25
Q

Assinale a alternativa em que a expressão entre colchetes exprime adequadamente o sentido daquela destacada no trecho.
Alternativas
A
… desenhávamos figuras místicas, como () caçadores dotados de superpoderes, que pareciam auxiliar os homens… [de maneira que]
B
… a busca por um sentido para (
) estar vivo se confunde com o humano… [capaz de]
C
… foi pioneiro ao garantir que, “até mesmo” do ponto de vista da saúde física e mental, vale, sim, a pena. [inclusive]
D
… aqueles que (*) revelavam ter descoberto sentido em sua vida demonstravam também melhores condições de saúde… [onde]
E
… ocorreu o contrário com os que declaravam estar “no máximo em” um processo de busca. [no auge de]

A

GABARITO: C

a) … desenhávamos figuras místicas, como caçadores dotados de superpoderes, que pareciam auxiliar os homens… [de maneira que]

➥ Errado. Veja que o “como” explica as figuras místicas: “a gente desenhava figuras místicas, que pareciam caçadores dotados de superpoderes”. De maneira que é conjunção consecutiva e não pode ser aplicada aqui.

b) … a busca por um sentido para estar vivo se confunde com o humano… [capaz de]

➥ Errado. Esta preposição possui o sentido de finalidade, já que pode ser substituída por A FIM DE, lembra? “…a busca por um sentido A FIM DE estar vivo se confunde com o humano..

Veja que podemos falar: Eu busco um sentido à vida com a finalidade de estar vivo.”

c) … foi pioneiro ao garantir que, até mesmo do ponto de vista da saúde física e mental, vale, sim, a pena. [inclusive]

➥ Correto. Podemos substituir até mesmo por inclusive. Se ficar em dúvida, tente trocar por uma frase menor: “Eu fui comprei X e, ATÉ MESMO, Y. → “Eu comprei X e, INCLUSIVE, Y.”

d) … aqueles que revelavam ter descoberto sentido em sua vida demonstravam também melhores condições de saúde… [onde]

➥ Errado. Onde só poderia ser empregado, se houvesse lugar físico e, além disso, o pronome que precisaria ter preposição pedida pelo verbo, assim: “O consultório em que me consulto é cheio” → “O consultório onde me consulto é cheio”. O consultório é lugar físico e o verbo pede a preposição em, logo a gente emprega o pronome onde.

e) … ocorreu o contrário com os que declaravam estar no máximo em um processo de busca. [no auge de]

➥ Errado. Olha a pegadinha rsrs. No máximo aqui tem sentido de apenas. Exemplo: “Eu estou no máximo dando umas olhadas no caderno… Não estou levando muito a sério…”. Estar apenas em um processo de busca não é o mesmo que estar “no auge de”.

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26
Q
Na passagem – … às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho, ou, antes (*), um gancho, que faz pender a linha destas escrituras e “por conseguinte” a linha do pensamento. –, as expressões destacadas podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido e respectivamente, por:
Alternativas
A
melhor … consequentemente
B
primeiramente … segundo
C
preferencialmente … ademais
D
anteriormente … portanto
E
efetivamente … consecutivamente
A

GABARITO: A

“Às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho, ou, ANTES, um gancho”

➥ Pessoal, veja que, quando o autor emprega este “antes”, ele está retificando um pensamento que usou antes: “Um manuscrito me saiu um garrancho, ou, melhor, um gancho…”

➥ Lembrando que a vírgula deve ser usada para separar termos explicativos, retificativos ou continuativos (por exemplo, ou melhor, isto é, a saber, ou antes, aliás, digo, por assim dizer, além disso…).

Exemplo: “O gerente era muito respeitado, ou melhor, muito temido.” “Ele deve, por exemplo, ouvir mais os seus funcionários.”
“…que faz pender a linha destas escrituras e POR CONSEGUINTE a linha do pensamento. “

➥ Aqui temos o emprego de uma conjunção conclusiva. Elas ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, consequentemente etc.

Obs.: Cuidado para não confundir. Por conseguinte é conjunção conclusiva, e não consecutiva. ;)

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27
Q

Assinale a alternativa em que ambos os verbos destacados estão empregados em tempos que exprimem a noção de possibilidade.
Alternativas
A
… levo () metade do dia a procurar o que se extraviou () na véspera.
B
… às vezes me parece () que, por exemplo, um manuscrito me saiu () um garrancho…
C
… se por acaso eu as houvesse () herdado, não teriam () para mim outro valor…
D
Não, não tentem () ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata () de joias…
E
De que era (*) mesmo que eu “estava” falando?

A

GABARITO: C

A questão trabalhou a identificação de tempos verbais.

Dica: Se o examinador te pedir uma possibilidade, uma hipótese, você vai procurar pelo modo subjuntivo (modo da dúvida) ou pelo futuro do pretérito do indicativo.

Para encontrar o modo subjuntivo tente colocar as palavras: Que (presente), se (pretérito imperfeito) e quando (futuro), assim: Que eu venda, se eu vendesse, quando eu vender…
Para encontrar o futuro do pretérito, lembre-se que ele é o tempo da Maria: venderia, partiria, comeria etc. Geralmente indica hipótese.
Vamos às assertivas:

a) … levo metade do dia a procurar o que se extraviou na véspera. → Errado. Eu levo hoje e se extraviou ontem. Temos o presente e o pretérito perfeito do indicativo, respectivamente.
b) … às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho… → Errado. Me* parece hoje e saiu ontem. Novamente, presente e o pretérito perfeito do indicativo, respectivamente.

  • Aqui há um erro de colocação pronominal rsrs. Sim, eu sei. Mas é melhor falar assim para você entender. Só saiba que é errado, viu? O correto é: “Parece-me…”
    c) … se por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor… → Correto. Opa! Aqui sim. Veja que temos o pretérito imperfeito do subjuntivo (se eu houvesse herdado,….) e o futuro do pretérito do indicativo, tempo da Maria (venderia, partiria etc.): “Se eu herdasse, não teriam para mim outro valor…”

Lembre-se da famosíssima correlação verbal: SSE-RIA: “Se eu pudesse, venderia”. As pessoas falam: “Se eu pudesse, vendia” (errado!)
d) Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata de joias… → Errado. Temos o imperativo negativo (não tentem vocês…) e, do outro lado, há o presente do indicativo: “Não se trata hoje…”

e) De que era mesmo que eu estava falando? → Errado. Nos dois casos, temos o pretérito imperfeito do indicativo. Ele indica uma ação que começou, mas não acabou. Exemplo: “eu vendia chocolates quando o guarda chegou”.

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28
Q
No contexto em que estão empregadas (3o parágrafo), as palavras “imponderáveis” e “transfixar” têm sentido, respectivamente, de
Alternativas
A
consideráveis e repor.
B
impalpáveis e transpor.
C
improváveis e colar.
D
apropriadas e transferir.
E
publicáveis e rabiscar.
A

ALTERNATIVA B

Imponderáveis, nesse texto, tem o sentido de algo não tocável, impalpável, e eu lírico diz ser pensamentos essas tais coisas.

Transfixar tem o sentido do ato de transferir para o papel esses pensamentos.

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29
Q

O trecho em que há palavra(s) empregada(s) em sentido figurado é:
Alternativas
A
… levo metade do dia a procurar o que se extraviou na véspera.
B
Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas…
C
… não teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco a pouco.
D
De que era mesmo que eu estava falando?
E
… pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes me borboleteia na cuca…

A

GABARITO: E

Pessoal, quando vocês se depararem com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:

Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra)
Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho)
Macete:

Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário
➥ Não se esqueça de rabiscar na hora da prova SENTIDO FIGURADO, bem grande, para não confundir. Já vi pegadinhas em que ele cobrava sentido próprio rsrs

Analisando todas as alternativas, chegamos ao gabarito:

e) … pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes me borboleteia na cuca… → Os pensamentos não borboleteiam pela cabeça, pessoal. Ele empregou esta palavra para dizer que os pensamentos vão e vêm, aparecem e desaparecem, quando ele tenta escrever.

Dicio: Borboletear: Ir de um a outro lugar, de uma pessoa a outra, como as borboletas.
Espero ter ajudado.

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30
Q

Considere as passagens do texto:
•  O flagelo () Considere as passagens do texto:
•  O flagelo da fome (título) •  … mais de 34 milhões sofrendo insegurança alimentar aguda (
)… (1° parágrafo) •  O Brasil tem uma responsabilidade humanitária especial para com o povo venezuelano sob o jugo () da ditadura chavista… (4° parágrafo) •  Mas está em seu poder mitigar () as suas repercussões mais catastróficas, como a fome. (último parágrafo)
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
A
angústia; crítica; governo; extirpar.
B
calamidade; grave; sujeição; abrandar.
C
despropósito; vigorosa; opressão; reforçar.
D
padecimento; intensa; autoridade; entender.
E

Considere as passagens do texto:
•  O flagelo da fome (título) •  … mais de 34 milhões sofrendo insegurança alimentar aguda… (1° parágrafo) •  O Brasil tem uma responsabilidade humanitária especial para com o povo venezuelano sob o jugo da ditadura chavista… (4° parágrafo) •  Mas está em seu poder mitigar as suas repercussões mais catastróficas, como a fome. (último parágrafo)
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
A
angústia; crítica; governo; extirpar.
B
calamidade; grave; sujeição; abrandar.
C
despropósito; vigorosa; opressão; reforçar.
D
padecimento; intensa; autoridade; entender.
E
resiliência; crônica; caridade; aplacar.

A

Em questões em que é solicitada a sinonímia (relação de sentido afim entre vocábulos), não há escapatória: para responder com segurança, é necessário leitura, seja de livros, seja de itens semelhantes. Recomenda-se anotar as palavras mais recorrentes e ao redor delas inserir os sinônimos. Tomemos como exemplo um substantivo comum: caixão. Para este, há pelo menos uns três sinônimos: féretro, esquife e ataúde. Pode-se escrever caixão, a palavra mais usual, e, em derredor dela, registrar os sinônimos. Isso serve para verbos, adjetivos e afins.

Flagelo → Em sentido literal, é um instrumento para açoite ou um suplício; em sentido figurado, uma calamidade;

Agudo → Em sentido literal, significa aquilo que tem ponta, é pontiagudo; em sentido figurado, intenso, enérgico, grave;

Jugo → Em sentido literal, define uma peça que se coloca nos bois; em sentido figurado, opressão, sujeição;

Mitigar → Em sentido literal, significa aplacar, diminuir, atenuar, abrandar.

Com isso, responde-se corretamente.

Letra B

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31
Q

A seguinte passagem do texto caracteriza-se pelo emprego de palavra(s) em sentido figurado:
Alternativas
A
Continuamos a acreditar que vivemos numa época em que a tecnologia dá passos gigantes e diários…
B
Desde a invenção do vapor ficou claro que conseguiríamos multiplicar a velocidade dos deslocamentos…
C
Muitos dos problemas que devemos enfrentar hoje têm relação com o aumento do tempo médio de vida.
D
Sabemos muito bem como destruir uma cidade ou como transportar informação a baixo custo…
E
Um jovem pode pensar que o progresso é aquilo que lhe permite enviar recadinhos pelo celular…

A

GABARITO: A

Relembrando:

Sentido CONotativo (figurado) → CONto de fadas → “Seu coração é de pedra”

Uso diferente do original, entendido pelo contexto.
Sentido Denotativo → Dicionário → “A pedra é dura”

Uso da palavra no sentido usual, convencional
Dentre as alternativas, só encontramos o sentido figurado na A:

a) Continuamos a acreditar que vivemos numa época em que a tecnologia dá passos gigantes e diários

→ Correto. A tecnologia não dá “passos gigantes”. A ação de caminhar é própria dos seres vivos.

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32
Q

Apesar dos sentimentos generalizados de interdependência e das mensagens inspiracionais do tipo “estamos todos juntos”, a verdade é que o atual choque sanitário e econômico__________ muito mais__________ para os ___________mais pobres de cada nação e para as nações mais pobres da comunidade global. A crise pode comprometer décadas de esforços dos países em desenvolvimento para tirar as pessoas da miséria e deve intensificar a tendência___________ desigualdade nos países desenvolvidos, que vinha crescendo desde a crise financeira de 2008. Quanto mais a pandemia avança, mais as disparidades vêm_________ tona.

(https://opiniao.estadao.com.br, 11.05.2020. Adaptado)

A última frase do texto permite concluir que quanto mais a pandemia avança, mais as disparidades
Alternativas
A
emergem.
B
encantam.
C
amenizam.
D
confundem.
E
desaparecem.
A

Imergir = afundar, mergulhar, submergir, assim como adentrar, entrar.

Emergir = elevar algo acima do nível da água, subir, vir à tona

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33
Q
Sem alteração do sentido, o título do texto – Nenhum estudante vai perder o ano – está corretamente reescrito em:
Alternativas
A
É certo que muitos alunos perderão o ano.
B
Quaisquer estudantes vão perder o ano.
C
Estudante algum vai perder o ano.
D
Não é qualquer estudante que vai perder o ano.
E
Certos alunos vão perder o ano.
A

O pronome indefinido “algum(a)” equivalerá a “nenhum(a)” quando estiver posposto ao substantivo. Nessa ocorrência, “algum(a)” significará “nenhum(a)”:

a) Mulher alguma (=nenhuma) virá hoje;
b) Todas as crianças, mas adulto algum (=nenhum), receberão presentes.

Letra C

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34
Q

Considere os trechos:

  •   … os educadores “desenharam” um novo planejamento, baseado na experiência inicial e em uma pesquisa realizada com os pais e estudantes. (2o parágrafo)
  •   A terceira fase de mudanças desse ano letivo que se encerra no fim de junho veio com o “reconhecimento” de que muitos estudantes não tiveram acesso a computadores e conectividade… (3o parágrafo)

Os termos destacados significam, correta e respectivamente:

Alternativas
A
impuseram; suposição.
B
elaboraram; verificação.
C
retificaram; compensação.
D
contestaram; aceitação.
E
absorveram; identificação.
A

GABARITO: B

Desenharam no sentido de IDEALIZAR UM PROJETO: ELABORARAM;

Reconhecimento no sentido de AVERIGUAÇÃO: VERIFICAÇÃO.

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35
Q

Que saudade de uma boa multidão de gente desinteressante.

O termo “boa” sinaliza para o sentido de
Alternativas
A
valor questionável.
B
importância ínfima.
C
proporção diminuta.
D
dimensão considerável.
E
aglomeração desprezível.
A

GABARITO: D (O termo “boa” sinaliza para o sentido de dimensão considerável.)

“Que saudade de uma boa multidão de gente desinteressante”

➥ Muito cuidado! Você só deve se atentar a esta parte: “uma boa multidão”. “Bom”, neste caso, desempenha papel adjetivo, qualificando o substantivo multidão. Neste caso, ele carrega o significado da extensão da multidão. É uma boa multidão, uma multidão grande.

Outro exemplo:

Demora muito para chegar?” “Você levará uns bons quilômetros” (muitos quilômetros).

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36
Q

Considere os trechos: •  … melhor observar o “mal-estar” dos fatos polêmicos… (1º parágrafo) •  … não se trata de liberdade de pensamento e é difícil imaginar reflexão de “boa-fé”. (3º parágrafo) Considerando os sentidos do texto e a conformidade com a norma-padrão, cada um dos termos destacados tem como antônimo e flexão no plural, respectivamente:
Alternativas
A
comprazimento; mal-estares / dolo; boas-fés.
B
satisfação; males-estares / respeito; boa-fé.
C
disposição; males-estar / logro; boas-fés.
D
constrangimento; mal-estar / ultraje; boa-fé.
E
aflição; mal-estar / sinceridade; boas-fé.

A

Esta questão requer conhecimento acerca do valor semântico das palavras: sinonímia e antonímia e plural de substantivos compostos.

A questão pede o antônimo e o plural dos substantivos compostos, respectivamente.

Primeiramente, vamos aos sinônimos das palavras destacadas segundo o dicionário eletrônico Houaiss de língua portuguesa.

mal-estar = 1. sensação desagradável de perturbação do organismo; indisposição que não chega a configurar doença; incômodo, indisposição;

  1. estado de inquietação, de aflição mal definida; ansiedade, insatisfação;
  2. situação embaraçosa; constrangimento.

boa-fé = 1. retidão ou pureza de intenções; sinceridade;

  1. convicção de agir ou portar-se com justiça e lealdade com relação a alguém, a determinados princípios etc.;
  2. respeito ou fidelidade às exigências da honestidade ou do que é considerado direito; lisura;
  3. estado de consciência de quem crê, por erro ou equívoco, que age com correção e em conformidade com o direito, podendo ser levado a ter seus interesses prejudicados [Configura uma circunstância que a lei leva em conta para proteger o faltoso das consequências da irregularidade cometida].

Agora, vamos à flexão dos substantivos compostos destacados:

Em mal-estar temos: advérbio (palavra invariável) + verbo substantivado (palavra variável). Nesse caso, somente o segundo elemento varia. O plural é mal-estares.

Em boa-fé temos: adjetivo (palavra variável) + substantivo (palavra variável). Nesse caso, ambos os elementos variam. O plural é boas-fés.

Alternativa (A) correta - “Comprazimento” significa agrado, satisfação, portanto é antônimo de “mal-estar”.

“Dolo” significa manobra ou artifício que se inspira em má-fé, portanto é antônimo de “boa-fé”.

Em relação às flexões no plural, de acordo com a explicação dada, estão corretas.

Alternativa (B) incorreta - Temos antônimo e sinônimo, respectivamente. As flexões no plural estão erradas.

Alternativa (C) incorreta - Temos os antônimos, respectivamente, porém só a flexão de “boa-fé” está correta.

Alternativa (D) incorreta - Temos sinônimo e antônimo, respectivamente. Os substantivos não foram flexionados.

Alternativa (E) incorreta - Temos sinônimos, respectivamente. Além disso, as flexões estão erradas.

Gabarito da Professora: Letra A.

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37
Q

Considere as passagens do texto: •  … melhor observar o mal-estar dos fatos polêmicos à luz da ousadia () pessoal dos influentes que os cometem e da letargia () cívica com que os influenciados reagem a eles. (1° parágrafo) •  Neste artigo olho um período cheio de egolatrias em que ficamos à mercê () da marca do outro. Assim como a gula, apetite sem limite de quem se sente situado no topo () da cadeia alimentar… (2° parágrafo) Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
A
coragem; desencanto; sob a autoridade; começo.
B
atrevimento; prostração; na dependência; ápice.
C
determinação; inércia; à semelhança; fim.
D
petulância; interesse; sob a tutela; entorno.
E
oportunismo; consciência; ao capricho; cume.

A

GAB B

Na primeira opção dava pra confundir com a letra (A), pois ousadia tbm é sinônimo de coragem, mas os sinônimos das duas últimas opções deixa claro que não é a letra (A), Logo sobra apenas a letra (B) como gabarito

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38
Q

O termo destacado na frase “Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.” expressa ideia de
Alternativas
A
dúvida, podendo ser corretamente substituído por “talvez”.
B
tempo, podendo ser corretamente substituído por “hoje em dia”.
C
afirmação, podendo ser corretamente substituído por “certamente”.
D
negação, podendo ser corretamente substituído por “absolutamente”.
E
intensidade, podendo ser corretamente substituído por “completamente”.

A

GABARITO: A

O termo destacado na frase “Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.” expressa ideia de dúvida, podendo ser corretamente substituído por “talvez”.

➥ Quiçá: Que pode ou não acontecer; Possibilidade; Talvez “Quiçá choveu hoje” / “Talvez choveu hoje”

.

Quem é paulistano sabe que esta expressão não é comum em nosso dia a dia, por isso a VUNESP colocou rsrs

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39
Q
O termo destacado na frase “Mais grave, entretanto, é a incúria de empresas e órgãos de controle...” apresenta um sinônimo e um antônimo adequados ao contexto, nessa ordem, em:
Alternativas
A
postura; sujeição.
B
relutância; inação.
C
negligência; atenção.
D
insatisfação; disposição.
E
perspicácia; perseverança.
A

GABARITO: C

Essa você consegue matar de três modos: Pelo conhecimento do vocabulário, interpretando o texto ou voltando à questão 1 da prova.

