Portugues Flashcards
Leia o texto, para responder à questão.
Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.
O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive matando. A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo. Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e, consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.
Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de orgulho intelectual para o matador.
Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação cotidiana do lado perverso do ser humano.
Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o amor.
(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)
As expressões copiosamente, mansuetude e filantropia, destacadas no segundo parágrafo, têm antônimos, correta e respectivamente, em:
Alternativas
A
restritamente … insolência … altruísmo
B
limitadamente … violência … misantropia
C
prolixamente … decrepitude … solidão
D
estritamente … inclemência … compartilhamento
E
chorosamente … brandura … isolamento
LETRA B.
COPIOSAMENTE: amplamente, abundantemente, muito, assaz, bastante, abrangentemente, extensamente, extensivamente, largamente, generosamente, grandemente, vastamente. De forma abundante: profusamente, excessivamente, fartamente, sobejamente, numerosamente, ricamente.
Antônimo = limitadamente, pouco, diminuto, escasso, conciso, raro, moderado.
MANSUETUDE: meiguice, afeição, afetividade, afeto.
Antônimo = violência, brutalidade, excitamento, ansiedade, excitação.
FILANTROPIA: desprendimento, generosidade para com outrem; caridade, beneficência, ajuda, altruísmo, amparo, auxílio.
Antônimo = misantropia, aborrecimento, antipatia, aversão, crueldade, desumanidade.
Leia o texto, para responder à questão.
Malandro, preguiçoso, astuto e dado a ser fanfarrão: eis a figura do Arlequim. Sedutor, ele tenta roubar a namorada do Pierrot, a Colombina. Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa. Toda escola tem arlequim entre alunos e professores. Todo escritório tem o grande “clown”. Há, ao menos, um tio arlequinal por família. Pense: virá a sua cabeça aquele homem ou mulher sempre divertido, apto a explorar as contradições do sistema a seu favor e, por fim, repleto de piadas maliciosas e ligeiramente canalhas. São sempre ricos em gestos de mímica, grandes contadores de causos e, a rigor, personagens permanentes. Importante: o divertido encenador de pantomimas necessita do palco compartilhado com algum Pierrot. Sem a figura triste do último, inexiste a alegria do primeiro. Em toda cena doméstica, ocorrem diálogos de personagens polarizadas, isso faz parte da dinâmica da peça mais clássica que você vive toda semana: “almoço em família”. O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre com as algemas do decoro. Aqui vem uma maldade extra: ele nos perdoa dos nossos males por ser, publicamente, pior do que todos nós. Na prática, ele nos autoriza a pensar mal, ironizar, fofocar e a vestir todas as carapuças passivo-agressivas porque o faz sem culpa. O Arlequim é um lugar quentinho para aninhar os ódios e dores que eu carrego, envergonhado. Funciona como uma transferência de culpa que absolve meus pecadilhos por ser um réu confesso da arte de humilhar. Você aprendeu na infância que é feio rir dos outros quando caem e que devemos evitar falar dos defeitos alheios. A boa educação dialogou de forma complexa com nossa sedução pela dor alheia. O que explicaria o trânsito lento para contemplar um acidente, o consumo de notícias de escândalos de famosos e os risos com “videocassetadas”? Nossos pequenos monstrinhos interiores, reprimidos duramente pelos bons costumes da aparência social, podem receber ligeira alforria em casos de desgraça alheia e da presença de um “arlequim”. Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a humilhação que não seria permitida a eles pelo hospedeiro e, tranquilos, voltam a dormir na alma de cada um até a próxima chamada externa. Olhar a perversidade do Arlequim é um desafio. A mirada frontal e direta tem um pouco do poder paralisante de uma Medusa. Ali está quem eu abomino e, ali, estou eu, meu inimigo e meu clone, o que eu temo e aquilo que atrai meu desejo. Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios como única chance de mantê-los sob controle. Quando não consigo, há uma chance de eu apoiar todo Arlequim externo para diminuir o peso dos meus. O autoconhecimento esvazia o humor agressivo dos outros. Esta é minha esperança.
(Leandro Karnal, A sedução do Arlequim. O Estado de S.Paulo, 26.12.2021. Adaptado)
Assinale a afirmação correta acerca das expressões astuto e fanfarrão, em destaque no primeiro parágrafo do texto.
Alternativas
A
Astuto tem como antônimo espertalhão; fanfarrão tem como sinônimo palhaço.
B
Astuto tem como sinônimo velhaco; fanfarrão tem como sinônimo destemido.
C
Astuto tem como sinônimo matreiro; fanfarrão tem como antônimo comedido.
D
Astuto tem como antônimo tolo; fanfarrão tem como antônimo bravateiro.
E
Astuto tem como sinônimo sabichão; fanfarrão tem como antônimo bufão.
GABARITO: C
Vamos lá. Com calma e perseverança, conseguiremos.
a) Astuto tem como antônimo espertalhão (E); fanfarrão tem como sinônimo palhaço (E). → Errado.
Astuto é o contrário de espertalhão? Não, pessoal. É a mesma coisa. São sinônimos, não antônimos. Por aqui você já elimina.
Fanfarrão é a mesma coisa que palhaço? Não. Fanfarrão é aquele cara que gosta de contar vantagem, que conta bravatas, que alardeia coragem sem ser corajoso. Palhaço é aquele que causa mofa (=zombaria), risos, gracejos etc.
b) Astuto tem como sinônimo velhaco (C); fanfarrão tem como sinônimo destemido (E). → Errado.
Astuto é a mesma coisa que velhaco? Sim. Astuto é aquele cara esperto; que não se engana facilmenfe e que gosta de enganar a todos: é o malandro. Velhaco é o sujeito traiçoeiro, que engana outra pessoa.
Fanfarrão é a mesma coisa que destemido? Não. Leia a 2 da A para fanfarrão. Destemido é o corajoso, e não o que conta vantagem sem a ter.
c) Astuto tem como sinônimo matreiro (C); fanfarrão tem como antônimo comedido (C). → Correto.
Astuto é a mesma coisa que matreiro? Sim. Matreiro é aquele cara que é astuto no que quer (esperto, malandro etc.)
Fanfarrão é o contrário de comedido? Sim. Comedido é o indivíduo prudente. Aquele que age com cautela, sensato e ajuizado. É o contrário do fanfarrão, que diz ter o que não tem.
d) Astuto tem como antônimo tolo (C); fanfarrão tem como antônimo bravateiro (E). → Errado.
Astuto é o contrário de tolo? Sim. Astuto = esperto/malandro; tolo = indivíduo pateta/parvo/pascácio.
Fanfarrão é o contrário de bravateiro? Não. É a mesma coisa. Fanfarrão = aquele que diz ter qualidades que não tem; bravateiro = aquele que conta bravatas (ostentar qualidades que não tem/arrogante).
e) Astuto tem como sinônimo sabichão (C); fanfarrão tem como antônimo bufão (E). → Errado.
Astuto é a mesma coisa que sabichão? Sim. Você já entendeu o que isso significa rsrs.
Fanfarrão é o contrário de bufão? Não. Bufão é aquele que nos causa graça (aquele que faz rir): é o palhaço; o bobo da corte.
➥ Complementando com três palavras perigosas que a VUNESP já cobrou:
Latente: todo mundo usa com sentido de “evidente” (é latente o descaso na rodovia = é evidente o descaso na rodovia), mas isso está errado. Pessoal, latente NÃÃÃÃO é sinônimo de evidente. É justamente o contrário: latente signfica oculto, encoberto (perigo latente = perigo oculto). Tome cuidado!! Para dizer que algo é evidente, use patente.
Alvissareiro: promissor (trago notícias alvissareiras)
Vaticinar: fazer adivinhação (não tem nada a ver com vacinar rsrs): aprendeu ciências ocultas e passou a vaticinar.
Leia o texto, para responder à questão.
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia, apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas. Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando etimologia. O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam trancadas. É pouco? Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas. O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa. Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos. Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas. Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva. O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros. No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais. Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”. Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era rezar. Está valendo.
(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)
Considere a passagem:
“Mesmo” essa acepção, “como”vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico bastante popular que a palavra carrega “há”décadas. No século passado, tornou-se possível “falar em” “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
Os termos destacados na passagem transcrita podem ser corretamente substituídos por:
Alternativas
A
Inclusive … tal qual … faz … referir-se à
B
Igualmente … segundo … fazem … referir ao
C
Até … conforme … faz … referir-se a
D
Precisamente … conforme… fazem … referir-se a
E
De fato … tal qual … faz … referir-se à
GABARITO: C
“Mesmo essa acepção (1), como vimos (2), tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico bastante popular que a palavra carrega há décadas (3). No século passado, tornou-se possível falar em (4) “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
Vamos lá:
1- Pessoal, esse "mesmo" nos dá a ideia de inclusão, adição: ele é uma palavra denotativa de inclusão (até, inclusive, mesmo, também etc.). Veja que podemos falar: "inclusive/até essa acepção tinha seu lado escuro". Por aqui, você não elimina muitas. Vamos continuar? 2- O "como" pode possuir diversos sentidos. No do texto, ele é uma conjunção subordinativa conformativa (equivale a segundo, de acordo com etc.), observe: "mesmo essa acepção, conforme vimos (de acordo com o que vimos) tinha seu lado escuro". Aqui eliminamos as alternativas A e E. 3 - O examinador quis que você substituísse o verbo haver, com sentido de existir, pelo verbo fazer, com o mesmo sentido. Lembre-se: o verbo fazer, quando possui sentido de EXISTIR, não varia! Ele é IMpessoal, isto é, NÃO possui sujeito e, por isso, fica no singular. Veja:
Fazem três anos que não a vejo (x);
Faz três anos que não a vejo (✓).
➥ Por isso, o correto é: “faz décadas”. Eliminamos as alternativas B e D e ficamos com o gabarito.
