Provão Flashcards

(98 cards)

1
Q

Paciente, sexo masculino, 65 anos. É atendido no ambulatório de Clínica Médica queixando-se de disfagia há 3 anos, inicialmente a sólidos que vem progredindo também para líquidos, regurgitação clinostática e emagrecimento de 10 kg. O diagnóstico mais provável é:
a) Megaesôfago chagásico.
b) Neoplasia de esôfago.
c) Divertículo de Zenker.
d) Anel de Schatzki.

A

a) Megaesôfago chagásico.

COMENTÁRIO= Regurgitação clinostática é nada mais que regurgitação passiva ou de decúbito. Um dos tipos de regurgitação no megaesôfago chagásico.
- A tríade sintomatológica no megaesôfago é= Disfagia de longa data, regurgitação de alimentos e emagrecimento
- O emagrecimento poderia confundir com neoplasia. Entretanto, não é neoplasia pois se trata de um quadro degenerativo- ocorrendo há anos. Neoplasia de esôfago evolui rapidamente.

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2
Q

Em relação ao caso descrito, o primeiro método complementar a ser indicado é:
a) Manometria de esôfago.
b) EDA.
c) TC de tórax.
d) RX de esôfago – seriografia.

A

d) RX de esôfago – seriografia.

COMENTÁRIO= Seriografia é a radiografia contrastada. É o primeiro indicado, pois é barato, acessível. Avalia o grau da doença e é um exame também para estadiamento.
- Análise da presença ou não do “bico de pato” = Grupo III da classificação de Rezende.
- EDA= tem achados inespecíficos para acalasia- só vai ver um esôfago dilatado, cheio de resíduo.

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3
Q

Uma mulher de 35 anos de idade, portadora de Lúpus Eritematoso Sistêmico, relata estar apresentando um quadro de disfagia e pirose retroesternal. No exame físico, nenhuma anormalidade foi encontrada. Foi realizada EDA com biópsia no esôfago, que mostra infiltração do epitélio por até 18 eosinófilos por campo de grande aumento. Qual das alternativas abaixo representa o melhor laudo histopatológico para o caso?
a) A biópsia mostra até 18 eosinófilos intraepiteliais/CGA. Esses achados são compatíveis com um diagnóstico clínico-patológico de esofagite eosinofílica.
b) A biópsia mostra um padrão eosinofílico de lesão. Diante desses achados, as principais possibilidades a serem consideradas incluem a DRGE e a esofagite eosinofílica, entre outras.
c) A biópsia mostra até 18 eosinófilos intraepiteliais/CGA. Esses achados são compatíveis com um diagnóstico clínico-patológico de esofagite de refluxo.
d) Os achados histopatológicos sugerem uma infestação parasitária do esôfago.

A

b) A biópsia mostra um padrão eosinofílico de lesão. Diante desses achados, as principais possibilidades a serem consideradas incluem a DRGE e a esofagite eosinofílica, entre outras.

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4
Q

Doutor, estou preocupado que estou perdendo peso e vomitando! Um homem de 60 anos é levado para vê-lo acompanhado por sua esposa. Juntos eles descrevem que ele tem piorado progressivamente há alguns meses. Ele perdeu 6 kg e acha que o vômito é pior depois de uma refeição completa, mas os líquidos o incomodam menos que os alimentos sólidos. No passado, sofria de indigestão e tomava remédios sem receita para isso. Qual das hipóteses diagnósticas seria a menos provável.
a) Tumor neuroendócrino de duodeno.
b) Adenocarcinoma gástrico.
c) Estenose pilórica.
d) Megaesôfago chagásico.

A

d) Megaesôfago chagásico.

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5
Q

Uma mulher de 35 anos de idade, portadora de Lúpus Eritematoso Sistêmico, relata estar apresentando um quadro de disfagia e pirose retroesternal. No exame físico, nenhuma anormalidade foi encontrada. Foi realizada EDA que mostrava lesões em placas, esbranquiçadas e pseudomembranas envolvendo difusamente o esôfago. Foi submetida a biópsia. A infecção mais esperada no referido caso é:
a) Helicobacter pylori.
b) Candida albicans.
c) Herpes simples vírus.
d) Papilomavirus humano.

A

b) Candida albicans.

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6
Q

O esôfago de Barrett se caracteriza por:
a) Metaplasia escamosa no esôfago distal.
b) Displasia colunar no esôfago distal.
c) Metaplasia colunar no esôfago distal.
d) Neoplasia colunar no esôfago distal.

A

c) Metaplasia colunar no esôfago distal.

COMENTÁRIO= Metaplasia colunar ou cilíndrica- metaplasia intestinal= células cilíndricas ricas em células caliciformes.

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7
Q

Paciente masc., 35 anos com pirose retroesternal e disfagia, foi submetido à EDA e biópsia de esôfago. A análise histopatológica revelou: Fragmento de terço médio do esôfago: leve espongiose, sem hiperplasia da camada basal e com 1 eosinófilo por campo de grande aumento. Fragmento de terço inferior do esôfago, moderada espongiose, moderada hiperplasia da camada basal e 20 eosinófilos por campo de grande aumento. Neste caso, o melhor diagnóstico é:
a) Esofagite de refluxo.
b) Esofagite eosinofílica.
c) Esofagite infecciosa.
d) Esofagite por agente físico/químico.

A

a) Esofagite de refluxo.

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8
Q

A principal complicação tardia relacionada com a cardiomiotomia extramucosa para o tratamento da esofagopatia chagásica é:
a) Refluxo gastroesofágico.
b) Neoplasia de esôfago.
c) Estase gástrica.
d) Síndrome de Dumping.

A

a) Refluxo gastroesofágico.

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9
Q

Paciente masc., 68 anos, deu entrada no serviço de Cirurgia Geral com quadro de disfagia há aproximadamente 15 anos para alimentos sólidos e ocasionalmente para alimentos pastosos. Paciente nega tabagismo e ingestão exagerada de bebida alcóolica. Paciente com IMC de 18 kg/m2. Nasceu no Oeste da Bahia e procedente de lá.
a) Provavelmente este paciente é portador de CA de esôfago.
b) Provavelmente este paciente é portador de esofagopatia chagásica.
c) O melhor exame para o esclarecimento diagnóstico neste caso é a TC de tórax e abdome.
d) Antes de se chegar a qualquer conclusão diagnóstica, o paciente deverá ser encaminhado para realização de gastrostomia cirúrgica com finalidade alimentar.

A

b) Provavelmente este paciente é portador de esofagopatia chagásica.

COMENTÁRIO= lembrar da tríade sintomatológica= disfagia de longa data, regurgitação e emagrecimento. Outra informação importante é a região da Bahia- região relativamente endêmica.
- A C está errada pois o melhor exame (padrão ouro) é a manometria.

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10
Q

Sobre a fisiopatologia da esofagopatia chagásica é CORRETO afirmar:
a) Nota-se a presença de sinais motores de denervação do órgão.
b) As ondas propulsivas são assincrônicas.
c) Ocorre hipotonia do esfíncter inferior do esôfago, o que predispõe esta doença à concomitância com a DRGE.
d) As alterações motoras esofageanas ocorrem somente na fase aguda da doença.

A

a) Nota-se a presença de sinais motores de denervação do órgão.

COMENTÁRIO= desnervação das fibras do nervo vago e plexo mioentérico de Auerbach
- Essa desnervação pode ser:
- Primária= idiopática
- Secundária= doença de Chagas

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11
Q

Na avaliação radiológica da esofagopatia chagásica encontramos no megaesôfago grupo II:
a) Grande dilatação do órgão.
b) Irregularidade na parede do esôfago indicando aumento da atividade motora.
c) Alongamento do esôfago.
d) Deslizamento da transição esofagogástrica para o mediastino.

A

b) Irregularidade na parede do esôfago indicando aumento da atividade motora.

COMENTÁRIO:
- Grupo I= ausência de dilatação, porém, com esvaziamento lento
- Grupo II= dilatação leve a moderada
- Grupo III= dilatação moderada a acentuada- “bico de pássaro”
- Grupo IV= dolicomegaesofago- dilatação acentuada.

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12
Q

Paciente relata que sofre pirose retroesternal há alguns anos e que mais ou menos há 8 meses passou a apresentar disfagia a alimentos sólidos acompanhada de odinofagia funda e constritiva, às vezes, acompanhada de náuseas. É CORRETO afirmar que:
a) O diagnóstico final foi de Carcinoma de Células Escamosas, que na microscopia da biópsia mostrou glândulas bem formadas, mas com atipias celulares moderadas.
b) O esôfago de Barrett é caracterizado na microscopia da biópsia pela presença de metaplasia gástrica com células principais e parietais substituindo o epitélio escamoso esofagiano.
c) O diagnóstico final foi de carcinoma, sendo que a biópsia mostrou blocos de células escamosas atípicas caracterizando o adenocarcinoma bem diferenciado.
d) Trata-se de adenocarcinoma de esôfago, que pela história e localização (terço distal) é compatível com adenocarcinoma surgindo em esôfago de Barrett.

A

d) Trata-se de adenocarcinoma de esôfago, que pela história e localização (terço distal) é compatível com adenocarcinoma surgindo em esôfago de Barrett

COMENTÁRIO= Já descarta casos de acalasia pois relata certa pirose retroesternal- sintoma de refluxo.
A) Carcinoma não é um câncer glandular, não há formação de glândulas bem formadas.
B) Não é metaplasia gástrica, e sim metaplasia intestinal- epitélio cilíndrico ou intestinal, rico em células caliciformes (células glandulares)
C) O diagnóstico foi errado. Além disso, o adenocarcinoma é formado por células glandulares e não escamosas igual o CEC
D) Essa pirose que acontece há alguns anos gerou esse esôfago de Barrett que culminou no adenocarcinoma de esôfago que acontece geralmente no terço distal. Ideia de que a doença do refluxo pode gerar esôfago de Barrett

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13
Q

Sobre o câncer de esôfago, é INCORRETO afirmar que:
a) O tipo espinocelular é mais comum no terço médio do órgão e está associado ao tabagismo. b) O tipo adenocarcinoma tem maior incidência em pacientes portadores de esôfago de Barrett.
c) Possui como importante via de disseminação a via linfonodal.
d) As lesões menores que 5 cm são consideradas pequenas e podem ser tratadas por endoscopia.

A

d) As lesões menores que 5 cm são consideradas pequenas e podem ser tratadas por endoscopia.

