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Paciente, sexo masculino, 65 anos. É atendido no ambulatório de Clínica Médica queixando-se de disfagia há 3 anos, inicialmente a sólidos que vem progredindo também para líquidos, regurgitação clinostática e emagrecimento de 10 kg. O diagnóstico mais provável é:
a) Megaesôfago chagásico.
b) Neoplasia de esôfago.
c) Divertículo de Zenker.
d) Anel de Schatzki.
a) Megaesôfago chagásico.
COMENTÁRIO= Regurgitação clinostática é nada mais que regurgitação passiva ou de decúbito. Um dos tipos de regurgitação no megaesôfago chagásico.
- A tríade sintomatológica no megaesôfago é= Disfagia de longa data, regurgitação de alimentos e emagrecimento
- O emagrecimento poderia confundir com neoplasia. Entretanto, não é neoplasia pois se trata de um quadro degenerativo- ocorrendo há anos. Neoplasia de esôfago evolui rapidamente.
Em relação ao caso descrito, o primeiro método complementar a ser indicado é:
a) Manometria de esôfago.
b) EDA.
c) TC de tórax.
d) RX de esôfago – seriografia.
d) RX de esôfago – seriografia.
COMENTÁRIO= Seriografia é a radiografia contrastada. É o primeiro indicado, pois é barato, acessível. Avalia o grau da doença e é um exame também para estadiamento.
- Análise da presença ou não do “bico de pato” = Grupo III da classificação de Rezende.
- EDA= tem achados inespecíficos para acalasia- só vai ver um esôfago dilatado, cheio de resíduo.
Uma mulher de 35 anos de idade, portadora de Lúpus Eritematoso Sistêmico, relata estar apresentando um quadro de disfagia e pirose retroesternal. No exame físico, nenhuma anormalidade foi encontrada. Foi realizada EDA com biópsia no esôfago, que mostra infiltração do epitélio por até 18 eosinófilos por campo de grande aumento. Qual das alternativas abaixo representa o melhor laudo histopatológico para o caso?
a) A biópsia mostra até 18 eosinófilos intraepiteliais/CGA. Esses achados são compatíveis com um diagnóstico clínico-patológico de esofagite eosinofílica.
b) A biópsia mostra um padrão eosinofílico de lesão. Diante desses achados, as principais possibilidades a serem consideradas incluem a DRGE e a esofagite eosinofílica, entre outras.
c) A biópsia mostra até 18 eosinófilos intraepiteliais/CGA. Esses achados são compatíveis com um diagnóstico clínico-patológico de esofagite de refluxo.
d) Os achados histopatológicos sugerem uma infestação parasitária do esôfago.
b) A biópsia mostra um padrão eosinofílico de lesão. Diante desses achados, as principais possibilidades a serem consideradas incluem a DRGE e a esofagite eosinofílica, entre outras.
Doutor, estou preocupado que estou perdendo peso e vomitando! Um homem de 60 anos é levado para vê-lo acompanhado por sua esposa. Juntos eles descrevem que ele tem piorado progressivamente há alguns meses. Ele perdeu 6 kg e acha que o vômito é pior depois de uma refeição completa, mas os líquidos o incomodam menos que os alimentos sólidos. No passado, sofria de indigestão e tomava remédios sem receita para isso. Qual das hipóteses diagnósticas seria a menos provável.
a) Tumor neuroendócrino de duodeno.
b) Adenocarcinoma gástrico.
c) Estenose pilórica.
d) Megaesôfago chagásico.
d) Megaesôfago chagásico.
Uma mulher de 35 anos de idade, portadora de Lúpus Eritematoso Sistêmico, relata estar apresentando um quadro de disfagia e pirose retroesternal. No exame físico, nenhuma anormalidade foi encontrada. Foi realizada EDA que mostrava lesões em placas, esbranquiçadas e pseudomembranas envolvendo difusamente o esôfago. Foi submetida a biópsia. A infecção mais esperada no referido caso é:
a) Helicobacter pylori.
b) Candida albicans.
c) Herpes simples vírus.
d) Papilomavirus humano.
b) Candida albicans.
