Prostata Flashcards

1
Q

Recomendações EAU para a 1a biópsia de próstata?

A
  • Realizar RNM de próstata pré biópsia.
  • Caso lesões suspeitas ( PIRADS: 3-5) : realizar biópsia sistemática + direcionada para a lesão.
  • Caso sem lesões suspeitas a RNM e paciente com baixa suspeita: considerar não realizar a biópsia em decisão compartilhada com o paciente.
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2
Q

Qual artéria irriga a próstata?

A

Artéria vesical inferior*

  • exclusiva do sexo masculino e originária do ramo anterior da ilíaca externa.
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3
Q

Quando indicar o screening de CAP em homens?

A
  • A partir dos 50 anos
  • > 45a e história familiar de CAP.
  • > 45a e negros.
  • > 40a e mutações no gene BRCA2
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4
Q

Como é classificada a recidiva bioquímica pela EAU?

A

Alto e baixo risco

Alto risco
- Tempo de duplicação do PSA < 12 meses
- Tempo para recorrência do PSA < 18 meses
- Classificação ISUP 4-5

*recidiva bioquímica precede mtx em 7-8 anos
** oferecer monitoramento para pacientes baixo risco

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5
Q

Qual a complicação mais comum da biópsia prostática?

A

Hematoespermia

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6
Q

Qual a indicação de abiraterona no contexto de CAP localmente avançado? Deve ser associada com outro tratamento?

A
  • Oferecer tratamento prolongado com bloqueio duplo - ADT + abiraterona ,quando oferecer radioterapia de intensidade modulada (IMRT) para pacientes de mais alto risco, com:
    -> M0 e cN1
    ou
    -> cN0 e ≥ 2 fatores de alto risco(cT3–4, Gleason 8-10 or PSA > 40 ng/mL).
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7
Q

Paciente submetido à prostatectomia radical + linfadenectomia pélvica com pN1, quais as opções de tratamento?

A
  • ADT adjuvante
  • ADT + radioterapia adjuvante
  • Observação ( apenas se eLND + < 2 linfonodos + PSA < 0.1 ng/mL. )

** não ofereça ADT adjuvante para pacientes N0

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8
Q

Quando oferecer radioterapia adjuvante após prostatectomia radical para pacientes pN0?

A

Pacientes de alto risco pN0 e pelo menos 2 de 3 fatores de risco para recorrência ( ISUP 4–5, pT3, margens positivas)

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9
Q

Quando não se deve oferecer ADT exclusiva de salvamento após recorrência bioquímica?

A

Pacientes M0 e PSA doubling time >12 meses.

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10
Q

Qual critério de doença foi estabelecido no estudo CHAARTED?

A

Alto volume:
4 metástases ósseas (ou mais), incluindo pelo menos 1 fora do esqueleto axial
OU
Metástase visceral

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11
Q

Qual o critério de doença descrito no estudo LATITUDE?

A

Alto risco:
pelo menos 2 fatores de risco:
- 3 metástases ósseas (ou mais)
- Metástase visceral
- ISUP maior ou igual a 4

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12
Q

Quais são os fatores prognósticos do estudo SWOG 9346?

A

PSA após 7 meses de ADT / sobrevida média (meses)
< 0,2ng/ml : 75m
0,2-4ng/ml: 44m
>4ng/ml: 13m

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13
Q

Qual medicação sempre deve ser adicionada à Abiraterona?

A

Prednisona para prevenir hiperaldosteronismo (mineralocorticoide) induzido por droga

  • A abiraterona atua com alvo na adrenal ( inibidor do CYP17 )
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14
Q

Quais as opções de tratamento para pacientes com CAP metastático ao diagnóstico

A
  • ADT + docetaxel ( oferecer para todos com condição de receber a medicação - opção padrão)
  • ADT + antiandrogênicos de 2 geração ( enzalutamida ou apalutamida)
  • ADT + abiraterona + prednisona ( ação adrenal )
  • ADT + radioterapia : pacientes baixo volume
  • não oferecer ADT como monoterapia
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15
Q

Qual a definição de CAP resistente à castração e quais são os dois cenários clínicos possíveis