COMENTÁRIO: a) Correto. CEC é no terço superior e médio- epitélio pavimentoso. Associado ao tabagismo, etilismo, bebidas quentes, alimentos defumados, estenose caustica, lesão por HPV.
b) Correto. O adenocarcinoma surge do processo de metaplasia e acontece no terço distal do esôfago 🡪 displasia, devido a um fator agressor. A lesão pré adenocarcinomatosa é o esôfago de Barrett
c) Correto. Carcinomas tem disseminação linfática/linfonodal. Sarcomas que tem disseminação sanguínea
d) Errado, pois lesões com cerca 5 de cm são muito grandes. Tratamento deve ser cirúrgico e não endoscópico.

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14
Q

Sobre o tratamento da esofagopatia chagásica, é correto afirmar:
a) A primeira opção é o tratamento para pacientes muito sintomáticos é a dilatação com o hidrostático
b) A injeção da toxina botulínica na transição esofagogástrica poderá ser considerada tratamento definitivo
c) Na escolha do tratamento cirúrgico, uma técnica somente é capaz de promover melhora dos sintomas em todos os pacientes
d) No megaesôfago grupo II e grupo III, não existe controvérsia que a melhor técnica cirúrgica é a cardiomiotomia extramucosa com válvula antirrefluxo

A

d) No megaesôfago grupo II e grupo III, não existe controvérsia que a melhor técnica cirúrgica é a cardiomiotomia extramucosa com válvula antirrefluxo

COMENTÁRIO= A) Considerando que são pacientes muito sintomáticos, ou seja, graus mais avançados, a melhor técnica é a cirúrgica= cardiomiotomia com FPC. Dilatação faz-se mais em grau I e no máximo grau II
B) Tratamento definitivo não. Tratamento endoscópico com toxina botulina no EEI é um tratamento fugaz
C) Não. Geralmente faz-se duas técnicas= cardiomiotomia com FPC

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15
Q

Paciente de 35 anos com diagnóstico de esofagopatia chagásica é encaminhado ao cirurgião para conduta. Marque a melhor alternativa quanto a conduta terapêutica:
a) Deverá ser encaminhado inicialmente para tratamento dilatador e a seguir encaminhado para tratamento cirúrgico independente dos resultados dos exames
b) Se o exame de radiografia do esôfago, estomago e duodeno relevar megaesôfago grupo II e III de Rezende, a melhor opção terapêutica seria a cirurgia de Serra Dória
c) A presença do refluxo gastroesofageano patológico não deverá ser levado em consideração em conta na avaliação da melhor conduta terapêutica já que pacientes com esofagopatia chagásica raramente apresentam refluxo gastroesofageano pela própria fisiopatologia da doença
d) Nestes pacientes não existe correlação entre a intensidade dos sintomas disfagia e regurgitação e o grupo de megaesôfago pela classificação de Rezende.

A

c) A presença do refluxo gastroesofageano patológico não deverá ser levado em consideração em conta na avaliação da melhor conduta terapêutica já que pacientes com esofagopatia chagásica raramente apresentam refluxo gastroesofageano pela própria fisiopatologia da doença

COMENTÁRIO= A) Não é independente dos resultados dos exames
B) Serra dória só fez em grupo IV, casos mais avançados. Grupo II e III faz-se cardiomiotomia com fundoplicatura.
C) Correto, pois na acalasia você tem esse processo obstrutivo que não passa conteúdo estomacal, não gerando esse refluxo. Esse refluxo, mas se dá quando se faz a cardiomiotomia, abrindo a cardia e o EEI. Para evitar isso, aí faz a fundoplicatura ou válvula antirrefluxo.
D) Existe correlação sim.

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16
Q

Em relação ao diagnóstico da doença do refluxo gastresofágico, é CORRETO afirmar que:
a) A presença de esofagite erosiva na EDA é necessária para se estabelecer o diagnóstico.
b) A ocorrência de pirose retroesternal pode sugerir o diagnóstico, não sendo necessário a presença de esofagite erosiva na EDA para confirmar.
c) A demonstração de exposição ácida elevada no esôfago distal em pHmetria é necessária para se estabelecer o diagnóstico.
d) A ocorrência de dor torácica de origem esofágica é suficiente para se afirmar a presença da DRGE, mesmo sem esofagite erosiva na EDA.

A

b) A ocorrência de pirose retroesternal pode sugerir o diagnóstico, não sendo necessário a presença de esofagite erosiva na EDA para confirmar.

COMENTÁRIO: A esofagite erosiva é uma condição comum em pacientes com DRGE. É nada mais que uma inflamação no esôfago caracterizada pela presença de erosões ou ulceras na mucosa. Ela é agredida pelo exposição repetida ao ácido gástrico associado ao refluxo.

a) Não é necessário. O diagnóstico de refluxo é essencialmente clinico= pirose, regurgitação e azia. Faz-se primeiramente a prova terapêutica para tratar. Caso tenha sintomas atípicos faz-se EDA para investigar sinais de alarme, ou o tratamento refratário. Em últimos casos faz pH metria.

b) pH metria é de fato um exame padrão ouro para diagnostico de DRGE. Mas o diagnóstico em 90% dos casos é clinico. Só é usado em casos especiais que de fato necessita uma comprovação.

d)A sintomatologia típica é pirose, regurgitação e azia. A dor pode ter mas é associada a outras causas.

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17
Q

A cirurgia indicada para o tratamento da DRGE é:
a) Vagotomia + hiatoplastia.
b) Fundoplicatura + cardiomiotomia a Heller.
c) Hiatoplastia + fundoplicatura.
d) Hiatoplastia + cardiomiotomia a Heller

A

b) Fundoplicatura + cardiomiotomia a Heller.

COMENTÁRIO= A cirurgia do refluxo é hiatoplastia + fundoplicatura VLP- criação de uma válvula antirrefluxo. Indicado para pacientes refratários ao tratamento clinico e com complicações.
- Cardiomiotomia a heller + fundoplicatura é uma cirurgia indicada para pacientes com megaesôfago
- Ver o resto depois se der tempo

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18
Q

São considerados como sintomas típicos da doença do refluxo gastroesofágico:
a) Pirose retroesternal e dor torácica
b) Dor torácica e regurgitação ácida
c) Pirose retroesternal e regurgitação ácida
d) Regurgitação ácida e sensação de pigarro

A

c) Pirose retroesternal e regurgitação ácida

COMENTÁRIO: Os dois principais sintomas mesmo são pirose e regurgitação.
- Em alguns casos podem ter sintomas atípicos ou extra-esofagianos= faringite, rouquidão, broncoespasmos, tosse crônica e pneumonia (conteúdo gástrico caindo na orofaringe)
- Decorrentes de complicações do DRGE como esofagite, estenose péptica, ulceras, esôfago de Barrett

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19
Q

A dispepsia é um conjunto de sintomas com provável origem:
a) Esofágica.
b) Gastroduodenal.
c) Biliopancreática.
d) Colônica.

A

b) Gastroduodenal.

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20
Q

Paciente, fem., 24 anos, queixando-se de dor epigástrica urente há 6 meses, com ritmicidade (dói-come-passa), sem episódios de dor noturna, é submetida à EDA que não evidencia alterações. Foi realizado o teste da urease, que foi negativo. Neste caso, o diagnóstico mais provável é:
a) Doença péptica associada a H. pylori.
b) Gastrite crônica não associada ao H. pylori.
c) Gastrite atrófica autoimune.
d) Dispepsia funcional – síndrome da dor epigástrica

A

d) Dispepsia funcional – síndrome da dor epigástrica

COMENTÁRIO= Primeiramente, falou dor epigástrica, o primeiro raciocínio que tu deves ter é pensar em sintomas dispépticos. A questão da ritmicidade é para diferenciar uma etiologia gástrica ou duodenal, geralmente. Doi-come-passa é mais uma etiologia gástrica. Doi-come-passa-doi é uma etiologia duodenal (a dor acontece algumas horas depois de comer). Uma coisa importante é que foi submetido a EDA e não houve alterações, apesar da sintomatologia. Teste de urease negativo foi que não detectou H pylori como causador da patologia.
- A definição de dispepsia funcional é dor ou desconforto no TGI alto, sem doenças orgânicas associadas. Nos critérios de roma IV, o paciente tem que ter um dos seguintes sintomas nos últimos 3 meses, tendo iniciado nos últimos 6 meses: dor/queimação/plenitude/saciedade precoce. Além disso deve ter ausência de doença orgânica que justifique, logo EDA normal.
- Distúrbio de sensibilidade= estresse, ansiedade, depressão e etc
- Aspecto clinico comum= mulher jovem, com dispepsia crônica e EDA normal.
a) Não é associada ao H pylori pois deu tempo de urease negativo
b) EDA não revelou alterações, apesar de não ter H pylori
c) Também costuma ter achados endoscópicos quando se tem cronicidade

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21
Q

Constituem-se em sintomas que caracterizam a síndrome dispéptica:
a) Náuseas, vômitos, dor epigástrica, constipação intestinal.
b) Diarreia, constipação intestinal, borborigmo, dor epigástrica.
c) Dor epigástrica, ardor epigástrico, plenitude pós-prandial, saciedade precoce.
d) Dor epigástrica, pirose retroesternal, plenitude pós-prandial, constipação intestinal.

A

c) Dor epigástrica, ardor epigástrico, plenitude pós-prandial, saciedade precoce.

COMENTÁRIO=
a)Errada pois não tem Dor epigástrica associado aos outros sintomas típicos como saciedade, plenitude, empachamento, ardor
b)Constipação, diarreia e borborigmo não
c)A diferença entre ardor epigástrico (azia) e pirose é a região mesmo. Azia é um sintoma dispéptico= queimação mais localizada na boca do estomago, dando indicio de condição gástrica. Pirose por outro lado é uma queimação retroesternal, logo ascendente
d)Poderia confundir, porém, não se tem constipação intestinal como sintoma típico. E a pirose é sintoma de refluxo.

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22
Q

Paciente, masc., 45 anos, apresentando dor epigástrica com ritmicidade (dói-come-passa), com episódios de dor noturna (clocking). A EDA revelou a presença de UD em atividade. O teste da urease realizado foi positivo. Já havia realizado prévio para infecção por H. pylori com lanzoprzol, amoxilina e claritromicina. Neste caso, o tratamento medicamentoso que deve ser recomendado é:
a) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Amicacina 1g 2x/dia + Claritromicina 500 mg/2x/dia por 7 dias.
b) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Amoxilina 1g 2x/dia + Levofloxacina 500 mg/2x/dia por 10 dias.
c) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Claritromicina 1g 2x/dia + Levofloxacina 500 mg/2x/dia por 10 dias.
d) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Amoxicilina 1g 2x/dia + Claritromicina 500 mg/2x/dia por 7 dias.