Vejamos pela interpretação:

“(…) Inexiste na legislação distância mínima a ser respeitada entre barragens e comunidades do entorno.

Mais grave, entretanto, é a incúria de empresas e órgãos de controle que pode levar ao terceiro rompimento de um reservatório de rejeitos em tão pouco tempo.”

Veja o que o texto diz:

Há aquela conduta. Porém, MAIS grave que ela é esta, que poderá levar ao terceiro rompimento. Mas por que a barragem poderá romper? Pela INCÚRIA, pela negligência, pelo “empurrar com a barriga”, pelo “deixar para lá”.

.

Significado de incúria: Falta de cuidado; negligência: “Trata a casa e a família com muita incúria.”

O examinador pediu: Sinônimo e antônimo:

c) negligência (sinônimo de incúria) e atenção (Qual é o contrário de ser negligente? Isto é: Qual é o contrário “deixa pra lá”? É a atenção à causa).

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40
Q

Está empregada em sentido figurado a expressão destacada em:
Alternativas
A
… o estado de Minas Gerais se encontra às voltas com a possibilidade iminente () de mais um desastre do gênero.
B
Desde o fim de abril, porém, a velocidade do deslocamento (
) acelerou-se para 5 centímetros por dia…
C
Já os residentes da área urbana, que receberia a onda de lama em cerca de uma hora, vêm passando por treinamentos de fuga ().
D
Inexiste na legislação distância mínima a ser respeitada entre barragens e comunidades do entorno (
).
E
Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o “horizonte sombrio” da ruptura.

A

GABARITO: E

Quando você se deparar com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:

Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra)
Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho)
Macete:

Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário
Analisando as assertivas, encontramos o sentido figurado, simbólico apenas na E:

e) Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.

→ Não existe “horizonte sombrio”, pessoal rsrs O horizonte é a linha que você vê quando olha ao longe. Ele não é sombrio. É apenas o horizonte.

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41
Q

Assinale a alternativa em que há palavra ou expressão empregada em sentido figurado.
Alternativas
A
Falam-se nas aldeias mais de 150 línguas e dialetos, 2% do total mundial, estimado em cerca de 7000 idiomas.
B
Há 32% de conteúdo genético característico de ameríndios em seus cromossomos.
C
… os negros conquistaram certo espaço na TV e nas capas de revista..
D
No Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é.
E
A pele é morena, pega cor fácil no sol. O cabelo grosso, que já foi mais preto, espeta rápido quando se corta curto.

A

Acredito que não tem como pegar cor NO sol, mas sim pegar cor DO sol.

“Quem pega, pega algo DE alguém”

Gabarito: Letra E.

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42
Q

A máxima da teoria ética da responsabilidade apregoa que somos responsáveis por aquilo que fazemos e reza: “Aja para atingir fins universalistas”. Em vez de aplicar ordenamentos previamente estabelecidos, os agentes priorizam as consequências das decisões e ações. Realizam assim uma análise situacional: avaliam os efeitos previsíveis que uma ação produz; planejam obter resultados positivos para si e para os demais agentes que interagem consigo sem ferir os interesses alheios; e, por fim, ampliam o leque das escolhas quando preconizam: “dos males, o menor” ou quando visam “fazer mais bem ao maior número de pessoas.

(Robert Henry Srour. Ética empresarial)

Nos contextos em que estão empregadas, as palavras “máxima” e “preconizam” significam, respectivamente,
Alternativas
A
suprema e sinalizam.
B
principal e aconselham.
C
fórmula e protestam.
D
preceito e recomendam.
E
clímax e proclamam.
A

Sinônimo da “Máxima”: princípio, pensamento, preceito, dogma, premissa, verdade, conceito, axioma, doutrina, postulado, evidência, truísmo.

Sinônimo de “Preconizar”: aconselhar, recomendar, sugerir, indicar, alvitrar, prescrever, inculcar, pregar, apregoar, evangelizar.

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43
Q

O consulente verá que matar é verbo copiosamente () conjugado por ele próprio, não importa que cultive a mansuetude (), a filantropia (*), o sentimentalismo; que redija projetos de paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive matando.

Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto de acordo com a norma-padrão de concordância, emprego de pronomes, pontuação e regência.
Alternativas
A
A maioria, dos que se espanta com o espetáculo de horror diversificado oferecido pelo mundo de hoje, faria bem se dispusesse do dicionário e utilizasse ele como livro de leitura, diurna e noturna.
B
O estudante faltoso, confessa que matou a aula, o que implica na matança do professor e, além desse, dos conteúdos da aula ministrados por aquele.
C
Conhece-se jogos intelectuais aos quais se pretende, não apenas, sobrepor-se o competidor; mas exterminar-lhe aplicando o xeque-mate.
D
Não é de espantar de que argumentos poderosos nas discussões, torne-se arma de fogo, de grande eficácia letal, matando na cabeça.
E
Sua linguagem lhe prega peças. Pergunta-se por que não diz que está vivendo o tempo, nas horas de ócio e recreação ingênua. Prefere matá-lo a vivê-lo.

A

GABARITO: E

Esta é uma questão muito bacana. Como são muitos erros, vou dividir o comentário em dois, belê? Se você souber identificar cada errinho nesta questão, terá muita chance de acertar uma questão da banca. Vou colocar também várias questões da VUNESP para você treinar e pegar o “jeitinho”. Vamos lá! Sem preguiça:

➥ Lembrando que ele quer concordância, pronomes, pontuação e regência (quase o edital todo, né?).

a) A maioria, (1-x) dos que se espanta (2-✓) com o espetáculo de horror diversificado oferecido pelo mundo de hoje, (3-x) faria bem se dispusesse do dicionário e utilizasse ele (4-x) como livro de leitura, diurna e noturna. → Errado.

1- O examinador separou o núcleo (a maioria) do adjunto (dos que… = daqueles que…). O correto seria: “a maioria dos que se espanta…”;

2- Aqui temos um sujeito partitivo (a maioria de, grande parte de etc.). O verbo pode ficar no singular ou no plural;

3- Com a vírgula, o examinador separou o sujeito (a maioria) do verbo.

4- Pessoal, pronomes retos (eu, tu, ela…) não podem ser objetos diretos de um verbo. O que é o certo, então? Deveríamos usar o “o” para concordar com o dicionário.

➥ O correto seria: “a maioria dos que se espanta com o espetáculo de horror diversificado oferecido pelo mundo de hoje [ ] faria bem se dispusesse do dicionário e O utilizasse como livro de leitura, diurna e noturna.

Questões relacionadas:

Q1855448 (sujeito partitivo);
Q1846268 (pron. reto como objeto direto);

b) O estudante faltoso, (1-x) confessa que matou a aula, o que implica na (1-x) matança do professor e, além desse, dos conteúdos da aula ministrados por aquele. → Errado.

1- Quem confessa que matou a aula? O estudante faltoso. A vírgula não pode separar o sujeito do verbo;

2- O verbo implicar, no sentido de ocasionar, NÃO pede a preposição EM (toda ação implica em uma reação → x; toda ação implica uma reação → ✓). O correto seria: “… o que implica (ocasiona) A matança…”; ATENÇÃO NISSO!

3- Há um errinho quanto ao uso dos pronomes:

Este → Para o referente mais próximo no texto; e
Aquele → Para o referente mais longe no texto.
“Maria e João foram à lanchonete. EstE, pediu hambúrguer. AquelA, batata frita e refrigerante”
➥ O correto seria: “o estudante faltoso [ ] confessa que matou a aula, o que implica A matança do professor e, além daquela (da matança de aula), dos conteúdos da aula ministrados por este (pelo professor)”.

(parte 2):

c) Conhece-se (1-x) jogos intelectuais aos quais (2-x) se pretende, (3-x) não apenas, (3-x) sobrepor-se o (4-x) competidor; mas exterminar-lhe (5- x) aplicando o xeque-mate. → Errado.

1- O que se conhece? Jogos intelectuais. Jogos são conhecidos. O correto seria: “conhecem-se jogos intelectuais”.

2- Pretende-se algo (sobrepor-se ao competidor e exterminá-lo) EM algum lugar (NOS jogos intelectuais).

3- As vírgulas estão separando incorretamente o verbo (pretende-se) de seu objeto direto (pretende-se algo: não apenas isso, mas aquilo) e a conjunção aditiva (não apenas isso, …) de seu complemento, respectivamente.

4- Quem se sobrepõe, no sentimento de “colocar-se acima de/destacar-se”, se sobrepõe A alguém.

5- Quem extermina, extermina alguém. O verbo é TD, logo não cabe o lhe. Como ele termina em R (exterminaR), retiraremos o R e aplicaremos o LO para concordar com “competidor”.

➥ O correto seria: “conheceM-se jogos intelectuais NOS quais se pretende não apenas sobrepor-se AO competidor; mas exterminá-LO aplicando o xeque-mate”.

Força!! Reta final.

d) Não é de espantar de que (1-x) argumentos poderosos nas discussões, (2-x) torne-se (3-x) arma de fogo, (4-x) de grande eficácia letal, matando na cabeça. → Errado.

1- Não é de espantar ISSO (que argumentos poderosos…). O verbo é TD. Não cabe a preposição de. Exemplo em que caberia o de: “tenho a crença DE que vou passar” (tenho a crença DISSO).

2- Vírgula separando o sujeito (argumentos) do verbo (tornem-se).

3- Erro na concordância: quem se torna arma de fogo? Argumentos poderosos. Argumentos tornam-se armas de fogo.

4- A vírgula separa o substantivo (arma de fogo) do adjunto adnominal (de grande eficácia letal). Errado.

➥ O correto seria: “não é de espantar que argumentos poderosos nas discussões tornam-se armas (os argumentos se tornam armas) de fogo de grande eficácia letal, matando na cabeça”.

e) Sua linguagem lhe (1-✓) prega peças. Pergunta-se (2-✓) por que não diz que está vivendo o tempo [,] nas horas de ócio e recreação ingênua (3-✓). Prefere matá-lo a vivê-lo (4-✓) . → Correto.

1- A linguagem prega peças EM alguém (prega peças EM você → LHE prega peças).

2- Pergunta-se o quê? ISSO. ISSO (por que não diz que está vivendo o tempo…) é perguntado. Sujeito oracional leva o verbo para o singular.

3- Aqui temos um adjunto adverbial temporal (pergunta-se algo quando? Nas horas de ócio…). Como ele está na ordem direta (sujeito, verbo, complemento), esta vírgula destacada entre colchetes é facultativa.

4- Quem prefere, prefere algo A alguma coisa.

Lembre-se: não diga “prefiro X do que Y” ou “prefiro mais X do que Y”. Isso cai bastante!!
Questões relacionadas:

44
Q

Para responder à questão, considere a seguinte passagem.

Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, “ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas”, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa.

As afirmações entre parênteses consistem em intervenções do autor pontuando
Alternativas
A
expressões de neutralidade em relação ao assunto.
B
contestação das adjetivações precedentes.
C
retificações de pontos de vista pouco consistentes.
D
acréscimos que expressam comparações.
E
indicações de argumentos mais convincentes.

A

GABARITO: D

➥ Pessoal, observem que o autor a todo momento compara a expressão fora dos parênteses com a dentro deles. Veja:

Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente) → Estou comparando “ser esperto” a “ser mais do que inteligente”;
ressentido (como quase todos nós) → Ele é ressentido, igual a todos nós;
cheio de alegria (como desejamos) → Ele é cheio de alegria, tal qual/assim como todos nós desejamos.
Percebeu? O autor vai comparando: “ah, ele é bonito (como eu gostaria de ser), possui uma casa bonita (igual à que eu queria) etc., etc.

➥ Por isso:

d) As afirmações entre parênteses consistem em intervenções do autor pontuando acréscimos que expressam comparações.

➥ Complementando com a explicação do Pestana:

“Os parênteses são empregados para (funções quase semelhantes aos travessões e às vírgulas):

1- Colocar em relevo certos termos; substitui nestes casos a vírgula ou os travessões

Os professores (amigos meus do curso carioca) vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)
Meninos (pediu ela), vão lavar as mãos, que vamos jantar. (oração intercalada)
  2- Incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação etc.)

Mattoso Câmara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática…
3- Indicar marcações cênicas numa peça de teatro

João - Vou com meu amigo à praia. Tchau, mãe! (sai pela esquerda)

45
Q

Leia a seguinte frase formulada a partir do texto para responder à questão.

  Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais aprenderam novos modos de se aproximar. 

Assinale a alternativa em que a frase reescrita respeita a norma-padrão de emprego da vírgula, mantendo o mesmo sentido do trecho original.
Alternativas
A
Como crianças, brincam sozinhas, uma ao lado da outra, aprenderam com os casais, novos modos de se aproximar.
B
Casais aprenderam como crianças brincam sozinhas, uma ao lado da outra e, novos modos, de se aproximar.
C
Casais aprenderam, como crianças que brincam sozinhas, uma ao lado da outra, novos modos de se aproximar.
D
Crianças que brincam sozinhas, uma ao lado da outra, ensinaram aos casais, como novos modos, podem aproximar.
E
Casais aprenderam, novos modos de se aproximar, como crianças que brincam sozinhas, uma, ao lado da outra.

A

Solicita-se indicação da construção com escorreito emprego de vírgulas e sentido preservado:

“Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais aprenderam novos modos de se aproximar.”

As vírgulas incorretamente postas estão destacadas abaixo. O sentido só é analisado quando correta a pontuação;

A) Como crianças, brincam sozinhas, uma ao lado da outra, aprenderam com os casais, novos modos de se aproximar.

Incorreta. Há grave incorreção no emprego de vírgulas entre sujeito e verbo (crianças brincam) e verbo e complemento (aprenderam novos modos);

B) Casais aprenderam como crianças brincam sozinhas, uma ao lado da outra e, novos modos, de se aproximar.

Incorreta. Há grave incorreção na utilização de dupla vírgula a isolar a expressão “novos modos”, núcleo do segundo objeto direto (aprenderam como crianças brincam e novos modos de…);

C) Casais aprenderam, como crianças que brincam sozinhas, uma ao lado da outra, novos modos de se aproximar.

Incorreta. Não são encontrados erros de pontuação, mas há grave alteração de sentido.

Na construção original temos oração subordinada adjetiva explicativa (como crianças, que brincam sozinhas), ao passo que aqui encontramos oração subordinada adjetiva restritiva (como crianças que brincam sozinhas).

Em termos práticos, a natureza da oração altera sobremaneira o sentido da passagem:

“(…) como crianças, que brincam sozinhas (…) - a utilização de oração explicativa nos revela que crianças, todas, brincam sozinhas;

“(…) como crianças que brincam sozinhas (…) - a oração restritiva, por seu turno, indica grupo certo, falamos aqui apenas das crianças que brincam sozinhas, mas há outras;

D) Crianças que brincam sozinhas, uma ao lado da outra, ensinaram aos casais, como novos modos, podem aproximar.

Incorreta. Há grave equivoco na separação de verbo e complementos e de elementos dentro do complemento (ensinaram aos casais como novos modos podem aproximar);

E) Casais aprenderam, novos modos de se aproximar, como crianças que brincam sozinhas, uma, ao lado da outra.

Incorreta. Há grave equivoco no emprego de vírgulas para separar verbo e complemento (aprenderam novos modos) e termos dentro da expressão adverbial (uma ao lado da outra).

Gabarito da banca na alternativa C

46
Q

Assinale a alternativa que analisa, correta e respectivamente, o emprego do travessão duplo e dos dois-pontos nas passagens – a [história] do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas. / Foi a primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.
Alternativas
A
Inclusão de comentário / complementação de informação anterior.
B
Inclusão de retificação / repetição de informação anterior.
C
Inclusão de informação / explicação de passagem anterior.
D
Inserção de dado novo / retificação de informação anterior.
E
Inserção de informação contraditória / ratificação de informação anterior.

A

GABARITO: C

1º trecho: “a [história] do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos [– e entre os –] idiomas”.

➥ Aqui, pessoal, com o emprego do travessão duplo, o autor está incluindo, acrescentando uma informação. É como se ele dissesse: “olha, o mecanismo infeccioso opera dentro dos idiomas e também opera entre os idiomas”. Ele não está rEtificando, isto é, corrigindo, como diz a B, nem acrescenta uma informação contraditória, como diz a E. Essas duas, portanto, estão fora.

Vamos olhar a próxima:

2º trecho: “foi a primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável[ : ] fazer sucesso na internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais”.

➥ E se eu parasse você na rua para lhe dizer apenas isto: “um membro da família ganhou sentido positivo, invejável” e, depois, virasse as costas e fosse embora? Isso não faria sentido. Eu precisaria pelo menos te explicar, né? rsrs. Nessa situação, você logo falaria: “ei, calma aí, meu amigo! Como assim ‘sentido positivo’? Faça o favor de me explicar isso daí”, eu diria: “o sentido positivo que ele ganhou foi/significa fazer sucesso na internet, ser replicado etc., etc.”. Percebeu que eu defini o termo anterior? Esse é o sentido dos dois-pontos nessa frase.

➥ Portanto:

c) emprego do travessão duplo: Inclusão de informação / emprego dos dois-pontos: explicação de passagem anterior.

Quanto à diferenciação trazida pelo examinador na D e na E: retificar x ratificar

Retificar → corrigir: ele retificou o comentário preconceituoso.
Ratificar → confirmar: o eleitor ratificou seu voto ao apertar o botão verde da urna.

47
Q

Nada é de graça e, se for, desconfie

    A Muralha da China não é vista da Lua, e a tomada do padrão antigo não vai voltar. Se você acreditou em notícias falsas como essas, eu sei como elas chegaram até você: de graça, por meio das redes sociais, de sites gratuitos de “notícias”.

    Informação de qualidade não tem como ser de graça, pois existe algo inexorável no mundo da comunicação: conteúdo de qualidade custa. Jornalismo custa. E alguém precisa pagar a conta.

    No Brasil, por décadas, a liberdade – e a qualidade – do jornalismo foi garantida por um modelo que se viu ameaçado nos últimos anos.

    O modelo funciona assim: clientes contratam agências de propaganda, que anunciam nos veículos, que, por sua vez, podem investir em jornalismo isento, contratando bons profissionais.

    Por que esse modelo é tão importante?

    Primeiro: ele garante o fortalecimento das agências e a qualidade do conteúdo da propaganda.

    Segundo: a publicidade ajuda a garantir a independência econômica (que traz a independência de opinião) dos veículos de comunicação.

    Terceiro: países onde a imprensa não recebe investimento privado e depende do governo têm a sua democracia ameaçada.

    Mas veio a revolução das redes sociais e todo mundo virou youtuber, blogueiro, digital influencer. O investimento publicitário começou a migrar para esses novos canais, muito mais pulverizados.

    Ao contrário do que se sonhava nas faculdades de jornalismo, essa revolução não democratizou a informação, popularizando os meios de comunicação. Na verdade, ela sucateou a informação e ameaçou o jornalismo de verdade. E as fontes de fake news foram se espalhando, impulsionadas por likes e compartilhamentos.

    Agora, o mundo percebeu que as fake news não eram tão inofensivas assim. E essa reflexão começou a trazer resultados. Os mais espertos passaram a procurar fontes melhores para se informar.

    Nos EUA, o hábito de leitura de jornais tradicionais, na versão impressa ou digital, aumentou entre as faixas etárias mais jovens.

    Aqui, em 2016, os onze maiores jornais registraram um crescimento de 16,6% em assinaturas digitais, segundo o IVC (Instituto Verificador de Comunicação).

    Com a volta dos assinantes, uma verdade fica cada vez mais clara: o que é de graça não funciona. Conteúdo de qualidade custa. Mas é uma ótima relação custo-benefício. Benefício para o mercado e para a sociedade.