A
  • Progressão de doença ( radiológica ou bioquímica ), apesar dos níveis castrativos de testosterona ( <50ng/ml)
  • Cenário M0 ou M1.
  • progressão bioquimica: 3 elevações de PSA com pelo menos 1 semana de diferença entre eles, resultando em 2 elevações acima de 50% do nadir e PSA >2ng/ml
  • progressão radiológica: surgimento de duas ou mais lesões ósseas na cintilografia ou tecidos moles.
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16
Q

Qual a indicação de testes germinativos em pacientes com CAP? (4)

A
  • CAP metastático
  • Paciente com CAP de alto risco e que tiveram familiar diagnosticado com CAP com <60anos
  • Múltiplos familiares diagnosticados com CAP : com <60 anos ou um membro morreu de CAP
  • História familiar de mutação germinativa de alto risco (ex BRCA) ou história familiar de múltiplos cânceres de um mesmo lado da família.
  • mutações somáticas: tecido prostático ou metastatico
  • mutações germinativas: sangue ou saliva
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17
Q
  • Quais são as drogas autorizadas para tratamento em paciente com CAP metastático resistente à castração? (7)
A

abiraterona, cabazitaxel, docetaxel, enzalutamida, olaparib, radium-223, sipuleucel-T (ordem alfabética)

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18
Q
  • Quais são as drogas autorizadas para tratamento em paciente com CAP NÃO metastático resistente à castração para prolongar o tempo para aparecimento de metástases e sobrevida? (3)
A
  • Apalutamida, darolutamida or enzalutamida

*para pacientes M0 CRPC e alto risco de desenvolver metástase (PSA-DT < 10 months)
** PSA-DR >10m: manter hormonioterapia isolada ou associar terapia hormonal secundária.

** enzalutamida tem maior beneficio para DT <6m
*** darolutamida e apalutamida tem maior beneficios em DT>6m <10m

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19
Q

Qual a região pélvica com maior drenagem de linfonodos no CAP?

A

Ilíaca interna

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20
Q

Quais pacientes são candidatos à linfadenectomia de resgate no CAP?

A

RBQ pós-PR e critérios
restritos (todos):
- PSA < 4 ng/ml
- Gleason ≤ 7 (ISUP 1-3)
- Doença exclusivamente linfonodal de baixo volume limitada à pelve comprovada por PET-PSMA.

  • ajuda à adiar a introdução da hormonioterapia, deve ser usada apenas como parte de tratamento multimodal.
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21
Q

Como caracterizar a falha do tratamento sistêmico em CAP metastatico?

A

Avaliar tripé, são necessários pelos menos 2:
- elevação dos níveis de PSA
- progressão radiografica
- piora clínica

  • elevação de psa isolada não caracteriza falha
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22
Q

Qual a melhor opção para tratamento de paciente com CAP sensível a castração que utilizaram docetaxel e abiraterona e progrediram em menos de 12 meses?
A) Enzalutamida
B) Cabazitaxel

A

B)

Através do estudo CARD, demonstrou-se que pacientes que haviam recebido previamente docetaxel e utilizaram uma das novas drogas antiandrogênicas (abiraterona Ou enzalutamida) quando há falha precoce (<12 meses), a troca da
medicação (abiraterona por enzalutamida ou enzalutamida por abiraterona) apresentava resposta pior do que a utilização de cabazitaxel.

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23
Q

Qual o diâmetro de linfonodos considerados positivos no CAP?

A

8mm na pelve
10mm fora da pelve

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24
Q

A associação de ADT após radioterapia deve ser feita por quanto tempo no tratamento primário do CAP?

A
  • Baixo risco: não utilizar
  • Risco intermediário: 4-6 meses
  • Alto risco: 2-3 anos
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25
Q

Indicação de repetir biopsia prostática

A

Na persistência de suspeita e algum abaixo:
- RNMmp PIRADS >3
- PSA em elevação ou persistentemente elevado
- Carcinoma intraductal como achado isolado ( > 90% risco de CAP de alto risco)

  • In a contemporary series of biopsies the likelihood of finding a csPCa after follow-up biopsy after a diagnosis of atypical small acinar proliferation and high-grade prostatic intraepithelial neoplasia (PIN) was only 6-8%, not significantly different from follow-up biopsies after a negative biopsy.
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26
Q

Quais as vantagens da biopsia transperineal?