O esôfago de Barrett se caracteriza por:
a) Metaplasia escamosa no esôfago distal.
b) Displasia colunar no esôfago distal.
c) Metaplasia colunar no esôfago distal.
d) Neoplasia colunar no esôfago distal.
c) Metaplasia colunar no esôfago distal.
COMENTÁRIO= Metaplasia colunar ou cilíndrica- metaplasia intestinal= células cilíndricas ricas em células caliciformes.
Paciente masc., 35 anos com pirose retroesternal e disfagia, foi submetido à EDA e biópsia de esôfago. A análise histopatológica revelou: Fragmento de terço médio do esôfago: leve espongiose, sem hiperplasia da camada basal e com 1 eosinófilo por campo de grande aumento. Fragmento de terço inferior do esôfago, moderada espongiose, moderada hiperplasia da camada basal e 20 eosinófilos por campo de grande aumento. Neste caso, o melhor diagnóstico é:
a) Esofagite de refluxo.
b) Esofagite eosinofílica.
c) Esofagite infecciosa.
d) Esofagite por agente físico/químico.
a) Esofagite de refluxo.
A principal complicação tardia relacionada com a cardiomiotomia extramucosa para o tratamento da esofagopatia chagásica é:
a) Refluxo gastroesofágico.
b) Neoplasia de esôfago.
c) Estase gástrica.
d) Síndrome de Dumping.
a) Refluxo gastroesofágico.
Paciente masc., 68 anos, deu entrada no serviço de Cirurgia Geral com quadro de disfagia há aproximadamente 15 anos para alimentos sólidos e ocasionalmente para alimentos pastosos. Paciente nega tabagismo e ingestão exagerada de bebida alcóolica. Paciente com IMC de 18 kg/m2. Nasceu no Oeste da Bahia e procedente de lá.
a) Provavelmente este paciente é portador de CA de esôfago.
b) Provavelmente este paciente é portador de esofagopatia chagásica.
c) O melhor exame para o esclarecimento diagnóstico neste caso é a TC de tórax e abdome.
d) Antes de se chegar a qualquer conclusão diagnóstica, o paciente deverá ser encaminhado para realização de gastrostomia cirúrgica com finalidade alimentar.
b) Provavelmente este paciente é portador de esofagopatia chagásica.
COMENTÁRIO= lembrar da tríade sintomatológica= disfagia de longa data, regurgitação e emagrecimento. Outra informação importante é a região da Bahia- região relativamente endêmica.
- A C está errada pois o melhor exame (padrão ouro) é a manometria.
Sobre a fisiopatologia da esofagopatia chagásica é CORRETO afirmar:
a) Nota-se a presença de sinais motores de denervação do órgão.
b) As ondas propulsivas são assincrônicas.
c) Ocorre hipotonia do esfíncter inferior do esôfago, o que predispõe esta doença à concomitância com a DRGE.
d) As alterações motoras esofageanas ocorrem somente na fase aguda da doença.
a) Nota-se a presença de sinais motores de denervação do órgão.
COMENTÁRIO= desnervação das fibras do nervo vago e plexo mioentérico de Auerbach
- Essa desnervação pode ser:
- Primária= idiopática
- Secundária= doença de Chagas
Na avaliação radiológica da esofagopatia chagásica encontramos no megaesôfago grupo II:
a) Grande dilatação do órgão.
b) Irregularidade na parede do esôfago indicando aumento da atividade motora.
c) Alongamento do esôfago.
d) Deslizamento da transição esofagogástrica para o mediastino.
b) Irregularidade na parede do esôfago indicando aumento da atividade motora.
COMENTÁRIO:
- Grupo I= ausência de dilatação, porém, com esvaziamento lento
- Grupo II= dilatação leve a moderada
- Grupo III= dilatação moderada a acentuada- “bico de pássaro”
- Grupo IV= dolicomegaesofago- dilatação acentuada.