A

b) Inibidor da bomba de prótons 2x/dia + Amoxilina 1g 2x/dia + Levofloxacina 500 mg/2x/dia por 10 dias.

COMENTÁRIO= O tratamento, basicamente, deve conter dois antibióticos em associação com um IBP
- Amoxicilina, Claritromicina, Metronidazol, Tetraciclina, Doxiciclina, Levofloxacino e Furozalidona
- A primeira linha de tratamento é: IBP 2 x/dia + Amoxicilina 1000 mg 2x/dia + Claritromicina 500 mg 2 x/dia, durante 14 dias.
- Com o refratamento (falha da primeira linha), faz-se IBP 2 x/dia + CLARItromicina 500 mg 2 x/dia + LEVOfloxacino 500 mg/dia, por 14 dias.
- Segundo e terceira linhas:
- IBP 2 x/dia + AMOxicilina 1000 mg 2 x/dia + FUROzalidona 200 mg 2 x/dia, durante 10 a 14 dias.
- IBP 2 x/dia + AMOxicilina 1000 mg 2 x/dia + LEVOfloxacino 500 mg 1 x/dia + BISmuto 240 mg 2 x/dia, durante 10 dias.
- a) Não tem Amicacina
- b) É essa a resposta pois já se tinha usado claritromicina e amoxilicina antes e não deu certo.
- c) Já tinha falado que com claritromicina não tinha dado certo
- d) Não associa amoxicilina com claritromicina.

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23
Q

A relação entre a presença de ulcera duodenal e a infecção do Helicobacter pylori é explicada por:
a) Aumento da secreção de somatostatina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia gástrica no bulbo duodenal.
b) Diminuição da secreção de gastrina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia intestinal no bulbo duodenal.
c) Aumento da secreção de gastrina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia gástrica no bulbo duodenal.
d) Diminuição da secreção de somatostatina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia intestinal no bulbo duodenal.

A

d) Diminuição da secreção de somatostatina que induz ao aumento da secreção clorido-peptica, resultando em metaplasia intestinal no bulbo duodenal.

COMENTÁRIO= O H pylori inicialmente atinge o piloro e o antro. Lá eles destroem as células D produtoras de somatostatina (logo diminui) - é um hormônio que regula a secreção gástrica, sua diminuição favorece a secreção de gastrina. Além disso, células G produtoras de gastrina se hipertrofiam, aumentando ainda mais a secreção de gastrina, gerando mais hipercloridria. Tudo isso culmina na ulcera duodenal. E esse processo está associado a um caso de metaplasia intestinal e não gástrica na parte inicial do duodeno.

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24
Q

Paciente masc. 40 anos, é internado na enfermaria da Clínica Médica, por ter apresentado episódio de hematêmese. Referia que havia apresentado entorse no tornozelo e que vinha usando diclofenaco de sódio há uma semana. Subitamente apresentou sensação de fraqueza, náuseas, seguidos de episódios de hematêmese. Neste caso, o diagnóstico mais provável é de:
a) Síndrome de Budd-Chiari.
b) Síndrome de Mallory-Weiss.
c) Úlcera duodenal.
d) Varizes esofagianas.

A

c) Úlcera duodenal.

COMENTÁRIO= Percebe que ele usou um AINE. O uso de AINE pode ocasionar lesão aguda da mucosa gástrica. Nesse sentido, a principal complicação da doença ulcerosa é a hemorragia digestiva alta, sendo caracterizada aqui pela hematêmese. Nesse caso, ocorre diminuição da proteção da mucosa gerando essa ulcera duodenal- é duodenal pois hematêmese é mais associado a uma condição duodenal, pois o local mais comum é a parede posterior do bulbo duodenal, onde se tem a artéria gastroduodenal.
- A) Síndrome associada a patologia hepática- trombose das veias hepáticas
- B) Lacerações na JGE ou na parte distal do esôfago. Embora cause hematêmese, não tem relação com uso de AINE
- D) Também outra condição presente nas etiologias associadas a hemorragias digestivas altas, também não estão relacionadas ao uso de AINE.