4 - "referir-se A vírus" ou "referir-se À vírus"? Foram essas as opções que o examinador nos deu. O correto, pessoal, é "referir-se A vírus", pois, quando temos palavras masculinas (o vírus), NÃO há crase, exceto se a palavra "à moda de" estiver implícita. Ex.: "usava sapatos À Luís XVI" → "usava sapatos À MODA DE Luís XVI".
➥ Agora, a gente marca o gabarito, beleza?
c) Os termos destacados na passagem transcrita podem ser corretamente substituídos por Até … conforme … faz … referir-se a.
Leia o texto, para responder à questão.
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia, apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas. Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando etimologia. O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam trancadas. É pouco? Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas. O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa. Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos. Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas. Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva. O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros. No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais. Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”. Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era rezar. Está valendo.
(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o autor emprega exclusivamente palavras em sentido próprio.
Alternativas
A
Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava.
B
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam trancadas.
C
Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.
D
Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.
E
Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos permite “dominar os arcanos da álgebra”.
GABARITO: E
Quando você se deparar com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:
Sentido figurado (conotativo/abstrato/alegórico): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra) Sentido próprio (denotativo/lógico/objetivo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho) Macete:
Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário
➥ Devemos procurar nas alternativas o sentido PRÓPRIO:
a) Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. → Errado. Você já viu um vírus hibernar? Dormir profundamente? Não. Sentido figurado.
b) O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam trancadas. → Errado. Quem aqui já viu o estudo abrindo janelas? Ninguém. Sentido figurado, conotativo.
c) Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas. → Errado. Você já pegou rsrs. Metáfora venenosa se encontra no campo alegórico, abstrato. Temos, portanto, sentido figurado.
d) Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas. → Errado. Sentido figurado.
e) Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos permite “dominar os arcanos da álgebra”. → Correto. Por eliminação, aqui não há palavra em sentido figurado. Apenas há o sentido próprio. Lembrando que arcano significa misterioso, enigmático. Quando o autor diz “dominar os arcanos da álgebra”, quis dizer que ter o tal conhecimento não nos permitirá dominar os mistérios, os enigmas da álgebra. Aqui, há a presença de palavras em sentido próprio: o sentido que o dicionário dá à palavra (a pedra é dura), sem conotação.
Nada é de graça e, se for, desconfie
A Muralha da China não é vista da Lua, e a tomada do padrão antigo não vai voltar. Se você acreditou em notícias falsas como essas, eu sei como elas chegaram até você: de graça, por meio das redes sociais, de sites gratuitos de “notícias”. Informação de qualidade não tem como ser de graça, pois existe algo inexorável no mundo da comunicação: conteúdo de qualidade custa. Jornalismo custa. E alguém precisa pagar a conta. No Brasil, por décadas, a liberdade – e a qualidade – do jornalismo foi garantida por um modelo que se viu ameaçado nos últimos anos. O modelo funciona assim: clientes contratam agências de propaganda, que anunciam nos veículos, que, por sua vez, podem investir em jornalismo isento, contratando bons profissionais. Por que esse modelo é tão importante? Primeiro: ele garante o fortalecimento das agências e a qualidade do conteúdo da propaganda. Segundo: a publicidade ajuda a garantir a independência econômica (que traz a independência de opinião) dos veículos de comunicação. Terceiro: países onde a imprensa não recebe investimento privado e depende do governo têm a sua democracia ameaçada. Mas veio a revolução das redes sociais e todo mundo virou youtuber, blogueiro, digital influencer. O investimento publicitário começou a migrar para esses novos canais, muito mais pulverizados. Ao contrário do que se sonhava nas faculdades de jornalismo, essa revolução não democratizou a informação, popularizando os meios de comunicação. Na verdade, ela sucateou a informação e ameaçou o jornalismo de verdade. E as fontes de fake news foram se espalhando, impulsionadas por likes e compartilhamentos. Agora, o mundo percebeu que as fake news não eram tão inofensivas assim. E essa reflexão começou a trazer resultados. Os mais espertos passaram a procurar fontes melhores para se informar. Nos EUA, o hábito de leitura de jornais tradicionais, na versão impressa ou digital, aumentou entre as faixas etárias mais jovens. Aqui, em 2016, os onze maiores jornais registraram um crescimento de 16,6% em assinaturas digitais, segundo o IVC (Instituto Verificador de Comunicação). Com a volta dos assinantes, uma verdade fica cada vez mais clara: o que é de graça não funciona. Conteúdo de qualidade custa. Mas é uma ótima relação custo-benefício. Benefício para o mercado e para a sociedade.
(Mario d’Andrea. Folha de S. Paulo, 26.09.2017. Adaptado)
Assinale a alternativa correta a respeito da expressão destacada no trecho do texto.
Alternativas
A
Em – … a tomada do padrão antigo não vai voltar … –, está em sentido figurado, significando conector elétrico.
B
Em – … pois existe algo inexorável no mundo da comunicação … –, está em sentido próprio, significando implacável.
C
Em – … um modelo que se viu ameaçado nos últimos anos … –, está em sentido figurado, significando paradigma.
D
Em – … começou a migrar para esses novos canais … –, está em sentido próprio, significando promover.
E
Em – Na verdade, ela sucateou a informação … –, está em sentido figurado, significando onerou.
a) Em – … a tomada do padrão antigo não vai voltar … –, está em sentido figurado, significando conector elétrico.
Incorreto. A palavra está em sentido literal, denotativo. Sem transtornos, com uma leitura breve, nota-se que “tomada” não é substantivo, e sim uma forma nominal do verbo “tomar” que está substantivada;
b) Em – … pois existe algo inexorável no mundo da comunicação … –, está em sentido próprio, significando implacável.
Correto. O adjetivo “inexorável” está mesmo no sentido literal, denotativo e encerra o significado trazido pela banca;
c) Em – … um modelo que se viu ameaçado nos últimos anos … –, está em sentido figurado, significando paradigma.
Incorreto. Está em sentido literal, denotativo;
d) Em – … começou a migrar para esses novos canais … –, está em sentido próprio, significando promover.
Incorreto. Está em sentido figurado, conotativo, significando “mudar; sair”;
e) Em – Na verdade, ela sucateou a informação … –, está em sentido figurado, significando onerou.
Incorreto. O verbo “sucatear” está mesmo em sentido figurado, porém com sentido distinto de “onerar”. No contexto presente, “sucatear” encerra sentido de “arruinar”, ao passo que “onerar” relaciona-se com gastos, despesas.
Letra B
A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse. Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano. Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido. No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios da pessoa. Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.
1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.
(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/
a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)
Considere o seguinte trecho do 5º parágrafo:
… pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação….
Nesse contexto de leitura, estão empregadas em sentido figurado as seguintes palavras:
Alternativas A imagens e incentivo. B camuflada e armadilhas. C agradáveis e pensamento. D alinhado e anseios. E criam e interpretação.
GABARITO: B
➥ Quando você se deparar com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:
Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra) Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho) Macete:
Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário
➥ Analisando a frase, encontramos o sentido figurado, simbólico apenas nas palavras da alternativa B:
b) camuflada e armadilhas. → Correto.
“… pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios”
➥ Certo. Ninguém vai ficar realmente “camuflado”, como um soldado. O autor empregou o termo para dizer que a intenção das redes é mascarada (outra palavra no sentido figurado). Ela vem por outro meio: imagens fofinhas, frases de motivação etc. A intenção se apresenta por meio de sorrelfas (dissimulações, disfarces).
“… tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação….”
➥ Certo! Mesmo pensamento da anterior. Ninguém realmente criará “armadilhas”. O termo foi empregado no sentido simbólico, figurado.
A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse. Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano. Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido. No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios da pessoa. Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.
1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.
(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/
a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)
No texto, apresentam sentido equivalente os termos destacados na passagem:
Alternativas
A
Por ser jurássico (1)na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador(2)… (1º parágrafo)
B
Desenvolvi (3) vários, mas, até hoje, nunca esperei (4) que algum deles ficasse feliz ou triste com algo… (1º parágrafo)
C
… uma inteligência artificial interpreta (5), aprende e provoca (6) contínua e quase naturalmente emoções humanas… (3º parágrafo)
D
Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência (6), pois o perfil de consumo (7) também é mapeado… (4º parágrafo)
E
A ausência do contraditório (8), da discrepância e do discordante (9)infantiliza qualquer relação… (último parágrafo)
GABARITO: E
➥ É uma questão para você encontrar o sinônimo. O examinador só não usou estas palavras.
a) Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador… (1º parágrafo) → Errado. Jurássico é o mesmo que programador? Não. Sentidos diferentes.
b) Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste com algo… (1º parágrafo) → Errado. Desenvolver algo é a mesma coisa que esperar algo? Não. O sentido não é o mesmo.
c) … uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emoções humanas… (3º parágrafo) → Errado. Interpretar algo é o mesmo que provocar algo? Não. Sentidos diferentes.
d) Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo também é mapeado… (4º parágrafo) → Errado. Acho que você já pegou a onda rsrs. Ter experiência de algo não é a mesma coisa que consumir algo. Sentidos diferentes
e) A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação… (último parágrafo) → Correto. Ser contraditório quer dizer ser discordante? Sim. Concordante é aquilo que concorda. Discordante é aquilo que discorda de algo, é contraditório. Os termos são sinônimos. É o nosso gabarito.
Leia o texto para responder a questão.
Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um introvertido extremado, que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que sites da internet ou jogando videogames violentos. Seu desempenho escolar havia despencado para um punhado de notas baixas, e ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas cibernéticas. [...] Em menos de uma semana, Sara gingava para lá e para cá, exibindo abertamente a tatuagem, e, de quebra, uma argola no nariz, para dramatizar sabe-se lá qual afirmação. As duas semanas de castigo que recebeu por essa estupidez serviram apenas para deixá-la mais insolente e distante.
(James C. Hunter. De volta ao mosteiro) Considerando o contexto, os vocábulos destacados no texto – extremado e insolente – têm, respectivamente, sentido de Alternativas A competente, imprudente. B destacado, polida. C revoltado, reverente. D exagerado, desrespeitosa. E consumado, cortês.