(Mario d’Andrea. Folha de S. Paulo, 26.09.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta a respeito da pontuação empregada no texto.
Alternativas
A
No primeiro parágrafo, as aspas enfatizam o sentido positivo da palavra notícias: … por meio de redes sociais, de sites gratuitos de “notícias”.
B
No terceiro parágrafo, os travessões ressaltam o sentido ambíguo da palavra qualidade: … a liberdade – e a qualidade – do jornalismo…
C
No quarto parágrafo, os dois-pontos introduzem um termo já definido anteriormente: O modelo funciona assim: clientes contratam agências de propaganda…
D
No sétimo parágrafo, os parênteses apresentam um contra-argumento: garantir a independência econômica (que traz a independência de opinião)…
E
No último parágrafo, os dois-pontos inserem a conclusão referente a considerações feitas previamente: … uma verdade fica cada vez mais clara: o que é de graça não funciona.

A

GABARITO - E

Com a volta dos assinantes, uma verdade fica cada vez mais clara: o que é de graça não funciona. Conteúdo de qualidade custa. Mas é uma ótima relação custo-benefício. Benefício para o mercado e para a sociedade.

__________________________________________________

Os dois pontos podem ser utilizados para:

I) Introduzir uma explicação ou enumeração:

Adquirimos vários saberes, como: Linguagens, Filosofia, Ciências.

II) Introduzir uma citação (discurso direto).

– Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.”

48
Q

Releia a passagem do 2º parágrafo: … seu Santa Claus – o nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.

Os travessões e a exclamação entre parênteses empregados no texto têm a função de sinalizar ao leitor, correta e respectivamente,

Alternativas
A
correção e indignação.
B
explicação e surpresa.
C
divagação e emoção.
D
advertência e exaltação.
A

Gabarito na alternativa B

Solicita-se indicação dos sentidos pretendidos pelo uso de travessões e da exclamação na passagem:

“… seu Santa Claus – o nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.”

B) explicação e surpresa.

Os travessões destacam e isolam termo de valor apositivo explicativo em relação ao substantivo próprio imediatamente anterior; o sinal de exclamação entre parênteses é forma de o autor demonstrar que ficou surpreso diante da informação sobre a presença de chifres de bode na figura do Papai Noel, é espécie de comentário pessoal intercalado ao texto.

49
Q

A solidão do personagem Horácio, de Maurício de Sousa, comove em HQs como a publicada no final de 1968, quando se desilude ao tentar conversar com algo que considerava ser um possível amigo dentro de uma caverna.

(https://www.uol.com.br/splash. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, a sequência para o texto está adequadamente pontuada em:

Alternativas
A
Em outra o tom é, mais otimista; depois de lamuriar pela suposta falta de atrativos; nota como seu aspecto ajuda – na camuflagem.
B
Em outra o tom, é mais otimista depois de lamuriar, pela suposta falta de atrativos, nota como seu aspecto ajuda, na camuflagem.
C
Em outra, o tom é mais otimista – depois de lamuriar pela suposta falta de atrativos nota, como seu aspecto, ajuda na camuflagem.
D
Em outra, o tom é mais otimista: depois de lamuriar pela suposta falta de atrativos, nota como seu aspecto ajuda na camuflagem.

A

Gabarito na alternativa D

Solicita-se indicação da passagem com escorreita pontuação:

A) Em outra o tom é, mais otimista; depois de lamuriar pela suposta falta de atrativos; nota como seu aspecto ajuda – na camuflagem.

Incorreta. Sob nenhum aspecto separa-se diretamente verbo e complemento. A vírgula encontrada após o verbo “ser” isola este do termo em função predicativa que o acompanha, incorrendo em erro. A utilização de ponto e vírgula entre oração subordinada adverbial e oração principal, na segunda metade do trecho, também é inapropriada;

B) Em outra o tom, é mais otimista depois de lamuriar, pela suposta falta de atrativos, nota como seu aspecto ajuda, na camuflagem.

Incorreta. Tal qual imprópria é a separação de verbo e complemento, também o é a separação entre sujeito e forma verbal. A vírgula que isola a passagem em função de objeto indireto do verbo “ajudar”, ao final da passagem, é igualmente incorreta;

C) Em outra, o tom é mais otimista – depois de lamuriar pela suposta falta de atrativos nota, como seu aspecto, ajuda na camuflagem.

Incorreta. A passagem “como seu aspecto” é parte do complemento oracional do verbo “notar”, não devendo ter elementos isolados por vírgulas;

D) Em outra, o tom é mais otimista: depois de lamuriar pela suposta falta de atrativos, nota como seu aspecto ajuda na camuflagem.

Correta. Há correta pontuação na passagem.

50
Q

Assinale a alternativa em que o emprego da vírgula na frase redigida a partir do texto está em conformidade com a norma-padrão de pontuação.
Alternativas
A
O meu pai, era um homem alto e bonito de olhos grandes e bigode preto.
B
Estando comigo contava-me histórias e cedia, a todos os meus gostos.
C
O meu pai não se importava comigo mesmo que eu, mexesse nos livros dele.
D
Apenas muito tempo depois é que vim a saber, da história do meu pai.
E
Ao brincar comigo, meu pai comportava-se como se tivesse a minha idade.

A

GABARITO: E

a) O meu pai, (x) era um homem alto e bonito de olhos grandes e bigode preto. → Errado. A vírgula aqui separa o sujeito (o meu pai) do verbo (era um homem alto). Em regra*, não pode haver vírgula entre sujeito e verbo.
* Por que “em regra”? Porque pode haver termo deslocado. Neste caso, teremos a virgula: O meu pai, quando mais novo, era um homem alto e bonito”
b) Estando comigo contava-me histórias e cedia, (x) a todos os meus gostos.→ Errado. Quem cede, cede A algo. Não podemos separar por vírgula o verbo de seu complemento, em regra.
c) O meu pai não se importava comigo mesmo que eu, (x) mexesse nos livros dele. → Errado. Quem mexe nos livros do pai? Eu. A vírgula está separando o sujeito do verbo. A gente já sabe que isso, via de regra, não é permitido.
d) Apenas muito tempo depois é que vim a saber, (x) da história do meu pai. → Errado. Vim a saber do quê? Da história do meu pai. A vírgula separou o verbo de seu complemento, novamente. Não podemos fazer isso, a não ser que venha um termo intercalado, como “vim a saber, apenas muito tempo depois, da história do meu pai”.
e) Ao brincar comigo, (✓) meu pai comportava-se como se tivesse a minha idade. → Correto. Temos uma oração reduzida adverbial temporal (quando brincava comigo, meu pai comporta-se…). Como ela está fora da posição original, deve receber a vírgula.

51
Q

Assinale a alternativa em que a pontuação está usada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
A
As pessoas, que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
B
As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
C
As pessoas que vão ao consultório, de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
D
As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre, abrem a boca mas, não dizem nada.
E
As pessoas que vão ao consultório de um dentista, sempre abrem a boca mas não dizem, nada.

A

GABARITO: B

O examinador não pediu sentido, apenas pontuação. Vamos lá:

A) As pessoas, (x) que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.

➥ Errado. Pessoal, ou você coloca vírgula nos dois lados da oração explicativa (, que vão ao consultório de um dentista,) ou não coloca nenhuma, tornando-a uma oração restritiva. Uma só? Nem pensar!

(B) As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.

➥ Correto. Aqui o examinador optou por não colocar vírgula na oração, tornando-a restritiva. Como ele só quer saber da pontuação, e não do sentido, a gente marca essa. Se ele nos perguntasse: Ao retirar a vírgula, o sentido é alterado, estaria correto. Com a vírgula teríamos uma oração explicativa. Sem a vírgula, restritiva.

“As pessoas, que vão ao consultório de um dentista, sempre abrem a boca, mas não dizem nada.” → Aqui temos uma oração explicativa. Ela explica que todas as pessoas abrem a boca e, além disso, elas vão ao dentista.
“As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca” → Aqui a gente restringiu o sujeito quando retiramos as vírgulas. Não são todas as pessoas que abrem a boca, apenas as que vão ao dentista.
➥ Percebeu? A vírgula altera o sentido, mas quanto à correção gramatical, tudo certindo, em ambas as orações.

(C) As pessoas que vão ao consultório, (x) de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.

➥ Errado. Vão ao consultório de quem? De um dentista. Veja que o termo caracteriza o consultório. Não é qualquer um, é um de dentista. Não podemos empregar a vírgula entre o termo e seu complemento.

(D) As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre, (x) abrem a boca mas, (x) não dizem nada.

➥ Errado. A primeira vírgula não pode ser empregada, pois há quebra no sentido (sujeito x verbo). Elas sempre o quê? Elas sempre abrem a boca. Se colocássemos a vírgula ali, estaríamos separando o sujeito (pessoas) do verbo (abrir). A segunda vírgula é errada, pois não colocamos, em regra, vírgula à frente da conjunção “mas”, exceto se houver algum termo deslocado na oração.

Correção: “(…) sempre abrem a boca, mas não dizem nada”

(E) As pessoas que vão ao consultório de um dentista, (x) sempre abrem a boca mas não dizem, (x) nada.

➥ Errado. A primeira vírgula está errada. Se quisermos separar a oração “que vão ao consultório”, devemos colocar vírgula nos dois lados, como já explicado. Apenas em um, não! Ou nos dois lados ou em nenhum. Lembrando que o sentido seria alterado com a inserção/exclusão das vírgulas, como já expliquei. A segunda separa o verbo do complemento, o que, também, é proibido. Quem diz, diz alguma coisa (dizem nada)

52
Q

Assinale a alternativa em que, com a inserção da vírgula, a frase do texto permanece de acordo com a norma- -padrão da língua portuguesa.
Alternativas
A
… a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre, as recomendações mais draconianas de especialistas e o compreensível anseio da população…
B
Já um relaxamento geral tende a suscitar a sensação, triunfalista de que a pandemia está vencida e resultar num repique de infecções…
C
O governo paulista começa uma tentativa de encontrar um meio-termo, não sem divergências no colegiado de especialistas que assessora a gestão.
D
Porém não pode ser tratado como detalhe, o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções e 250 mortes por dia.
E
A importância cabal do equipamento, recomenda um incremento da fiscalização nos estabelecimentos e nas ruas…

A

GABARITO: C

a) … a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre, (x) as recomendações mais draconianas de especialistas e o compreensível anseio da população…

➥ Errado. Encontrar um equilíbrio entre o quê? Entre as recomendações. A vírgula não pode ser empregada, pois, desta forma, separaria o termo (um ponto de equilíbrio entre…) de seu complemento (as recomendações…)

b) Já um relaxamento geral tende a suscitar a sensação, (x) triunfalista de que a pandemia está vencida e resultar num repique de infecções…

➥ Errado. Pessoal, a gente não pode colocar uma vírgula aqui, pois, desta forma, separaríamos o substantivo (a sensação) de seu adjunto adnominal (triunfalista).

➥ Observação: Por via de regra, um adjunto adnominal não vem separado do nome por vírgula(s). No entanto, quando ele tem um valor semântico explicativo ou quando se pretende dar a ele tal valor, esse sinal é necessário para indicar ou imprimir um sentido específico: “Dom Quixote, de Cervantes, é um clássico” → “Dom Quixote, que é de Cervantes, é um clássico” (F. Pestana).

c) O governo paulista começa uma tentativa de encontrar um meio-termo, (✓) não sem divergências no colegiado de especialistas que assessora a gestão.

➥ Correto. A vírgula empregada aqui separa duas orações assindéticas (sem síndeto → sem conjunção).

➥ Lembrando que, se a VUNESP lhe perguntasse o sentido entre as orações, você marcaria oposição, contraste, divergência etc., pois há um sentido adversativo entre as orações. Podemos ressaltá-lo por meio de uma conjunção. Veja: “O governo paulista começa uma tentativa de encontrar um meio-termo, MAS não sem divergências no colegiado de especialistas que assessora a gestão”.

d) Porém não pode ser tratado como detalhe, (x) o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções e 250 mortes por dia.

➥ Errado. O que não pode ser tratado como detalhe? O fato. O fato não pode ser tratado como detalhe. A vírgula separa o sujeito do verbo, o que não pode acontecer.

e) A importância cabal do equipamento, (x) recomenda um incremento da fiscalização nos estabelecimentos e nas ruas…

➥ Errado. Quem recomenda um incremento? A importância cabal. A importância recomenda um incremento. Não empregamos a vírgula aqui, pois ela separa o sujeito (a importância cabal) do verbo (recomenda).

53
Q

Assinale a alternativa em que a pontuação está usada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
A
As pessoas, que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
B
As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
C
As pessoas que vão ao consultório, de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
D
As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre, abrem a boca mas, não dizem nada.
E
As pessoas que vão ao consultório de um dentista, sempre abrem a boca mas não dizem, nada.

A

GABARITO: B

O examinador não pediu sentido, apenas pontuação. Vamos lá:

A) As pessoas, (x) que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.

➥ Errado. Pessoal, ou você coloca vírgula nos dois lados da oração explicativa (, que vão ao consultório de um dentista,) ou não coloca nenhuma, tornando-a uma oração restritiva. Uma só? Nem pensar!

(B) As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.

➥ Correto. Aqui o examinador optou por não colocar vírgula na oração, tornando-a restritiva. Como ele só quer saber da pontuação, e não do sentido, a gente marca essa. Se ele nos perguntasse: Ao retirar a vírgula, o sentido é alterado, estaria correto. Com a vírgula teríamos uma oração explicativa. Sem a vírgula, restritiva.

“As pessoas, que vão ao consultório de um dentista, sempre abrem a boca, mas não dizem nada.” → Aqui temos uma oração explicativa. Ela explica que todas as pessoas abrem a boca e, além disso, elas vão ao dentista.
“As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca” → Aqui a gente restringiu o sujeito quando retiramos as vírgulas. Não são todas as pessoas que abrem a boca, apenas as que vão ao dentista.
➥ Percebeu? A vírgula altera o sentido, mas quanto à correção gramatical, tudo certindo, em ambas as orações.

(C) As pessoas que vão ao consultório, (x) de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.

➥ Errado. Vão ao consultório de quem? De um dentista. Veja que o termo caracteriza o consultório. Não é qualquer um, é um de dentista. Não podemos empregar a vírgula entre o termo e seu complemento.

(D) As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre, (x) abrem a boca mas, (x) não dizem nada.

➥ Errado. A primeira vírgula não pode ser empregada, pois há quebra no sentido (sujeito x verbo). Elas sempre o quê? Elas sempre abrem a boca. Se colocássemos a vírgula ali, estaríamos separando o sujeito (pessoas) do verbo (abrir). A segunda vírgula é errada, pois não colocamos, em regra, vírgula à frente da conjunção “mas”, exceto se houver algum termo deslocado na oração.

Correção: “(…) sempre abrem a boca, mas não dizem nada”

(E) As pessoas que vão ao consultório de um dentista, (x) sempre abrem a boca mas não dizem, (x) nada.

➥ Errado. A primeira vírgula está errada. Se quisermos separar a oração “que vão ao consultório”, devemos colocar vírgula nos dois lados, como já explicado. Apenas em um, não! Ou nos dois lados ou em nenhum. Lembrando que o sentido seria alterado com a inserção/exclusão das vírgulas, como já expliquei. A segunda separa o verbo do complemento, o que, também, é proibido. Quem diz, diz alguma coisa (dizem nada).

54
Q

Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada corretamente, conforme a norma culta da língua portuguesa.
Alternativas
A
Estamos, nas Escolas de Samba de São Paulo aguardando que, ocorra uma vacinação em massa, para organizar um carnaval no mês de julho.
B
Depois da gripe suína, a nova doença causava febre alta, dor de garganta e de cabeça, perda de olfato e de paladar.
C
A pandemia trouxe novos hábitos e cada qual a seu jeito, foi procurando adaptar-se não sem pouco sofrimento.
D
O progresso foi chegando devagarinho: tudo foi sendo substituído, pouco a pouco pelos prédios; o bairro, já não é o mesmo.
E
Os pesquisadores observaram que depois, das queimadas há no solo da floresta, uma maior abundância de bactérias.

A

Esta questão avalia se o candidato sabe as regras de uso dos sinais de pontuação.

Vejamos os sinais de pontuação utilizados com mais frequência: ·

Ponto - pode ser usado para:

> > Indicar final de frase declarativa: Cheguei de viagem agora.

> > Separar períodos: Ainda vou trabalhar mais um pouco. Ainda é cedo.

> > Abreviar palavras: V. Ex.ª: Vossa Excelência

Dois pontos – usado nas seguintes situações:

> > Iniciar falas de personagens:
Ela disse: -
Vá embora!

> > Separar orações apositivas, anteceder enumerações e anteceder explicações: Este é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade./ As principais ferramentas são: chave de fenda, chave inglesa e alicate. / Veja: álgebra não é tão complicada assim.

Reticências – usadas para:

> > Indicar dúvidas ou hesitações: Deixe-me pensar… não estou certo sobre esta questão.

> > Interromper uma frase sintaticamente incompleta: Talvez se você viesse mais cedo…

Agora, precisamos de um tópico específico apenas para tratar da vírgula, que é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções. Vejamos:

  • Separar o vocativo: Pedro, abra a porta.
  • Separar apostos: Maria, irmã de Jaime, viajou ontem.
  • Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado: Os políticos, na maioria das vezes, visam apenas aos próprios interesses.
  • Isolar expressões explicativas: Nasci em São Paulo, ou seja, sou paulistano.
  • Separar conjunções intercaladas: Os alunos não explicaram, porém, o porquê de terem faltado tanto.

Uso da vírgula nas orações:

  • Separar termos coordenados assindéticos: Vim, vi, venci. (Júlio César).
  • Separar as orações subordinadas adjetivas explicativas: Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito grosseiro e mandão.
  • Separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: Pediu muito, mas não conseguiu o adiamento da prova.
  • Separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal: O carro, tão caro que desisti da compra, hoje está abandonado na garagem.
  • Separar as orações intercaladas: Júlio não veio, creio eu, por conta da chuva. · Separar as orações substantivas antepostas à principal: Quando viajarei, ainda não estou certo. Importante: Não se deve usar a vírgula para separar sujeito e verbo ou sujeito e objeto.

O enunciado pede para assinalarmos a alternativa correta em relação à pontuação.

A) Estamos, nas Escolas de Samba de São Paulo aguardando que, ocorra uma vacinação em massa, para organizar um carnaval no mês de julho.

Incorreta. De acordo com as regras de pontuação, a primeira vírgula não pode estar ali, pois está separando sujeito (no caso um sujeito indeterminado flexionado na 3ª pessoa do plural) do complemento “Escolas de Samba”.

B) Depois da gripe suína, a nova doença causava febre alta, dor de garganta e de cabeça, perda de olfato e de paladar.

Correta. Aqui, as vírgulas foram corretamente usadas para introduzir uma oração subordinada (“a nova doença causava febre alta”) e para separar os termos de uma enumeração.

C) A pandemia trouxe novos hábitos e cada qual a seu jeito, foi procurando adaptar-se não sem pouco sofrimento.

Incorreta. Aqui, a vírgula foi usada incorretamente para separar o predicado e a locução verbal “foi procurando”.

D) O progresso foi chegando devagarinho: tudo foi sendo substituído, pouco a pouco pelos prédios; o bairro, já não é o mesmo.

Incorreta. Aqui não são admitidos os usos dos dois pontos e do ponto e vírgula, pois se tratam de unidades sintáticas independentes, que requerem o ponto final.

E) Os pesquisadores observaram que depois, das queimadas há no solo da floresta, uma maior abundância de bactérias.

Incorreta. Aqui, a vírgula deveria também aparecer antes do adjunto adverbial (“depois das queimadas”).

Gabarito do Professor: Letra B.