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Dos procedimentos cirúrgicos abaixo qual NÃO é aconselhado em pacientes portadores de doença ulcerosa gástrica? a) Antrectomia com vagotomia troncular. b) Gastrectomia subtotal. c) Vagotomia troncular, hemigastrectomia e reconstrução em Y de Roux. d) Vagotomia superseletiva ou vagotomia gástrica proximal.
b) Gastrectomia subtotal. COMENTÁRIO= Só se faz cirurgia para doença ulcerosa péptica em casos comprovados de ulceras intratáveis clinicamente. Para isso, as técnicas cirúrgicas são: - Ressecção em cunha= apenas na excisão do tecido ulcerado - Antrectomia= visa diminuir o estimulo da secreção ácida- diminuição da produção de HCL - Neurectomias (vagotomias)= Secção dos nervos vagos do estomago, impedindo o estimulo colinérgico para a produção de ácido. Esse nervo é o principal estimulo neurológico para a produção ácida no estomago - Vagotomia troncular= secção dos nervos vagos direito e esquerdo, diminuindo a secreção gástrica em até 50%. A realização de uma vagotomia troncular compromete a motilidade e o esvaziamento gástrico, já que o relaxamento do piloro é feito por estimulação vagal. Por isso, deve-se realizar também uma piloroplastia, mantendo o esfíncter permanentemente aberto pela técnica de Heineke-Mikulicz - Vagotomia seletiva= Caracteriza-se pela secção das fibras dos nervos vago direito e esquerdo logo abaixo da origem dos plexos hepático e celíaco, ou seja, poupando as fibras que irão inervar outros órgãos abdominais, desnervando apenas o estômago. - Vagotomia superseletiva= Caracteriza-se pela secção dos ramos vagais que suprem apenas o corpo e fundo gástricos, que são as regiões produtoras do ácido clorídrico, sendo por isso conhecida como vagotomia de células parietais ou vagotomia gástrica proximal. A inervação para o antro e para o piloro são mantidas, preservando-se a motilidade e o esvaziamento gástricos, o que torna desnecessária a piloroplastia. OBS= Geralmente faz vagotomia com antrectomia, diminuindo a produção de ácido em até 85%, indicada tanto para as úlceras gástricas que cursam com hipercloridria (tipos II e III de Johnson) quanto para as úlceras duodenais, tendo o menor risco de recidiva. OBS= Sempre que for realizada a ressecção de segmentos gástricos, como na antrectomia, tem que refazer o trânsito gastrointestinal. As técnicas utilizadas são Billroth I, Billroth II e reconstrução em Y-de Roux - Logo, não é gastrectomia subtotal pois já é um procedimento que remove grande parte do estomago, sendo assim mais agressivo (câncer gástrico por exemplo). A escolha para tratamento de doença ulcerosa complicada é essa acima.
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Dor epigástrica após alimentação, mas que logo passa (passa bem-come-dói-passa), ao todo de sensação de plenitude gástrica pós-prandial. Refere emagrecimento e fezes escuras. É fumante. Em relação a este caso discutido nos seminários, é CORRETO afirmar: a) Na macroscopia, a úlcera péptica mostra bordas elevadas e mal delimitadas, fundo hemorrágico e não mostra convergência de pregas. b) O diagnóstico clínico foi de úlcera péptica e na microscopia foi observado área de destruição da mucosa gástrica e a presença de H. pylori. c) O tamanho e a localização são importantes para diferenciar a úlcera péptica do adenocarcinoma e a transformação maligna da úlcera é muito frequente. d) Neste caso, o diagnóstico final foi Estrongiloidíase, que na biópsia da mucosa gástrica dificilmente encontra-se o parasita, sendo o diagnóstico estabelecido pelo exame de fezes.
b) O diagnóstico clínico foi de úlcera péptica e na microscopia foi observado área de destruição da mucosa gástrica e a presença de H. pylori. CORRETA= Sintomas dispépticos, associado com ritmicidade que leva a uma etiologia ulcerosa gástrica e não duodenal evidencia a doença ulcerosa. - Fezes escuras evidencia melena e caracteriza uma hemorragia digestiva alta= principal complicação da doença ulcerosa péptica. a) Bordas mal delimitadas, elevadas, com fundo hemorrágico sugere um adenocarcinoma. Na doença ulcerosa benigna tem-se bordas delimitadas/edemaciadas e convergência de pregas, fundo limpo c) Transformação maligna não é frequente d) Doença parasitária não associada a DUP
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Paciente fem, 51 anos, sexo feminino, com anemia macrocítica e hipergastrinemia, foi submetido a EDA com biopsia de antro e corpo gástrico. Os achados histopatológicos que mais provavelmente seriam observados neste caso: a) Mucosa antral com acentuado infiltrado inflamatório linfocitário, neutrófilos permemando as glândulas e +++ de H.pylori. Mucosa do corpo normal b) Mucosa antral com moderado infiltrado inflamatório linfocitário, raros, neutrófilos permeando as glândulas, ausência de H pylori, presença de atrofia e metaplasia intestinal. Mucosa do corpo com achados semelhantes ao do antro. c) Mucosa antral com leve infiltrado inflamatório linfocitário e a pesquisa de H pylori negativa. Mucosa do corpo com moderado infiltrado inflamatório linfocitário, atrofia e metaplasia intestinal. d) Mucosa antral com leve infiltrado inflamatório linfocitário, acentuado edema e glândulas de contornos tortuosos. Mucosa do corpo também exibindo edema e leve infiltrado mononuclear.
c) Mucosa antral com leve infiltrado inflamatório linfocitário e a pesquisa de H pylori negativa. Mucosa do corpo com moderado infiltrado inflamatório linfocitário, atrofia e metaplasia intestinal. COMENTÁRIO= Paciente com anemia macrocítica/megaloblástica traduz-se como deficiência de B12. Hipergastrinemia traduz um processo de gastrite. A associação entre defiencia de B12 e gastriste traduz na gastrite autoimune/anemia perniciosa, que é a destruição imunológica das glândulas corpo e fundo gástrico, ocasionando uma atrofia acentuada. - Logo, por ser uma causa autoimune, a pesquisa de UREASE para H pylori vai ser negativo, pois não é ele o fator causal. - Além da atrofia, a metaplasia intestinal é comum nesses casos, assim como a infiltração linfocitária - Como o antro não é muito afetado nesse tipo de gastrite, é mais no corpo e fundo, ele vai ter um leve infiltrado apenas. - A D está incorreta pois não fala atrofia e metaplasia intestinal e leve infiltrado no corpo.
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A doença ulcerosa péptica pode ser definida como uma ruptura da mucosa que penetra a camada muscular e forma uma cavidade cercada por inflamação aguda e crônica. A farmacoterapia para esta doença está corretamente descrita na seguinte alternativa: a) O misoprostol, análogo da PGE1, é um fármaco extremamente seguro, podendo ser utilizada sob qualquer circunstancia nas ulceras pépticas induzidas por AINES. b) Quando comparados a antagonistas dos receptores H2, os inibidores da bomba de prótons são inferiores na supressão da secreção ácida e na promoção da cicatrização de ulceras pépticas c) Recomenda-se que a ingestão dos inibidores da bomba de prótons como o omeprazol, o pantoprazol seja feita uma hora após das refeições com intuito de aumentar a biodisponibilidade do fármaco d) Todos os inibidores da bomba de prótons são pró-fármacos que exigem ativação no ambiente ácido do canalículo da célula parietal
d) Todos os inibidores da bomba de prótons são pró-fármacos que exigem ativação no ambiente ácido do canalículo da célula parietal COMENTÁRIO= Os IBP necessitam de um meio ácido para agir, sendo absorvidas e chegando aos canalículos das glândulas oxínticas. Lá se ligam irreversivelmente à bomba de prótons, impedindo a formacao de HCL. A partir disso, ao toma-los uma hora antes da refeição, terá uma maior concentração de ácido no estomago, facilitando a absorção do fármaco. Não é extremamente seguro. Tem implicações ginecológicas São superiores aos antagonistas dos receptores H2 Seja feita uma hora ANTES das refeições, e não depois
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O mecanismo de ação dos inibidores da bomba de prótons (IBP) é por: a) Ligação covalente com a enzima ATPase H+ /K+ . b) Antagonismo da enzima ATPase H+ /K+ . c) Inibição da anidrase carbônica. d) Ligação covalente com a enzima anidrase carbônica.
a) Ligação covalente com a enzima ATPase H+ /K+ . COMENTÁRIO= Os IBP necessitam de um meio ácido para agir, sendo absorvidas e chegando aos canalículos das glândulas oxínticas. Lá se ligam irreversivelmente à bomba de prótons. Essa ligação irreversível é uma ligação covalente com a enzima ATPase H+/K+
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Em relação a avaliação dos tumores gástricos, é INCORRETO afirmar que: a) A USG convencional é o método de escolha para o estadiamento local (T). b) O estadiamento é baseado no sistema TNM e no estudo histopatológico. c) A EDA é a forma mais habitual de se confirmar o diagnóstico através da biópsia. d) Podem fazer parte da rotina de estadiamento a TC, RM e PET/TC.
a) A USG convencional é o método de escolha para o estadiamento local (T). COMENTÁRIO= a) Incorreto, pois o estadiamento é feito com TC, endoscopia com USE que é ultrassom endoscópico, e não o convencional. b) Correto, baseia-se na profundidade de invasão do tumor (T), numero de linfonodos envolvidos (N) e na presença ou ausência de doença metastática (M). Associado a isso, biopsias de vários lugares é importante para confirmar diagnostico c) Correto, EDA para biopsiar ou ressecar a lesão dependendo do quadro. d) TC, RC e PET/TC avaliam metástase a distancia principalmente
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A manifestação mais frequente de um paciente com CA gástrico precoce (tumor que invade até a camada submucosa do estômago), é: a) Náuseas e vômitos. b) Dor epigástrica. c) Massa palpável em andar superior do abdome. d) Ascite.
b) Dor epigástrica. COMENTÁRIO= Em quase totalidade das patologias gástricas, se tem dor epigástrica (síndrome dispéptica no geral) a) Náuseas e vômitos não são comuns em quadros precoces. Mais em quadros avançados com uma obstrução intensa c)Massa palpável também sugere câncer avançado d) Ascite é uma manifestação de doença avançada também, pois, sugere disseminação tumoral, especialmente no peritônio.
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Dos fatores a seguir, qual está associada a uma diminuição do risco de desenvolvimento de CA gástrico? a) História familiar de CA gástrico. b) Adenomas gástricos. c) Dieta rica em frutas frescas e vegetais. d) Infecção por H. pylori
c) Dieta rica em frutas frescas e vegetais. COMENTÁRIO= Dieta rico em frutas frescas e vegetais é importante contém ácido ascórbico, que pode remover compostos N-nitrosos carcinogênicos e radicais livres de oxigênio.
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Assinale o que está CORRETO na classificação de Borrman no tumor gástrico avançado: a) Tipo I: infiltrativo ou difuso. b) Tipo II: polipóide. c) Tipo III: úlcero-infiltrativo. d) Tipo IV: ulcerado.
c) Tipo III: úlcero-infiltrativo. COMENTÁRIO= A classificação de Borrman é o seguinte: - Tipo I= Lesão polipoide - Tipo II= Ulcerada de bordas elevadas - Tipo III= Ulcerada e infiltrativa - Tipo IV= Infiltrativa (Linite plástica)
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Um casal celebrando o 40º aniversário de casamento vai viajar para o Peru e visitar Machu Picchu. Devido às experiências em viagens passadas, o casal pediu ao médico para prescrever um fármaco antidiarreico. Qual dos seguintes fármacos apresenta ação antidiarreica? a) Omeprazol b) Loperamida c) Famotidina d) Lorazepam