GABARITO: D
Significado:
Extremado: Distinto entre muitos; insigne; excelente, perfeito: escritor extremado, virtudes extremadas.
Insolente: Que age com desrespeito, de maneira desrespeitosa; malcriado.
Leia o texto para responder a questão.
Febre mundial, abacate ficou mais valioso que petróleo e gerou até tráfico
Você pode até não suspeitar (1), mas o abacate que amadurece na sua fruteira está valendo mais do que petróleo. Na verdade, vive-se uma verdadeira obsessão (2) mundial por ele. Há mais de uma variação da fruta fazendo sucesso em cima da torrada dos hipsters1 , na sobremesa das famílias tradicionais, sendo usado como condimento e indo parar em pratos requintados nos restaurantes. Segundo a avaliação de quem é da área, uma mudança em hábitos alimentares e em maneiras de preparo ajudou a popularizar o abacate. Os preços dispararam, gerando lucros para além de crises econômicas e sociais em todo o mundo. Na Nova Zelândia e na Austrália, onde crimes beiram a zero, surgiram verdadeiras redes de tráfico da fruta. No ano passado, as autoridades neozelandesas interferiram até mesmo em um mercado paralelo. Já no México, líder mundial na produção, a exportação da fruta já é mais lucrativa do que o petróleo, com mais de 1 milhão de toneladas saindo do país, de acordo com o próprio governo mexicano. Mas, por quê? “Antes se entendia que o abacate era uma fruta gordurosa, que engordava. Hoje acontece uma desmistificação, que é uma fruta saudável”, analisa Jonas Octávio, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Abacate (ABPA). Segundo ele, além da pegada fitness2 que a fruta assumiu, o público passou a testar também versões salgadas do abacate, como o guacamole.
(https://noticias.bol.uol.com.br. Adaptado)
1 Hipster: Alguém que pensa e se veste diferentemente do que é moda dominante.
2 Fitness: Relativo à boa condição física.
Considere as passagens:
• Você pode até não suspeitar (1)… (1o parágrafo);
• Na verdade, vive-se uma verdadeira obsessão (2) mundial por ele. (1o parágrafo);
• … uma mudança em hábitos (3) alimentares e em maneiras de preparo… (2o parágrafo).
No contexto em que estão empregados, os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
A
desconfiar … compulsão … costumes
B
acreditar … interesse … regras
C
pressentir … motivação … comportamentos
D
entender … atenção … crenças
E
adivinhar … descaso … manias
alternativa: A
suspeitar- verbo transitivo direto ou indireto. Tem como significado de sinônimo: lançar, acusar, desconfiar, etc.
Obsessão- substantivo feminino. Tem como significado: compulsão, necessidade, perseguição, etc.
hábitos-substantivo masculino. Tem como significado: manias frequente, costumes, etc.
Leia o texto para responder à questão.
Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história humana. A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e da presença física faz com que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença do outro e, consequentemente, não se coloque no lugar dele. A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo perfeito exposto na mídia social gera uma concorrência, uma competição que resulta em duelo, e isso cria um individualismo que, com o tempo, passa a ficar impregnado no indivíduo. O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro saiba minha azeda verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, não é de verdade. Ama-se tanto a si mesmo e promove-se tanto o amor próprio que esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito. Não admitimos que somos apenas humanos. Temos vidas fictícias fragmentadas em momentos e apenas nos alegra o impacto que isso causa no outro.
(Fabiano de Abreu – A geração que não consegue se colocar no lugar do outro. www.deabreu.pt/artigo – acesso em 11.12.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que consta palavra empregada com sentido figurado.
Alternativas
A
Estamos vivendo o maior individualismo…
B
A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal…
C
Não admitimos que somos apenas humanos…
D
… não quero que o outro saiba minha azeda verdade…
E
… esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito.
GABARITO: D
Quando você se deparar com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:
Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra) Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho) Macete:
Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário
O sentido figurado nós encontramos na D:
d) … não quero que o outro saiba minha azeda verdade… → Pessoal, a verdade não é azeda, de fato. O autor utilizou o sentido figurado para dizer que a verdade é dura. Usando a sabedoria popular: A verdade dói.
Leia o texto para responder à questão.
Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história humana. A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e da presença física faz com que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença do outro e, consequentemente, não se coloque no lugar dele. A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo perfeito exposto na mídia social gera uma concorrência, uma competição que resulta em duelo, e isso cria um individualismo que, com o tempo, passa a ficar impregnado no indivíduo. O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro saiba minha azeda verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, não é de verdade. Ama-se tanto a si mesmo e promove-se tanto o amor próprio que esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito. Não admitimos que somos apenas humanos. Temos vidas fictícias fragmentadas em momentos e apenas nos alegra o impacto que isso causa no outro.
(Fabiano de Abreu – A geração que não consegue se colocar no lugar do outro. www.deabreu.pt/artigo – acesso em 11.12.2019. Adaptado)
Na frase – Temos vidas fictícias fragmentadas (*) em momentos... –, a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por Alternativas A anexadas. B operadas. C divididas. D alienadas. E compostas.
GABARITO: C
Fragmentado é o mesmo que dividido.
Dicionário: reduzir a ou fazer-se em fragmentos; fracionar(-se), quebrar(-se).
Leia o texto para responder à questão.
Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história humana. A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e da presença física faz com que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença do outro e, consequentemente, não se coloque no lugar dele. A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo perfeito exposto na mídia social gera uma concorrência, uma competição que resulta em duelo, e isso cria um individualismo que, com o tempo, passa a ficar impregnado no indivíduo. O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro saiba minha azeda verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, não é de verdade. Ama-se tanto a si mesmo e promove-se tanto o amor próprio que esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito. Não admitimos que somos apenas humanos. Temos vidas fictícias fragmentadas em momentos e apenas nos alegra o impacto que isso causa no outro.
(Fabiano de Abreu – A geração que não consegue se colocar no lugar do outro. www.deabreu.pt/artigo – acesso em 11.12.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta o antônimo da palavra destacada no trecho:
“… isso cria um individualismo que … passa a ficar impregnado (*) no indivíduo.”.
Alternativas A fresco B desagregado C compreendido D entranhado E infiltrado
GABARITO: B
Meus amigos, atenção!! Estas questões são perigosas. Quem diz: “Ah, são fáceis. Nem vou treinar” acaba errando no dia da prova. Em geral, o examinador coloca uma palavra em negrito e outras nas alternativas. Quem faz muita questão liga o automático e sai procurando o sinônimo, não é? rsrs. Rebobine seu cérebro agora e pense: Quando eu vir essa estrutura (negrito + palavras na alternativa), vou circular o que ele pede. Amém! rsrs
Aqui ele perguntou qual é o ANTÔNIMO.
➥ Impregnado é o mesmo que entranhado, isto é, fazer penetrar um corpo líquido, por exemplo, em algo. Ex.: “uma chuva fina mansamente impregnava a terra”. O contrário, que é o pedido, é desagregado, isto é, aquilo que foi separado em partes; decomposto em suas partes constitutivas.
Leia o texto para responder à questão.
Separadas por uma tela, as pessoas na sociedade virtual não alcançam o outro, motivo pelo qual não conseguem se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história humana. A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e da presença física faz com que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença do outro e, consequentemente, não se coloque no lugar dele. A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência provoca a criação de um mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo perfeito exposto na mídia social gera uma concorrência, uma competição que resulta em duelo, e isso cria um individualismo que, com o tempo, passa a ficar impregnado no indivíduo. O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro saiba minha azeda verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, não é de verdade. Ama-se tanto a si mesmo e promove-se tanto o amor próprio que esquecemos o outro e tornamos o egoísmo um hábito. Não admitimos que somos apenas humanos. Temos vidas fictícias fragmentadas em momentos e apenas nos alegra o impacto que isso causa no outro.
(Fabiano de Abreu – A geração que não consegue se colocar no lugar do outro. www.deabreu.pt/artigo – acesso em 11.12.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que as frases se equivalem quanto ao sentido.
Alternativas
A
Não quero que o outro saiba a minha verdade. / Prefiro compartilhar minha verdade com o outro.
B
Estamos vivendo o maior individualismo da história humana. / A humanidade pratica hoje um egocentrismo considerável.
C
O mundo perfeito que se vê nas mídias sociais dificilmente gera competição. / As redes sociais promovem vidas impactantes a partir da competição.
D
A presença física entre as pessoas incentiva a busca da felicidade real. / A empatia e o acolhimento entre as pessoas são características da falta de verdade.
E
Somos apenas seres humanos. / Temos vidas fictícias fragmentadas.
GABARITO B - Estamos vivendo o maior individualismo da história humana. / A humanidade pratica hoje um egocentrismo considerável.
(4)
(0)
Leia o texto de Marcos Rey, para responder à questão.
O coração roubado
Eu cursava o último ano do primário e como já estava com o diplominha garantido, meu pai me deu um presente muito cobiçado: “O coração”, famoso livro do escritor italiano Edmondo de Amicis, best-seller1 do gênero infantojuvenil. À página de abertura, lá estava a dedicatória do velho com sua inconfundível letra esparramada. Como todos os garotos da época, apaixonei-me por aquela obra-prima, tanto que a levava ao grupo escolar para reler trechos no recreio. Justamente no último dia de aula, o das despedidas, após a festinha de formatura, voltei para a classe a fim de reunir meus objetos escolares, antes do adeus. Mas onde estava “O coração”? Onde? Desaparecera. Tremendo choque. Algum colega na certa o furtara. Não teria coragem de aparecer em casa sem ele. Ia informar à diretora quando, passando pelas carteiras, vi o livro bem escondido sob uma pasta escolar. Mas era lá que se sentava o Plínio, não era? Plínio, o primeiro da classe em aplicação e comportamento, o exemplo para todos nós. Inclusive o mais bem limpinho, o mais bem penteadinho, o mais tudo. Confesso, hesitei2 . Desmascarar um ídolo? Então peguei o exemplar e o guardei na minha pasta. Caladão. Sem revelar a ninguém o acontecido. Passados muitos anos, reconheci o retrato de Plínio num jornal. Advogado, fazia rápida carreira na Justiça. E, quando o desembargador Plínio já estava aposentado, mudei-me para meu endereço atual. Durante a mudança, alguns livros despencaram de uma estante improvisada. Um deles era “O coração”. Saudades. Havia quantos anos não o abria? Lembrei-me da dedicatória do meu falecido pai. Procurei e não a encontrei. Teria a tinta se apagado? Na página seguinte havia uma dedicatória. Mas não reconheci a caligrafia paterna: “Ao meu querido filho Plínio, com todo o amor e carinho de seu pai”.