55
Q
No quarto parágrafo, em – Como era óbvio que as pessoas só querem saber o texto do seu próprio signo, comecei a fazer um rodízio: mudava os textos de signo e de lugar. –, os dois-pontos introduzem uma
Alternativas
A
explicação e equivalem a isto é.
B
advertência e equivalem a aliás.
C
opinião e equivalem a excepcionalmente.
D
retificação e equivalem a a saber.
E
suposição e equivalem a ou seja.
A

GABARITO: A

➥ Pessoal, quando o examinador pedir o sentido que uma pontuação traz, tente observar o que diz o texto, como se estivesse conversando com ele. Em outras palavras: interprete-o. Ajuda bastante ;)

“… comecei a fazer um rodízio: mudava os textos de signo e de lugar”

Imagine que eu falasse assim para você: “Eu comecei a fazer um rodízio”
Logo você me perguntaria: “Certo, mas como era esse seu rodízio?”
Eu, por fim, responderia: “Meu rodízio consistia em mudar os textos de signo e de lugar”
Percebeu como eu estou explicando o que era meu rodízio? Esta é a função dos dois-pontos nesta frase. Explicar. Pode ser substituído por “isto é”, como sugeriu nosso amigo examinador. Gabarito A.

.

Para complementar seu estudo, dica do Pestana:

“Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. Entre outros casos, este sinal é usado para:

Introduzir uma citação: Assim disse Sócrates: “Só sei que nada sei”;
Introduzir um aposto explicativo: “Finalmente conseguiu o que quis: conquistou o coração de Pedro”;
Marcar uma pausa entre orações coordenadas: “Ele já leu muitos livros: pode-se dizer que é um homem culto”.
Em todos esses casos, os dois-pontos podem ser substituídos por vírgula, ponto e vírgula ou travessão.”(atenção neste ponto, pois é muito cobrado quando você estudar pontuação).

56
Q

Diante da pergunta “por que estamos aqui?”, feita durante uma entrevista, o escritor Charles Bukowski (1920- 1994), alemão radicado nos Estados Unidos, destacou: “Para quem acredita em Deus, a maior parte das grandes questões pode estar respondida.

O veredito do estudo: aqueles que revelavam ter descoberto sentido em sua vida demonstravam também melhores condições de saúde, tanto psicológica como física. Enquanto isso, ocorreu o contrário com os que declaravam estar no máximo em um processo de busca.

Observando-se o emprego de dois-pontos nas passagens destacadas no penúltimo e no último parágrafo, conclui-se, corretamente, que
Alternativas
A
no penúltimo parágrafo eles introduzem uma citação; no último, um esclarecimento acerca de algo mencionado anteriormente.
B
em ambos os casos eles introduzem ideias novas, independentes de afirmações anteriores.
C
no penúltimo parágrafo eles introduzem informações acessórias, que serão retomadas pela autora.
D
no último parágrafo eles introduzem observações críticas da autora acerca dos resultados do estudo.
E
no penúltimo parágrafo eles introduzem a transcrição de um trecho; no último, a citação direta do texto de um estudo.

A

A questão requer conhecimento acerca do emprego dos sinais de pontuação, especialmente os dois-pontos.

Os dois-pontos são empregados:

. antes de uma enumeração;

. antes de uma citação direta;

. antes de uma exposição ou explicação;

. antes de uma pergunta ou resposta do personagem no discurso direto.

Alternativa (A) correta - Realmente, no penúltimo parágrafo, os dois-pontos introduzem a citação direta e, no último, esclarecimento acerca de algo mencionado anteriormente.

Alternativa (B) incorreta - Não são ideias novas, são ideias complementares à assertiva anterior.

Alternativa (C) incorreta - Não são informações acessórias, são palavras empregadas por um autor citado.

Alternativa (D) incorreta - Não são críticas, são apenas esclarecimentos feitos pela autora.

Alternativa (E) incorreta - De fato, no penúltimo parágrafo, os dois-pontos introduzem a transcrição literal de um trecho de outro autor citado; porém, no último não é citação direta. Trata-se de uma exposição feita pela autora do texto.

Gabarito da Professora: Letra A.

57
Q

Ao afirmar “Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências”, o autor exprime a ideia de que elas
Alternativas
A
são sinais de pontuação sem reconhecida utilidade prática.
B
apontam para a sugestão de várias possibilidades de sentido.
C
são empregadas com preciso conhecimento de sua finalidade.
D
determinam a sequência dos textos coerentemente inacabados.
E
interferem na leitura de modo prejudicial à compreensão.

A

A questão requer interpretação textual e conhecimento sobre o emprego dos sinais de pontuação, especialmente as reticências.

Primeiramente, faz-se necessário saber quando empregar as reticências. Elas são usadas para marcar, geralmente, uma interrupção da frase e servem, ainda, para realçar palavra ou expressão.

Alternativa (A) incorreta - No último parágrafo, o autor diz que as reticências foram a maior conquista do pensamento ocidental; então, significa que elas são sinais de pontuação com reconhecida utilidade prática.

Alternativa (B) correta - Quando o autor afirma: “Quanto a este (papel), que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências…” (7º parágrafo) e “Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências” (8º parágrafo), ele exprime a ideia de que esses sinais de pontuação permitem aos interlocutores interpretarem sob vários pontos de vista, ou seja, abre-se “um leque” de possibilidades de sentido àquilo que foi suprimido.

Alternativa (C) incorreta - As reticências, quando marcam a interrupção de uma frase, deixam a ideia vaga, portanto não são empregadas com preciso conhecimento de sua finalidade.

Alternativa (D) incorreta - Não determinam a sequência dos textos.

Alternativa (E) incorreta - Não prejudicam a compreensão do texto, apenas marcam aquilo que, talvez, não seja tão importante ou que não queira ser mencionado.

Gabarito da Professora: Letra B.

58
Q

Assinale a alternativa em que o uso de sinal de pontuação no interior do enunciado tem a finalidade de indicar ao leitor uma explicação feita pelo narrador.
Alternativas
A
A cachorra Baleia jantara os pés, a cabeça, os ossos do amigo, e não guardava lembrança disto.
B
Agora, enquanto parava, dirigia as pupilas brilhantes aos objetos familiares…
C
Fabiano também às vezes sentia falta dela, mas logo a recordação chegava.
D
… o resto da farinha acabara, não se ouvia um berro de rês perdida na caatinga.
E
… e o papagaio, que andava furioso, com os pés apalhetados, numa atitude ridícula.

A

GABARITO: E

a) Baleia jantara os pés, a cabeça, os ossos do amigo (1) , (2) e não guardava lembrança disto. → Errado.

Aqui a vírgula separa termos de mesma função sintática. São objetos diretos do verbo jantar (quem janta janta algo: o pé, a cabeça e os ossos). Como eles estão numa enumeração, vêm separados por vírgula.
Esta última vírgula separa um “e” com valor adversativo. A Baleia jantara o amigo, PORÉM não guardava lembrança disto. Como a oração possui valor adversativo, vem separada por vírgula. Outro exemplo: “Ele sempre chega atrasado, e (mas) nada acontece”

b) Agora, enquanto parava, dirigia as pupilas brilhantes aos objetos familiares… → Errado. Aqui a vírgula separa uma oração com valor temporal. “Agora, quando parava, ao parar, dirigia as pupilas…”. Não há nenhum termo explicativo por aqui.
c) Fabiano também às vezes sentia falta dela, mas logo a recordação chegava. → Errado. A vírgula separa uma oração coordenada (uma não depende da outra) adversativa, ligada pela conjunção “mas”.

Complementando com uma dica: Às vezes x as vezes

Às vezes → Substitua por “aos domingos” → “Fabiano sentia falta dela às vezes” → “Fabiano sentia falta dela aos domingos”
As vezes → Substitua por “as ocasiões” → “Em todas as vezes que eu liguei, você desligou” → “Em todas as ocasiões que eu liguei, você desligou”
Quer praticar a dica? Veja a Q1343526

d) … o resto da farinha acabara, não se ouvia um berro de rês perdida na caatinga. → Errado. Nesta alternativa, a gente encontra uma oração assindética (sem síndeto → sem conjunção) aditiva. A vírgula é empregada para separar sujeitos diferentes da oração. Veja que podemos dizer: “O resto da farinha acabara e não se ouvia um berro…”. Novamente, não há explicação aqui.
e) … e o papagaio, que andava furioso, com os pés apalhetados, numa atitude ridícula. → Correto. Aqui a gente encontra uma oração subordinada adjetiva explicativa. Veja que ela explica o papagaio.

➥ Lembre-se que, se retirássemos a vírgula, o sentido mudaria, porém a correção permaneceria. Vou dar um exemplo para você não esquecer:

“No domingo, ela saiu com o namorado, que mora em Ipanema” → Aqui a gente disse que ela saiu com o namorado e explicamos que ele mora em Ipanema. Pela interpretação, ela só possui este namorado e ele mora em Ipanema.
“No domingo, ela saiu com o namorado que mora em Ipanema”→ Aqui a gente restringiu o namorado dela. Dos namorados, pegamos apenas o que mora em Ipanema. Ela pode ter outros, mas no domingo saiu com este. Temos uma oração adjetiva restritiva, que restringe o tipo de namorado.
➥ Percebeu que, ao retirar a vírgula, o sentido muda? Mas a correção gramatical permanece inalterada (pontuação, regência, tudo estaria certinho) ;)

59
Q
Em conformidade com a norma-padrão de pontuação, na frase “Mas durante séculos os homens sonharam em vão com o elixir da longa vida e com a fonte da juventude eterna.”, a seguinte expressão pode ser isolada com o uso de duas vírgulas:
Alternativas
A
durante séculos
B
os homens
C
sonharam em vão
D
o elixir da longa vida
E
com a fonte da juventude
A
Em conformidade com a norma-padrão de pontuação, na frase “Mas durante séculos os homens sonharam em vão com o elixir da longa vida e com a fonte da juventude eterna.”, a seguinte expressão pode ser isolada com o uso de duas vírgulas:
Alternativas
A
durante séculos
B
os homens
C
sonharam em vão
D
o elixir da longa vida
E
com a fonte da juventude
60
Q

Assinale a alternativa em que a vírgula é empregada para separar um trecho explicativo.
Alternativas
A
Quando as aulas foram interrompidas por causa da covid-19, as escolas de Nova York tiveram uma semana para a formação de professores e a elaboração das atividades… (1o parágrafo)
B
Após um mês, na tradicional parada de uma semana na primavera, enquanto os estudantes se dedicavam a atividades voltadas ao desenho de projeto de vida… (2o parágrafo)
C
As atividades escolares diárias foram reorganizadas, assim como os critérios de avaliação, que se baseia nas tarefas realizadas em casa, pontuadas ou não, e avaliações criadas pelos professores. (2o parágrafo)
D
Nem tudo é perfeito: como todas as grandes redes, a de Nova York é heterogênea. (3o parágrafo)
E
São eles “Atende aos Padrões”, “Precisa de Melhoria” ou “Curso em Andamento”, se for necessário tempo adicional para que o estudante conclua o curso. (4o parágrafo)

A

GABARITO: C

Assinale a alternativa em que a vírgula é empregada para separar um trecho explicativo.

a) Quando as aulas foram interrompidas por causa da covid-19, as escolas de Nova York tiveram uma semana para a formação de professores e a elaboração das atividades…

➥ Errado. A vírgula empregada aqui isola uma oração subordinada adverbial temporal.

➥ Como ela está fora da ordem direta, recebe a vírgula.

.

b) Após um mês, na tradicional parada de uma semana na primavera, enquanto os estudantes se dedicavam a atividades voltadas ao desenho de projeto de vida, os educadores desenharam um novo planejamento

➥ Errado. As vírgulas foram empregadas para separar um adjunto adverbial de lugar. Veja que indica o lugar onde os professores desenharam um novo planejamento. Como ele é de longa extensão (3 ou mais palavras), recebe a vírgula.

.

c) As atividades escolares diárias foram reorganizadas, assim como os critérios de avaliação, que se baseiam nas tarefas realizadas em casa, pontuadas ou não, e avaliações criadas pelos professores.

➥ Correto. Eis aqui nosso gabarito. Temos uma oração subordinada adjetiva explicativa. Veja que ela explica os critérios de avaliação. Depois disso, há outro termo explicativo, que explica as tarefas (se são ou não pontuadas).

Lembrando: Se retirássemos a vírgula, a oração passaria de explicativa para restritiva e o sentido seria alterado.
.

d) Nem tudo é perfeito: como todas as grandes redes, a de Nova York é heterogênea.

➥ Errado. Aqui a vírgula foi empregada para separar um advérbio de comparação fora da ordem direta. Veja como ficaria: “A rede de NY é heterogênea como todas as grandes redes.” → “A rede de NY é heterogênea igual a todas as grandes redes.”

.

e) São eles “Atende aos Padrões”, “Precisa de Melhoria” ou “Curso em Andamento”, se for necessário tempo adicional para que o estudante conclua o curso.

➥ Errado. Pessoal, percebam que a vírgula aqui foi empregada para dizer quais são os novos critérios de avaliação (volte ao parágrafo para entender). Ela lista os novos critérios adotados.

61
Q

Assinale a alternativa em que, na frase escrita a partir do texto, as vírgulas estão empregadas em conformidade com a norma-padrão de pontuação.
Alternativas
A
Quando, a barragem ameaçada atingiu o nível 2 sob o risco de serem atingidos, os moradores das comunidades mais próximas foram retirados da área.
B
Quando a barragem ameaçada, atingiu o nível 2 sob o risco de serem atingidos, os moradores das comunidades mais próximas foram retirados da área.
C
Quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2, sob o risco de serem atingidos os moradores das comunidades mais próximas, foram retirados da área.
D
Quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2, sob o risco de serem atingidos, os moradores das comunidades mais próximas foram retirados da área.
E
Quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2 sob o risco de serem atingidos, os moradores das comunidades mais próximas, foram retirados da área.

A

GABARITO: D

Quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2 (1), sob o risco de serem atingidos (2), os moradores das comunidades mais próximas foram retirados da área.

➥ (1): Aqui temos uma oração subordinada temporal que vem antes da oração principal. Como ela está fora de sua ordem “natural”, a ordem direta, devemos empregar a vírgula.

➥ (2): A mesma coisa acontece aqui. Temos uma oração subordinada adverbial que é de longa extensão (acima de 2 palavras), como tal, deve ser pontuada por estar fora da ordem direta.

.

A ordem direta seria: “Os moradores das comunidades mais próximas foram retirados da área sob o risco de serem atingidos quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2”.

Qualquer deslocamento nos termos provoca a necessidade da vírgula:

“Os moradores das comunidades mais próximas, quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2, foram retirados da área sob o risco de serem atingidos”

“Sob o risco de serem atingidos, os moradores das comunidades mais próximas, quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2, foram retirados da área”

62
Q

A alternativa que apresenta reescrita do texto original preservando o sentido das reflexões do autor e o respeito à norma-padrão de emprego da pontuação é:
Alternativas
A
A pele é morena, e pega cor fácil no sol mas, quando se corta curto o cabelo grosso, agora grisalho, espeta rápido.
B
Enquanto os negros conquistam algum espaço na mídia, os povos indígenas: seguem invisíveis!
C
Há mais de quinhentos anos antes do século XVI as línguas e dialetos do país foram drasticamente, extintas…
D
Depois de chegarem ao Brasil as caravelas; a cultura linguística nativa sofreu grave prejuízo e até hoje não se recuperou.
E
Quando Eduardo Viveiros de Castro declarou: “todo brasileiro é índio – exceto quem não é”, afirmou sua perspectiva antropológica.

A

GABARITO: E

a) A pele é morena, e pega cor fácil no sol (1) mas, quando se corta curto o cabelo grosso, (2) agora grisalho, (3) espeta rápido. → Errado.

Essa vírgula separa as orações coordenadas sindéticas adversativas. Veja que temos a conjunção mas, que realça o sentido de adversidade. O correto é: “e pega cor fácil no sol, mas…”
As duas vírgulas separam a oração adverbial temporal, que está fora de sua posição natural, a ordem direta.
Aqui as vírgulas separam um termo que explica o anterior (cabelo grosso, que é agora grisalho)
O examinador pontuou direitinho o 2 e o 3, mas cometeu erro no 1.

b) Enquanto os negros conquistam algum espaço na mídia, os povos indígenas: (1) seguem invisíveis! → Errado.

Pessoal, não se separa sujeito do verbo. Quem segue invisível? Os postos indígenas. Os povos indígenas seguem invisíveis.

c) Há mais de quinhentos anos antes do século XVI (1) as línguas e dialetos do país foram drasticamente, (2) extintas…(3) → Errado.

Aqui temos um adjunto adverbial deslocado de sua ordem natural. Como ele é de grande extensão (+2 palavras), devemos empregar a vírgula.
A mesma regrinha da anterior: Não se separa sujeito, verbo e complemento: Quem foi drasticamente extinto? As línguas e os dialetos. As línguas e os dialetos foram drasticamente extintos
Aqui há um errinho de concordância nominal: o adjetivo “extinto” vem depois do substantivo composto (as línguas e os dialetos). Se vier depois, concorda com o mais próximo (os dialetos extintos) ou com o todo (as línguas e os dialetos extintos). Ah, e se vier antes do substantivo? Aí você concorda com o mais próximo (extintas línguas e dialetos). Veja esta questão para entender melhor: Q1753157.

d) Depois de chegarem ao Brasil as caravelas; (1) a cultura linguística nativa sofreu grave prejuízo e até hoje não se recuperou. → Errado.

Temos um adjunto adverbial de longa extensão. Como, pela leitura do texto, não há uma longa pausa, o correto é o emprego da vírgula. F. Pestana (Pág. 686): “O ponto e vírgula é usado para marcar uma pausa maior do que a da vírgula. Seu objetivo é colaborar com a clareza do texto.”
Obs.: A inversão sintática que o examinador fez na oração não apresenta erro; Só está fora de ordem: “Depois de chegarem ao Brasil as caravelas” → “Depois de as caravelas chegarem ao Brasil.”

e) Quando Eduardo Viveiros de Castro declarou: (1) “todo brasileiro é índio – (2) exceto quem não é”, (3) afirmou sua perspectiva antropológica. → Correto.

Quando ele declarou: blá, blá, blá… ← Os dois-pontos indicam uma citação do autor, o que foi declarado pelo Eduardo.
O travessão foi empregado para retificar o que foi dito anteriormente, todo brasileiro é índio, EXCETO quem não é.
Essa última vírgula encerra o adjunto adverbial temporal (quando Eduardo declarou isso [ , ] afirmou aquilo). Como ele é de longa extensão, deve ser virgulado (esse verbo existe, viu? rsrs).

63
Q

Clint Eastwood revisitou a lenda para contar o que aconteceu depois do milagre: uma séria investigação às competências do capitão Sully Sullenberger. (2º parágrafo)

Por “racionalismo”, entenda-se: uma crença na razão dos homens como guia único, supremo, da conduta humana. (4º parágrafo)

Os dois-pontos foram empregados nesses trechos, respectivamente, para inserir no texto

Alternativas
A
a ressalva de que a história real foi adaptada para o cinema; uma crítica à postura racionalista e conservadora.
B
as consequências advindas da atitude ousada de Sullenberger; a retificação de informação presente na frase.
C
o evento posterior ao pouso de emergência realizado por Sullenberger; a definição de um termo já mencionado no texto.
D
o parecer do jornalista sobre o pouso no rio Hudson; a explicação filosófica do que significa racionalismo.
E
o tema central do filme de Clint Eastwood; a reprodução literal de trecho da obra de Oakeshott.

A

Essa é uma questão que, mesmo trazendo os dois pontos no enunciado, basicamente trata de interpretação textual. É importante, sim, saber que os dois pontos servem para introduzir uma observação, que pode muito bem ser uma explicação, uma ressalva, uma definição ou mesmo a exemplificação de algo. Aqui, porém, o mais importante era saber o que os trechos depois dos dois pontos traziam à tona. E é isso que veremos agora.