b) Loperamida
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Com relação aos fármacos antieméticos e seus mecanismos de ação, marque a alternativa INCORRETA: a) A metoclopramida é um antagonista de receptores dopaminérgicos localizados no centro do vômito. b) A ondasterona é um antagonista de receptores 5-HT3 muito usado para prevenir êmese induzida pela quimioterapia do câncer. c) O apepritanto é um antagonista altamente seletivo dos receptores NK1, que atravessa a barreira hematoencefálica. d) A bromoprida é um pró-cinético com ação anticolinérgica sem efeitos adversos significativos
d) A bromoprida é um pró-cinético com ação anticolinérgica sem efeitos adversos significativos
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A metoclopramida exerce ação antiemética atuando como: a) Agonista do receptor dopaminérgico. b) Agonista do receptor serotoninérgico. c) Antagonista do receptor dopaminérgico. d) Antagonista do receptor serotoninérgico
c) Antagonista do receptor dopaminérgico.
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I e II
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Lynch e colaboradores descreveram em 1966 uma síndrome do câncer colônico familiar que incidira em idade mais precoce, acometendo pessoas de uma mesma família num padrão autossômico dominante. Este critério foi ampliado posteriormente para abrigar outros tipos de cânceres associados ao câncer colorretal, como os de ovário, endométrio, pâncreas, estômago, dentre outros, constituindo a Síndrome de Lynch II. Com relação a Síndrome de Lynch, assinale a alternativa CORRETA: a) Está intimamente associada a mutações do gene APC. b) Está relacionada a alterações dos genes de reparo do DNA. c) Compreende pacientes com incontáveis pólipos no intestino grosso. d) Acomete, mais comumente, pacientes com faixa etária acima dos 60 anos.
b) Está relacionada a alterações dos genes de reparo do DNA. COMENTÁRIO= Sindrome de Lynch é uma síndrome autossômica dominante que ocorre nos genes de reparo, levando a uma instabilidade de microssatélites - Outra parecida é a polipose adenomatosa familiar ou PAF= nesse caso, o problema genético é na mutação do gene APC que é um gene de supressão tumoral, com incontáveis pólipos no intestino.
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A obstrução intestinal do cólon produzida por neoplasia é mais frequente no: a) Cólon esquerdo. b) Cólon direito. c) Ângulo hepático do cólon. d) Cólon transverso.
a) Cólon esquerdo. COMENTÁRIO= Cólon esquerdo tem menor calibre, logo tem mais chance de obstrução, podendo gerar constipação, distensão abdominal. O cólon direito tem maior calibre, fezes mais liquefeitas (diarreia), pode sangrar mais, e pode observar massa palpável.
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Refere-se aos carcinomas do intestino grosso, EXCETO: a) Pacientes com 3 ou mais adenomas ou que apresentam adenomas com displasia de alto grau, devem se submeter a colonoscopia periódica com intervalo menor que 10 anos b) Anemia, anorexia, astenia e emagrecimento são mais frequentemente associados às neoplasias do hemicólon esquerdo c) Por definição, todos os adenomas colônicos apresentam, pelo menos, displasia de baixo grau d) Na síndrome do câncer colorretal não associado à polipose, os tumores geralmente acometem cólon direito.
b) Anemia, anorexia, astenia e emagrecimento são mais frequentemente associados às neoplasias do hemicólon esquerdo COMENTÁRIO a) 10 anos= paciente normal ou até 2 polipos tubulares < 10mm 5 anos= 3 a 4 polipos tubulares < 10mm 3 anos= mais de 5 polipos, maiores que 10mm, viloso e de displasia de alto grau 1 ano= mais de 10 adenomas 6 meses= ressecção em fragmentos ou maiores que 20 mm b) Cólon direito e não esquerdo. A anemia é mais comum nessa região. Câncer de colon direito, devido ao seu calibre maior, tem mais chance de crescer, aumentando a chance de perda maior de sangue (tumor cresce, necrosa, cresce, necrose- aumentando essa chance), podendo gerar quadros como melena, e consequentemente sintomas como astenia. Emagrecimento pode ser comum em ambos os câncer c) Adenoma são tumores glandulares benignos e aparentemente todos são displasia de baixo grau. d) Refere-se a Sindrome de Lynch, que é uma condição pré câncer colorretal mas não cursa com polipose. É um caso de mutação nos genes APC. Câncer de colon direito geralmente
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Paciente masc., 56 anos, com história de etilismo diário há 20 anos (6 latas de cerveja/dia), dá entrada no Pronto-Socorro com quadro de icterícia e aumento do volume abdominal. Ao exame físico, nota-se icterícia 2+/4+, ginecomastia e eritema palmar, além de semicírculo de Skoda positivo, macicez móvel positiva e piparote negativo. Em relação a este caso, é CORRETO afirmar: a) Um gradiente de albumina soro-ascite (GASA) de 0,8 g/dL falaria a favor de que o paciente tem hipertensão portal. b) A icterícia, ginecomastia e eritema palmar estão associados a hipertensão portal. c) Um gradiente de albumina soro-ascite (GASA) de 1,8 g/dL falaria a favor de que o paciente tem hipertensão portal. d) A icterícia, ginecomastia e eritema palmar permitem o diagnóstico de colestase extra-hepática
c) Um gradiente de albumina soro-ascite (GASA) de 1,8 g/dL falaria a favor de que o paciente tem hipertensão portal. COMENTÁRIO= GASA > 1,1 é indicio de causa por HP. - Icterícia, ginecomastia e eritema palmar são sintomas muito associados a um quadro de cirrose. Além disso, poderia ter telangiectasia, encefalopatia hepática, coagulopatia, hipoalbuminemia e etc.
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No tratamento da ascite hepatogenica, associada a cirrose hepática, após a instituição de dieta hipossódica, a primeira medida a ser empregada é: a) Espirolactona. b) Furosemida. c) Hidroclorotiazida. d) Paracentese evacuadora.
a) Espirolactona. COMENTÁRIOS= Além da dieta hipossódica, usa-se diuréticos como primeira medida, como a espirolactona associado com furosemida. - Além disso, pode-se fazer paracentese de alivio. Entretanto, quando se retira mais de 5 litros, tem que repor albumina.
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O escore de Child-Pugh constitui um importante parâmetro para classificação dos pacientes hepatopatas crônicos. Os dados utilizados para o cálculo da pontuação desse escore são: a) Tempo de protrombina, albumina, GGT, FA e transaminases. b) Ascite, encefalopatia, tempo de protrombina, bilirrubinas e transaminases. c) Transaminases, tempo de protrombina, GGT, bilirrubinas e ascite. d) Ascite, encefalopatia, tempo de protrombina, albumina e bilirrubinas.
d) Ascite, encefalopatia, tempo de protrombina, albumina e bilirrubinas. COMENTÁRIOS= De fato são esses os parâmetros, classificando o paciente em CHILD A, B e C - CHILD A= 5 a 6 pontos - CHILD B= 7 a 9 pontos - CHILD C= 10 a 15 pontos OBS= Outro score é o MELD= muito usado para transplante hepático; usa como parâmetros a bilirrubina, INR e creatinina.
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Se constituem medidas apropriadas no diagnóstico e tratamento da encefalopatia hepática: a) Pesquisa de ascite e PBE; prescrição de Diazepam, um ansiolítico com efeito tranquilizador. b) Realização de RM do cérebro; prescrição de Diazepam, um ansiolítico com efeito tranquilizador. c) Realização de RM do cérebro; prescrição de lactulose, um laxante osmótico. d) Pesquisa de flapping; prescrição de lactulose, um laxante osmótico.
d) Pesquisa de flapping; prescrição de lactulose, um laxante osmótico. COMENTÁRIO= Flapping, assim como letargia e sonolência é a clinica clássica de encefalopatia hepática. Além disso, prescreve lactulose por ser um laxativo, auxiliar na eliminação da amônia, além disso tem um pH ácido que ajuda a transformar essa amônia em amônio e facilitar a eliminação. a) Diazepam pode piorar o quadro de encefalopatia devido ao seu efeito depressivo (uma das principais contraindicações) b) RM não está entre as principais medidas diagnósticos. O diagnóstico é essencialmente clinico
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Paciente é internado na enfermaria com quadro de ascite de grande volume. Foi realizada a paracentese com retirada de liquido amarelo-citrino. O exame de liquido revelou: Albumina de 0,8 g/dl, amilase de 50 u/dl, citometria: 150 células, com predomínio de linfócitos, citologia oncótica negativa. A dosagem de albumina sérica foi de 2,4 g/dl (normal > 3,5 g/dl) e atividade de protrombina de 70% (normal > 70%). Neste caso, é CORRETO afirmar que: a) O gradiente de albumina soro ascite é de 3 e ascite provavelmente é por hipertensão portal b) O gradiente de albumina soro ascite é de 1,6 e a ascite provavelmente não é por hipertensão portal c) O gradiente de albumina soro ascite é de 1,6 e a ascite provavelmente é por hipertensão portal d) O gradiente de albumina soro ascite é de 3 e a ascite provavelmente não é por hipertensão portal.
c) O gradiente de albumina soro ascite é de 1,6 e a ascite provavelmente é por hipertensão portal COMENTÁRIO= O GASA é calculado assim= albumina sérica- albumina do liquido ascitico - Logo, o GASA nesse caso é= 2,4 – 0,8= 1,6 g/dl - Com isso, tem-se dois caminhos: - GASA > 1,1= hipertensão portal é a causa da ascite - GASA < 1,1= ascite não é causada por hipertensão portal
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Dentre as afecções que acarretam hipertensão portal, a que ocorre devido à alteração pré-sinusoidal é: a) Esquistossomose mansônica. b) Síndrome de Budd-Chiari. c) Cirrose hepática. d) Insuficiência cardíaca direita.
a) Esquistossomose mansônica.
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Paciente masc., 45 anos, garçom de bar, é encaminhado com icterícia, percebida pelo patrão há 2 semanas. Ao exame físico: ictérico (+/4+), fígado palpável a 4 cm do RCD, sem sinais de ascite. Os exames lab.: albumina 2,4 gr/dL, atividade de protrombina de 50%, BT: 6 mg/dL (BD: 3,4 mg/dL, BI: 2,6 mg/dL), TGP 240 UI/dL, TGO 340 UI/dL, FA 100 UI/dL, GGT 300 UI/dL. Neste caso o diagnóstico mais provável é: a) Cirrose biliar primária. b) Hepatite alcoólica. c) Coledocolitíase. d) Neoplasia de cabeça do pâncreas
b) Hepatite alcoólica.
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As hepatites são de etiologias muito variadas, incluindo vírus, drogas, doenças metabólicas, criptogênicas, entre outras. Algumas destas hepatites são auto-limitadas, enquanto outras podem evoluir para formas crônicas, cirrotiza e finalmente podem malignizar (carcinoma hepatocelular). Em relação as hepatites, é CORRETO afirmar que: a) Hepatócitos infectados pelo vírus A podem mostrar citoplasmas repletos de esferas e túbulos de HVA, produzindo citoplasma finalmente granulares b) As alterações morfológicas na hepatite viral e crônica são semelhantes entre os vírus hepatotrópicos e podem ser facilmente diferenciadas das reações as drogas ou à doença hepática auto-imune c) A principal característica de lesão hepática crônica é a deposição de tecido fibroso nos espaços portas e simultaneamente periportal, com formação de septos fibróticos ligando espaços porta (fibrose em ponte), ou seja, entre espaços porta e a veia centro lobular d) A continua perda de hepatócitos e a fibrose (cora em Azul no tricomico de Masson) resulta em cirrose, que é caracterizada por nódulos de tamanhos irregulares separados por variável, mas principalmente grandes cicatrizes e é muitas vezes referida como cirrose pós-necrótica