(Coleção Melhores Crônicas – Marcos Rey. Seleção Anna Maria Martins. Global, 2010. Adaptado)
1 best-seller: livro que é sucesso de vendas
2 hesitei: fiquei na dúvida
Assinale a alternativa que completa o trecho a seguir sem alterar o sentido do texto:
Reencontrando o livro, lembrei-me da dedicatória do meu falecido pai,…
Alternativas
A
por isso a procurei na página de abertura.
B
depois que a procurei na página de abertura.
C
porém a procurei na página de abertura.
D
embora a procurasse na página de abertura.
E
caso a procurasse na página de abertura.
GABARITO: A
Veja o trecho original:
“Lembrei-me da dedicatória do meu falecido pai (.) Procurei e não a encontrei.”
➥ O sentido entre as orações assindéticas (sem síndeto, isto é, sem conjunção) é o de conclusão: Eu me lembrei da dedicatória, portanto fui procurá-la, mas não a encontrei.
➥ Nós podemos substituir por conjunções conclusivas como logo, portanto, por isso, assim, pois, por conseguinte, então, em vista disso etc.
➥ Por isso o gabarito é a letra A:
a) por isso a procurei na página de abertura.
➥ Erro das demais:
b) depois que a procurei na página de abertura. → Errado. O sentido não é o de tempo. É o de conclusão.
c) porém a procurei na página de abertura.→ Errado. O sentido não é o de oposição.
d) embora a procurasse na página de abertura.→ Errado. O sentido não é o de concessão.
e) caso a procurasse na página de abertura.→ Errado. O sentido não é o de condição.
Leia o texto, para responder à questão.
Retomada com máscara
Com o relativo arrefecimento da pandemia e após quase um ano e meio de restrições, compete ao administrador público a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre as recomendações mais draconianas de especialistas e o compreensível anseio da população e dos agentes econômicos por um retorno à normalidade.
A manutenção de controles muito rígidos, num momento em que a vacinação avança e o número de óbitos cai, pode provocar aflição e desânimo no público, além de agravar os danos sociais.
Já um relaxamento geral tende a suscitar a sensação triunfalista de que a pandemia está vencida e resultar num repique de infecções e mortes, com a consequente retomada das restrições, como se vê em algumas partes do mundo.
O governo paulista começa uma tentativa de encontrar um meio-termo não sem divergências no colegiado de especialistas que assessora a gestão. Conforme anunciado, foram abolidas as limitações de horário e de lotação para estabelecimentos, à exceção de aglomerações em casas noturnas e espetáculos.
A decisão se ampara na redução do número de hospitalizados e no progresso da imunização. A vacinação já atinge com ao menos uma dose 71% dos paulistas, índice semelhante aos de Reino Unido e França.
Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções e 250 mortes por dia. Tampouco deve ser ignorado o avanço da variante Delta, mais contagiosa.
Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras, a mais eficiente medida de prevenção fora a vacina.
A importância cabal do equipamento recomenda um incremento da fiscalização nos estabelecimentos e nas ruas, assim como demanda campanha de conscientização. Deveria ser considerada ainda a distribuição gratuita da proteção em locais de grande circulação.
Por fundamentais que sejam as obrigações do poder público, cabe aos cidadãos também agir com responsabilidade. Só assim se evitará um retrocesso prejudicial a todos.
(Editorial. Folha de S.Paulo. 18.08.2021. Adaptado)
No texto, é empregada em sentido figurado a palavra ou expressão destacada na frase:
Alternativas
A
Com o relativo arrefecimento ()da pandemia e após quase um ano e meio de restrições…
B
… compete () ao administrador público a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre as recomendações…
C
A manutenção () de controles muito rígidos, num momento em que a vacinação avança…
D
Já um relaxamento () geral tende a suscitar a sensação triunfalista de que a pandemia está vencida…
E
A decisão se ampara (*) na redução do número de hospitalizados e no progresso da imunização.
GABARITO: A
Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra) Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho) Macete:
Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário
➥ Analisando as assertivas, encontramos o sentido figurado, simbólico apenas na A:
a) Com o relativo arrefecimento da pandemia e após quase um ano e meio de restrições… → Correto. Arrefecer significa esfriar. A pandemia não “esfriará”, de fato. O autor utilizou a palavra para dizer: “Com a relativa diminuição dos casos de Covid-19…”
Arrefecer
esfriar ou provocar o esfriamento de; tornar(-se) frio. “o frio arrefeceu a comida”
figurado • (sentido): desanimar ou provocar o desânimo de; desanimar(-se), desalentar(-se). “a doença fez arrefeceu a sua dedicação”
Leia o texto, para responder à questão.
Retomada com máscara
Com o relativo arrefecimento da pandemia e após quase um ano e meio de restrições, compete ao administrador público a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre as recomendações mais draconianas de especialistas e o compreensível anseio da população e dos agentes econômicos por um retorno à normalidade.
A manutenção de controles muito rígidos, num momento em que a vacinação avança e o número de óbitos cai, pode provocar aflição e desânimo no público, além de agravar os danos sociais.
Já um relaxamento geral tende a suscitar a sensação triunfalista de que a pandemia está vencida e resultar num repique de infecções e mortes, com a consequente retomada das restrições, como se vê em algumas partes do mundo.
O governo paulista começa uma tentativa de encontrar um meio-termo não sem divergências no colegiado de especialistas que assessora a gestão. Conforme anunciado, foram abolidas as limitações de horário e de lotação para estabelecimentos, à exceção de aglomerações em casas noturnas e espetáculos.
A decisão se ampara na redução do número de hospitalizados e no progresso da imunização. A vacinação já atinge com ao menos uma dose 71% dos paulistas, índice semelhante aos de Reino Unido e França.
Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções e 250 mortes por dia. Tampouco deve ser ignorado o avanço da variante Delta, mais contagiosa.
Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras, a mais eficiente medida de prevenção fora a vacina.
A importância cabal do equipamento recomenda um incremento da fiscalização nos estabelecimentos e nas ruas, assim como demanda campanha de conscientização. Deveria ser considerada ainda a distribuição gratuita da proteção em locais de grande circulação.
Por fundamentais que sejam as obrigações do poder público, cabe aos cidadãos também agir com responsabilidade. Só assim se evitará um retrocesso prejudicial a todos.
(Editorial. Folha de S.Paulo. 18.08.2021. Adaptado)
Na frase – … as recomendações mais draconianas de especialistas… –, o termo em destaque qualifica tais recomendações como
Alternativas
A
indiscutivelmente necessárias.
B
excessivamente rigorosas.
C
inteiramente infundadas.
D
certamente justificadas.
E
seguramente inconvenientes.
GABARITO: B
Questão de sinonímia. Vamos lá:
” … as recomendações mais draconianas de especialistas… “ → Recomendações excessivamente rigorosas.
Draconiano:
que ou o que se refere a Drácon, legislador ateniense do sVII a.C.
por extensão: que ou o que é excessivamente rigoroso ou drástico. “contrato draconiano”
➥ Para quem, assim como eu, gosta de descobrir a etimologia das palavras:
"Drácon (Atenas, c. século VII a.C.) foi um estadista da cidade grega de Atenas. Tornou-se "archon eponymos" (título de nobreza ateniense) em 621 a.C. Político revolucionário para sua época, foi também o primeiro legislador das pólis gregas, famoso por ser excessivamente severo, quando não sanguinário. Uma das suas mais importantes ações foi a elaboração de um código de leis ("thesmi", em grego) que serviram como a primeira constituição escrita da cidade de Atenas. As leis concebidas ficaram conhecidas como o "Código de Drácon", cuja redação ocorreu por volta de 620 a.C. e onde, para quase todos os crimes era aplicada a mesma pena, ou seja, a pena de morte, deixando bem clara a sua característica severidade e intransigência. Caracterizado por sua imparcialidade, era essencialmente uma legislação considerada muito severa. Assim, o termo "draconiano" logo se tornaria popular, utilizado para qualificar a norma que exacerba o rigor punitivo (...)."
Leia o texto, para responder à questão.
Retomada com máscara
Com o relativo arrefecimento da pandemia e após quase um ano e meio de restrições, compete ao administrador público a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio entre as recomendações mais draconianas de especialistas e o compreensível anseio da população e dos agentes econômicos por um retorno à normalidade.
A manutenção de controles muito rígidos, num momento em que a vacinação avança e o número de óbitos cai, pode provocar aflição e desânimo no público, além de agravar os danos sociais.
Já um relaxamento geral tende a suscitar a sensação triunfalista de que a pandemia está vencida e resultar num repique de infecções e mortes, com a consequente retomada das restrições, como se vê em algumas partes do mundo.
O governo paulista começa uma tentativa de encontrar um meio-termo não sem divergências no colegiado de especialistas que assessora a gestão. Conforme anunciado, foram abolidas as limitações de horário e de lotação para estabelecimentos, à exceção de aglomerações em casas noturnas e espetáculos.
A decisão se ampara na redução do número de hospitalizados e no progresso da imunização. A vacinação já atinge com ao menos uma dose 71% dos paulistas, índice semelhante aos de Reino Unido e França.
Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções e 250 mortes por dia. Tampouco deve ser ignorado o avanço da variante Delta, mais contagiosa.
Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras, a mais eficiente medida de prevenção fora a vacina.