A
  • Menos complicações infecciosas
  • Maior sensibilidade para detecção de CAP clinicamente significante (86% vs. 73%).
  • método de escolha se disponível
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27
Q

Quando realizar biopsia da zona de transição da prostata?

A
  • Lesões sugestivas nessa área na RNM
  • Biopsias de repetição
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28
Q

Como é deita a avaliação de idosos ( >70a) com diagnóstico de CAP?

A
  • G8, miniCOG, escal clínica de fragilidade
    Se G8 <14: avaliação geriatrica completa
    Se fit a expectativa de vida é >10a : tratamento padrão
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29
Q

Diferenças da braquiterapia de alta e baixa dose.

A

‐ LDR:
Permanent seeds implanted
Uses Iodine-125 (I-125) (most common), Palladium-103 (Pd-103) or
Cesium-131 isotopes
Radiation dose delivered over weeks and months
Acute side effects resolve over months
Radiation protection issues for patient and carers

  • HDR:
    • Temporary implantation
    • Iridium-192 (IR-192) isotope introduced through implanted needles or
    catheters
    • Radiation dose delivered in minutes
    • Acute side effects resolve over weeks
    • No radiation protection issues for patient or carers
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30
Q

Critérios mais comuns para inclusão em protocolo de vigilância ativa

A

Pacientes de baixo risco e expectativa de vida > 10anos
- ISUP 1 (de preferência em até 2 fragmentos positivos e com menos de 50% acometimento*)
- cT1c or cT2a
- PSA < 10 ng/mL
- Densidade do PSA < 0.15 ng/mL/cc (controverso)

  • o número de fragmentos não prediz volume se biopsia guiada por RNMmp

** pacientes ISUP 2 podem ser colocados em VA, desde que altamente selecionados
com doença ISUP 2 (< 10% padrão 4; PSA< 10 ng/mL, < cT2a, baixa extensão da doença na imagem e baixa extensão da biópsia [definida como até 3 fragmentos positivos e envolvimento do câncer < 50%], aceitando o risco potencial aumentado de progressão metastática

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31
Q

Critérios patológicos para exclusão da vigilância ativa no CAP

A
  • Carcinoma intraductal
  • Histologia cribiforme
  • Carcinoma sarcomatoide
  • Carcinoma de pequenas células
  • Extensão extraprostatica ou invasão linfovascular na biopsia
  • Invasão perineural
  • obs: carcinoma mucinoso da prostata não são mais agressivos que não mucinosos
32
Q

Quando indicar intervenção na vigilância ativa no CAP?

A

-Instabilidade psíquica
-Desejo do paciente
- Após re biopsia *

  • alterações de PSA, toque ou RNM não devem indicar intervenção sem antes realizar nova biopsia.
33
Q

Quando realizar biopsia de confirmação no protocolo de vigilância ativa para CAP?

A
  • De acordo com protocolo ( geralmente 9-12m)
  • Se biopsia inicial guiada por RNMmp (sistemática + dirigida), não é necessário realizar biopsia de confirmação.
34
Q

Quando oferecer Lu-PSMA para pacientes com câncer de prostata?

A
  • Paciente câncer de prostata metastatico resistente à castração E uma ou mais metastases, que expressem intensamente o PSMA (excedendo a captação normal do fígado)
35
Q

Qual a localização do feixe neurovascular? Entre quais fascias?

A

Posterolateral, na fascia pelvica lateral, entre a fascia prostatica e da fascia do elevador do anus.

36
Q

Quanto tempo se deve esperar para realização de prostatectomia radical após:
a) biópsia de próstata
b) RTUp

A

a) 6-8 semanas
b) 3 meses

37
Q

O que é PSA bounce? Existe algum impacto prognóstico? Qual a conduta?

A
  • Elevação de PSA superior à 0,2 ng/ml ( média 1ng/ml ) seguida por um declínio durável após Braquiterapia (também pode surgir apos RDT + ADT).
  • Pacientes que tiveram esse fenomeno tem menor recidiva bioquímica em 10 anos e melhor sobrevida global.