d) A continua perda de hepatócitos e a fibrose (cora em Azul no tricomico de Masson) resulta em cirrose, que é caracterizada por nódulos de tamanhos irregulares separados por variável, mas principalmente grandes cicatrizes e é muitas vezes referida como cirrose pós-necrótica
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Paciente masc., 18 anos, com icterícia percebida pela mãe, que se encontrava extremamente aflita por considerar que fosse algo mais grave. Foi solicitado exames laboratoriais cujos resultados estão a seguir: Albumina 3,5 gr/dL, atividade de protrombina de 90%, BT: 3,0 mg/dL (BD: 0,2 mg/dL, BI: 2,8 mg/dL), TGP 34 UI/dL, TGO 30 UI/dL, FA 80 UI/dL, GGT 40 UI/dL. AntiHAV IGG: REAGENTE, AntiHAV: NÃO REAGENTE. O hemograma e a contagem de reticulócitos são normais. Neste caso, o diagnóstico mais provável é: a) Síndrome de Budd-Chiari. b) Hepatite viral aguda. c) Síndrome de Gilbert. d) Hepatite auto-imune tipo I
c) Síndrome de Gilbert. COMENTÁRIO= A síndrome de Gilbert é um distúrbio de metabolismo devido a deficiência parcial da enzima GT caracterizada pelo aumentada da bilirrubina total sobretudo indireta. Porém, esse aumento não é muito, fica <4, tendo alterações apenas na esclera. Por ser um distúrbio do metabolismo, as enzimas estão normais. - Síndrome de Crigler-Najjar também é o mesmo distúrbio de metabolismo, porém, nesse caso tem-se uma deficiência GRAVE da enzima GT - B e D referem-se a hepatites, o que deve ter aumento significado de TGP e TGO, algo que não tem nesse caso. - A refere a síndrome de Budd-Chiari= é uma obstrução das veias hepáticas, causando hepatomegalia, dor abdominal, ascite e icterícia, além de outras condições sistêmicas. Condições mais graves - Logo se atentar ao quadro típico= icterícia leve, com predomínio de BI e enzimas normais.
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Paciente fem, 65 anos, lavadeira, procedente de Barreiras-BA, com icterícia progressiva há 2 meses, associada a colúria, acolia e prurido; emagrecimento de 6 kg. A vesícula biliar encontrava-se palpável e indolor. A avaliação laboratorial demonstrou: Albumina 3,5 g/dl, Atividade protrombina de 70%, Bilirrubinas: total 15 mg/dl (direta 13,4 mg/dl; indireta 1,6 mg/dl); TGP 120 UI/dl; TGO 100 UI/dl; fosfatase alcalina de 1000 UI/dl; gamaGT de 800 UI/dl. Neste caso, o diagnóstico mais provável é: a) Síndrome de Gilbert b) Hepatite auto-imune c) Esquistossomose mansonica d) Neoplasia de cabeça de pâncreas
d) Neoplasia de cabeça de pâncreas
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Paciente fem, 55 anos, previamente hígida, notou surgimento de olhos amarelos, urina escura e prurido. Ao exame físico viu-se a presença de icterícia (++/4) além do Sinal de Couvoisier. Os exames lab: Albumina 3,5 g/dl, Atividade de protrombina de 70%, Bilirrubinas: total 6,5 mg/dl (direta 6 mg/dl; indireta 0,5 mg/dl); TGP 120 UI/dl, TGO 80 UI/dl, fosfatase alcalina de 640 UI/dl, gamaGT de 600 UI/dl. A pesquisa de auto-anticorpos revelou: FAN e Anti-musculo liso foram negativas e o anti-mitocondria foi negativo. Neste caso, o diagnóstico mais provável é: a) Esquistossomose mansonica b) Coledocolitiase c) Cirrose biliar primária d) Neoplasia da cabeça de pâncreas
d) Neoplasia da cabeça de pâncreas
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Marque a alternativa INCORRETA: a) A esteatose hepática pode ser identificada por TC e RM. b) Na colestase extra-hepática, a presença de vesícula biliar hidrópica sugere obstrução abaixo da implantação do cístico. c) Alterações na forma do fígado não podem ser identificadas por USG, TC e RM. d) Nos quadros de coledocolitíase é comum detectarmos icterícia.
c) Alterações na forma do fígado não podem ser identificadas por USG, TC e RM.
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Em pacientes com colecistite aguda é CORRETO afirmar: a) A causa mais comum da doença é cálculos na vesícula biliar. b) A colecistite aguda alitiásica tem curso benigno e em geral não necessita tratamento cirúrgico respondendo ao tratamento clínico. c) A causa mais comum de colecistite aguda em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida é a afecção intestinal pelo áscaris. d) A colecistite aguda é a primeira manifestação da litíase na vesícula biliar em pacientes diabéticos
a) A causa mais comum da doença é cálculos na vesícula biliar. COMENTÁRIOS= A colecistite aguda nada mais é quando um calculo, que estava na vesícula biliar, impactou a saída dela e se tem um processo inflamatório, podendo gerar um processo infeccioso, podendo gerar com sintomatologia febre + dor no HPC + sinal de Murphy positivo. B) Nesse caso, a vesícula não consegue contrair. A clinica é igual da litiásica. Não tem curso benigno, o tratamento é cirúrgico. C)Essa associação de colecistite com áscaris não existe totalmente. Colecistite aguda em pacientes com AIDS está relacionado a outras infecções oportunistas. D)Muitos pacientes com litíase biliar permanecem assintomáticos ou tem outros sintomas antes de desenvolver colecistite aguda. Apesar de que sim os pacientes diabéticos podem ter essas complicações biliares.
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Paciente de 15 anos, portador de anemia falciforme, apresentando dor hipocôndrio direito, a radiografia simples de abdome observa-se imagem de várias calcificações arredondadas na topográfica da vesícula biliar. O tipo de cálculo que este paciente apresenta tem maior possibilidade de ser: a) Cálculo pigmentar marrom. b) Cálculo de colesterol ou amarelo. c) Cálculo misto. d) Cálculo pigmentar negro.
d) Cálculo pigmentar negro. COMENTÁRIOS= - Cálculo amarelo ou de colesterol= mais comum- estase biliar - Calculo preto= hemólise crônica; casos de anemia falciforme (crianças). Formado de colesterol e bilirrubinato de cálcio. - Cálculos castanhos= também formado por colesterol e bilirrubinato de cálcio, entretanto, a diferença é que se forma na via biliar principal= forma dentro do colédoco e está associado a um grau de infecção das vias biliares.
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No exame ultrassonográfico de pacientes com síndrome colestática obstrutiva é fundamental a distinção entre obstrução proximal e distal da via biliar. Qual a referência anatômica que distingue estes dois níveis? a) União do ducto hepático direito e esquerdo. b) Borda superior do pâncreas. c) Ducto cístico. d) Junção entre o ducto colédoco e o ducto de Wirsung.
a) União do ducto hepático direito e esquerdo.
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O emprego da solução de reidratação oral (soro caseiro) se constituiu um grande avanço no tratamento dos casos de diarreia aguda. Nesta solução, a utilização conjunta do açúcar e do sal visa: a) Aumentar o aporte calórico durante o período de reidratação. b) Maximizar a absorção intestinal da glicose por mecanismo de transporte eletrogênico do sódio. c) Diminuir a secreção intestinal de cloro por competição ativa com a adenilciclase. d) Maximizar a absorção intestinal do sódio por mecanismo de cotransporte com a glicose.
d) Maximizar a absorção intestinal do sódio por mecanismo de cotransporte com a glicose. É um método amplamente utilizado para tratar a desidratação. SRO é uma combinação de água, sal (cloreto de sódio), e açúcar (glicose), sendo projetada para maximizar a reidratação e restaurar os eletrólitos perdidos devido à diarreia. Nesse sentido, quando a glicose é absorvida pelas células epiteliais intestinais, ela é cotransportada com o sódio. Esse mecanismo facilita a entrada do sódio e, consequentemente, da água no corpo, auxiliando a reidratação. Logo, a presença conjunta de açúcar e sal na solução de reidratação oral permite um aumento na absorção de sódio, que, por sua vez, facilita a absorção de água e outros eletrólitos, ajudando a reidratar o paciente mais rapidamente.
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Para se confirmar o diagnóstico de Doença Celíaca, emprega-se comummente a realização da pesquisa de anticorpos. Destes anticorpos, o que apresenta maior sensibilidade e especificidade no diagnóstico é: a) Anti-transglutaminase tecidual IgA. b) Anti-gliadina IgG. c) Anti-gliadina IgA. d) Anti-endomísio IgG.
a) Anti-transglutaminase tecidual IgA. COMENTÁRIOS= O diagnóstico de doença celíaca é basicamente constituído por dosar o sérico da antitransglutaminase IgA e biopsiar o delgado na parte do duodeno distal.
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Paciente fem. 24 anos, do lar, procedente de Inhumas – GO, há 6 meses com distensão abdominal, borborigmo, flatulência, diarreia com eliminação de fezes com gotas de gordura visíveis. Não apresenta dor abdominal. Emagreceu 6 kg neste período. Ao exame físico: emagrecida, hipocorada (2++), com língua “careca” e queilite angular, abdômen distendido, hipertimpânico, com RHA aumentados, edema de MMII. A hipótese diagnóstica mais provável neste caso é: a) Doença Celíaca. b) Retocolite Ulcerativa. c) Pancreatite Crônica. d) Intolerância à Lactose
a) Doença Celíaca. COMENTÁRIOS= Doença celíaca é uma reação imunomediada à proteína do glúten. Nessa interação, tem-se a liberação de anticorpos IgA que danificam a mucosa intestinal. O quadro clinico mais típico no adulto são as desabsorções parciais - Esteatorreia= evidencia quadro de desabsorção- má absorção de gordura - Língua “careca” (glossite) e queilite angular (rachadura nos cantos da boca) indicam deficiência de nutrientes, também associado a esse processo de desabsorção. - Hipertimpanismo= aumento de gases no intestino; e aumento de RHA= atividade intestinal aumentada; sugere esse processo de má digestão associado a doença celíaca. - Perda de peso devido a síndrome desabsortiva e má digestão. - B) Quadro mais grave; diarreia sanguinolenta - C) Ausência de quadros de dor e história não característica - D) Pode causar sintomas similares, porém, dificilmente causa perda de peso devido a má absorção.
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B
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Quanto ao tratamento cirúrgico da doença hemorroidária é CORRETO afirmar que: a) As hemorroidas mistas com componente externo volumoso são a indicação precisa do grampeador (PPH®). b) Na presença de fissura anal crônica, não devemos realizar a hemorroidectomia no mesmo procedimento. c) Na presença de fístula anorretal complexa, não devemos realizar a hemorroidectomia no mesmo procedimento. d) A técnica de Ferguson evolui com baixa taxa de abscessos/infecção por se tratar de uma “técnica aberta”
c) Na presença de fístula anorretal complexa, não devemos realizar a hemorroidectomia no mesmo procedimento. COMENTÁRIOS A técnica com grampeador geralmente é para tratar hemorroidas internas- 3 e 4 graus sem componente externo importante. O uso de grampeador para tratar hemorroidas externas volumosas ou mistas com grandes componentes externo pode complicar Fissura anal caracterizam-se por uma ulcera linear situada no canal anal e que raramente ultrapassa a linha pectínea; é uma laceração do revestimento anal que pode ser dolorosa. Geralmente, se evita realizar hemorroidectomia no mesmo procedimento que uma fissurectomia ou outros tratamentos para fissura anal, pois isso pode agravar a dor e complicar o processo de cicatrização= CORRETA d)Técnica de Ferguson é uma hemorroidectomia fechada, em que as feridas são suturadas após a remoção das hemorroidas. Ela tende a ter menor risco de infecção do que a técnica “aberta” chamada de técnica de Milligan-Morgan, que deixa as feridas sem sutura para cicatrizar por segunda intenção.