A importância cabal do equipamento recomenda um incremento da fiscalização nos estabelecimentos e nas ruas, assim como demanda campanha de conscientização. Deveria ser considerada ainda a distribuição gratuita da proteção em locais de grande circulação.
Por fundamentais que sejam as obrigações do poder público, cabe aos cidadãos também agir com responsabilidade. Só assim se evitará um retrocesso prejudicial a todos.
(Editorial. Folha de S.Paulo. 18.08.2021. Adaptado)
Considere as frases do sexto e sétimo parágrafos, respectivamente: I. Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções… II. Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras…
Assinale a alternativa que identifica corretamente a relação de sentido que os termos destacados estabelecem nos respectivos contextos, e apresenta, nos parênteses, expressões que os substituem adequadamente.
Alternativas
A
I – Contraste (No entanto); II – Comparação (Como).
B
I – Explicação (Porque); II – Conformidade (Desse modo).
C
I – Ressalva (Entretanto); II – Conclusão (Portanto).
D
I – Causa (Como); II – Adição (Ademais).
E
I – Consequência (Logo); II – Concessão (Apesar de que).
GABARITO: C
I. Porém não pode ser tratado como detalhe o fato de que ainda são registradas cerca de 8 000 novas infecções…
➥ Temos uma conjunção adversativa, que pode ser substituída por mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, só que, senão (=mas sim), agora, antes, ainda assim.
II. Assim, é acertada a decisão estadual de manter, ao menos até o fim do ano, a obrigatoriedade do uso de máscaras..
➥ Temos uma conjunção conclusiva, que pode ser substituída por logo, portanto, por isso, pois, por conseguinte, então, em vista disso.
Leia o texto, para responder à questão.
McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia. Implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas morais no julgamento da comunidade de que escolhemos participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes no conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito de observações e reconhecer a organização geral da rede da qual participam.
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a esses dispositivos é a “nomobofobia” (do inglês nomobophoby, abreviação de “no-mobile phone phoby”, ou “pavor de ficar sem conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o sentimento de pânico experimentado por um número crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. A informação azul, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno para o espírito.
(Vinícius Romanini, Tudo azul no universo das redes.
Revista USP 92. Adaptado)
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão empregadas em sentido próprio.
Alternativas
A
Implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros…
B
A informação azul, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade…
C
um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a esses dispositivos é a “nomobofobia”…
D
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco viciante…
E
Para achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros…
A = Gigantesco nesse caso tem sentido de intensidade o que resulta em sentido figurado
B = Sensibilidade não tem poros
D = redes sociais não tem artérias
E = redes sociais não tem labirintos
GAB C.
Leia o texto, para responder à questão.
A psicanalista Maria Homem diz que o ressentimento é a palavra-chave para ousar compreender o mundo hoje. Luiz Filipe Pondé acredita que o ressentimento faz de nós incapazes de ver algo simples: o universo é indiferente aos nossos desejos; além de destruir em nós a capacidade de pensar e compreender a realidade.
Ressentir-se significa atribuir ao outro a responsabilidade pelo que nos faz sofrer. Como se a culpa do que não somos ou não podemos ser fosse sempre do outro, esse bode expiatório que escolhemos quando não podemos nos haver com nossos próprios limites. Ressentir-se é uma impossibilidade de esquecer ou superar um agravo. Seria uma impossibilidade ou uma recusa?
O ressentido não é alguém incapaz de perdoar ou esquecer, é alguém que não quer esquecer, não quer perdoar, nem superar o mal que o vitimou. O filósofo Max Scheler classifica como “auto envenenamento psicológico” o estado emocional do ressentido, um ser introspectivo ocupado com ruminações acusadoras e fantasias vingativas.
O ressentido é um escravo de sua impossibilidade de esquecer, vivendo em função de sua vingança adiada, de maneira que em sua vida não é possível abrir lugar para o novo; trata-se de um vingativo passivo, e suas queixas contínuas mobilizam, no outro, confusos sentimentos de culpa. Na verdade, ele acusa, mas não está seriamente interessado em ser ressarcido do agravo que sofreu. No ressentido, permanece uma dívida impagável, a compensação reivindicada é da ordem de uma vingança projetada no futuro. O ressentido é um covarde, pois não concede a si mesmo os prazeres da vingança pelo exercício da ação. Esse desejo de vingança recusado é o núcleo doentio do ressentimento nietzschiano. Uma vez que não se permite reagir, só resta ao fraco ressentir.
Por não esquecer, o ressentido não consegue entregar-se ao fluxo da vida presente. A memória é como uma doença, o tempo não pode ser detido, a vontade não pode “querer pra trás”, ou seja, corrigir o curso de suas escolhas passadas.
A solução para o ressentimento não é negá-lo, mas nomeá-lo, informar-se sobre ele, perceber que é impossível não o ter em nós em alguma medida. “Conhece-te a ti mesmo”, foi o conselho dado pelo sábio filósofo Sócrates, no século V a.C. Quem sabe tenhamos a coragem e as ferramentas para compreender essa emoção, e, com isso, podermos nos colocar além do ressentimento. Talvez possamos um dia transformar esse sentimento e, assim, criar um novo modo de estar com o outro.
(Luciana Ribeiro Soubhia, Ressentimento.
Revista Bem-estar, 04-07-2021. Adaptado)
É correto afirmar acerca das palavras destacadas no trecho – O filósofo Max Scheler classifica como “auto envenenamento psicológico” o estado emocional do ressentido, um ser introspectivo ocupado com ruminações acusadoras e fantasias vingativas. – que
Alternativas
A
introspectivo está empregada em sentido figurado; ruminações tem como antônimo irreflexão.
B
introspectivo tem como antônimo extrovertido; ruminações está empregada em sentido figurado.
C
introspectivo tem como sinônimo introvertido; ruminações está empregada em sentido próprio.
D
introspectivo está empregada em sentido próprio; ruminações tem como sinônimo conversações.
E
introspectivo e ruminações estão empregadas em sentido próprio; têm como sinônimos, respectivamente, sisudo e regurgitação.
Gabarito na alternativa B
Solicita-se indicação de correta assertiva sobre os termos destacados em:
“O filósofo Max Scheler classifica como “auto envenenamento psicológico” o estado emocional do ressentido, um ser introspectivo ocupado com ruminações acusadoras e fantasias vingativas.”
B) introspectivo tem como antônimo extrovertido; ruminações está empregada em sentido figurado.
O termo “introspectivo” é utilizado como adjetivo sinônimo de “introvertido”, sujeito voltado para seu próprio intimo, sendo antônimo do também adjetivo “extrovertido”.
O termo “ruminação” é a ação praticada por alguns animais de retirar do estomago o alimento já mastigado para uma segunda mastigação. Em sentido figurado é utilizado para indicar uma análise, reflexão, demorada, que é retomada diversas vezes.
Leia o texto para responder à questão.
Ideologia mortal
A cada novo massacre a tiros nos Estados Unidos – e contam-se nada menos que 121 com quatro vítimas ou mais desde 1982 – renovam-se as discussões acerca do controle de armas de fogo no país, cuja legislação acerca do tema é uma das mais permissivas do mundo. Em 16 de março, um homem assassinou 8 pessoas, 6 delas de origem asiática, na cidade de Atlanta. Dias depois, um atirador abriu fogo num supermercado em Boulder, no Colorado, matando outras dez. As preocupações atuais vêm estribadas também no crescimento das mortes por armas de fogo em assaltos e brigas domésticas. No ano passado, registraram-se quase 20 mil óbitos por tiros nos EUA, um salto considerável em relação à média de 15 mil óbitos desde 2016. Embora aponte-se a concorrência de fatores associados à pandemia nos casos específicos desses últimos crimes, estudos mostram que o acesso praticamente irrestrito a pistolas, fuzis e rifles, somado a uma cultura que enaltece sua posse, constitui o agente estrutural por trás do fenômeno. Foi isso que permitiu que os Estados Unidos se tornassem, de longe, a nação com o maior número de armas per capita do mundo. Em 2018, o país abrigava 393 milhões delas para 326 milhões de habitantes – nada menos que 45% do total em circulação no planeta. Não obstante a evidente necessidade de cercear tal comércio, pouco ou nada se avançou nas últimas décadas nesse sentido. As resistências ancoram-se numa emenda à Constituição do fim do século 18, que consagra o direito de possuir e portar armas de fogo. Além disso, sempre que o Congresso ensaia endurecer as regras, o poderoso lobby do setor atua para barrar as iniciativas. Mesmo alterações que poderiam ser feitas sem precisar da concordância do Congresso são consideradas de difícil execução, dados os altos custos políticos envolvidos.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.03.2021. Adaptado)
Considere as passagens do texto: • ... renovam-se as discussões acerca do controle de armas de fogo no país... (1° parágrafo) • ... somado a uma cultura que enaltece sua posse... (4° parágrafo) • ... sempre que o Congresso ensaia endurecer as regras... (7° parágrafo) Os termos destacados significam, correta e respectivamente: Alternativas A bate-bocas; ignora; sugere. B ofensas; propõe; prepara. C debates; exalta; tenta. D controvérsias; condena; promete. E desentendimentos; vangloria; descarta.
GAB.: C
Sinônimos
Discussões: desentendimentos; debates; polêmicas.
Enaltece: eleva, elogia, exalta, louva; engrandece.
Ensaia: analisa, explica, tenta, pratica.
Leia o texto para responder à questão.
Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um introvertido extremado, que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que sites da internet ou jogando videogames violentos. Seu desempenho escolar havia despencado para um punhado de notas baixas, e ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas cibernéticas. [...] Em menos de uma semana, Sara gingava para lá e para cá, exibindo abertamente a tatuagem, e, de quebra, uma argola no nariz, para dramatizar sabe-se lá qual afirmação. As duas semanas de castigo que recebeu por essa estupidez serviram apenas para deixá-la mais insolente e distante.