*é recomendável que a elevação de PSA após braquiterapia seja acompanhada até 30 meses.
*Se a elevação ultrapassar 10ng/ml, deve ser realizado estadiamento sistêmico.
* Se a elevação persistir após 30m da braquiterapia, deve ser realizada biópsia prostática.

38
Q

Em homens com CAP localmente avançado submetidos à PTR, percebe-se que o estadiamento clínico pode superestimar a doença em:

A

27%

39
Q

Qual o efeito do bloqueio hormonal neoadjuvante em pacientes submetidos a PTR?

A
  • Diminui margens cirúrgicas positivas em estágios clínicos iniciais (cT1-cT2)*
  • Não melhora sobrevida livre de recorrência em longo prazo
  • esse efeito NÃO é observado em pacientes cT3
40
Q

Qual a definição de CAP localmente avançado pela EAU?

A
  • Estadio local maior ou igual a T3a
  • cN1
  • INDEPENDENTEMENTE do PSA
41
Q

Como deve ser feita a radioterapia no CAP localmente avançado?

A
  • Deve ser oferecida em conjunto com ADT
  • A ADT deve ser oferecida em esquema neoadjuvante (efeito citotoxico) + adjuvante ( por 2 a 3 anos).
  • Alvo prostata e linfonodos.
  • Bloqueio duplo com abiraterona se alto risco.

Esquema radioterapia:
- IMRT/VMAT + IGRT with 76–78 Gy + ADT (2 to 3a)
Ou
- Paciente com boa função urinaria oferecer IMRT/VMAT + IGRT com brachytherapy boost (either HDR or LDR)+ ADT prolongada.

  • obs: não é possível determinar superioridade de tratamento local em relação a outro nesse contexto ( RT versus PTR)

** Prescribe 2 years of abiraterone when offering IMRT/VMAT plus IGRT to the prostate plus pelvis (for cN1) in combination with long-term ADT, for M0 patients with cN1 or > 2 high-risk factors (cT3–4, Gleason > 8 or PSA > 40 ng/mL).

*** a neoadjuvancia com HT reduz o tamanho da prostata e diminui a toxicidade local por menor deposição

42
Q

Quais os pacientes ideais para prostatectomia radical de resgate após recidiva bioquímica para pacientes tratados inicialmente por radioterapia?

A
  • Casos altamente selecionados com histologia COMPROVANDO a recorrência local

Candidatos ideais:
- Nenhuma ou poucas comorbidades
- Expectativa de vida >10 anos
- PSA < 10
- ISUP 2-3
- Sem evidências de metástase à distância

43
Q

Qual é o % de tumores de prostata diagnosticados através de um toque retal alterado?

A

18%

44
Q

O que é avaliado na prostata em cada uma das sequências da RNMmp?

A
  • T1(gordura clara): avalia hemorragias após biopsias prostaticas. Não diferencia anatomia por zonas. Avalia linfonodos e invasão óssea.
  • T2 (líquido claro): diferencia anatomia por zonas. Pode diagnosticar câncer de prostata, especialmente quando presente na ZONA DE TRANSIÇÃO. A zona de transição se mostra hiperintensa e o câncer de prostata com lesões hipointensas nessas áreas.
  • Difusão: avalia o movimento da água, quanto menor mais suspeito. Boa sequência para avaliar câncer, especialmente na ZONA PERIFERICA.
  • Dinâmica ou contrastada: reforça a suspeita de nódulos na zona periférica. No câncer de próstata tem captação precoce e eliminação precoce.
45
Q

Qual a orientação da EAU sobre RNMmp e biopsia de prostata, na suspeita de CAP, em:
(1) pacientes virgens de biopsia
(2) bx prévia negativa?

A

Virgens de biopsia
- Realizar RNMmp antes de biopsia
-> PIRADS maior ou igual a 3 = realizar bx SISTEMATICA e DIRIGIDA
-> PIRADS menor ou igual a 2 E densidade <0.15ng/mL = omitir biopsia em decisão compartilhada.