Paciente relata que sofre pirose retroesternal há alguns anos e que mais ou menos há 8 meses passou a apresentar disfagia a alimentos sólidos acompanhada de odinofagia funda e constritiva, às vezes, acompanhada de náuseas. É CORRETO afirmar que:
a) O diagnóstico final foi de Carcinoma de Células Escamosas, que na microscopia da biópsia mostrou glândulas bem formadas, mas com atipias celulares moderadas.
b) O esôfago de Barrett é caracterizado na microscopia da biópsia pela presença de metaplasia gástrica com células principais e parietais substituindo o epitélio escamoso esofagiano.
c) O diagnóstico final foi de carcinoma, sendo que a biópsia mostrou blocos de células escamosas atípicas caracterizando o adenocarcinoma bem diferenciado.
d) Trata-se de adenocarcinoma de esôfago, que pela história e localização (terço distal) é compatível com adenocarcinoma surgindo em esôfago de Barrett.
d) Trata-se de adenocarcinoma de esôfago, que pela história e localização (terço distal) é compatível com adenocarcinoma surgindo em esôfago de Barrett
COMENTÁRIO= Já descarta casos de acalasia pois relata certa pirose retroesternal- sintoma de refluxo.
A) Carcinoma não é um câncer glandular, não há formação de glândulas bem formadas.
B) Não é metaplasia gástrica, e sim metaplasia intestinal- epitélio cilíndrico ou intestinal, rico em células caliciformes (células glandulares)
C) O diagnóstico foi errado. Além disso, o adenocarcinoma é formado por células glandulares e não escamosas igual o CEC
D) Essa pirose que acontece há alguns anos gerou esse esôfago de Barrett que culminou no adenocarcinoma de esôfago que acontece geralmente no terço distal. Ideia de que a doença do refluxo pode gerar esôfago de Barrett
Sobre o câncer de esôfago, é INCORRETO afirmar que:
a) O tipo espinocelular é mais comum no terço médio do órgão e está associado ao tabagismo. b) O tipo adenocarcinoma tem maior incidência em pacientes portadores de esôfago de Barrett.
c) Possui como importante via de disseminação a via linfonodal.
d) As lesões menores que 5 cm são consideradas pequenas e podem ser tratadas por endoscopia.
d) As lesões menores que 5 cm são consideradas pequenas e podem ser tratadas por endoscopia.
COMENTÁRIO: a) Correto. CEC é no terço superior e médio- epitélio pavimentoso. Associado ao tabagismo, etilismo, bebidas quentes, alimentos defumados, estenose caustica, lesão por HPV.
b) Correto. O adenocarcinoma surge do processo de metaplasia e acontece no terço distal do esôfago 🡪 displasia, devido a um fator agressor. A lesão pré adenocarcinomatosa é o esôfago de Barrett
c) Correto. Carcinomas tem disseminação linfática/linfonodal. Sarcomas que tem disseminação sanguínea
d) Errado, pois lesões com cerca 5 de cm são muito grandes. Tratamento deve ser cirúrgico e não endoscópico.
Sobre o tratamento da esofagopatia chagásica, é correto afirmar:
a) A primeira opção é o tratamento para pacientes muito sintomáticos é a dilatação com o hidrostático
b) A injeção da toxina botulínica na transição esofagogástrica poderá ser considerada tratamento definitivo
c) Na escolha do tratamento cirúrgico, uma técnica somente é capaz de promover melhora dos sintomas em todos os pacientes
d) No megaesôfago grupo II e grupo III, não existe controvérsia que a melhor técnica cirúrgica é a cardiomiotomia extramucosa com válvula antirrefluxo
d) No megaesôfago grupo II e grupo III, não existe controvérsia que a melhor técnica cirúrgica é a cardiomiotomia extramucosa com válvula antirrefluxo
COMENTÁRIO= A) Considerando que são pacientes muito sintomáticos, ou seja, graus mais avançados, a melhor técnica é a cirúrgica= cardiomiotomia com FPC. Dilatação faz-se mais em grau I e no máximo grau II
B) Tratamento definitivo não. Tratamento endoscópico com toxina botulina no EEI é um tratamento fugaz
C) Não. Geralmente faz-se duas técnicas= cardiomiotomia com FPC
Paciente de 35 anos com diagnóstico de esofagopatia chagásica é encaminhado ao cirurgião para conduta. Marque a melhor alternativa quanto a conduta terapêutica:
a) Deverá ser encaminhado inicialmente para tratamento dilatador e a seguir encaminhado para tratamento cirúrgico independente dos resultados dos exames
b) Se o exame de radiografia do esôfago, estomago e duodeno relevar megaesôfago grupo II e III de Rezende, a melhor opção terapêutica seria a cirurgia de Serra Dória
c) A presença do refluxo gastroesofageano patológico não deverá ser levado em consideração em conta na avaliação da melhor conduta terapêutica já que pacientes com esofagopatia chagásica raramente apresentam refluxo gastroesofageano pela própria fisiopatologia da doença
d) Nestes pacientes não existe correlação entre a intensidade dos sintomas disfagia e regurgitação e o grupo de megaesôfago pela classificação de Rezende.