(James C. Hunter. De volta ao mosteiro)
Considerando o contexto, os vocábulos destacados no texto – extremado e insolente – têm, respectivamente, sentido de Alternativas A competente, imprudente. B destacado, polida. C revoltado, reverente. D exagerado, desrespeitosa. E consumado, cortês.
GABARITO: D
➥ Pessoal, em toda prova da VUNESP vem uma pergunta sobre sinônimos. A dica que te dou é comprar um caderninho bem baratinho e ir anotando as palavras que você desconhece com os respectivos sinônimos. Aqui, eu coloco a palavra e, ao lado, o sinônimo com um exemplo de frase, além, é claro, de ler bastante rsrs.
Se você não tiver para onde fugir, pode tentar interpretar a frase, assim:
“Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um introvertido (PALAVRA PARA SUBSTITUIR), que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que sites da internet ou jogando videogames violentos. “
➥ A gente percebe que o pai está criticando o comportamento do filho. Veja que ele nos diz comportamentos extremos que o filho tomou: Era rebelde e barulhento, e virou introvertido e ______. Veja que ele passou de barulhento para introvertido. De fora para dentro. A substituição só pode ser a D: Introvertido extremado.
“As duas semanas de castigo que recebeu por essa estupide.z serviram apenas para deixá-la mais (PALAVRA PARA SUBSTITUIR) e distante.”
➥ A ideia que o texto traz é que ela ficou de castigo, mas não resolveu nada. Continuou distante e permaneceu como era. Polida, educada, reverente, cortês? Não! Desrespeitosa.
Significado:
Extremado: Distinto entre muitos; insigne; excelente, perfeito: escritor extremado, virtudes extremadas.
Insolente: Que age com desrespeito, de maneira desrespeitosa; malcriado.
➥ Você pode pensar que isso não vale a pena, mas e se vier uma palavra como idiossincrasia, por exemplo. E agora, José? rsrs. Ou você sabe ou você interpreta o contexto.
Obs.: Inclusive esta palavrinha já caiu nesta questão: Q1154407 (VUNESP/Escrivão/PC-BA/2018)
Leia o texto para responder à questão.
Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um introvertido extremado, que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que sites da internet ou jogando videogames violentos. Seu desempenho escolar havia despencado para um punhado de notas baixas, e ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas cibernéticas. [...] Em menos de uma semana, Sara gingava para lá e para cá, exibindo abertamente a tatuagem, e, de quebra, uma argola no nariz, para dramatizar sabe-se lá qual afirmação. As duas semanas de castigo que recebeu por essa estupidez serviram apenas para deixá-la mais insolente e distante.
(James C. Hunter. De volta ao mosteiro)
Assinale a alternativa cuja frase apresenta apenas linguagem com sentido próprio.
Alternativas
A
Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde…
B
… que gastava todo o seu tempo livre surfando […] por sites da internet…
C
Seu desempenho escolar havia despencado…
D
… para um punhado de notas baixas…
E
… ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas…
GABARITO: A
Sentido conotativo ou figurado: Conto de fadas
É o sentido simbólico que pode ser atribuído a uma palavra → “seu coração é de pedra”
Sentido denotativo ou próprio: Dicionário
É o sentido literal da palavra → “A pedra é dura”
➥ O examinador pediu o sentido PRÓPRIO/DENOTATIVO, logo o correto é a A: “Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde…” → Correto. Sentido próprio da palavra. O autor fala o que a palavra significa de verdade, o que consta no dicionário como seu significado.
Quanto às outras:
(B) … que gastava todo o seu tempo livre surfando […] por sites da internet… → Errado. Sentido figurado. Ninguém surfa na internet.
(C) Seu desempenho escolar havia despencado… → Errado. Sentido figurado. As notas não “despencam” realmente. Quem despenca é fruta (cair da penca).
(D) … para um punhado de notas baixas… → Errado. Sentido figurado. As notas não estão em uma mão, em um punhado (punhado de sal) de fato.
(E) … ele só manifestava interesse em mergulhar de cabeça em coisas… → Errado. Sentido figurado. Ele não mergulhou realmente de cabeça.
Leia o texto para responder à questão.
A atividade física atua como ansiolítico e antidepressivo, pois (*), quando se controla a ansiedade, a insônia e a depressão diminuem consideravelmente. A investigação mostra que “quanto mais (*) graves foram as queixas de insônia, piores estavam os índices de depressão e tensão e ansiedade dos participantes”, além de apontar que a falta de sono está relacionada com os níveis de “raiva, hostilidade, fadiga, confusão mental e distúrbio total de humor”. No entanto (*), os pesquisadores ressaltam que, pela investigação aqui relatada, não se pode deduzir que “o exercício físico foi responsável pelos benefícios descritos neste estudo”; somente se pode “assumir que os fisicamente ativos diferenciaram-se dos inativos”.
(Jornal da USP. https://jornal.usp.br/ciencias/estudo-destaca-a-relacaobenefica-entre-nivel-de-atividade-fisica-e-qualidade-de-vida/) Os elementos destacados no texto (pois; quanto mais; No entanto) podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido, por, respectivamente: Alternativas A porque; tanto mais; Entretanto. B por que; como; Portanto. C por que; como; Tanto que. D porque; tanto mais; Já que. E por que; como; Já que.
Gabarito A
sabendo as conjunções adversativas já mata a questão.
No entanto pode ser trocado por Entretanto.
Dica para não esquecer. TOME NO COPO.
Todavia
Mas
Entretanto
NO Entanto
Contudo
Porém.
(146)
(3)
Na frase do primeiro parágrafo – Centros esses que acabam reunindo aglomerações “por concentrarem os serviços”. –, o trecho destacado pode ser reescrito, sem alteração do sentido do texto, como indicado em: Alternativas A visto que concentram os serviços. B porém concentram os serviços. C embora concentrem os serviços. D para que concentrem os serviços. E se bem que concentrem os serviços.
Leia-se o fragmento textual:
“Centros esses que acabam reunindo aglomerações por concentrarem os serviços.”
A oração destacada é uma subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. Para desenvolvê-la, insere-se um conectivo com valor causal. O único nas opções de resposta que encerra o sentido visado é a locução “visto que”:
“Centros esses que acabam reunindo aglomerações, visto que concentram os serviços.”
Letra A
Assinale a alternativa em que a expressão entre colchetes exprime adequadamente o sentido daquela destacada no trecho.
Alternativas
A
… desenhávamos figuras místicas, como () caçadores dotados de superpoderes, que pareciam auxiliar os homens… [de maneira que]
B
… a busca por um sentido para () estar vivo se confunde com o humano… [capaz de]
C
… foi pioneiro ao garantir que, “até mesmo” do ponto de vista da saúde física e mental, vale, sim, a pena. [inclusive]
D
… aqueles que (*) revelavam ter descoberto sentido em sua vida demonstravam também melhores condições de saúde… [onde]
E
… ocorreu o contrário com os que declaravam estar “no máximo em” um processo de busca. [no auge de]
GABARITO: C
a) … desenhávamos figuras místicas, como caçadores dotados de superpoderes, que pareciam auxiliar os homens… [de maneira que]
➥ Errado. Veja que o “como” explica as figuras místicas: “a gente desenhava figuras místicas, que pareciam caçadores dotados de superpoderes”. De maneira que é conjunção consecutiva e não pode ser aplicada aqui.
b) … a busca por um sentido para estar vivo se confunde com o humano… [capaz de]
➥ Errado. Esta preposição possui o sentido de finalidade, já que pode ser substituída por A FIM DE, lembra? “…a busca por um sentido A FIM DE estar vivo se confunde com o humano..
Veja que podemos falar: Eu busco um sentido à vida com a finalidade de estar vivo.”
c) … foi pioneiro ao garantir que, até mesmo do ponto de vista da saúde física e mental, vale, sim, a pena. [inclusive]
➥ Correto. Podemos substituir até mesmo por inclusive. Se ficar em dúvida, tente trocar por uma frase menor: “Eu fui comprei X e, ATÉ MESMO, Y. → “Eu comprei X e, INCLUSIVE, Y.”
d) … aqueles que revelavam ter descoberto sentido em sua vida demonstravam também melhores condições de saúde… [onde]
➥ Errado. Onde só poderia ser empregado, se houvesse lugar físico e, além disso, o pronome que precisaria ter preposição pedida pelo verbo, assim: “O consultório em que me consulto é cheio” → “O consultório onde me consulto é cheio”. O consultório é lugar físico e o verbo pede a preposição em, logo a gente emprega o pronome onde.
e) … ocorreu o contrário com os que declaravam estar no máximo em um processo de busca. [no auge de]
➥ Errado. Olha a pegadinha rsrs. No máximo aqui tem sentido de apenas. Exemplo: “Eu estou no máximo dando umas olhadas no caderno… Não estou levando muito a sério…”. Estar apenas em um processo de busca não é o mesmo que estar “no auge de”.
Na passagem – … às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho, ou, antes (*), um gancho, que faz pender a linha destas escrituras e “por conseguinte” a linha do pensamento. –, as expressões destacadas podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido e respectivamente, por: Alternativas A melhor … consequentemente B primeiramente … segundo C preferencialmente … ademais D anteriormente … portanto E efetivamente … consecutivamente
GABARITO: A
“Às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho, ou, ANTES, um gancho”
➥ Pessoal, veja que, quando o autor emprega este “antes”, ele está retificando um pensamento que usou antes: “Um manuscrito me saiu um garrancho, ou, melhor, um gancho…”
➥ Lembrando que a vírgula deve ser usada para separar termos explicativos, retificativos ou continuativos (por exemplo, ou melhor, isto é, a saber, ou antes, aliás, digo, por assim dizer, além disso…).
Exemplo: “O gerente era muito respeitado, ou melhor, muito temido.” “Ele deve, por exemplo, ouvir mais os seus funcionários.”
“…que faz pender a linha destas escrituras e POR CONSEGUINTE a linha do pensamento. “
➥ Aqui temos o emprego de uma conjunção conclusiva. Elas ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, consequentemente etc.