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O seton foi descrito no século XIV por John Arderne (médico militar inglês considerado o pai da Proctologia) e, ainda hoje, é a opção mais comumente adotada no tratamento de fístulas anais complexas. Sobre o emprego do seton, é opção para o tratamento das fístulas citadas a seguir, EXCETO: a) Quando o orifício interno não foi identificado no ato operatório. b) Fístulas na proctite por Crohn. c) Fístulas com recidivas múltiplas d) Fístulas supraelevadores
a) Quando o orifício interno não foi identificado no ato operatório. COMENTÁRIOS= Tratamento com Seton é feito sobretudo em fístulas complexas (na proctite por Crohn, recidivas, supraelevadoras), com abscessos. É uma espécie de fio que é passado do orifício interno ao orifício externo e é amarrado na parte de fora do ânus. Seus principais objetivos são os seguintes: * Manter a região drenada para evitar o acúmulo de pus * Definir o trajeto da fístula * Em fístulas complexas, definir o trajeto que será tratado posteriormente * Em pacientes com doença de Crohn, o seton poderá ser parte do tratamento da doença inflamatória intestinal. - Logo, se você não acha o orifício interno o uso deste método é problemático, haja vista que o seton é passado através desse trajeto.
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O local preferencial de aparecimento da fissura anal é: a) Linha média posterior do canal anal. b) Linha lateral direita do canal anal. c) Linha lateral esquerda do canal anal. d) Não existe prevalência significativa.
a) Linha média posterior do canal anal. COMENTÁRIOS= A maioria das fissuras anal ocorre na linha média posterior do canal anal, devido a sua menor elasticidade que impede a adequada dilatação durante a evacuação e implica em vascularização menos intensa 🡪 isquemia e dificuldade de cicatrização. Logo, a linha média posterior tem uma menor perfusão sanguínea comparada com outras áreas do canal anal, tornando-a mais suscetível a lesões e cicatrização mais lenta.
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Qual destes fatores abaixo não está relacionado com a etiopatogenia das hemorroidas: a) Disposição anatômica das veias hemorroidárias b) Uso prolongado de corticoide c) Distúrbio do trânsito intestinal d) Gravidez
b) Uso prolongado de corticoide COMENTÁRIOS= Hemorroidas são veias dilatadas localizadas no canal anal ou ao redor do anus. Podem ser internas ou externas. - Os plexos venosos podem ser suscetíveis a pressões aumentadas, levando a formação da doença hemorroidária - A constipação crônica ou diarreia pode aumentar a pressão nas veias hemorroidárias- esforços frequentes/fezes muito duras podem levar a doença hemorroidária - Na gravidez a mesma coisa- aumento da pressão intra-abdominal-, exercendo maior pressão sobre as veias hemorroidárias.
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QUESTÃO 63 Paciente fem., 22 anos, com quadro de dor abdominal em cólica, que piora após ingestão de alimentos, associada a borborigmo. Referia emagrecimento de 6 kg nos últimos 6 meses. Há 2 meses apresenta episódio de diarreia, com fezes líquidas ou pastosas, sem sangue ou muco. Ao exame físico, havia dor à palpação em fossa ilíaca direita. A dosagem de calprotectina fecal estava muito elevada. Neste caso, o diagnóstico mais provável é: a) Síndrome do Intestino Irritável com diarréia. b) Retocolite ulcerativa (RCU). c) Doença de Crohn d) Doença celíaca
c) Doença de Crohn COMENTÁRIOS= Chron é uma doença inflamatória intestinal que pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus, mas tem uma predileção pelo intestino delgado e o cólon, especialmente o íleo terminal. É caracterizada por inflamação transmural (afetando todas as camadas do intestino), e os sintomas podem incluir dor abdominal em cólica, perda de peso, diarreia, febre e outros sinais de inflamação. Gravar que Chron é uma doença muito sistêmica, causando dor/diarreia/ síndrome comsumptiva/ inflamação. Informações relevantes nesse caso: - Diarreia crônica inflamatória= pois é mais de 4 semanas - Emagrecimento devido a diarreia= má absorção - Calprotectina fecal é um marcador de inflamação intestinal- ela elevada é forte indicio de DII. Além disso, o achado de dor à palpação em fossa ilíaca direita é significativo, pois essa é uma localização comum de envolvimento da doença de Crohn. - Por que não RCU? Geralmente causa disenteria (diarreia invasiva) - diarreia com sangue e muco. Além disso, geralmente não causa síndrome desabsortiva.
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O megacolon tóxico é uma complicação frequente de: a) Megacolon congênito. b) Doença Diverticular do Sigmoide. c) Retocolite Ulcerativa. d) Colite amebiana.
c) Retocolite Ulcerativa. COMENTÁRIOS= - Complicações da RCU= Colite e megacólon tóxico - Complicações de Chron= fístula e estenoses
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Ao exame físico abdominal, o encontro do Sinal de Cullen sugere: a) Pancreatite aguda. b) Colecistite aguda. c) Trombose mesentérica. d) Apendicite aguda.
a) Pancreatite aguda. COMENTÁRIO= Sinais como de Cullen- lesão ao redor do umbigo-, de Grey Turner- lesão nos flancos-, e de fox- na base do pênis-, representam hemorragia retroperitoneal, podendo indicar algo grave, porém, não são patognomomicas.
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Paciente masc., 45 anos, alcoolista, se queixando de dor em andar superior do abdômen há 2 anos, que piora no período pós-prandial ou após ingestão de bebida alcoólica. Há 6 meses vem notando emagrecimento, surgimento de diarreia, com 4 a 5 dejeções diárias, com fezes com presença de gotas de gordura. Há 2 meses, sentiu mal durante a pescaria no Rio Araguaia, ocasião em que foi diagnosticado com diabetes mellitus. Neste caso, o diagnóstico mais provável é: a) Doença de Crohn. b) Doença celíaca. c) Estrongiloidíase. d) Pancreatite crônica calcificante.
d) Pancreatite crônica calcificante. COMENTÁRIO= informações importantes que induzem o raciocínio clinico para pancreatite crônica= Alcoolista; emagrecimento pois tem um caso de síndrome desabsortiva associado a esteatorreia; Fezes com gotas de gordura= refere-se a esteatorreia, associado a ideia de que o pâncreas não consegue jogar as enzimas pancreáticas no duodeno, não digerindo gordura. Por fim, outra coisa importante é a diabetes= devido a insuficiência hepática devido ao processo inflamatório crônico, o pâncreas para de produzir enzimas hipoglicemiantes, devido a substituição de tecido endócrino por tecido calcificante.
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Paciente fem., 50 anos, procedente de Aparecida-GO obesa, com antecedente de colelitíase e de esteatose hepática, é internada na enfermaria da clínica médica NO HUAPA com quadro de dor no andar superior do abdômen, muito intensa, persistente, com início há 12 horas, associada a náuseas e vômitos. Ao exame físico: fácies de sofrimento agudo, com FC de 100bpm, PA: 90x60mmHg, com dor à palpação em epigástrio, sem sinais de irritação peritoneal. A dosagem da amilase sérica foi de 800 UI/l. Neste caso, o diagnóstico mais provável e a medida terapêutica mais apropriada são: a) Pancreatite aguda e cirurgia de urgência. b) Colecistite aguda e hidratação abundante com ringer lactato. c) Pancreatite aguda e hidratação abundante com ringer lactato. d) Colecistite aguda e cirurgia de urgência.
c) Pancreatite aguda e hidratação abundante com ringer lactato. COMENTÁRIO= Informações relevantes são: quadro de litíase biliar (principal etiologia da pancreatite aguda), dor no andar superior do abdome (irradia pro dorso) e associada a vômitos (ambos muito típico de pancreatite aguda) (na pancreatite lembrar que o paciente vomito muito e até antes da dor, sendo um diagnostico de apendicite por exemplo pois nesse caso há mais vômitos em casos de muita dor). Por fim, outra informação relevante é a dosagem de amilase, que evidenciou uma quantidade alta. Amilase e Lipase alta fecham diagnóstico
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Paciente fem., 67 anos, com antecedentes de obesidade e dislipidemia é internada com quadro de dor epigástrica de forte intensidade (8/10), sem irradiação, associada a náuseas e distensão abdominal. Exame físico inicial revela FC de 110 BPM, PA 90x60 mmHg e ABD doloroso à palpação em andar superior, sem sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais de entrada revelam LEUCÓCITOS de 18.500/mm3 (VR: 4.000 a 11.000/mm3 ) Creatinina: 2,5 mg/dL (Creatinina basal da paciente: 1,1 mg/dL), glicemia: 230 mg/dL, amilase: 412 UI/L (VR: 30 a 100 UI/L). É CORRETO afirmar: a) A paciente apresenta quadro clínico e laboratorial sugestivo de pancreatite aguda, que deve ser confirmada através de TC de abdome de urgência. b) As disfunções orgânicas na pancreatite aguda, como alteração renal apresentada nesse caso, ocorrem por hipovolemia, não havendo relação com quadro inflamatório sistêmico. c) A presença de taquicardia e leucocitose na fase inicial da pancreatite aguda deve nos levar a suspeita de necrose pancreática infectada nesta paciente, estando indicado o uso de antibióticos (preferencialmente, carbapenêmicos). d) A investigação etiológica da pancreatite aguda desta paciente deve incluir perguntas sobre o uso de medicamentos e ingestão de álcool, além de solicitação da dosagem de triglicérides e USG de abdome.
a) A paciente apresenta quadro clínico e laboratorial sugestivo de pancreatite aguda, que deve ser confirmada através de TC de abdome de urgência. COMENTÁRIO= Sinais que mostram possivelmente um quadro de pancreatite aguda. Dor abdominal alta (mas não fala irradiação), náuseas (vômitos). Nos exames, tem-se leucócitos de 18,500 (esse valor pode indicar uma causa litiásica nos critérios de Ranson), Glicemia (maior que 220 pode indicar causa litiásica, de acordo com os critérios de Ranson), Amilase alta (fecha diagnostico). Mas só TC com contraste confirma - O diagnóstico ter que ter 2 dos 3 seguintes: clinica sugestiva, amilase/lipase aumentadas e imagem sugestiva na TC. - C) A única coisa que indica se há necrose ou não é exame de imagem, e não exame laboratorial. E o ATB que geralmente usa é IMIPENEM - D) Por ser um quadro agudo, deve-se perguntar por história litiasiaca principalmente. Dosagem de triglicérides é inespecífico. Se fosse pedir um é amilase ou lipase. E o exame para ver vísceras sólidas é o TC com contraste
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A causa mais frequente de pancreatite aguda é: a) Álcool. b) Hipertrigliceridemia. c) Autoimune. d) Litíase da via biliar.
d) Litíase da via biliar. COMENTÁRIO= Álcool é a segunda principal causa. O álcool é a principal etiologia na pancreatite crônica.
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A tríade clínica que melhor caracteriza a pancreatite crônica é: a) Dor abdominal, náuseas, vômitos. b) Vômitos, desidratação, ascite. c) Dor abdominal, esteatorreia, diabetes. d) Diabetes, ascite, dor abdominal
c) Dor abdominal, esteatorreia, diabetes. COMENTÁRIO= Além dessas três, pode-se ter emagrecimento também, devido a desabsorção associada a esteatorreia.