c) A presença do refluxo gastroesofageano patológico não deverá ser levado em consideração em conta na avaliação da melhor conduta terapêutica já que pacientes com esofagopatia chagásica raramente apresentam refluxo gastroesofageano pela própria fisiopatologia da doença
COMENTÁRIO= A) Não é independente dos resultados dos exames
B) Serra dória só fez em grupo IV, casos mais avançados. Grupo II e III faz-se cardiomiotomia com fundoplicatura.
C) Correto, pois na acalasia você tem esse processo obstrutivo que não passa conteúdo estomacal, não gerando esse refluxo. Esse refluxo, mas se dá quando se faz a cardiomiotomia, abrindo a cardia e o EEI. Para evitar isso, aí faz a fundoplicatura ou válvula antirrefluxo.
D) Existe correlação sim.
Em relação ao diagnóstico da doença do refluxo gastresofágico, é CORRETO afirmar que:
a) A presença de esofagite erosiva na EDA é necessária para se estabelecer o diagnóstico.
b) A ocorrência de pirose retroesternal pode sugerir o diagnóstico, não sendo necessário a presença de esofagite erosiva na EDA para confirmar.
c) A demonstração de exposição ácida elevada no esôfago distal em pHmetria é necessária para se estabelecer o diagnóstico.
d) A ocorrência de dor torácica de origem esofágica é suficiente para se afirmar a presença da DRGE, mesmo sem esofagite erosiva na EDA.
b) A ocorrência de pirose retroesternal pode sugerir o diagnóstico, não sendo necessário a presença de esofagite erosiva na EDA para confirmar.
COMENTÁRIO: A esofagite erosiva é uma condição comum em pacientes com DRGE. É nada mais que uma inflamação no esôfago caracterizada pela presença de erosões ou ulceras na mucosa. Ela é agredida pelo exposição repetida ao ácido gástrico associado ao refluxo.
a) Não é necessário. O diagnóstico de refluxo é essencialmente clinico= pirose, regurgitação e azia. Faz-se primeiramente a prova terapêutica para tratar. Caso tenha sintomas atípicos faz-se EDA para investigar sinais de alarme, ou o tratamento refratário. Em últimos casos faz pH metria.
b) pH metria é de fato um exame padrão ouro para diagnostico de DRGE. Mas o diagnóstico em 90% dos casos é clinico. Só é usado em casos especiais que de fato necessita uma comprovação.
d)A sintomatologia típica é pirose, regurgitação e azia. A dor pode ter mas é associada a outras causas.
A cirurgia indicada para o tratamento da DRGE é:
a) Vagotomia + hiatoplastia.
b) Fundoplicatura + cardiomiotomia a Heller.
c) Hiatoplastia + fundoplicatura.
d) Hiatoplastia + cardiomiotomia a Heller
b) Fundoplicatura + cardiomiotomia a Heller.
COMENTÁRIO= A cirurgia do refluxo é hiatoplastia + fundoplicatura VLP- criação de uma válvula antirrefluxo. Indicado para pacientes refratários ao tratamento clinico e com complicações.
- Cardiomiotomia a heller + fundoplicatura é uma cirurgia indicada para pacientes com megaesôfago
- Ver o resto depois se der tempo
São considerados como sintomas típicos da doença do refluxo gastroesofágico:
a) Pirose retroesternal e dor torácica
b) Dor torácica e regurgitação ácida
c) Pirose retroesternal e regurgitação ácida
d) Regurgitação ácida e sensação de pigarro
c) Pirose retroesternal e regurgitação ácida
COMENTÁRIO: Os dois principais sintomas mesmo são pirose e regurgitação.