Obs.: Cuidado para não confundir. Por conseguinte é conjunção conclusiva, e não consecutiva. ;)
Assinale a alternativa em que ambos os verbos destacados estão empregados em tempos que exprimem a noção de possibilidade.
Alternativas
A
… levo () metade do dia a procurar o que se extraviou () na véspera.
B
… às vezes me parece () que, por exemplo, um manuscrito me saiu () um garrancho…
C
… se por acaso eu as houvesse () herdado, não teriam () para mim outro valor…
D
Não, não tentem () ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata () de joias…
E
De que era (*) mesmo que eu “estava” falando?
GABARITO: C
A questão trabalhou a identificação de tempos verbais.
Dica: Se o examinador te pedir uma possibilidade, uma hipótese, você vai procurar pelo modo subjuntivo (modo da dúvida) ou pelo futuro do pretérito do indicativo.
Para encontrar o modo subjuntivo tente colocar as palavras: Que (presente), se (pretérito imperfeito) e quando (futuro), assim: Que eu venda, se eu vendesse, quando eu vender…
Para encontrar o futuro do pretérito, lembre-se que ele é o tempo da Maria: venderia, partiria, comeria etc. Geralmente indica hipótese.
Vamos às assertivas:
a) … levo metade do dia a procurar o que se extraviou na véspera. → Errado. Eu levo hoje e se extraviou ontem. Temos o presente e o pretérito perfeito do indicativo, respectivamente.
b) … às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho… → Errado. Me* parece hoje e saiu ontem. Novamente, presente e o pretérito perfeito do indicativo, respectivamente.
- Aqui há um erro de colocação pronominal rsrs. Sim, eu sei. Mas é melhor falar assim para você entender. Só saiba que é errado, viu? O correto é: “Parece-me…”
c) … se por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor… → Correto. Opa! Aqui sim. Veja que temos o pretérito imperfeito do subjuntivo (se eu houvesse herdado,….) e o futuro do pretérito do indicativo, tempo da Maria (venderia, partiria etc.): “Se eu herdasse, não teriam para mim outro valor…”
Lembre-se da famosíssima correlação verbal: SSE-RIA: “Se eu pudesse, venderia”. As pessoas falam: “Se eu pudesse, vendia” (errado!)
d) Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata de joias… → Errado. Temos o imperativo negativo (não tentem vocês…) e, do outro lado, há o presente do indicativo: “Não se trata hoje…”
e) De que era mesmo que eu estava falando? → Errado. Nos dois casos, temos o pretérito imperfeito do indicativo. Ele indica uma ação que começou, mas não acabou. Exemplo: “eu vendia chocolates quando o guarda chegou”.
No contexto em que estão empregadas (3o parágrafo), as palavras “imponderáveis” e “transfixar” têm sentido, respectivamente, de Alternativas A consideráveis e repor. B impalpáveis e transpor. C improváveis e colar. D apropriadas e transferir. E publicáveis e rabiscar.
ALTERNATIVA B
Imponderáveis, nesse texto, tem o sentido de algo não tocável, impalpável, e eu lírico diz ser pensamentos essas tais coisas.
Transfixar tem o sentido do ato de transferir para o papel esses pensamentos.
O trecho em que há palavra(s) empregada(s) em sentido figurado é:
Alternativas
A
… levo metade do dia a procurar o que se extraviou na véspera.
B
Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas…
C
… não teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco a pouco.
D
De que era mesmo que eu estava falando?
E
… pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes me borboleteia na cuca…
GABARITO: E
Pessoal, quando vocês se depararem com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:
Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra) Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho) Macete:
Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário
➥ Não se esqueça de rabiscar na hora da prova SENTIDO FIGURADO, bem grande, para não confundir. Já vi pegadinhas em que ele cobrava sentido próprio rsrs
Analisando todas as alternativas, chegamos ao gabarito:
e) … pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes me borboleteia na cuca… → Os pensamentos não borboleteiam pela cabeça, pessoal. Ele empregou esta palavra para dizer que os pensamentos vão e vêm, aparecem e desaparecem, quando ele tenta escrever.
Dicio: Borboletear: Ir de um a outro lugar, de uma pessoa a outra, como as borboletas.
Espero ter ajudado.
Considere as passagens do texto:
• O flagelo () Considere as passagens do texto:
• O flagelo da fome (título) • … mais de 34 milhões sofrendo insegurança alimentar aguda ()… (1° parágrafo) • O Brasil tem uma responsabilidade humanitária especial para com o povo venezuelano sob o jugo () da ditadura chavista… (4° parágrafo) • Mas está em seu poder mitigar () as suas repercussões mais catastróficas, como a fome. (último parágrafo)
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
A
angústia; crítica; governo; extirpar.
B
calamidade; grave; sujeição; abrandar.
C
despropósito; vigorosa; opressão; reforçar.
D
padecimento; intensa; autoridade; entender.
E
Considere as passagens do texto:
• O flagelo da fome (título) • … mais de 34 milhões sofrendo insegurança alimentar aguda… (1° parágrafo) • O Brasil tem uma responsabilidade humanitária especial para com o povo venezuelano sob o jugo da ditadura chavista… (4° parágrafo) • Mas está em seu poder mitigar as suas repercussões mais catastróficas, como a fome. (último parágrafo)
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
A
angústia; crítica; governo; extirpar.
B
calamidade; grave; sujeição; abrandar.
C
despropósito; vigorosa; opressão; reforçar.
D
padecimento; intensa; autoridade; entender.
E
resiliência; crônica; caridade; aplacar.
Em questões em que é solicitada a sinonímia (relação de sentido afim entre vocábulos), não há escapatória: para responder com segurança, é necessário leitura, seja de livros, seja de itens semelhantes. Recomenda-se anotar as palavras mais recorrentes e ao redor delas inserir os sinônimos. Tomemos como exemplo um substantivo comum: caixão. Para este, há pelo menos uns três sinônimos: féretro, esquife e ataúde. Pode-se escrever caixão, a palavra mais usual, e, em derredor dela, registrar os sinônimos. Isso serve para verbos, adjetivos e afins.
Flagelo → Em sentido literal, é um instrumento para açoite ou um suplício; em sentido figurado, uma calamidade;
Agudo → Em sentido literal, significa aquilo que tem ponta, é pontiagudo; em sentido figurado, intenso, enérgico, grave;
Jugo → Em sentido literal, define uma peça que se coloca nos bois; em sentido figurado, opressão, sujeição;
Mitigar → Em sentido literal, significa aplacar, diminuir, atenuar, abrandar.
Com isso, responde-se corretamente.
Letra B
A seguinte passagem do texto caracteriza-se pelo emprego de palavra(s) em sentido figurado:
Alternativas
A
Continuamos a acreditar que vivemos numa época em que a tecnologia dá passos gigantes e diários…
B
Desde a invenção do vapor ficou claro que conseguiríamos multiplicar a velocidade dos deslocamentos…
C
Muitos dos problemas que devemos enfrentar hoje têm relação com o aumento do tempo médio de vida.
D
Sabemos muito bem como destruir uma cidade ou como transportar informação a baixo custo…
E
Um jovem pode pensar que o progresso é aquilo que lhe permite enviar recadinhos pelo celular…
GABARITO: A
Relembrando:
Sentido CONotativo (figurado) → CONto de fadas → “Seu coração é de pedra”
Uso diferente do original, entendido pelo contexto.
Sentido Denotativo → Dicionário → “A pedra é dura”
Uso da palavra no sentido usual, convencional
Dentre as alternativas, só encontramos o sentido figurado na A:
a) Continuamos a acreditar que vivemos numa época em que a tecnologia dá passos gigantes e diários
→ Correto. A tecnologia não dá “passos gigantes”. A ação de caminhar é própria dos seres vivos.
Apesar dos sentimentos generalizados de interdependência e das mensagens inspiracionais do tipo “estamos todos juntos”, a verdade é que o atual choque sanitário e econômico__________ muito mais__________ para os ___________mais pobres de cada nação e para as nações mais pobres da comunidade global. A crise pode comprometer décadas de esforços dos países em desenvolvimento para tirar as pessoas da miséria e deve intensificar a tendência___________ desigualdade nos países desenvolvidos, que vinha crescendo desde a crise financeira de 2008. Quanto mais a pandemia avança, mais as disparidades vêm_________ tona.
(https://opiniao.estadao.com.br, 11.05.2020. Adaptado)
A última frase do texto permite concluir que quanto mais a pandemia avança, mais as disparidades Alternativas A emergem. B encantam. C amenizam. D confundem. E desaparecem.
Imergir = afundar, mergulhar, submergir, assim como adentrar, entrar.
Emergir = elevar algo acima do nível da água, subir, vir à tona
Sem alteração do sentido, o título do texto – Nenhum estudante vai perder o ano – está corretamente reescrito em: Alternativas A É certo que muitos alunos perderão o ano. B Quaisquer estudantes vão perder o ano. C Estudante algum vai perder o ano. D Não é qualquer estudante que vai perder o ano. E Certos alunos vão perder o ano.
O pronome indefinido “algum(a)” equivalerá a “nenhum(a)” quando estiver posposto ao substantivo. Nessa ocorrência, “algum(a)” significará “nenhum(a)”:
a) Mulher alguma (=nenhuma) virá hoje;
b) Todas as crianças, mas adulto algum (=nenhum), receberão presentes.
Letra C
Considere os trechos:
- … os educadores “desenharam” um novo planejamento, baseado na experiência inicial e em uma pesquisa realizada com os pais e estudantes. (2o parágrafo)
- A terceira fase de mudanças desse ano letivo que se encerra no fim de junho veio com o “reconhecimento” de que muitos estudantes não tiveram acesso a computadores e conectividade… (3o parágrafo)
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas A impuseram; suposição. B elaboraram; verificação. C retificaram; compensação. D contestaram; aceitação. E absorveram; identificação.
GABARITO: B
Desenharam no sentido de IDEALIZAR UM PROJETO: ELABORARAM;
Reconhecimento no sentido de AVERIGUAÇÃO: VERIFICAÇÃO.