Biopsia prévia negativa
- Realizar RNMmp antes de nova biopsia
-> PIRADS maior ou igual a 3 = realizar apenas bx DIRIGIDA
-> PIRADS menor ou igual a 2 e suspeita alta para CAP = realizar bx SISTEMATICA em decisão compartilhada.

46
Q

O que deve incluir a linfadenectomia estendida no CAP?

A

A linfadenectomia estendida inclui a remoção dos linfonodos:
- ilíacos externos (sobre a artéria e veia)
- mediais e laterais à artéria ilíaca interna.
- fossa obturadora (cranial e caudal ao nervo obturatorio)

*Este modelo estadia corretamente 94% dos pacientes.

47
Q

Quando suspeitar de diferenciação anaplásica ou neuroendocrina no câncer de próstata.

A
  • Metástases para tecidos moles ( massas pélvicas e viscerais )
  • Crescimento rápido
  • Metástases ósseas com padrão LITICO.
  • Metástases cerebrais frequentes.
  • Hipercalcemia
  • Cromogranina sérica elevada
  • PSA relativamente baixo ou indetectável.
  • considerar QT precoce nesses casos
48
Q

Quais são os sintomas de lesão do nervo obturatório durante PTR?

A

Incapacidade de adução da coxa
Alteração de sensibilidade na face medial da coxa

49
Q

Quais as consequências do rastreio de câncer de próstata?

A
  • Maior diagnóstico de CAP
  • Diagnóstico em tumores mais localizados e menos avançados.
  • Nenhum benefício em sobrevida câncer específica
  • Nenhum benefício em sobrevida global
50
Q

Quais são os sítios mais comuns de metástase do câncer de próstata ( em ordem )?

A
  • Linfonodos
  • Ossos
  • Pulmão
  • Bexiga
  • Fígado
  • Suprarrenais.
51
Q

Qual o preditor mais forte de estenose da anastomose uretral após prostatectomia radical?

A

Tabagismo ativo

52
Q

Paciente com câncer de próstata metastático ao diagnóstico, com compressão medular, qual o tratamento?

A
  • Devem ser utilizadas medicações que não tem efeito flare-up
  • Antagonista do LNRH: degarelix - atinge níveis de castração em 72h
  • Orquiectomia bilateral - atinge níveis de castração em 12h
53
Q

Qual deve ser o critério de tratamento em pacientes com câncer de próstata não metastatico resistente à castração ( nmCRPC) ?

A

PSA doubling time <10m

  • drogas: enzalutamida, darolutamida e apalutamida
54
Q

Quais são as características ( incidência/definição/fator de risco/ caracteristicas clínicas) do câncer de próstata hereditário?

A
  • Incidência: 9% dos CAP
  • Definição: história familiar de acometimento de 3 ou mais familiares de primeiro ou segundo grau, sendo que pelo menos 2 deles tiveram câncer com menos de 55 anos.
  • Fatores de risco: síndromes familiares ( câncer de mama,ovário, Lynch)
    > Características clínicas
  • Aparecimento do câncer 6-7 anos mais precoce
  • Agressividade e história natural da doença não diferem dos não familiares
55
Q

Qual o impacto do contato da lesão cancerosa com a cápsula prostatica na RNMmp em relaçãi à mtx linfonodal?

A

Cada 1mm de contato aumenta em 4% a chance de LN +

56
Q

Qual é o objetivo de tratamento do câncer de próstata oligometastatico?

A
  • Atrasar o início do tratamento sistêmico com HT ou QT (em até 2 anos)
  • Diminuir a taxa de complicações locais das metástases ( até 30% dos tumores tem complicações locais )
  • infelizmente a cura ainda não é possível nesses casos
    ** o conceito de oligometastatico é divertente, geralmente são aceitas até 5 metastases.
    *** o tratamento local da metátase ( ex: radioterapia) tem benefício .
57
Q

Quais são as opções de tratamento para paciente com CAP M1 sensível a castração?