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Com relação ao uso da TC na pancreatite aguda biliar, é CORRETO afirmar que: a) Deve ser utilizada nas formas graves. b) Deve ser utilizada em todas as formas clínicas de pancreatite. c) Deve ser utilizada nos pacientes sem melhora nas primeiras 24 horas. d) Deve ser utilizada nos pacientes idosos com comorbidades.
a) Deve ser utilizada nas formas graves.
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Assinale a opção abaixo que indica um dos critérios do escore de Ranson para predizer gravidade da pancreatite aguda na internação: a) Hematócrito acima de 50%. b) Leucócitos > 12.000/mm3. c) Cálcio sérico acima de 10 mg/dL. d) Glicose sanguínea acima de 200 mg/dL.
d) Glicose sanguínea acima de 200 mg/dL. COMENTARIO= Glicose de 200 induz para causa alcoolica, enquanto que 220 é litiásica. Poderia ser a B? a) Hematócrito tem que estar abaixo de 10% na verdade b) Leucocitos 16 mil se for pancreatite alcoolica e 18 mil se for litiásica c) Calcio abaixo de 8 mg/dl na verdade.
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Em relação à pancreatite aguda, é INCORRETO afirmar que: a) Estados de hipertrigliceridemia podem estar associados a pancreatite b) A tomografia é um método sensível para avaliar a extensão do processo inflamatório c) O PET/TC é o método de imagem mais sensível para se confirmar o diagnostico d) A colangio-ressonância pode auxiliar na identificação de cálculos no colédoco.
c) O PET/TC é o método de imagem mais sensível para se confirmar o diagnostico
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A causa mais frequente de pancreatite crônica calcificante é: a) Álcool b) Hipertrigliceridemia c) Auto-imune d) Litíase da via biliar
a) Álcool COMENTÁRIO= Correto. Litíase da via biliar, por outro lado, é a principal etiologia de pancreatite aguda.
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Em relação à pancreatite crônica, assinale a alternativa INCORRETA: a) Sintomas incluem dor epigástrica recorrente irradiada para a região dorsal b) Sintomas podem piorar se o paciente ingerir álcool c) Pacientes podem apresentar esteatorreia, perda de peso e sinais de desnutrição d) Sempre nos exames de imagem, nota-se a presença de calcificação no pâncreas
d) Sempre nos exames de imagem, nota-se a presença de calcificação no pâncreas COMENTÁRIO a) Correto, dor abdominal alta, com irradiação para o dorso e associada a vômitos b) Sim, fator agressivo c) Tríade sintomatológica= dor abdominal, esteatorreia e diabetes. Esteatorreia evidencia um caso de desabsorcao, o que ocasiona o emagrecimento e sinais de desnutrição. d) Incorreto, em alguns as calcificações podem ser confundidas com tumor, sendo necessário apenas nesse caso fazer biópsia para diagnostico diferencial. Logo, não é sempre
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Com relação ao uso da tomografia computadorizada na pancreatite aguda biliar, é correto afirmar: a) Deve ser utilizada nas formas graves b) Deve ser utilizada em todas as formas clinicas de pancreatite c) Utilizar nos pacientes sem melhora nas primeiras 24 horas d) Utilizar nos pacientes idosos com comorbidades
c) Utilizar nos pacientes sem melhora nas primeiras 24 horas
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Paciente de 30 anos com queixas de vários episódios de diarreia sanguinolenta, além de astenia há 3 dias, apresenta-se descorado, taquicárdico, febril, com discreta distensão abdominal. Para confirmação diagnóstica, a melhor associação inicial de exames é: a) Enema baritado e radiografias simples. b) Retoscopia e radiografia simples. c) Colonoscopia e coprocultura. d) Colonoscopia e hemograma.
b) Retoscopia e radiografia simples.
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Paciente, masc., 22 anos, estudante de medicina, é internado no Pronto-Socorro, por ter apresentado episódio de hematêmese. Referia que participou do PRAIAMED, na praia de Vila Velha – ES, em que ingeriu grande quantidade de cerveja e peixe. Ao final da noite, passou a apresentar episódios repetidos de vômitos, inicialmente com conteúdo claro, com sabor ácido. Subitamente apresentou episódio de hematêmese. Neste caso, o diagnóstico mais provável é de: a) Síndrome de Budd-Chiari. b) Síndrome de Mallory-Weiss. c) Úlcera duodenal. d) Varizes esofagianas.
b) Síndrome de Mallory-Weiss. COMENTÁRIOS= vômitos repetidos lesiona
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Constituem-se características do hiperesplenismo, EXCETO: a) Esplenomegalia. b) Plaquetopenia. c) Medula hipercelular. d) Leucocitose.
d) Leucocitose.
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As dosagens laboratoriais que melhor avaliam a função hepatocelular são: a) Albumina sérica e transaminases. b) Atividade de protrombina e transaminases. c) Bilirrubina e fosfatase alcalina. d) Albumina sérica e atividade de protrombina.
d) Albumina sérica e atividade de protrombina.
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Marque a alternativa INCORRETA: a) Na colestase intra-hepática o achado habitual nos estudos de imagem é a não detecção da dilatação dos ductos biliares. b) Na colestase extra-hepática, a presença de vesícula biliar hidrópica sugere obstrução abaixo da implantação do cístico. c) Tumores de corpo e cauda do pâncreas estão habitualmente relacionados a quadros de colestase extra-hepática. d) Nos quadros de coledocolítiase é comum detectarmos icterícia.
c) Tumores de corpo e cauda do pâncreas estão habitualmente relacionados a quadros de colestase extra-hepática.
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Paciente fem., 55 anos, previamente hígida, notou surgimento de olhos amarelos, urina escura e prurido. Ao exame físico, percebeu-se a presença de icterícia (2+/4+), além do Sinal de Courvoisier-Terrier. Os exames lab.: Albumina 3,5 gr/dL, atividade de protrombina de 70%, BT: 6,5 mg/dL (BD: 6,0 mg/dL, BI: 0,5 mg/dL), TGP 120 UI/dL, TGO 80 UI/dL, FA 640 UI/dL, GGT 600 UI/dL. A pesquisa de anticorpos revelou, FAN e anti-músculo liso negativos, anti-mitocôndria negativo. Diante desses achados, foi encaminhado para o HC-UFG. Neste caso, o diagnóstico mais provável é: a) Esquistossomose mansônica. b) Coledocolitíase. c) Cirrose biliar primária. d) Neoplasia de cabeça de pâncreas.
d) Neoplasia de cabeça de pâncreas.
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Marque a alternativa INCORRETA: a) Nódulos hepáticos podem ser benignos ou malignos. b) A USG é o método de diagnóstico por imagem de escolha para iniciar a investigação diante de uma suspeita clínica de colelitíase. c) Pacientes com insuficiência renal não devem utilizar contraste iodado para realizar exames de TC. d) O método de imagem mais sensível para definir quadros de pancreatite aguda é o PET/CT.
d) O método de imagem mais sensível para definir quadros de pancreatite aguda é o PET/CT.
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Marque a alternativa INCORRETA: a) O PET/TC é um método de imagem utilizado com frequência para o estadiamento de lesões neoplásicas. b) Os exames de imagem são muito importantes para avaliação dos pacientes com colestase extra-hepática. c) Para pesquisa de implantes metastáticos em linfonodos abdominais e no fígado tanto a TC como a RM têm boa sensibilidade. d) Hepatite viral aguda e malária são casos típicos que cursam com icterícia secundária a colestase extra-hepática.
d) Hepatite viral aguda e malária são casos típicos que cursam com icterícia secundária a colestase extra-hepática.
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Paciente masc. 80 anos, com sangramento retal profuso. História de sangramento retal no passado. A hipótese diagnóstica mais provável é: a) Retocolite Ulcerativa idiopática. b) CA de Cólon. c) Hemorroida interna. d) Doença Diverticular Hipotônica.
d) Doença Diverticular Hipotônica.
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A veia porta surge, mais comummente, pela junção de quais veias? a) Mesentérica inferior e esplênica. b) Mesentérica superior e esplênica. c) Mesentérica superior e mesentérica inferior. d) Mesentérica superior e cólica esquerda.
b) Mesentérica superior e esplênica.
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Em relação à esteatose hepática é INCORRETO afirmar que: a) A US permite suspeitar desta entidade b) A TC pode definir esta entidade baseado na densidade do tecido hepático c) A RM tem baixa sensibilidade para definir este diagnóstico d) O PET/TC não é geralmente utilizado para o estudo desta entidade
c) A RM tem baixa sensibilidade para definir este diagnóstico
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Entende-se por manobra de Kocher a) descolamento anterior do rim b) descolamento do cólon esquerdo c) ligadura da artéria mesentérica superior d) descolamento duodenal
d) descolamento duodenal
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Enfermidades como a procidência retal, a contração paradoxal do músculo puborretal, a inércia colônica, síndrome do descenso perineal, dentre outras, são comumente desconhecidas por grande parte da população médica, provavelmente pela crença de que são raras e exclusivamente estudadas pelos especialistas. Por outro lado, realizar adequadamente o exame proctológico e conhecer os métodos propedêuticos hoje disponíveis é uma obrigação de todo médico. Quanto a propedêutica colorretal é CORRETO afirmar que: a) O simples exame proctológico permite o diagnóstico da maioria das doenças anorretais. b) A colonoscopia é fundamental para o diagnóstico do megacólon chagásico. c) A USG endoscópica é útil no estadiamento do CA de reto superior e do sigmoide. d) A manometria anorretal é útil no diagnóstico da doença hemorroidária.
a) O simples exame proctológico permite o diagnóstico da maioria das doenças anorretais.
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É característica da Doença Diverticular Hipertônica do Cólon: a) Acometer simultaneamente todo o cólon. b) Complicar com sangramento (enterorragia). c) Início dos sintomas acima dos 70 anos. d) Achados colonoscópico de divertículos com óstio estreito no sigmoide.
d) Achados colonoscópico de divertículos com óstio estreito no sigmoide.
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Refere-se aos carcinomas do intestino grosso, EXCETO: a) Alguns fatores prognósticos mais importantes são a profundidade de invasão e a presença de metástase para linfonodos. b) A ressecção de metástases hepáticas é contraindicada, pois não melhora o prognóstico. c) Por definição, todos os adenomas colônicos apresentam, pelo menos, displasia de baixo grau. d) A maioria dos cânceres colônicos são esporádicos, associados à sequência adenoma-carcinoma.
b) A ressecção de metástases hepáticas é contraindicada, pois não melhora o prognóstico.
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Refere-se aos carcinomas do intestino grosso, EXCETO: a) Pacientes com 3 ou mais adenomas ou que apresentam adenomas com displasia de alto grau, devem se submeter a colonoscopias periódicas com intervalo menor que 10 anos. b) Anemia, anorexia, astenia e emagrecimento são mais frequentemente associados às neoplasias do hemicólon esquerdo. c) Por definição, todos os adenomas colônicos apresentam, pelo menos, displasia de baixo grau. d) Na síndrome do câncer colorretal não associado à polipose, os tumores (geralmente) acometem o cólon direito
b) Anemia, anorexia, astenia e emagrecimento são mais frequentemente associados às neoplasias do hemicólon esquerdo.