O primeiro trecho presente no enunciado refere-se ao que aconteceu depois do “milagre”. Lendo o texto, no primeiro parágrafo, percebemos que, por milagre, o autor entende o pouso de emergência realizado no Rio Hudson pelo piloto Sully Sullenberger. Depois dos dois pontos, ele destaca o que aconteceu em decorrência desse pouso forçado, que foi uma séria investigação sobre as aptidões do piloto naquelas circunstâncias.

Já no segundo trecho destacado pela banca, o que há depois dos dois pontos é uma definição breve do termo “racionalismo”, conceito introduzido no texto no quarto parágrafo. Sendo assim, no primeiro trecho, os dois pontos introduzem algo que aconteceu depois do pouso de urgência de Sullenberger e, no segundo trecho, há a definição de “racionalismo”, que é um conceito que havia sido mencionado logo antes no texto. Logo, a alternativa correta é a letra C.

Gabarito do professor: Letra C.

64
Q

A ciência era aquilo_______ os economistas chamam de “externalidade”, uma atividade que tem efeito econômico, mas________ custo ou benefício não é reconhecido nos preços do mercado. Há externalidades positivas ou negativas.

Enquanto Paul Romer descobriu como medir o efeito positivo das ideias e invenções dentro da economia, seu co-laureado dedicou-se\_\_\_\_\_\_\_ decifração da principal externalidade negativa contemporânea:\_\_\_\_\_\_\_\_ emissão de gases responsáveis pelas mudanças climáticas.

(Hélio Gurovitz, Época, 15.10.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que, com as informações respectivamente acrescentadas aos trechos destacados no texto, atende-se à norma-padrão de pontuação.
Alternativas
A
Há externalidades positivas (como o conhecimento) ou negativas (como a poluição). Enquanto Paul Romer, Nobel de Economia, descobriu … seu co-laureado, William Nordhaus, dedicou-se…
B
Há externalidades positivas – como o conhecimento, ou negativas – como a poluição. Enquanto Paul Romer, Nobel de Economia descobriu … seu co-laureado, William Nordhaus dedicou-se…
C
Há externalidades positivas, como o conhecimento ou negativas, como a poluição. Enquanto Paul Romer (Nobel de Economia), descobriu … seu co-laureado (William Nordhaus), dedicou-se…
D
Há externalidades positivas (como o conhecimento), ou, negativas (como a poluição). Enquanto Paul Romer, Nobel de Economia, descobriu … seu co-laureado William Nordhaus, dedicou-se…
E
Há externalidades positivas: como o conhecimento; ou negativas: como a poluição. Enquanto Paul Romer (Nobel de Economia), descobriu … seu co-laureado (William Nordhaus), dedicou-se…

A

GABARITO: A

Vale dizer que você mata muitas questões com esta dica: A vírgula não é empregada entre o sujeito, verbo e complemento, se não houver termo deslocado.

→ Exemplos: Eu gosto de você

“Eu, gosto de você” (Errado → vírgula entre sujeito e verbo);
“Eu gosto de, você” (Errado → Vírgula entre verbo e seu complemento).
“Eu, apesar de o ter traído, gosto, desde o dia em que nos conhecemos, de você” (Correto. Aqui podemos empregar a vírgula, pois ela separa termos deslocados na oração)
Beleza? Vejamos as alternativas, então:

.

a) Há externalidades positivas (como o conhecimento) ou negativas (como a poluição). Enquanto Paul Romer, Nobel de Economia, descobriu … seu co-laureado, William Nordhaus, dedicou-se…

→ Correto. Todas as pontuações estão empregadas corretamente, a saber: Estas duas separam um aposto (explica quem é Paul Romer e William Nordhaus, respectivamente). Aqueles separam termos explicativos também, mas são separados por meio dos parênteses.

b) Há externalidades positivas – como o conhecimento, ou negativas – como a poluição. Enquanto Paul Romer, Nobel de Economia descobriu … seu co-laureado, William Nordhaus dedicou-se…

→ Errado. O aposto deve vir separado por vírgulas, como na alternativa anterior.

c) Há externalidades positivas, como o conhecimento ou negativas, como a poluição. Enquanto Paul Romer (Nobel de Economia), descobriu … seu co-laureado (William Nordhaus), dedicou-se…

→ Errado. Veja que a vírgula não pode ser usada entre o sujeito e logo após seu verbo. Ex.: “Eu, estudei” (Quem estudou? Eu! Logo não se pode aplicar a vírgula entre sujeito e verbo). Olhe o que diz a alternativa: “Enquanto Paul Romer (Nobel de Economia), descobriu … “. Quem descobriu?? Paul Romer! Então, dê um chega pra lá nesta vírgula rsrs. Ah! A dica vale também para a outra (co-laureado descobriu…), ok?

d) Há externalidades positivas (como o conhecimento), ou, negativas (como a poluição). Enquanto Paul Romer, Nobel de Economia, descobriu … seu co-laureado William Nordhaus, dedicou-se…

→ Errado. Mesmo motivo da A e da C. É proibido o emprego da vírgula entre sujeito e verbo e é necessário o dela no aposto “William Nordhaus”.

e) Há externalidades positivas: como o conhecimento; ou negativas: como a poluição. Enquanto Paul Romer (Nobel de Economia), descobriu … seu co-laureado (William Nordhaus), dedicou-se…

→ Errado. Leia a C.

65
Q
No primeiro parágrafo – No início do ano passado, por ter sintomas parecidos com os da dengue, ela chegou a ser chamada de “doença misteriosa”. –, as vírgulas são empregadas para intercalar uma
Alternativas
A
expressão indicativa de hipótese.
B
oração indicativa de causa.
C
expressão corretiva.
D
citação.
E
mudança de assunto.
A

‘“No início do ano passado, por ter sintomas parecidos com os da dengue, ela chegou a ser chamada de “doença misteriosa.”’

As vírgulas alheiam uma oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo.

Letra B

66
Q

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego da vírgula, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
A
Os países ricos objetivam diminuir principalmente, a desigualdade interna.
B
Sem sombra de dúvidas as sociedades menos desiguais, funcionam melhor.
C
Contudo está, claro que a redução das desigualdades pode trazer benefícios.
D
Em uma sociedade livre pessoas mais esforçadas, poderão acumular mais bens.
E
Caso a liberdade seja a prioridade, a tendência é uma maior geração de riquezas.

A

Vírgulas são proibidas :

sujeitos + verbos;

verbo+ objeto;

nome+ CN;

Verbo + agente da passiva.

A)Os países ricos objetivam diminuir ,principalmente, a desigualdade interna.

B)Sem sombra de dúvidas, as sociedades menos desiguais

C)Contudo, está claro que a redução das desigualdades pode trazer benefícios.

D)Em uma sociedade livre ,pessoas mais esforçadas poderão acumular mais bens.

E)Caso a liberdade seja a prioridade, a tendência é uma maior geração de riquezas. (correta)

67
Q

Um dos sinais de pontuação empregados pela autora no texto são os parênteses, os quais também poderiam ser corretamente inseridos no trecho da alternativa:
Alternativas
A
Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos (ou crianças abraçadas a um cachorro).
B
Depois de casadas, não tinha (mais sentido) pensar sequer em guardar segredos…
C
… uma confissão que se (juntava na linha adiante) com o preço do pó de café e da cebola.
D
Minha mãe guardava um desses cadernos que pertencera (à minha avó Belmira).
E
… era menina quando via minha mãe (recorrer a esse caderno) para conferir uma receita de doce…

A

Essa é uma questão que requeria do candidato um conhecimento prévio acerca do uso correto dos parênteses. Nesse sentido, esses sinais são utilizados para isolar palavras, locuções ou mesmo frases inteiras com o objetivo de acrescentar uma informação ou dar uma explicação acessória e normalmente promovem uma maior intimidade entre o escritor e o leitor. Um de seus principais atributos é o fato de não impactar a estrutura sintática da oração ou período em que está inserido. Ou seja, a retirada de um trecho posto entre parênteses não afetará estruturalmente o texto. Ora, de posse dessas informações, basta ler as frases destacadas nas alternativas para perceber facilmente que somente na letra A o trecho entre parênteses pode ser retirada sem prejuízo para a estrutura sintática, visto que o trecho “ou crianças abraçadas a um cachorro” apenas acrescenta uma informação, ao passo que, nas outras alternativas, há claramente a supressão de partes essenciais dos períodos. Nesse sentido, leia-se por exemplo a alternativa B sem a parte entre parênteses:

“Depois de casadas, não tinha pensar sequer em guardar segredos…”

É claro que o trecho “mais sentido” é essencial para a estrutura desse período e a mesma situação ocorre nas letras C, D e E, o que leva a concluir que a alternativa correta é a letra A.

Gabarito do professor: Letra A.

68
Q

Pior, especialistas já temem que algo semelhante ocorra com a poliomielite. Essa doença, que já esteve muito perto de ser eliminada (em 2017 registraram-se apenas 22 casos em todo o mundo), pode reaparecer em qualquer comunidade que tenha um número suficientemente grande de crianças não imunizadas.

No segundo parágrafo, os parênteses são empregados para inserir
Alternativas
A
uma informação objetiva que corrobora a ideia de quase erradicação da poliomielite, recentemente.
B
uma opinião subjetiva que contradiz a ideia de que a poliomielite foi parcialmente erradicada.
C
um dado técnico que reforça o ponto de vista do autor acerca da possibilidade de a poliomielite reaparecer.
D
uma informação datada e mensurada que retifica a afirmação de que a população infantil receberá imunização.
E
um comentário subjetivo do autor, que pode levar a questionar a precisão dos dados oficiais.

A

Vi que muita gente marcou a letra C. Por isso, iriei comentá-la.

Alternativa: um dado técnico que reforça o ponto de vista do autor acerca da possibilidade de a poliomielite reaparecer

Dado técnico a ser analisado: “..que já esteve muito perto de ser eliminada (em 2017 registraram-se apenas 22 casos em todo o mundo).”.

Agora que comparamos, conseguimos observar que o erro não está no reaparecimento da poliomielite, e, sim, foi uma exemplificação de que a doença estava perto de desaparecer em 2017, pois havia tão poucos casos.

CORRIGINDO A LETRA C PARA SE TORNAR CERTA: um dado técnico que reforça o ponto de vista do autor acerca da possibilidade de a poliomielite DESAPARECER

69
Q

Encerrar em caixas herméticas dá segurança. Começamos com a minha tribo e a do outro. Se é da minha, diminuem as chances de ataque. Classificar é a primeira forma de dominar e de se defender. O vício entrou em nós. Da tribo, passamos a gostos musicais e sexuais ou escolas artísticas. “Classificar não é ruim ou errado. Supor que algo esteja controlado mentalmente por estar etiquetado é, no fundo, estupidez”

Assinale a alternativa que reescreve a passagem destacada no 3° parágrafo, expressando sentido coerente com o original e de acordo com a norma-padrão de pontuação.
Alternativas
A
Classificar não é ruim ou errado. Ademais supor que por estar etiquetado, algo esteja controlado mentalmente, é, no fundo, estupidez.
B
Classificar não é ruim ou errado; no entanto, supor que algo, por estar etiquetado, esteja controlado mentalmente é, no fundo, estupidez.
C
Classificar não é ruim ou errado; embora, supor que algo esteja controlado mentalmente, por estar etiquetado é, estupidez, no fundo.
D
Classificar não é ruim ou errado. Assim sendo, supor que, por estar etiquetado, algo esteja, mentalmente controlado é estupidez, no fundo.
E
Classificar não é ruim ou errado, pois, supor que algo esteja controlado, mentalmente, por estar etiquetado é, no fundo, estupidez.

.

A

GABARITO-B

A) Classificar não é ruim ou errado. Ademais () supor que por

estar etiquetado, algo esteja controlado mentalmente, é, no fundo, estp

Ademais é um advérbio, sinônimo de além disso e deve vir acompanhado de vírgula.

Ex: Ademais, já respondi a todas as suas perguntas.

Não fui à cerimônia porque estava adoentado; ademais, não tinha

nenhuma roupa adequada para usar.

B) Classificar não é ruim ou errado; no entanto, supor que algo, por estar etiquetado, esteja controlado mentalmente é, no fundo, estup

I) É correto o uso de ponto e vírgula antes de conjunções adversativas para alongar pausas.

II) A vírgula que está posta após a conjunção não está incorreta.

III)Intercalamos por meio de vírgulas termos deslocados de usa posição natural. ( por estar etiquetado )

(…) supor que algo esteja controlado mentalmente por estar

etiquetado é estup …( 558 )

C) Classificar não é ruim ou errado; embora, supor que algo esteja controlado mentalmente, por estar etiquetado () é, estp , no fundo.

i) Dentro da estrutura do período o termo “ por estar

etiquetado” está deslocado de sua posição natural, melhor dizendo: se

colocássemos na ordem , perceberíamos claramente isso.

(…) supor que algo esteja controlado mentalmente por estar

etiquetado é estup …

D) Classificar não é ruim ou errado. Assim sendo, supor que, por estar etiquetado, algo esteja, mentalmente controlado é estupz, no fundo.

Não separamos predicativo do sujeito por vírgulas

Algo esteja () controlado

A vírgula não pode ser usada entre o verbo e logo após o seu complemento (objeto

direto, indireto (em forma de oração, inclusive)) ou predicativo do sujeito. (895)

E) Classificar não é ruim ou errado, pois, supor que algo esteja controlado, mentalmente, por estar etiquetado() é, no fundo, estup

O termos “ por estar etiquetado “ precisa estar entre vírgulas , porque

está deslocado de sua posição natural.

70
Q

Em 2016, as mentiras veiculadas com o objetivo de beneficiar um indivíduo ou um grupo – ou simplesmente franquear ao seu disseminador o prazer de manipular multidões – ganharam o nome de fake news. Aquele foi o ano em que o mundo se surpreendeu com a vitória do Brexit no Reino Unido e também o ano em que, nos Estados Unidos, as redes sociais foram infestadas por textos que diziam que a então candidata democrata, Hillary Clinton, havia enviado armas para o Estado Islâmico, ou que o papa Francisco declarara apoio ao rival dela, o hoje presidente Donald Trump.

 Nas fake news não cabem relativismos nem discussões filosóficas sobre o conceito de “verdade” – trata-se, pura e simplesmente, de informações deliberadamente enganosas. São lorotas destinadas a ludibriar os incautos, ou os nem tão incautos assim, ávidos por pendurar seus argumentos em fatos que não podem ser comprovados. O suposto desconhecimento de uns, aliado ao oportunismo de outros, ampliou o significado da expressão de forma a adequá-lo a demandas de ocasião. Em prática recém-inaugurada, a expressão fake news passou a ser usada por poderosos para classificar tudo o que a imprensa profissional publica a respeito deles e que lhes desagrada – apesar de ser invariavelmente verdadeiro. Ajuda no sucesso dessa estratégia maliciosa a popularidade dos novos meios de comunicação nascidos com a internet.

(Anna Carolina Rodrigues, Veja, 26.10.2018. Adaptado)

É correto afirmar que, nas três passagens em que há emprego de travessão (2° e 3° parágrafos), esse sinal de pontuação introduz
Alternativas
A
referência a fatos historicamente determinados, o que se constata pela menção ao surgimento das fake news e seu uso nos dias de hoje.
B
pontos de vista generalizados acerca das fake news, haja vista sua disseminação pelo mundo todo, o que se constata pela menção ao reino Unido e aos EUA.
C
conclusões da autora acerca das fake news, especialmente pela menção ao uso delas em favor da busca da veracidade dos fatos.
D
manifestação do ponto de vista da autora, o que é reforçado pelo emprego dos termos “simplesmente”, “deliberadamente” e “invariavelmente”.
E
expressão de imparcialidade em relação à maledicência nas redes sociais, o que se constata pelo emprego de termos como “manipular” e “enganosas”.

A

Gabarito D

Usos do travessão:

1) Discurso direto - uso mais comum do travessão é marcar a fala de alguém em texto. Para esse fim, pode-se utilizar também as aspas.
2) Para separar expressões ou frases intercaladas - substituindo as vírgulas para intercalar trechos em que se pretende dar ênfase.

71
Q

A alternativa redigida segundo a norma-padrão de concordância e pontuação é:
Alternativas
A
Contra essa psicose grupal houveram reações do vizinho, e as paredes de sua casa pintadas de rosa, sorriem dali.
B
Destruído que foi essa parte do ser, transportam-se os remanescentes para os ossuários que, apressadamente foi erguido no mesmo local.
C
Revela-se, na aquiescência imediata dos interpelados, estranha propensão a atos suicidas, que se praticam pela destruição de algo fundamental: a casa em que vivemos.
D
Com o ato do vizinho que é, muito mais importante do que lhe parece a ele, afirma-se, um sentimento de confiança na civilização mediterrânea.
E
Surge desta providência, algumas divagações, que aqui se transmite ao nosso companheiro, o leitor.

A

GABARITO-C

A) Contra essa psicose grupal houveram reações do vizinho, e as paredes de sua casa pintadas de rosa, sorriem dali.

O verbo haver no sentido de existir = Impessoal - Verbo no singular.

B) Destruído que foi essa parte do ser, transportam-se os remanescentes para os ossuários que, apressadamente foi erguido no mesmo local.

Vírgula deveria vir antes do pronome relativo.

II) Os ossários , que apressadamente foram erguidos no mesmo local.

C) Revela-se, na aquiescência imediata dos interpelados, estranha propensão a atos suicidas, que se praticam pela destruição de algo fundamental: a casa em que vivemos.

D) Com o ato do vizinho que é, muito mais importante do que lhe parece a ele, afirma-se, um sentimento de confiança na civilização mediterrânea.

Não separamos por vírgulas o sujeito do verbo.

afirma-se, um sentimento de confiança.

Afirma-se / isso ( um sentimento de confiança )

E) Surge desta providência, algumas divagações, que aqui se transmite ao nosso companheiro, o leitor.

Não separamos por vírgulas o sujeito do verbo.

i) Surgem () algumas divagações
ii) ( DIVAGAÇÕES) SE TRANSMITEM

72
Q

Leia o texto para responder à questão.

O Rio

O homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza. O rio corria pela planície, contornando árvores e molhando grandes pedras. Refletia o sol e era margeado por grama verde e macia.

 O homem pegou o rio e o levou para casa, esperando que, lá, ele lhe desse a mesma beleza. Mas o que aconteceu foi sua casa ser inundada e suas coisas levadas pela água.

O homem devolveu o rio à planície. Agora quando lhe falam das belezas que antes admirava, ele diz que não se lembra. Não se lembra das planícies, das grandes pedras, dos reflexos do sol e da grama verde e macia. Lembra-se apenas da sua casa alagada e de suas coisas perdidas pela corrente.

(Oswaldo França Júnior. As laranjas iguais, 1985)

No que se refere à pontuação, a frase redigida corretamente, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é:
Alternativas
A
O homem, ao ver o rio correr pela planície, contornando árvores e molhando grandes pedras, entusiasmou-se pela sua beleza.
B
Ao pegar o rio e levá-lo para casa; o homem esperava que ele lhe desse lá, a mesma beleza.
C
Mas não foi isso que ocorreu: o rio inundou, sua casa, e a água, levou suas coisas.
D
Quando lhe falam agora, das belezas que antes admirava, ele diz que não se lembra, nem das planícies, nem dos reflexos do sol.
E
Não se lembra das grandes pedras, da grama verde e macia no entanto, sua casa alagada e suas coisas perdidas pela corrente, permanecem em sua memória.

A

GABARITO - A

A) O homem, ao ver o rio correr pela planície, contornando árvores e molhando grandes pedras, entusiasmou-se pela sua beleza.

1º Usamos vírgulas para separar orações deslocadas de sua posição natural no período, principalmente adverbiais.

B) Ao pegar o rio e levá-lo para casa; o homem esperava que ele lhe desse lá, a mesma beleza.

Que ele lhe desse / algo.

Não se separa os complementos de verbos por meio de vírgulas.