A

Hormonioterapia ou Orquiectomia bilateral + alguma opção abaixo:

-> Primeiro definir se é alto risco/volume (LATITUDE/CHAARTED)

  • Alto risco/volume: Enzalutamida, apalutamida, abiraterona ou docetaxel
  • Baixo risco/volume: Enzalutamida, apalutamida, abiraterona
  • HT + radioterapia prostatica tem benefício em pacientes com baixo volume M1.
58
Q

Para pacientes com recidiva bioquímica após prostatectomia radical, quais são os fatores de risco para metástase a distância e mortalidade global?

A

Metástase a distância
- margem positiva
- ISUP alto no anatomopatologico da prostatectomia
- pT alto
- PSA DT curto
- PSA pré terapia de resgate alto.

Mortalidade global
- tempo para recidiva bioquímica curto
- ISUP alto no anatomopatologico da prostatectomia
- PSA DT curto

  • a EAU subdivide pacientes em RBQ de baixo e alto risco.
  • alto risco: PSA DT <12m, ISUP 4 ou 5, tempo de recorrência <18m
59
Q

Qual o significado de PSA =0,1 , após 3 meses da prostatectomia radical?

A
  • Persistência de PSA
  • É um dos piores preditores de desfechos oncológicos
60
Q

Quais drogas foram estudadas nos seguintes estudos e qual o cenário clinico (M0 ou M1):
- STAMPEDE
- LATITUDE
- TITAN
- ENZAMET
- SPARTAN
- PROSPER
- ARAMIS

A

=> M1

  • STAMPEDE + LATITUDE: Docetaxel e Abiraterona + prednisona (AAP)
  • TITAN: Apalutamida
  • ENZAMET: Enzalutamida

=> M0 ( PSA-DT <10m*)
- SPARTAN: Apalutamida
- PROSPER: Enzalutamida
- ARAMIS: Darolutamida

61
Q

Qual deve ser a periodicidade de realização de cintilografia óssea e TC em pacientes com CAP avançado?

A

Cintilografia e TC quando o PSA atingir os valores
- 2ng/ml
- 5ng/ml
- após cada duplicação de PSA
- sintomáticos independentemente do nível de PSA

  • esses pacientes devem realizar PSA pelo menos de 3/3 meses
62
Q

Quais pacientes ISUP 2 podem ser submetidos à vigilância ativa?

A

Pacientes ISUP 2 podem ser colocados em VA, desde que altamente selecionados:

  • < 10% padrão 4
  • PSA< 10 ng/mL
  • < cT2a
  • baixa extensão da doença na imagem
  • baixa extensão da biópsia [definida como no máximo 3 fragmentos positivos e envolvimento do câncer no máximo de 50% por fragmento de ISUP 2]
  • aceitando o risco potencial aumentado de progressão metastática
  • re biopsia mandatária em 6-12m
  • se >3 fragmentos + ou >50% em fragmento ISUP 2 = tratamento ativo
63
Q

Quais são as regras para calcular o PSA doubling time?

A

São necessárias pelo menos 3 medições de PSA;

Um periodo de tempo mínimo entre
as medições (4 semanas) é preferível;

Todos os valores de PSA devem ser
> 0,20 ng/mL e seguir umatendência global de aumento;

Todos os valores de PSA incluidos
devem ser obtidos nos últimos 12
meses no máximo para refletir a
atividade atual da doença;

64
Q

Como conduzir o tratamento primário de pacientes com CAP cN1 M0

A

Deve ser oferecido alguma forma de tratamento local ( PTR ou RT) + ADT de longa duração ( pelo menos 2 anos).

*oferecer bloqueio duplo com ADT + Abiraterona quando optar por radioterapia como tratamento primário para CAP localmente avançado e paciente for de alto risco: cN1 OU 2 de 3 fatores: pT3-pT4, Gleason 8-10, PSA >40.

  • ADT como monoterapia como exceção, paliativa, em pacientes que não estão aptos para nenhum tipo de tratamento local e com PSA DT <12m e PSA >50; ou doença muito indiferenciada.
65
Q

Qual a definição de persistência do PSA após PTR e qual o percentual de pacientes irão ser afetados?