- Em alguns casos podem ter sintomas atípicos ou extra-esofagianos= faringite, rouquidão, broncoespasmos, tosse crônica e pneumonia (conteúdo gástrico caindo na orofaringe)
- Decorrentes de complicações do DRGE como esofagite, estenose péptica, ulceras, esôfago de Barrett
A dispepsia é um conjunto de sintomas com provável origem:
a) Esofágica.
b) Gastroduodenal.
c) Biliopancreática.
d) Colônica.
b) Gastroduodenal.
Paciente, fem., 24 anos, queixando-se de dor epigástrica urente há 6 meses, com ritmicidade (dói-come-passa), sem episódios de dor noturna, é submetida à EDA que não evidencia alterações. Foi realizado o teste da urease, que foi negativo. Neste caso, o diagnóstico mais provável é:
a) Doença péptica associada a H. pylori.
b) Gastrite crônica não associada ao H. pylori.
c) Gastrite atrófica autoimune.
d) Dispepsia funcional – síndrome da dor epigástrica
d) Dispepsia funcional – síndrome da dor epigástrica
COMENTÁRIO= Primeiramente, falou dor epigástrica, o primeiro raciocínio que tu deves ter é pensar em sintomas dispépticos. A questão da ritmicidade é para diferenciar uma etiologia gástrica ou duodenal, geralmente. Doi-come-passa é mais uma etiologia gástrica. Doi-come-passa-doi é uma etiologia duodenal (a dor acontece algumas horas depois de comer). Uma coisa importante é que foi submetido a EDA e não houve alterações, apesar da sintomatologia. Teste de urease negativo foi que não detectou H pylori como causador da patologia.
- A definição de dispepsia funcional é dor ou desconforto no TGI alto, sem doenças orgânicas associadas. Nos critérios de roma IV, o paciente tem que ter um dos seguintes sintomas nos últimos 3 meses, tendo iniciado nos últimos 6 meses: dor/queimação/plenitude/saciedade precoce. Além disso deve ter ausência de doença orgânica que justifique, logo EDA normal.
- Distúrbio de sensibilidade= estresse, ansiedade, depressão e etc
- Aspecto clinico comum= mulher jovem, com dispepsia crônica e EDA normal.
a) Não é associada ao H pylori pois deu tempo de urease negativo
b) EDA não revelou alterações, apesar de não ter H pylori
c) Também costuma ter achados endoscópicos quando se tem cronicidade
Constituem-se em sintomas que caracterizam a síndrome dispéptica:
a) Náuseas, vômitos, dor epigástrica, constipação intestinal.
b) Diarreia, constipação intestinal, borborigmo, dor epigástrica.
c) Dor epigástrica, ardor epigástrico, plenitude pós-prandial, saciedade precoce.
d) Dor epigástrica, pirose retroesternal, plenitude pós-prandial, constipação intestinal.
c) Dor epigástrica, ardor epigástrico, plenitude pós-prandial, saciedade precoce.
COMENTÁRIO=
a)Errada pois não tem Dor epigástrica associado aos outros sintomas típicos como saciedade, plenitude, empachamento, ardor
b)Constipação, diarreia e borborigmo não
c)A diferença entre ardor epigástrico (azia) e pirose é a região mesmo. Azia é um sintoma dispéptico= queimação mais localizada na boca do estomago, dando indicio de condição gástrica. Pirose por outro lado é uma queimação retroesternal, logo ascendente
d)Poderia confundir, porém, não se tem constipação intestinal como sintoma típico. E a pirose é sintoma de refluxo.
Paciente, masc., 45 anos, apresentando dor epigástrica com ritmicidade (dói-come-passa), com episódios de dor noturna (clocking). A EDA revelou a presença de UD em atividade. O teste da urease realizado foi positivo. Já havia realizado prévio para infecção por H. pylori com lanzoprzol, amoxilina e claritromicina. Neste caso, o tratamento medicamentoso que deve ser recomendado é:
a) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Amicacina 1g 2x/dia + Claritromicina 500 mg/2x/dia por 7 dias.
b) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Amoxilina 1g 2x/dia + Levofloxacina 500 mg/2x/dia por 10 dias.
c) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Claritromicina 1g 2x/dia + Levofloxacina 500 mg/2x/dia por 10 dias.
d) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Amoxicilina 1g 2x/dia + Claritromicina 500 mg/2x/dia por 7 dias.
b) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Amoxilina 1g 2x/dia + Levofloxacina 500 mg/2x/dia por 10 dias.