C) Mas não foi isso que ocorreu: o rio inundou, sua casa, e a água, levou suas coisas.

Não se separam os complementos de verbos por meio de vírgulas .

O rio inundou algo - (, ) sua casa.

D) Quando lhe falam agora, das belezas que antes admirava, ele diz que não se lembra, nem das planícies, nem dos reflexos do sol.

Quando lhe falam de algo. ( Não se separa os complementos de verbos por meio de vírgulas)

E) Não se lembra das grandes pedras, da grama verde e macia no entanto, sua casa alagada e suas coisas perdidas pela corrente, permanecem em sua memória.

A vírgulas deve preceder a conjunção adversativa.

73
Q

Assinale a alternativa em que a pontuação está em conformidade com a norma-padrão.
Alternativas
A
As metrópoles convivem com esta contradição: de um lado pessoas que querem descansar; de outro quem quer se divertir.
B
Uma conversa que alcance cerca de 60 decibéis fica acima, do recomendado pela norma paulistana para o período noturno.
C
Os notívagos dispõem da noite para a diversão na cidade e os madrugadores, precisam padecer horas a fio nos transportes.
D
Santa Cecília é o primeiro bairro no ranking de queixas, com 595 reclamações; Pinheiros, por sua vez, recebeu 511.
E
Há pessoas, que utilizam a gastronomia e a vida noturna de São Paulo como álibi para perturbar o sono alheio.

A

A questão requer conhecimentos sobre as regras de pontuação.

ALTERNATIVA (A) INCORRETA – Deveria haver uma vírgula após as locuções adverbiais “de um lado” e “de outro”.

ALTERNATIVA (B) INCORRETA – Não deve haver vírgula após o advérbio “acima”, pois está separando-o de seu complemento.

ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Deveria haver uma vírgula antes da conjunção aditiva “e”, visto que está ligando orações com sujeitos diferentes (notívagos / madrugadores). Além disso, a vírgula separando o verbo do sujeito, na segunda oração, está errada. Não se separa sujeito de predicado, salvo se houver uma palavra ou expressão intercalada.

ALTERNATIVA (D) CORRETA – A 1ª vírgula foi usada para separar uma frase explicativa. Na 2ª oração, as vírgulas foram usadas para intercalar a expressão “por sua vez”. O ponto e vírgula foi usado para separar orações coordenadas em que pelo menos uma delas já tem vírgula no seu interior.

ALTERNATIVA (E) INCORRETA – Não deveria haver vírgula após o termo “pessoas”, haja vista a oração introduzida pelo pronome relativo “que” ser adjetiva restritiva.

GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (D)

74
Q

Acerca da linguagem empregada no texto, é correto afirmar:
Alternativas
A
A expressão destacada em “um grupo de amigos “se reúne” comigo” está substituída conforme a norma-padrão da língua por tem reunido-se.
B
Com relação ao emprego do sinal indicativo de crase, a expressão levaram-nos à substitui corretamente o termo destacado em “Essas palavras provocaram () um silêncio meditativo”.
C
No trecho “Era hora de se entregar inteiramente ao deleite da vida: ver os cenários que ele amava, ouvir as músicas que lhe davam prazer, ler os textos antigos que o haviam alimentado”, o sentido mantém-se inalterado com a substituição dos dois-pontos pela vírgula acompanhada de contudo.
D
Em “E, com isso, nos libertamos de uma infinidade de coisas tolas e mesquinhas (
) que permitimos se aninhem em nossos pensamentos e coração”, a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por auspiciosas.
E
Os conectivos destacados em “é preciso viver a vida com () sabedoria para que () ela, a vida, não seja estragada pela loucura que nos cerca” estabelecem, respectivamente, relações de instrumento e finalidade.

A

a) Incorreta, colocação pronominal equivocada: verbo principal no particípio, o pronome oblíquo virá depois do auxiliar, a regra do: “atrás ido/ado nada será metido”

Correto seria: tem-se reunido.

.

b) Incorreta, não se usa crase antes de palavra no masculino “um”

Correto seria: Essas palavras levaram-nos a um silêncio meditativo

.

c) Incorreta, no trecho os dois-pontos inicia uma enumeração/ explicação, o que mudaria o sentido ao ser substituída pela vírgula;

.

d)Incorreta, mudaria o sentido substituir mesquinha( significando avarento(a)) por auspiciosas ( significando: bondade, generosidade)

.

e) GABARITO DA QUESTÃO

(60)

(0)

75
Q

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de pontuação.
Alternativas
A
A rede estadual de ensino médio de Pernambuco, alcançou a terceira posição no ranking de desempenho de alunos em provas padronizadas.
B
A proporção dos alunos, com carga de sete horas diárias em São Paulo encontra-se em 6%, menos do que o previsto, pelo Plano Nacional de Educação.
C
Em Pernambuco, 57% das matrículas no ensino médio são em período integral; em São Paulo esse índice está ainda, distante do previsto, para 2024.
D
A rede estadual de ensino médio de Pernambuco – onde a implementação do período integral foi bem-sucedida – introduziu, o novo sistema, paulatinamente.
E
O sistema de período integral implica acabar com o período noturno; muitos alunos, por sua vez, precisam trabalhar, e outra escola pode ficar longe.

A

✅ Gabarito: E

A) A rede estadual de ensino médio de Pernambuco, alcançou a terceira posição no ranking de desempenho de alunos em provas padronizadas → INCORRETO. Vírgula separando incorretamente o sujeito do verbo; isso não pode ocorrer.

B) A proporção dos alunos, com carga de sete horas diárias em São Paulo encontra-se em 6%, menos do que o previsto, pelo Plano Nacional de Educação → INCORRETO. Vírgula separando incorretamente o sujeito do verbo; isso não pode ocorrer.

C) Em Pernambuco, 57% das matrículas no ensino médio são em período integral; em São Paulo esse índice está ainda, distante do previsto, para 2024 → INCORRETO. Vírgula separando incorretamente o predicativo do sujeito; isso não pode ocorrer.

D) A rede estadual de ensino médio de Pernambuco – onde a implementação do período integral foi bem-sucedida – introduziu, o novo sistema, paulatinamente → INCORRETO. Vírgula separando incorretamente o objeto direto; isso não pode ocorrer.

E) O sistema de período integral implica acabar com o período noturno; muitos alunos, por sua vez, precisam trabalhar, e outra escola pode ficar longe → CORRETO.

76
Q

Assinale a frase em que, de acordo com o sentido do contexto e da norma-padrão da língua, o sinal de pontuação, em destaque, indica ironia.
Alternativas
A
Eyal diz: frequente a rede para não sentir solidão.
B
O empresário joga o anzol; o usuário morde a isca.
C
Que empresas criaram o processo de fisgar pessoas?
D
Agora elas querem ajudar o usuário a se livrar do vício. Ainda bem!
E
Entrar no WhatsApp é o “bom” conselho a dar ao usuário entediado.

A

✅ Gabarito: E

✓ Entrar no WhatsApp é o “bom” conselho a dar ao usuário entediado.

➥ As aspas estão sendo usadas para marcar a ironia do termo “bom”.

77
Q

Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?

E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?

Os travessões empregados no segundo e no décimo terceiro parágrafo marcam trechos em que o autor, respectivamente:
Alternativas
A
revela um anseio de cunho pessoal; expõe a causa a que se refere o pronome “isso”.
B
confere a opinião dos leitores sobre o assunto; especifica o tempo cronológico sinalizado pelo pronome “isso”.
C
expõe sua convicção nas conquistas científicas; define a ideia veiculada pelo pronome “isso”.
D
expressa um ponto de vista sobre a sociedade atual; explicita a ideia a que o pronome “isso” faz alusão.
E
critica a busca desmedida pela juventude eterna; retifica ideia retomada pelo pronome “isso”.

A

Gabarito: D

➥ Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio? → Os travessões estão marcando uma ideia adcional, refere-se à visão sobre a sociedade atual.

➥ Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la? → Os travessões estão marcando uma ideia relacionada ao pronome demonstrativo “isso”, fazendo-lhe alusão.

78
Q

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego da vírgula.
Alternativas
A
O crescimento do cérebro humano segue um padrão, encontrado também, em outras espécies animais.
B
Há algumas gerações os cientistas, procuram saber o que causou o desenvolvimento, excepcional, do cérebro humano.
C
O cérebro humano aumentou, mas teve como custo, de toda essa evolução, a atrofia dos músculos.
D
O ambiente da savana favoreceu, de alguma forma misteriosa, o crescimento do cérebro humano.
E
Em comparação com os chimpanzés, os seres humanos gastam, mais tempo, em busca de alimentos.

A

✅ Gabarito: D

A) O crescimento do cérebro humano segue um padrão, encontrado também, em outras espécies animais → INCORRETO. Vírgula separando incorretamente objeto indireto do verbo (=não pode ocorrer).

B) Há algumas gerações os cientistas, procuram saber o que causou o desenvolvimento, excepcional, do cérebro humano → INCORRETO. Vírgula separando incorretamente o sujeito do verbo (=não pode ocorrer).

C) O cérebro humano aumentou, mas teve como custo, de toda essa evolução, a atrofia dos músculos → INCORRETO. Complemento nominal sendo separado incorretamente pela vírgula.

D) O ambiente da savana favoreceu, de alguma forma misteriosa, o crescimento do cérebro humano → CORRETO. Temos um adjunto adverbial de modo com longa extensão sendo separado corretamente pelas vírgulas.

E) Em comparação com os chimpanzés, os seres humanos gastam, mais tempo, em busca de alimentos → INCORRETO. Vírgula separando incorretamente o objeto direto do verbo (=não pode ocorrer).

79
Q

Pais e filhos: tão perto, tão longe Valdeli Vieira
A sociedade contemporânea se assenta, segundo vários pensadores das ciências humanas, por uma polaridade: de um lado o excesso, de outro a falta. No entanto, há muitos anos a psicanálise nos ensina: todo excesso esconde uma falta. Vivemos um momento sócio-histórico de excessos de trabalho, compromissos, desejos, expectativas e estímulos que atingem indistintamente crianças, adolescentes e adultos. Vivemos ocupados, com agendas cheias de cursos, reuniões, compromissos e atividades extracurriculares. Não há tempo a perder e nunca antes tivemos tanto a sensação de estarmos correndo em busca do tempo perdido. A excelência de desempenho acompanha a todos na escola, no trabalho, nos demais ambientes em que estamos inseridos. Estamos conectados permanentemente e devemos estar disponíveis todo o tempo. Esse ambiente de estimulação e exigências constantes, no qual às vezes damos conta das demandas que nos são impostas por nós mesmos ou pelo outro, e outras vezes não, tem uma única consequência a todos: a exaustão. Exaustos, ao chegarmos a casa, só queremos ficar mergulhados no nosso mundo, para de certa forma termos (ainda que na nossa fantasia) uma compensação pelas frustrações enfrentadas ao longo do dia. E é nesse ponto que começamos a nos distanciar do nosso parceiro e dos nossos filhos, porque passamos a nos tornar indisponíveis ao outro. Educar filhos, formá-los, é tarefa para a vida inteira e exige disposição, tempo, vitalidade e dedicação, e o fato é que, embora na teoria estejamos todos comprometidos com isso, na prática nem sempre estamos dispostos. Terceirizamos essas tarefas para professores, psicólogos, avós e babás. E, quando não temos essas pessoas à disposição, silenciamos as crianças dando-lhes a possibilidade de passar horas diante de alguma telinha: se antes era a televisão, hoje vemos crianças em idades cada vez mais precoces com um Ipad na mão. Não queremos ser perturbados no nosso mundo, no nosso silêncio e, sem percebermos, vamos criando abismos nas nossas relações.
(Valdeli Vieira Pais e filhos: tão perto, tão longe (adaptado) REVISTA E: https://www.sescsp.org.br/online/artigo/13291_PAISEFILHOS. Acesso 10.06.2019)
A alternativa que apresenta o trecho reescrito preservando o sentido das reflexões da autora e o respeito à norma-padrão de emprego da pontuação é:
Alternativas
A
Segundo vários pensadores das ciências humanas a sociedade contemporânea se assenta por uma polaridade que vai, do excesso à falta.
B
Educar filhos e formá-los são tarefas para a vida inteira e exigem disposição, tempo, vitalidade e dedicação.
C
Ao chegarmos, em casa, exaustos, só queremos ficar mergulhados no nosso mundo: uma forma de, ao longo do dia, compensar as frustrações enfrentadas.
D
Esse ambiente de estimulação e exigências constantes, gera uma única consequência a todos: a exaustão.
E
Não queremos ser perturbados no nosso mundo e no nosso silêncio sem percebermos criamos abismos nas nossas relações.

A

Gabarito B

Educar filhos e formá-los são tarefas para a vida inteira e exigem disposição, tempo, vitalidade e dedicação.

80
Q
Nas passagens do primeiro parágrafo – “Em 2017”, havia cerca de 10,3 milhões de jovens entre 15 e 17 anos de idade. – e – Somado a outras vicissitudes, “como as repetências”, o resultado deixa muito a desejar... –, as vírgulas são empregadas para separar, respectivamente,
Alternativas
A
aposto e oração comparativa.
B
aposto e expressão exemplificativa
C
sujeito da oração e oração comparativa.
D
locução adverbial e expressão corretiva.
E
locução adverbial e expressão exemplificativa
A

✅ Gabarito: E

✓ – Em 2017, havia cerca de 10,3 milhões de jovens entre 15 e 17 anos de idade. – e – Somado a outras vicissitudes, como as repetências, o resultado deixa muito a desejar… –

➥ Respectivamente: um adjunto adverbial de tempo; logo após, temos o “como” marcando uma exemplificação de uma das vicissitudes.

81
Q

Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
A
Saibam, caros leitores, que a disposição física para sair da vagabundagem não virá: para isso é preciso disciplina militar.
B
Saibam, caros leitores, que a disposição física para sair, da vagabundagem, não virá: para isso é preciso, disciplina militar.
C
Saibam caros leitores que a disposição física, para sair da vagabundagem, não virá: para isso, é preciso disciplina militar.
D
Saibam, caros leitores que, a disposição física para sair da vagabundagem, não virá: para isso é preciso, disciplina militar.
E
Saibam, caros leitores, que a disposição física, para sair, da vagabundagem, não virá: para isso é preciso, disciplina militar.

A

GABARITO: LETRA A

A) Saibam, caros leitores, que a disposição física para sair da vagabundagem não virá: para isso é preciso disciplina militar.

B) Saibam, caros leitores, que a disposição física para sair, da vagabundagem, não virá: para isso é preciso, disciplina militar → sair de alguma coisa (objeto indireto separado incorretamente pela vírgula).

C) Saibam caros leitores que a disposição física, para sair da vagabundagem, não virá: para isso, é preciso disciplina militar → faltaram as vírgulas para separar o vocativo.

D) Saibam, caros leitores que, a disposição física para sair da vagabundagem, não virá: para isso é preciso, disciplina militar.

E) Saibam, caros leitores, que a disposição física, para sair, da vagabundagem, não virá: para isso é preciso, disciplina militar → disposição para alguma coisa (complemento nominal separado incorretamente pela vírgula).

82
Q

Leia o texto para responder à questão.
A surpresa
Olhar-se ao espelho e dizer-se deslumbrada: Como sou misteriosa. Sou tão delicada e forte. E a curva dos lábios manteve a inocência. Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo.
(Clarice Lispector. Aprendendo a viver. São Paulo, Rocco, 2004)
O período do texto – A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. – está corretamente reescrito, de acordo com a norma-padrão de pontuação, em:
Alternativas
A
A isto se chamaria talvez, de narcisismo, mas eu chamaria de “alegria de ser”.
B
A isto se chamaria, talvez, de narcisismo; mas eu chamaria de alegria de ser.
C
A isto, se chamaria, talvez de narcisismo, mas eu chamaria de – alegria de ser.
D
A isto se chamaria, talvez de narcisismo. Mas, eu chamaria de… alegria de ser.
E
A isto, se chamaria talvez, de narcisismo, mas, eu chamaria de alegria de ser.

A

na palavra “TALVEZ” ou colocamos dupla virgula, ou não coloca nenhuma.

A isto se chamaria, talvez, de narcisismo…( é como se estivesse pulando a palavra talvez.. a isto se chamaria de narcisismo)

Ou seja, Talvez é isolado por vírgula ,pois é um adj.adverbial intercalado e que também explica uma possibilidade.

alternativa (b)

(8)

(0)

83
Q
De acordo com a norma-padrão de pontuação, no trecho – Com o acesso ao celular tornando-se onipresente, mais pessoas hoje fazem uso quase exclusivamente de serviços baseados na internet. (5º parágrafo) – o vocábulo que poderia estar entre vírgulas é:
Alternativas
A
celular.
B
onipresente.
C
hoje.
D
exclusivamente.
E
baseados.
A

Gab.: C

Com o acesso ao celular tornando-se onipresente, mais pessoas, hoje, fazem uso quase exclusivamente de serviços baseados na internet.

Hoje -> advérbio de tempo

Obs.: Obrigada “Lucas.tinti” por me avisar. Agora está certinho

84
Q

A vírgula, no trecho “São mais de 57 mil pessoas por quilômetro quadrado, uma das taxas mais altas do mundo”. (3º parágrafo) foi empregada pelo mesmo motivo em
Alternativas
A
… apenas mais um prédio residencial envelhecido no bairro Kung Tong, em Hong Kong.
B
Esses moradores pagam cerca de R$ 700 por mês, o valor mais baixo possível por um teto…
C
Não há controle dos preços do aluguel ou do tamanho dos espaços habitáveis, e faltam moradias sociais.
D
Idosos e famílias têm prioridade nas mais de 750 mil habitações subvencionadas da cidade, mas a espera é longa.
E
Imigrantes indianos, chineses e quatro idosos locais são alguns dos sem-teto…

A

A questão requer conhecimento sobre Pontuação: uso da vírgula.

No enunciado da questão, a vírgula foi utilizada para separar uma Frase Intercalada ou Interferente. Tal frase aparece como simples elemento adicional de esclarecimento.

ALTERNATIVA (A) INCORRETA – A vírgula foi usada para separar um Adjunto Adverbial, por este estar no final da frase – em sua posição habitual -, a vírgula é facultativa por questão de estilo.

ALTERNATIVA (B) CORRETA – A vírgula foi usada pelo mesmo motivo do enunciado: separar uma Frase Intercalada também denominada Frase Interferente.

ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Quando a conjunção “e” não tem ideia de soma, deve separá-la por vírgula. Na frase, a conjunção “e” tem valor de Conjunção Conclusiva.

ALTERNATIVA (D) INCORRETA – A vírgula foi usada para introduzir uma Oração Coordenada Adversativa iniciada pela conjunção “mas”.

ALTERNATIVA (E) INCORRETA – A vírgula foi usada para separar elementos da mesma classe gramatical.

GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (B)

85
Q

Para responder a questão, considere o seguinte trecho do 2º parágrafo:
“Alguns deles foram subdivididos nos ilegais ‘apartamentos-gaveta’: compartimentos minúsculos, onde é difícil conceber que uma pessoa possa viver”
Os dois-pontos servem para indicar
Alternativas
A
a introdução de uma explicação de algo dito anteriormente.
B
a supressão de algo que se infere a partir do contexto.
C
a causa de algo relacionado com a ilegalidade de um ato.
D
a retificação do que se afirmou antes dos dois-pontos.
E
a complementação de uma informação que já era óbvia.

A

A questão requer conhecimento sobre o uso dos Sinais de Pontuação.

Os dois-pontos são usados nos seguintes casos:

a) antes de uma enumeração: Vários são os autores estudados: Machado, Alencar e tantos outros.
b) antes de uma citação: Estava escrito: “girar o botão para a direita”.
c) antes de uma exposição ou explicação: Fez tudo conforme o combinado: saiu às sete horas.
d) No discurso direto é usado antes de uma pergunta ou resposta: Perguntei-lhe: “Sabes andar?”. O moço respondeu: “Nunca pude fazê-lo.”