Que saudade de uma boa multidão de gente desinteressante.
O termo “boa” sinaliza para o sentido de Alternativas A valor questionável. B importância ínfima. C proporção diminuta. D dimensão considerável. E aglomeração desprezível.
GABARITO: D (O termo “boa” sinaliza para o sentido de dimensão considerável.)
“Que saudade de uma boa multidão de gente desinteressante”
➥ Muito cuidado! Você só deve se atentar a esta parte: “uma boa multidão”. “Bom”, neste caso, desempenha papel adjetivo, qualificando o substantivo multidão. Neste caso, ele carrega o significado da extensão da multidão. É uma boa multidão, uma multidão grande.
Outro exemplo:
Demora muito para chegar?” “Você levará uns bons quilômetros” (muitos quilômetros).
Considere os trechos: • … melhor observar o “mal-estar” dos fatos polêmicos… (1º parágrafo) • … não se trata de liberdade de pensamento e é difícil imaginar reflexão de “boa-fé”. (3º parágrafo) Considerando os sentidos do texto e a conformidade com a norma-padrão, cada um dos termos destacados tem como antônimo e flexão no plural, respectivamente:
Alternativas
A
comprazimento; mal-estares / dolo; boas-fés.
B
satisfação; males-estares / respeito; boa-fé.
C
disposição; males-estar / logro; boas-fés.
D
constrangimento; mal-estar / ultraje; boa-fé.
E
aflição; mal-estar / sinceridade; boas-fé.
Esta questão requer conhecimento acerca do valor semântico das palavras: sinonímia e antonímia e plural de substantivos compostos.
A questão pede o antônimo e o plural dos substantivos compostos, respectivamente.
Primeiramente, vamos aos sinônimos das palavras destacadas segundo o dicionário eletrônico Houaiss de língua portuguesa.
mal-estar = 1. sensação desagradável de perturbação do organismo; indisposição que não chega a configurar doença; incômodo, indisposição;
- estado de inquietação, de aflição mal definida; ansiedade, insatisfação;
- situação embaraçosa; constrangimento.
boa-fé = 1. retidão ou pureza de intenções; sinceridade;
- convicção de agir ou portar-se com justiça e lealdade com relação a alguém, a determinados princípios etc.;
- respeito ou fidelidade às exigências da honestidade ou do que é considerado direito; lisura;
- estado de consciência de quem crê, por erro ou equívoco, que age com correção e em conformidade com o direito, podendo ser levado a ter seus interesses prejudicados [Configura uma circunstância que a lei leva em conta para proteger o faltoso das consequências da irregularidade cometida].
Agora, vamos à flexão dos substantivos compostos destacados:
Em mal-estar temos: advérbio (palavra invariável) + verbo substantivado (palavra variável). Nesse caso, somente o segundo elemento varia. O plural é mal-estares.
Em boa-fé temos: adjetivo (palavra variável) + substantivo (palavra variável). Nesse caso, ambos os elementos variam. O plural é boas-fés.
Alternativa (A) correta - “Comprazimento” significa agrado, satisfação, portanto é antônimo de “mal-estar”.
“Dolo” significa manobra ou artifício que se inspira em má-fé, portanto é antônimo de “boa-fé”.
Em relação às flexões no plural, de acordo com a explicação dada, estão corretas.
Alternativa (B) incorreta - Temos antônimo e sinônimo, respectivamente. As flexões no plural estão erradas.
Alternativa (C) incorreta - Temos os antônimos, respectivamente, porém só a flexão de “boa-fé” está correta.
Alternativa (D) incorreta - Temos sinônimo e antônimo, respectivamente. Os substantivos não foram flexionados.
Alternativa (E) incorreta - Temos sinônimos, respectivamente. Além disso, as flexões estão erradas.
Gabarito da Professora: Letra A.
Considere as passagens do texto: • … melhor observar o mal-estar dos fatos polêmicos à luz da ousadia () pessoal dos influentes que os cometem e da letargia () cívica com que os influenciados reagem a eles. (1° parágrafo) • Neste artigo olho um período cheio de egolatrias em que ficamos à mercê () da marca do outro. Assim como a gula, apetite sem limite de quem se sente situado no topo () da cadeia alimentar… (2° parágrafo) Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
A
coragem; desencanto; sob a autoridade; começo.
B
atrevimento; prostração; na dependência; ápice.
C
determinação; inércia; à semelhança; fim.
D
petulância; interesse; sob a tutela; entorno.
E
oportunismo; consciência; ao capricho; cume.
GAB B
Na primeira opção dava pra confundir com a letra (A), pois ousadia tbm é sinônimo de coragem, mas os sinônimos das duas últimas opções deixa claro que não é a letra (A), Logo sobra apenas a letra (B) como gabarito
O termo destacado na frase “Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.” expressa ideia de
Alternativas
A
dúvida, podendo ser corretamente substituído por “talvez”.
B
tempo, podendo ser corretamente substituído por “hoje em dia”.
C
afirmação, podendo ser corretamente substituído por “certamente”.
D
negação, podendo ser corretamente substituído por “absolutamente”.
E
intensidade, podendo ser corretamente substituído por “completamente”.
GABARITO: A
O termo destacado na frase “Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.” expressa ideia de dúvida, podendo ser corretamente substituído por “talvez”.
➥ Quiçá: Que pode ou não acontecer; Possibilidade; Talvez “Quiçá choveu hoje” / “Talvez choveu hoje”
.
Quem é paulistano sabe que esta expressão não é comum em nosso dia a dia, por isso a VUNESP colocou rsrs
O termo destacado na frase “Mais grave, entretanto, é a incúria de empresas e órgãos de controle...” apresenta um sinônimo e um antônimo adequados ao contexto, nessa ordem, em: Alternativas A postura; sujeição. B relutância; inação. C negligência; atenção. D insatisfação; disposição. E perspicácia; perseverança.
GABARITO: C
Essa você consegue matar de três modos: Pelo conhecimento do vocabulário, interpretando o texto ou voltando à questão 1 da prova.
Vejamos pela interpretação:
“(…) Inexiste na legislação distância mínima a ser respeitada entre barragens e comunidades do entorno.
Mais grave, entretanto, é a incúria de empresas e órgãos de controle que pode levar ao terceiro rompimento de um reservatório de rejeitos em tão pouco tempo.”
Veja o que o texto diz:
Há aquela conduta. Porém, MAIS grave que ela é esta, que poderá levar ao terceiro rompimento. Mas por que a barragem poderá romper? Pela INCÚRIA, pela negligência, pelo “empurrar com a barriga”, pelo “deixar para lá”.
.
Significado de incúria: Falta de cuidado; negligência: “Trata a casa e a família com muita incúria.”
O examinador pediu: Sinônimo e antônimo:
c) negligência (sinônimo de incúria) e atenção (Qual é o contrário de ser negligente? Isto é: Qual é o contrário “deixa pra lá”? É a atenção à causa).
Está empregada em sentido figurado a expressão destacada em:
Alternativas
A
… o estado de Minas Gerais se encontra às voltas com a possibilidade iminente () de mais um desastre do gênero.
B
Desde o fim de abril, porém, a velocidade do deslocamento () acelerou-se para 5 centímetros por dia…
C
Já os residentes da área urbana, que receberia a onda de lama em cerca de uma hora, vêm passando por treinamentos de fuga ().
D
Inexiste na legislação distância mínima a ser respeitada entre barragens e comunidades do entorno ().
E
Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o “horizonte sombrio” da ruptura.
GABARITO: E
Quando você se deparar com estas questões que pedem sentido figurado, lembre-se:
Sentido figurado (conotativo): Sentido simbólico (Seu coração é de pedra) Sentido próprio (denotativo): É o sentido literal da palavra (Tinha uma pedra no caminho) Macete:
Sentido conotativo → Conto de fadas
Sentido denotativo → Dicionário
Analisando as assertivas, encontramos o sentido figurado, simbólico apenas na E:
e) Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.
→ Não existe “horizonte sombrio”, pessoal rsrs O horizonte é a linha que você vê quando olha ao longe. Ele não é sombrio. É apenas o horizonte.
Assinale a alternativa em que há palavra ou expressão empregada em sentido figurado.
Alternativas
A
Falam-se nas aldeias mais de 150 línguas e dialetos, 2% do total mundial, estimado em cerca de 7000 idiomas.
B
Há 32% de conteúdo genético característico de ameríndios em seus cromossomos.
C
… os negros conquistaram certo espaço na TV e nas capas de revista..
D
No Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é.
E
A pele é morena, pega cor fácil no sol. O cabelo grosso, que já foi mais preto, espeta rápido quando se corta curto.
Acredito que não tem como pegar cor NO sol, mas sim pegar cor DO sol.
“Quem pega, pega algo DE alguém”
Gabarito: Letra E.
A máxima da teoria ética da responsabilidade apregoa que somos responsáveis por aquilo que fazemos e reza: “Aja para atingir fins universalistas”. Em vez de aplicar ordenamentos previamente estabelecidos, os agentes priorizam as consequências das decisões e ações. Realizam assim uma análise situacional: avaliam os efeitos previsíveis que uma ação produz; planejam obter resultados positivos para si e para os demais agentes que interagem consigo sem ferir os interesses alheios; e, por fim, ampliam o leque das escolhas quando preconizam: “dos males, o menor” ou quando visam “fazer mais bem ao maior número de pessoas.
(Robert Henry Srour. Ética empresarial)
Nos contextos em que estão empregadas, as palavras “máxima” e “preconizam” significam, respectivamente, Alternativas A suprema e sinalizam. B principal e aconselham. C fórmula e protestam. D preceito e recomendam. E clímax e proclamam.
Sinônimo da “Máxima”: princípio, pensamento, preceito, dogma, premissa, verdade, conceito, axioma, doutrina, postulado, evidência, truísmo.
Sinônimo de “Preconizar”: aconselhar, recomendar, sugerir, indicar, alvitrar, prescrever, inculcar, pregar, apregoar, evangelizar.