COMENTÁRIO= O tratamento, basicamente, deve conter dois antibióticos em associação com um IBP
- Amoxicilina, Claritromicina, Metronidazol, Tetraciclina, Doxiciclina, Levofloxacino e Furozalidona
- A primeira linha de tratamento é: IBP 2 x/dia + Amoxicilina 1000 mg 2x/dia + Claritromicina 500 mg 2 x/dia, durante 14 dias.
- Com o refratamento (falha da primeira linha), faz-se IBP 2 x/dia + CLARItromicina 500 mg 2 x/dia + LEVOfloxacino 500 mg/dia, por 14 dias.
- Segundo e terceira linhas:
- IBP 2 x/dia + AMOxicilina 1000 mg 2 x/dia + FUROzalidona 200 mg 2 x/dia, durante 10 a 14 dias.
- IBP 2 x/dia + AMOxicilina 1000 mg 2 x/dia + LEVOfloxacino 500 mg 1 x/dia + BISmuto 240 mg 2 x/dia, durante 10 dias.
- a) Não tem Amicacina
- b) É essa a resposta pois já se tinha usado claritromicina e amoxilicina antes e não deu certo.
- c) Já tinha falado que com claritromicina não tinha dado certo
- d) Não associa amoxicilina com claritromicina.
A relação entre a presença de ulcera duodenal e a infecção do Helicobacter pylori é explicada por:
a) Aumento da secreção de somatostatina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia gástrica no bulbo duodenal.
b) Diminuição da secreção de gastrina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia intestinal no bulbo duodenal.
c) Aumento da secreção de gastrina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia gástrica no bulbo duodenal.
d) Diminuição da secreção de somatostatina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia intestinal no bulbo duodenal.
d) Diminuição da secreção de somatostatina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia intestinal no bulbo duodenal.
COMENTÁRIO= O H pylori inicialmente atinge o piloro e o antro. Lá eles destroem as células D produtoras de somatostatina (logo diminui) - é um hormônio que regula a secreção gástrica, sua diminuição favorece a secreção de gastrina. Além disso, células G produtoras de gastrina se hipertrofiam, aumentando ainda mais a secreção de gastrina, gerando mais hipercloridria. Tudo isso culmina na ulcera duodenal. E esse processo está associado a um caso de metaplasia intestinal e não gástrica na parte inicial do duodeno.
Paciente masc. 40 anos, é internado na enfermaria da Clínica Médica, por ter apresentado episódio de hematêmese. Referia que havia apresentado entorse no tornozelo e que vinha usando diclofenaco de sódio há uma semana. Subitamente apresentou sensação de fraqueza, náuseas, seguidos de episódios de hematêmese. Neste caso, o diagnóstico mais provável é de:
a) Síndrome de Budd-Chiari.
b) Síndrome de Mallory-Weiss.
c) Úlcera duodenal.
d) Varizes esofagianas.
c) Úlcera duodenal.
COMENTÁRIO= Percebe que ele usou um AINE. O uso de AINE pode ocasionar lesão aguda da mucosa gástrica. Nesse sentido, a principal complicação da doença ulcerosa é a hemorragia digestiva alta, sendo caracterizada aqui pela hematêmese. Nesse caso, ocorre diminuição da proteção da mucosa gerando essa ulcera duodenal- é duodenal pois hematêmese é mais associado a uma condição duodenal, pois o local mais comum é a parede posterior do bulbo duodenal, onde se tem a artéria gastroduodenal.
- A) Síndrome associada a patologia hepática- trombose das veias hepáticas
- B) Lacerações na JGE ou na parte distal do esôfago. Embora cause hematêmese, não tem relação com uso de AINE
- D) Também outra condição presente nas etiologias associadas a hemorragias digestivas altas, também não estão relacionadas ao uso de AINE.