ALTERNATIVA (A) CORRETA – Os dois-pontos foram usados para introduzir a explicação da expressão “apartamentos-gaveta” citada anteriormente.

ALTERNATIVA (B) INCORRETA – Para marcar a supressão de algo que já fora mencionado, é empregado o sinal da vírgula e não dos dois-pontos.

ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Os dois-pontos não foram usados para indicar a causa de algo, mas a explicação do que vem a ser “apartamentos-gaveta”, certamente, um ato ilegal.

ALTERNATIVA (D) INCORRETA – Primeiramente, não houve uma retificação e, se tivesse havido, o sinal de pontuação a ser usado seria a vírgula e não os dois-pontos.

ALTERNATIVA (E) INCORRETA – A informação após os dois-pontos não é uma complementação, é uma explicação do que já fora mencionado. Caso fosse uma complementação, o sinal de pontuação a ser usado seria a vírgula, ou travessão ou, até mesmo, os parênteses.

GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (A)

86
Q

Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
A
Nas cartas que trocaram, eles usaram pseudônimos mas, somente se sentiram libertos, quando Tarsila conseguiu, a anulação de seu primeiro casamento.
B
Com a queda da bolsa de Nova York, em 1929, a pintora, enfrentou mais um problema visto que, sua família perdeu a fortuna.
C
Em uma das fases mais profícuas da pintora, seu segundo amor acompanhou-a, embora fosse preciso manter a discrição.
D
O último relacionamento de Tarsila do Amaral, foi com o jornalista Luís Martins, que a deixava muito preocupada por causa da diferença de idade dos dois.
E
A pintora foi abandonada, por Martins que, depois de algum tempo, se casou com sua prima.

A

GABARITO: LETRA C

a) Nas cartas que trocaram, eles usaram pseudônimos mas, somente se sentiram libertos, quando Tarsila conseguiu, a anulação de seu primeiro casamento → incorreto. Vírgula separando de foma indevida o objeto direto do verbo.
b) Com a queda da bolsa de Nova York, em 1929, a pintora, enfrentou mais um problema visto que, sua família perdeu a fortuna → incorreto. Vírgula separando de foma indevida o sujeito de seu verbo.
c) Em uma das fases mais profícuas da pintora, seu segundo amor acompanhou-a, embora fosse preciso manter a discrição → correto, aposto separado por vírgula e logo após uma oração subordinada adverbial concessiva (em ambos usos a vírgula está correta).
d) O último relacionamento de Tarsila do Amaral, foi com o jornalista Luís Martins, que a deixava muito preocupada por causa da diferença de idade dos dois → incorreto. Vírgula separando de foma indevida o sujeito de seu verbo.
e) A pintora foi abandonada, por Martins que, depois de algum tempo, se casou com sua prima → incorreto. Vírgula separando de foma indevida o agente da passiva.

87
Q

Na passagem – Não sei até que ponto concordo com a indulgência plenária que Voltaire concede aos livros: poderíamos encher uma razoável biblioteca com obras que inspiraram paixões sangrentas. – os dois-pontos introduzem uma sequência contendo
Alternativas
A
uma retificação e poderiam ser substituídos pela conjunção “mas”.
B
uma conclusão e poderiam ser substituídos pela conjunção “portanto”.
C
um adendo e poderiam ser substituídos pela conjunção “e”.
D
uma contestação e poderiam ser substituídos pela conjunção “nem”.
E
uma justificativa e poderiam ser substituídos pela conjunção “pois”.

A

GABARITO: LETRA E

Não sei até que ponto concordo com a indulgência plenária que Voltaire concede aos livros: poderíamos encher uma razoável biblioteca com obras que inspiraram paixões sangrentas.

✓ Após os dois-pontos temos uma ideia de explicação/justificativa do porquê de não haver concordância com o pensamento de Voltaire, a conjunção coordenativa explicativa “pois” traz perfeitamente essa ideia.

88
Q

Assinale a alternativa em que a vírgula é empregada para sinalizar a omissão de um termo.
Alternativas
A
O bem supremo, o que abrange todos os outros, é a chamada cidade”, escreveu Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.), monumento da filosofia grega.
B
É humano, demasiado humano, o movimento de formar aldeias, vilas, cidades, metrópoles, megalópoles.
C
A grande novidade das últimas décadas, porém, que funciona como ímã nas cidades, é o fenomenal avanço da tecnologia.
D
As ruas de Florença nos deram o Renascimento, e as de Birminghan, a Revolução industrial, já dizia Edward Glaeser, notável especialista em economia urbana.
E
As cidades, que sempre fascinaram o homem, serão cada vez mais o epicentro da experiência humana – só que estarão ainda mais fascinantes.

A

GABARITO: LETRA D

As ruas de Florença nos deram o Renascimento, e as de Birminghan, a Revolução industrial, já dizia Edward Glaeser, notável especialista em economia urbana.

✓ […] e as de Birminghan nos deram (a vírgula marca o zeugma de um termo, definição abaixo).

✓ A elipse é a omissão de um termo sem referência no texto; já o zeugma é a omissão de um termo ocorrido anteriormente no texto.

89
Q

As vírgulas estão corretamente empregadas, conforme a norma-padrão da língua, em:
Alternativas
A
É no, dia a dia, que os alunos vão demonstrando a sua aptidão natural para a aquisição de novos conhecimentos.
B
Estamos falando sobre escolas particulares que, presumidamente, cobram mensalidades de até dez mil reais.
C
Questões de ordem econômica desde, alguns anos atrás, vêm chamando a atenção de pesquisadores da educação.
D
Alunos de, toda e qualquer escola, têm grande parcela de responsabilidade pela qualidade da aprendizagem.
E
Tem, vigorado na atualidade, a percepção de que ensino de qualidade e investimento financeiro são indissociáveis.

A

GABARITO: LETRA B

? Estamos falando sobre escolas particulares que, presumidamente, cobram mensalidades de até dez mil reais.

? Temos um adjunto adverbial de curta extensão intercalado, o uso das vírgulas está correto e é opcional (facultativo).

90
Q

Em relação ao verso “Eco, responda bem certo”, é correto afirmar que
Alternativas
A
a vírgula após o substantivo “Eco” está empregada incorretamente.
B
a forma verbal está flexionada incorretamente, pois o certo é “responde”.
C
o advérbio “bem” expressa sentido de intensidade em relação a “certo”.
D
o adjetivo “certo” está na forma masculina, concordando com “Eco”.
E
a frase contém todos os termos empregados em sentido denotativo.

A

GABARITO: LETRA C

? ?Eco, responda bem certo?

a) a vírgula após o substantivo ?Eco? está empregada incorretamente ? a vírgula está correta, ela separa o vocativo.
b) a forma verbal está flexionada incorretamente, pois o certo é ?responde? ? o verbo está flexionado corretamente.
c) o advérbio ?bem? expressa sentido de intensidade em relação a ?certo? ? correto, temos um advérbio de intensidade, ele intensifica o sentido do advérbio de modo “certo”.
d) o adjetivo ?certo? está na forma masculina, concordando com ?Eco? ? incorreto, é um advérbio de modo, equivale ao modo como ele deve responder.
e) a frase contém todos os termos empregados em sentido denotativo ? incorreto, há emprego conotativo (irreal, figurado).

91
Q

Leia o texto, para responder à questão.

Não existe cooperação sem liderança. Um líder pode ser a diferença para o sucesso de empreendimentos coletivos, nos quais o líder empreendedor deve ser capaz de desenvolver os talentos e as competências do grupo na busca dos objetivos comuns que se pretende alcançar. Ele desperta no grupo ou na comunidade o ideal coletivo e mobiliza-os para, juntos, concretizá-lo, ajudando as pessoas a identificarem as próprias necessidades e a unirem forças em torno de objetivos comuns.

Os líderes atuam em territórios, em setores, em empresas e em comunidades onde existem grupos minimamente organizados. Procuram assumir sua função na gestão do coletivo, baseando-se nos princípios da cooperação e promovendo a integração das equipes para alcançar os propósitos do grupo.

Além disso, incentivam as pessoas a adotarem novas posturas na convergência de ideias, na convivência com opiniões divergentes e nos seus atos, buscando o atendimento das necessidades e metas. Com isso, os integrantes das organizações coletivas sabem que podem contestar e validar opiniões livremente, sem qualquer possibilidade de rejeição e retaliação.

Articulando as forças em torno dos objetivos do grupo, associando recursos e integrando competências, o líder assegura que se possa fazer mais e melhor com menos.

A nova postura tem como resultados sinérgicos a valorização do ser humano, o exercício pleno da cidadania e a consecução dos resultados pretendidos pelo grupo ou comunidade.

Cada perfil de liderança influencia de modos distintos o ambiente de trabalho, o comportamento dos profissionais e o desenvolvimento das atividades profissionais.

(Disponível em sebrae.com.br. Acesso em 19.06.2021. Adaptado)

O trecho destacado na passagem “Os líderes atuam em territórios, em setores, em empresas e em comunidades onde existem grupos minimamente organizados” pode ser substituído, de acordo com a norma-padrão, por:
Alternativas
A
em que devem haver
B
os quais deve haver
C
que devem existir 
D
nos quais deve haver
E
em que deve existir
A

GABARITO: D

➥ Dica da colega Suelem, do Qc: ‘ONDE’ sempre poderá ser substituído por ‘EM QUE’, mas ‘EM QUE’ só poderá ser substituído por ‘ONDE’ quando for ideia de lugar!

Exemplos em questões:

Prova: CESPE / CEBRASPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo

Trecho: “… compreende-se que a festa surja ao indivíduo como outro mundo, em que ele se sente amparado e transformado por forças que o ultrapassam”.

A expressão “em que” poderia ser corretamente substituída por onde ou por no qual, sem que houvesse prejuízo à correção gramatical do texto. → Correto. Retoma “mundo” (ideia de lugar), logo pode ser substituído.

Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PG-DF - Técnico Jurídico - Apoio Administrativo

Trecho: “Virá o tempo em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos terá de abarcar um direito mais amplo…”

A expressão ‘em que’ poderia ser substituída por onde, sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto. → Errado. Não retoma lugar (retoma “tempo”), logo não podemos substituir.

➥ Com esse raciocínio, resolvemos a questão:

“Os líderes atuam em territórios, em setores, em empresas e em comunidades onde…” → Onde sempre pode ser substituído por em que.

“Os líderes atuam em territórios, em setores, em empresas e em comunidades EM QUE (ou nos quais) existem grupos minimamente organizados” → Existem grupos organizados EM algum lugar.
Pode ser em que ou nos quais (retomando os territórios, os setores, as empresas e as comunidades → prevalece o masculino).
Com isso, eliminamos a B e a C. Elimine comigo.

“… existem grupos minimamente organizados”

➥ Agora, o examinador quer trocar o verbo existir por uma locução verbal. Nesse caso, poderíamos optar por:

“DEVE HAVER grupos minimamente organizados”; ou
“DEVEM EXISTIR grupos minimamente organizados”.
pois:

1- O verbo haver, quando possui sentido de existir, é impessoal e, por isso, não vai ao plural (houve brigas na rua → ✓; houveram brigas na rua → x).

Numa locução verbal (verbo auxiliar + principal), ele contaminará o auxiliar com a impessoalidade. O correto é “DEVE haver grupos (…)”, e não “devem haver grupos”. Grupos é objeto direto. NÃO é sujeito!
2- A regrinha de cima NÃO se aplica ao verbo existir: ele continuará sendo pessoal, isto é, terá sujeito (grupos organizados): devem existir grupos → grupos devem existir..

(VUNESP/PRODEST) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi. → Errado.
(VUNESP/TJM-SP) Devem haver constantes avaliações → Errado.
Eliminamos a A (deveria ser “deve haver”) e a E (deveria ser “devem existir”). O gabarito ficou com a D:

d) nos quais deve haver.

92
Q

De acordo com a gramática, adjetivo é a palavra que modifica um substantivo, com ele concordando em gênero e número.

Assinale a alternativa em que as duas palavras em destaque exercem a função de adjetivos.
Alternativas
A
tem a ver com a poluição ambiental (). / [a sardinha] é totalmente vegana ()..
B
O nobre (). das águas gélidas está … / … puxar a sardinha para a sua brasa ().
C
… – é totalmente () vegana. / … é sempre o mais caro ().
D
É preciso desmistificar a ideia… ()/ … de que o alimento mais saudável…().
E
Preço salgado () e qualidade nutricional … / … é o mais rico em proteínas ().

A

GABARITO: A

a) tem a ver com a poluição ambiental. / [a sardinha] é totalmente vegana. → Correto. Veja que, nas duas ocorrências, acontece o que o examinador disse: o adjetivo modificou um substantivo (não é qualquer poluição, é uma poluição ambiental; não é qualquer sardinha, é uma sardinha vegana). Temos, portanto, dois adjetivos.
b) O nobre das águas gélidas está … / … puxar a sardinha para a sua brasa. → Errado. Temos dois substantivos, isto é, temos duas palavras que nomeiam o que nos rodeia: porta, casa, geladeira, nobre, brasa etc. Para reconhecer um substantivo, tente colocar um determinante (artigo [principalmente], pronome, numeral etc.) antes da palavra: a porta, a casa, a geladeira, o nobre, a brasa.
c) … – é totalmente vegana. / … é sempre o mais caro. → Errado. Temos advérbio e adjetivo, respectivamente. Totalmente é advérbio de modo (de que modo/como a sardinha é vegana? De modo total/por inteira). Advérbios são palavras invariáveis que modificam o sentido de alguns palavras, realçando-as, negando-as etc.

➥ Complementando: os termos caro/barato podem ser advérbio também. Para quem quiser saber mais, acesse: materiais.portuguescompestana.com.br/barato-caro/ (recomendo)

d) É preciso desmistificar a ideia… / … de que o alimento mais saudável→ Errado. Substantivo (explicação na B) e adjetivo (explicação na A).
e) Preço salgado e qualidade nutricional … / … é o mais rico em proteínas. → Errado. Adjetivo (não é qualquer preço, é um preço salgado; explicação na A) e substantivo (as proteínas; explicação na B).

93
Q

Considere as passagens do texto e assinale a alternativa que apresenta informação correta.
Alternativas
A
Na frase – Vamos nos encontrar à uma hora? (1° parágrafo) –, a palavra “à” poderia ser substituída por “a”.
B
A expressão “mas também” em – … crianças pequenas brincam de forma independente […], mas também pode ser uma maneira valiosa… (2° parágrafo) introduz ideia de adição.
C
Na frase – … tornar-se um ser social. (2° parágrafo) –, o termo ser pertence à mesma classe gramatical que em – A existência de brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro… (4° parágrafo)
D
Na passagem – … passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga. (1° parágrafo) –, há uma contradição que não é explicada ao longo do texto.
E
O termo “Embora”, em – Embora eu não ache que sempre precisamos… (6° parágrafo) –, introduz ideia de condição.

A

GABARITO: B

a) Na frase – Vamos nos encontrar à uma hora? (1° parágrafo) –, a palavra “à” poderia ser substituída por “a”. → Errado. Temos uma regrinha especial de crase. Você sabe que, diante do artigo indefinido “uma”, não há crase: “iremos A uma reunião muito importante no domingo”. Veja que, na questão, não temos esse caso. Quando o numeral indicar hora certa, haverá crase:

“ele chegará A uma hora qualquer” → Artigo indefinido; não há crase.
“ele chegará À uma hora da tarde/da manhã” → Aqui estou indicando hora exata: ele chegará quando o relógio bater uma hora. Nesse caso, haverá crase. → ele chegará AO meio-dia.
➥ Não deixe de fazer: Q262496

b) A expressão “mas também” em – … crianças pequenas brincam de forma independente […], mas também pode ser uma maneira valiosa… (2° parágrafo) introduz ideia de adição. → Correto. Temos uma conjunção aditiva. Ela pode ser substituída por: e, não só isso mas também aquilo, não só isso bem como aquilo, tanto isso quanto aquilo etc.
c) Na frase – … tornar-se um ser social. (2° parágrafo) –, o termo ser pertence à mesma classe gramatical que em – A existência de brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro… (4° parágrafo) → Errado.

tornar-se um ser social → Aqui temos um substantivo (o ser social). O autor utilizou essa palavra para designar alguém.
um relacionamento pode ser o termômetro → Aqui temos o verbo ser (eu sou, tu és, ele é…) em uma locução verbal (pode ser = dois ou mais verbos com o sentido de um). O autor utilizou essa palavra para designar uma ação, e não alguém.
➥ Não fazem parte da mesma classe gramatical, portanto a afirmação do examinador está errada.

d) Na passagem – … passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga. (1° parágrafo) –, há uma contradição que não é explicada ao longo do texto. → Errado. É verdade, pessoal. Há uma contradição: como eu vou passar uma tarde sozinho e vou estar acompanhado de uma amigo? Mas, ao longo do texto, o autor nos explica isso: “você estará sozinho no sentido de realizar as tarefas sozinho; mas seu amigo o acompanhará, realizando as tarefas dele, sozinho. Serão duas pessoas fazendo tarefas sozinhas, mas acompanhadas”.
e) O termo “Embora”, em – Embora eu não ache que sempre precisamos… (6° parágrafo) –, introduz ideia de condição. → Errado. Embora é conjunção CONcessiva. Pode ser substituído por: ainda que, mesmo que, conquanto, malgrado, em que pese, se bem que, posto que etc.

➥ Cuidado com este trio: CONTanto, CONQuanto, PORQuanto

CONquanto → CONcessiva (embora): “conquanto eu trabalhe, nunca paro de estudar”;
PORQuanto → Explicativa/causal (PORQue): “não almoçou porquanto não tinha fome”;
ConTanto → Condicional (se, caso…): “contanto que você estude, passará no concurso”.

94
Q

Vozes da natureza

    Lili chamava o sapo de bicho-nenê. Ótima sugestão para os pais novatos; é só imaginarem que estão ouvindo, não o choro chinfrim do pimpolho, mas a velha, primordial canção da saparia às estrelas.

   E não foi sempre tão gostosa, mesmo, essa manha sem fim dos sapos no banhado? Ouçam, pois, ouçam todos com o seu melhor ouvido o bicho-nenê. Ouçam-no todos os que se julgam amantes fiéis da Natureza, e ficarão felizes.

(Mario Quintana, Da preguiça como método de trabalho)

Em relação ao emprego das palavras no texto, é correto afirmar que
Alternativas
A
os advérbios “sempre” e “mesmo” no segundo parágrafo, expressam, correta e respectivamente, ideia de tempo e afirmação.
B
as conjunções “pois” e “e”, no segundo parágrafo, expressam, correta e respectivamente, ideia de explicação e comparação.
C
os adjetivos “chinfrim” e “primordial”, no primeiro parágrafo, atribuem sentido pejorativo aos substantivos a que se referem.
D
os substantivos “bicho-nenê” e “saparia”, no primeiro parágrafo, expressam ideia de coletivo e podem ser considerados sinônimos.

A

GABARITO: A

a) os advérbios “sempre” e “mesmo” no segundo parágrafo, expressam, correta e respectivamente, ideia de tempo (1 - ✓) e afirmação (2 - ✓).

➥ Frase: “e não foi sempre tão gostosa, mesmo, essa manha sem fim dos sapos no banhado?”

1- Essa manha sem fim dos sapos no banhado é gostosa quando? Sempre. A manha dos sapos é gostosa a todo tempo. Sempre, nesta frase, é advérbio de tempo.

2- Veja que o mesmo (advérbio de intensidade) reforça o que o autor diz na frase. Trocando por outra palavra para perceber a afirmação: “essa manha é realmente muito gostosa”, “essa manha é decerto, de fato, indubitavelmente muito gostosa”.

b) as conjunções “pois” e “e”, no segundo parágrafo, expressam, correta e respectivamente, ideia de explicação (1 - x) e comparação (2 - x).

➥ Frase: “ouçam, pois, ouçam todos com o seu melhor ouvido o bicho-nenê. Ouçam-no todos os que se julgam amantes fiéis da Natureza, e ficarão felizes”.