A
  • PSA maior ou igual a 0,1 após 6-8 semanas da cirurgia.
  • 5 à 20% dos pacientes irão apresentar persistencia de PSA após PTR.
  • o manejo desses pacientes é incerto, mas aparentemente o tratamento com RT + ADT parece ser benéfico.
  • pacientes com persistência de PSA tem resultados da terapia de salvamento piores do que pacientes que apresentaram recorrência bioquímica.
66
Q

Como acompanhar o PSA após prostatectomia radical?

A
  • Primeiro PSA cerca de 8 semanas após a cirurgia
  • Realizar PSA semestral até 3 anos de pós operatorio
  • Manter anual após.
  • ajustar conforme necessidade clinica.
  • sempre confirmar alterações de PSA antes de definir algum tipo de tratamento.
67
Q

Qual o racional da terapia direcionada à metástase em pacientes M1.

A
  • Oferecer para pacientes que recorreram após terapia local para atrasar tratamento sistêmico.
  • O estudo ORIOLE mostrou menor progressão de doença em 6m do que observação ( 19% x 61% de recorrência)
  • Benefício em pacientes com OLIGO- RECORRENCIA ( até 3 lesões no PET colina, cintilografia óssea ou RM).
  • não há comprovação de benefício em sobrevida global
    ** os estudos são pequenos, o guideline na EAU recomenda oferecer tratamento direcionado à mtx em contexto de ensaios clínicos.
68
Q

Subgrupos EAU para câncer de próstata

A

Baixo Risco (todos)
- PSA <10
- ISUP 1
- T1a-T2a

Risco intermediário (algum)
- PSA 10-20
- ISUP 2 ou 3
- T2b

Risco alto (algum)
- PSA >20
- ISUP 4-5
- T2c

Localmente avançado (algum)
- T3-T4
- cN+
* independentemente de gleason ou PSA

69
Q

Quais são os efeitos colaterais mais relevantes da supressão androgênica?

A
  • Síndrome metabólica
  • Aumento do risco cardiovascular
  • Problemas de saúde mental
  • Aumento na reabsorção óssea ( osteoporose )
70
Q

Relações entre obesidade e cancer de prostata.

A
  • Níveis séricos reduzidos de PSA
  • Maior risco de doença de alto grau
  • Maior taxa de falha de tratamento
  • Maior mortalidade.
71
Q

O que é TMPRSS2:ERG e qual sua relação com cancer de próstata.

A

É uma fusão genica de uma protease serina transmembrana (TMPRSS2) e um gene ERG.
Essa fusão é um dos primeiros eventos que ocorre na carcinogenese do câncer de próstata e possui próximo de 100% de especificidade para CAP quando presente.
Ela está presente em cerca de 50% de pacientes com câncer de próstata ( sensibilidade baixa).

72
Q

A maior parte do PSA detectável se encontra ligado à

A

α1- Antiquimotripsina (ACT)

  • pacientes com CAP tem menor percentual de PSA livre
  • células cancerosas produzem MENOS PSA do que células normais, a elevação do PSA total se deve à fatores como desarranjo estrutural e inflamação.
73
Q

Qual o papel do PSA após terapia focal para o câncer de próstata?

A

After prostate focal therapy, PSA, which is a traditional marker of therapeutic success, is less relevant due to its levels being affected by the amount of residual prostate epithelia that may continue to grow.
MRI and prostate biopsies are recommended in order to assess the treated (infield) area as well as the untreated (outfield) area.

*2015 ICUD consensus on follow-up after focal therapy recommended an mpMRI with mandatory targeted biopsy of 4 to 6 cores in the treated area at 3 to 6 months, then mpMRI at 1 to 2 and 5 years with targeted biopsy as needed, especially if a new lesion should become manifest. A systematic biopsy was also
recommended at 1 to 2 and 5 years to provide further histological evaluation of the untreated zone for potential outfield recurrence.

74
Q

Qual o principal inconveniente da biópsia de saturação?

A
  • Alta taxa de retenção urinaria (10%)
75
Q

Quais pacientes com CAP são candidatos à tratamento com braquiterapia de baixa dose EXCLUSIVA?

A
  • Boa função urinaria
  • Doença de risco baixo ou intermediário com ISUP 2 e <33% de fragmentos acometidos