1- O pois, quando está depois do verbo (entre vírgulas), possui sentido conclusivo: “este assunto não tem importância; devemos, pois (=portanto), retirá-lo da pauta”. É o que acontece na questão: “ouçam, portanto, ouçam todos com o seu melhor ouvido…”. Organizando: “… essa manha é tão gostosa. Portanto, ouçam todos o bicho-nenê”.

2- O “e” aqui, pessoal, traz o sentido de consequência à frase. Observem: “… ouçam-no todos os que se julgam amantes fiéis da Natureza, e (então) ficarão felizes”. O fato de eu ouvir o bicho-nenê (causa), faz com que eu fique feliz (consequência). Por ouvir o bicho nenê (causa), eu ficarei feliz (consequência)

c) os adjetivos “chinfrim” (1 - ✓) e “primordial” (2 - x), no primeiro parágrafo, atribuem sentido pejorativo aos substantivos a que se referem.

➥ Frase: “é só imaginarem que estão ouvindo, não o choro chinfrim do pimpolho, mas a velha, primordial canção da saparia às estrelas”.

1- Chinfrim, realmente, traz um sentido pejorativo (=negativo) à frase. Chinfrim significa algo barulhento.

2- “Canção primordial” significa “canção dos primórdios, da origem”. O segundo adjetivo não é empregado com sentido pejorativo.

d) os substantivos “bicho-nenê” (1 - x) e “saparia” (2 - ✓) , no primeiro parágrafo, expressam ideia de coletivo e podem ser considerados sinônimos.

➥ Frase: “Lili chamava o sapo de bicho-nenê (…) é só imaginarem que estão ouvindo (…) a primordial canção da saparia às estrelas”.

1- Pessoal, bicho-nenê não expressa ideia de coletivo. Por quê? Porque não foi empregado para caracterizar um grupo de indivíduos, e sim um indíviduo em específico (o sapo de Lili).

2- Saparia é o substantivo coletivo de sapo e, portanto, nos traz a ideia de coletividade.

95
Q

Com relação à resposta _______ questionamentos sobre vacinas levantados na matéria de 2001, como não se chegou ____ comprovação ____ dúvidas levantadas, a exclusão provisória _____ edição do acervo foi uma atitude prudente.

De acordo com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com:

Alternativas
A
aos ... à ... das .... da
B
dos ... a ... a ... na
C
à ... na ... nas ... à
D
pelos ... à ... com as ... para a
A

GABARITO: A

“Com relação à resposta AOS questionamentos (1) sobre vacinas levantados na matéria de 2001, como não se chegou À comprovação (2) DAS dúvidas levantadas (3), a exclusão provisória DA edição do acervo (4) foi uma atitude prudente”.

1- Resposta A alguma coisa → Respota A + OS questionamentos → Resposta AOS questionamentos.

2- Não se chegou A algum lugar → O verbo pede preposição e, como temos um substantivo feminino no singular (a comprovação), aplicaremos a crase: não se chegou A + A comprovação → não se chegou À comprovação.

Trocando por palavra masculina para perceber a crase: “não se chegou AO entendimento”. Apareceu AO? Via de regra, haverá crase.
3- Comprovação DE alguma coisa → comprovação DE + AS dúvidas levantadas → comprovação DAS dúvidas levantadas

4- Exclusão DE algo → exclusão DE + A edição → exclusão DA edição.

96
Q

Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau, personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus, embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França) ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.

(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)

1 sincretismo: combinação

2 naco: parte, pedaço

Na oração do 3º parágrafo – ... o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade. –, o uso da preposição “por” mantém-se caso a forma verbal destacada seja substituída por:
Alternativas
A
apropriou-se
B
valeu-se
C
decidiu-se
D
utilizou-se
A

GABARITO: C

a) apropriou-se → Errado. Quem se apropria, se apropria DE algo (o Brasil, como se vê, apropriou-se DE uma tradução pela metade).
b) valeu-se → Errado. Quem se vale, se vale DE algo (o Brasil, como se vê, valeu-se DE uma tradução pela metade)
c) decidiu-se → Correto. O verbo decidir-se, no sentido de dar preferência, pede as preposições a ou por:

“Decidi-me a largar a cidade grande”;
“Decidiu-se por uma Nova Sessão de Conciliação”;
“… o Brasil, como se vê, decidiu-se POR uma tradução pela metade”.
➥ Quando trocamos o verbo optar por decidir-se, mantemos a preposição por.

d) utilizou-se → Errado. Quem se utiliza, se utiliza DE algo (o Brasil, como se vê, utilizou-se DE uma tradução pela metade).

Fontes:

profes.com.br/tira-duvidas/portugues/regencia-verbo-decidir/
vestibular.uol.com.br/duvidas-de-portugues/posso-utilizar-de-seu-telefone-por-uns-instantes.htm#:~:text=Utilizar%2C%20que%20não%20admite%20preposição,de%3B%20servir-se”.
Espero ter ajudado.

97
Q

Considere o trecho redigido a partir do texto:

 A ideia de que seríamos escravos do sistema remete muito significativamente \_\_\_\_\_\_\_ forma como os conteúdos veiculados na internet nos induzem \_\_\_\_\_\_\_ fazer certas escolhas, em consonância \_\_\_\_\_\_\_ propósitos com que são criados. Por trás do aparentemente despretensioso objetivo de possibilitar uma experiência agradável, está a busca \_\_\_\_\_ estimular o consumo, subsidiada pelo mapeamento de informações que permite \_\_\_\_\_ empresas oferecerem produtos compatíveis \_\_\_\_\_\_ perfil de cada usuário da internet.

De acordo com a norma-padrão da língua, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

Alternativas
A
à ... à ... nos ... com ... às ... pelo
B
à ... a ... com os ... por ... às ... com o
C
à ... à ... nos ... de ... as ... no
D
a ... a ... dos ... com ... as ... com o
E
a ... a ... com os ... por ... às ... do
A

GABARITO: B

“A ideia de que seríamos escravos do sistema remete muito significativamente À forma (1) como os conteúdos veiculados na internet nos induzem A fazer certas escolhas (2), em consonância COM OS propósitos (3) com que são criados. Por trás do aparentemente despretensioso objetivo de possibilitar uma experiência agradável, está a busca POR estimular o consumo (4), subsidiada pelo mapeamento de informações que permite ÀS empresas oferecerem produtos (5) compatíveis COM O perfil de cada usuário da internet (5)”.

1- Remete A algo → Remete A + A forma → “Remete À forma como os conteúdos nos induzem…”

Macete: substitua por palavra masculina. Se aparecer AO, geralmente, haverá crase: “remete muito significativamente AO amigo”.
2- Não há crase antes de verbo.

(detalhe: com essas informações, você marca o gabarito e, na prova, vai à próxima questão).

3- Quem está em consonância, está em consonância COM alguém

4- A busca POR alguma coisa.

5- permite A alguém → o mapeamento permite ÀS empresas oferecem produtos → o mapeamento permite A + AS empresas → o mapeamento permite ÀS empresas.

Macete: “…o mapeamento de informações permite AOS mercados oferecerem produtos”.
6- Produtos compatíveis COM alguém (com o perfil do usuário).

Espero ter ajudado.

Obs.: as regências que coloquei não são exclusivas. Um adjetivo, verbo etc. pode pedir outra preposição a depender do sentido que se quer dar.

98
Q

Considere as frases do 1º parágrafo:

  •   … “o” algoritmo não ficou feliz com esse post”.
  •   … sei muito bem o que é “um” algoritmo.
  •   … nunca esperei que “algum” deles ficasse feliz…

Os termos destacados nas frases referem-se, respectivamente, a algoritmos:

Alternativas
A
determinado; indeterminado; indefinido.
B
determinado; indeterminado; definido.
C
determinado; determinado; definido.
D
indeterminado; determinado; definido.
E
indeterminado; indeterminado; indefinido.
A

GABARITO: A (determinado; indeterminado; indefinido)

  • … “o algoritmo não ficou feliz com esse post”. → Algoritmo determinado. Aqui temos um artigo definido (o, a, os, as) utilizado antes do substantivo “algoritmo” para individualizá-lo, determiná-lo. O autor se refere a um algoritmo em específico: aquele ali não ficou feliz com o post.
  • … sei muito bem o que é um algoritmo. → Algoritmo INdeterminado. Os artigos indefinidos são um, uns, uma, umas. O autor empregou “um” aqui para dizer que ele conhece, genericamente, o que é um algoritmo, observe: “sei muito bem, no geral, o que é um algoritmo”
  • … nunca esperei que algum deles ficasse feliz… → Algoritmo INdefinido. Temos um pronome indefinido, que se refere à 3ª pessoa do discurso de forma vaga, genérica (algum, nenhum, todo, outro, bastante, certo etc.). Perceba o sentido genérico, indefinido: qual dos algoritmos irá ficar feliz? Não se sabe. Algum deles.
99
Q

Considere a passagem:

… deve haver um método “de” gestão “para” a utilização ótima “dos” recursos e a racionalização dos administrativos “com” melhores resultados, não se restringindo a um determinado exercício financeiro…

Nesse trecho, o vocábulo destacado que expressa finalidade é
Alternativas
A
de.
B
para.
C
dos.
D
com.
E
a.
A

GABARITO: B

➥ Nas provas da VUNESP, sempre que observar a preposição “para” e você puder substituí-la por “A FIM DE”, ela exercerá o sentido de finalidade. Veja:

“… é preciso muito esforço PARA ter um corpo perfeito!”

“… é preciso muito esforço A FIM DE ter um corpo perfeito!” → Finalidade.

No trecho que o examinador nos deu, a preposição PARA, novamente, exerce função de finalidade. Veja:

“… deve haver um método de gestão A FIM DE (haver) a utilização ótima dos recursos e a racionalização dos procedimentos administrativo.”

“… deve haver um método de gestão COM A FINALIDADE de ótima utilização dos recursos e a racionalização dos procedimentos administrativo.”

100
Q

Releia o primeiro parágrafo:

Separadas “por” uma tela, as pessoas “na” sociedade virtual não alcançam o outro, motivo “pelo” qual não conseguem se colocar “em” seu lugar.
Estamos vivendo o maior individualismo “da” história humana.

Nesse trecho, o vocábulo destacado que expressa sentido de instrumento é
Alternativas
A
por.
B
na. 
C
pelo.
D
em.
E
da.
A

GABARITO: A

“Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história humana.”

➥ Aqui o examinador quis que você identificasse qual era a preposição que dá a noção de instrumento à frase. Veja três frases a título de exemplo:

Ele cortou a árvore com o machado;
Paulo cortou-se com a faca.
Ele me batia de chicote.

➥ Nestas frases, a preposição em destaque exerce função de instrumento. Veja:

Cortou a árvore com o quê? Qual foi o instrumento que possibilitou que ele cortasse a árvore? O machado. Foi COM o machado que ele cortou a árvore.
Cortou-se com o quê? Qual foi o instrumento que possibilitou que Paulo se cortasse ? A faca. Foi COM a faca que ele se cortou.
Ele me batia DO quê? Qual foi o instrumento que possibilitou que ele me batesse? O chicote. Foi DE chicote que ele me bateu.

➥ Isso acontece também com a preposição “por” na frase que o examinador nos deu, pessoal. Vejam: “Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro”.

Estão separados PELO (por + o) quê? Qual foi o instrumento que separou as pessoas na sociedade virtual? A tela. Foi PELA tela, por este instrumento, que as pessoas foram separadas.

Quanto aos outros:

b) na. → Errado. Pessoal, aqui a preposição em (na = em + a) transmite uma ideia de lugar virtual, como, por exemplo: “ele brinca em meu coração” ← Veja que a preposição em transmite essa noção de lugar virtual.

➥ Isso também acontece com a frase da alternativa. Se alguém lhe dissesse: “as pessoas não alcançam o outro”, você diria: “Beleza! Não alcançam o outro, mas isso acontece ONDE, meu camarada? EM QUE LUGAR? NA sociedade virtual.

c) pelo. → Errado. A preposição por (pelo = por + o) transmite a ideia de causa: “(…) as pessoas não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar”

➥ Se alguém lhe disser: “as pessoas não conseguem se colocar em seu lugar”, você diria: “não conseguem se colocar POR quê? POR qual motivo? A resposta seria: “o motivo delas não conseguirem se colocar em seu lugar é porque não alcançam o outro”.

➥ Veja que, ainda, podemos substituir por “por que” para percebermos a noção de causa: as pessoas não alcançam o outro, motivo por que não conseguem se colocar em seu lugar”. Segundo o Profº Pestana: “A forma por que pode ser uma locução adverbial interrogativa de causa quando equivale a ‘por qual razão/motivo’ ou ‘(o) motivo pelo qual’”.

d) em. → Errado. Noção de lugar: Não conseguem se colocar onde? Em seu lugar.
e) da. → Errado. Aqui, pessoal, temos a noção de caracterização. Não é qualquer individualismo. É o individualismo DA história humana.

➥ Dê uma olhada neste link com outras noções que a preposição dá:

101
Q

Leia o texto para responder à questão.

Um dos hábitos de Churcill era o de pintar telas a óleo como hobby, hábito que ele levou muito a sério. Especialistas veem em seus quadros influências de Monet, Turner e Van Gogh. Para ele, ainda que representasse diversão ou evasão da realidade, a arte era fundamental. E “como” tinha língua afiada e pena precisa, ele mesmo escreveu a respeito de seu interesse pelas artes plásticas: “A pintura é uma amiga que não faz exigências desmedidas, que não incita a buscas exaustivas, que mantém marcha constante “ainda que” a passos lentos, e que ergue sua tela “como” uma cortina entre nós e o olhar invejoso do tempo”.

(Fábio Altman. “Champanhe, vinho e pinceladas.”
Veja, 17 de fevereiro de 2021. Adaptado)
As relações estabelecidas no texto pelas conjunções negritadas (como; ainda que; como) são, respectivamente, de
Alternativas
A
causalidade; conformidade; conformidade.
B
concessão; concessão; comparação.
C
comparação; concessão; conformidade.
D
causalidade; concessão; comparação.
E
comparação; conformidade; comparação.
A

GABARITO: D

“E COMO tinha língua afiada e pena precisa, ele mesmo escreveu a respeito de seu interesse pelas artes plásticas”

➥ Pessoal, aqui o como exerce função causal. Veja o macete para descobrir a causa:

O fato de (causa)… fez com que (consequência)
“O fato de ter a língua afiada (causa) fez com que ele mesmo escrevesse a respeito de seu interesse (consequência)”

.

“A pintura é uma amiga que não faz exigências desmedidas, que não incita a buscas exaustivas, que mantém marcha constante AINDA QUE a passos lentos…”

➥ Aqui há uma conjunção concessiva. Ela concede algo, mesmo que não queira: “Embora eu não goste de você, irei suportá-lo” → “A pintura mantém marcha constante AINDA QUE, EMBORA a passos lentos”

.

“e que ergue sua tela COMO uma cortina entre nós e o olhar invejoso do tempo”.

➥ Nesta aqui temos uma comparativa. Veja que ela compara a tela com a cortina. Se estiver em dúvida, substitua por “igual a”: “…e que ergue sua tela IGUAL A uma cortina entre nós e o olhar invejoso do tempo”.

102
Q
Na passagem – Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, “pois” não se trata de joias e, “se” por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco a pouco. – as conjunções destacadas estabelecem, no contexto, correta e respectivamente, relações de sentido de:
Alternativas
A
conclusão e modo.
B
conclusão e condição.
C
causa e consequência.
D
concessão e hipótese.
E
explicação e hipótese.
A

GABARITO: E

Macete da nossa colega Simone (para provas da VUNESP):

Pois Antes do Verbo é Explicativo (PAVÊ) → “Choveu, pois a rua está molhada”
Pois Depois do Verbo é Conclusivo (PDVC) → “Choveu. A rua está, pois, molhada”
“Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata de joias” → PAVÊ.

“se por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor… → Temos uma conjunção condicional, que pode ser substituída por “caso” → “Caso eu as houvesse herdado…”

Obs.: Lembrando que o se pode exercer outras funções (conjunção integrante, por exemplo), mas, nesta questão, o examinador cobrou a função condicional.

103
Q

Na frase que inicia o último parágrafo – Anda, “evidente”, muito mal conduzida nossa democracia. –, o termo destacado tem valor de
Alternativas
A
advérbio, empregado para justificar a situação deplorável em que se encontra a saúde da democracia brasileira, reiterando que “Para saber como as democracias morrem há legistas mais capazes na autópsia.” (1º parágrafo)
B
adjetivo, empregado para caracterizar a condição da democracia brasileira, reiterando que é “melhor observar o mal-estar dos fatos polêmicos à luz da ousadia pessoal dos influentes que os cometem…” (1º parágrafo)
C
advérbio, empregado para confirmar a ideia de má condução da democracia brasileira, reiterando que “Lesões oportunistas são obra de ideologias diversas que enfraquecem uma nação e comprometem sua saúde democrática.” (1º parágrafo)
D
adjetivo, empregado para descrever a ação dos sujeitos que matam a democracia, reiterando a ideia “da ousadia pessoal dos influentes que os cometem e da letargia cívica com que os influenciados reagem”. (1º parágrafo)
E
advérbio, empregado para opor-se à ideia de que a população ignora os efeitos nocivos que recaem sobre a democracia brasileira, reiterando a ideia “da letargia cívica com que os influenciados reagem a eles.” (1º parágrafo)

A

GAB C

Uma dica para localizar um adverbio é visualizar a ideia de “circunstância” e de função modificadora.

Essa circunstancia pode dar uma ideia modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.
Outra dica importante é que o adjunto adverbial deslocado deve ser separado por vírgulas.

Para isso, é só lembramos da ordem direta:

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO ADVERBIAL

Caso o adjunto adverbial saia da ordem direta, obrigatoriamente, a vírgula irá acompanhá-lo

104
Q
Na passagem do primeiro parágrafo – ... que pudesse explicar o Brasil “com” apenas um título que... –, a preposição “com” forma uma expressão cujo sentido indica
Alternativas
A
lugar.
B
modo.
C
conformidade.
D
instrumento.
E
causa.
A

Alternativa “B”.

Preposições são palavras invariáveis que ligam duas ou mais palavras ou termos de uma oração, estabelecendo relações de sentido ou dependência. Elas relacionam um termo antecedente e um termo consequente.

Na frase “pediu-me que a recebesse para uma conversa que pudesse explicar o Brasil com apenas um título que serviria de roteiro para o trabalho que deveria apresentar.”

A preposição “COM” inserida nexte contexto, indica uma relação de modo entre as palavras.

–> “pediu-me que a recebesse para uma conversa que pudesse explicar o Brasil (DE QUE MODO? DE QUE MANEIRA? DE QUE FORMA?) com apenas um título que serviria de roteiro para o trabalho que deveria apresentar.”

ATENÇÃO: Uma mesma preposição pode ter estabelecer relações distintas, por exemplo:

  • Estou com Maria. (Relação de companhia, de lugar, posição no espaço).
  • Estou com fome. (Relação de sentimento, sensação, modo).
105
Q

Na frase – Passei o dia inteiro “em” pé –, a preposição destacada forma uma expressão de mesmo sentido que a destacada em:
Alternativas
A
Para fazer o passeio pelas montanhas, era preciso estar em forma.
B
Morava em uma cidade pequena e agradável, longe da poluição.
C
Quando pensava em estudar, os números afloravam em sua cabeça.
D
Esqueceu o material de trabalho em cima de um balcão de padaria.
E
Em dias nublados, gostava de ouvir músicas tranquilas e ler um livro.

A

✅ Gabarito: A

✓ Passei o dia inteiro em pé → A preposição EM refere-se ao MODO como se passou o dia.

➥ NA LETRA A): Para fazer o passeio pelas montanhas, era preciso estar em forma → A preposição EM refere-se ao MODO como era preciso estar para fazer o passeio pelas montanhas.