Provão Flashcards

(37 cards)

1
Q

A escala de Goldman na avaliação pré-operatória avalia principalmente o risco:
a) Cardiovascular.
b) Pulmonar.
c) Anestésico.
d) Trombose venosa profunda.

A

b) Pulmonar.

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2
Q

Qual alternativa CORRETA sobre o pedido de exames pré-operatórios de rotina?
a) O ECG e o RX de tórax deverão ser solicitados para todos pacientes que irão ser submetidos a qualquer procedimento cirúrgico.
b) O exame de cultura de urina deverá ser solicitado em todos pacientes, pois a bacteriúria assintomática aumenta o risco de infecção do sítio cirúrgico.
c) É obrigatória a solicitação de exames pré-operatórios os mais amplos possíveis, pois o médico pode ser interpelado judicialmente por negligência em caso de complicações peri e pós-operatórias.
d) Serão solicitados de acordo com achados do exame clínico, a doença de base e o tipo de procedimento cirúrgico.

A

d) Serão solicitados de acordo com achados do exame clínico, a doença de base e o tipo de procedimento cirúrgico.

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3
Q

Um paciente em pós-operatório que apresenta um aumento no nitrogênio urinário indica:
a) Alteração renal importante.
b) Paciente desidratado necessitado de maior aporte líquido.
c) Estado catabólico com quebra de proteínas endógenas para produção de glicose.
d) Incapacidade de metabolismo renal do paciente.

A

c) Estado catabólico com quebra de proteínas endógenas para produção de glicose.

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4
Q

Na avaliação pré-operatória de um paciente diabético à cirurgia, é CORRETO afirmar:
a) Os pacientes diabéticos têm os mesmos riscos cardiovasculares que pacientes não diabéticos.
b) A resposta orgânica metabólica ao trauma cirúrgico é menos acentuada em pacientes diabéticos que em não diabéticos.
c) O risco de infecção cirúrgica não se correlaciona com controle glicêmico e sim com as complicações crônicas relacionadas com a doença.
d) O teste palmar é uma das maneiras de se aferir a dificuldade de intubação de um paciente diabético

A

d) O teste palmar é uma das maneiras de se aferir a dificuldade de intubação de um paciente diabético

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5
Q

Qual o comportamento do íon sódio no paciente em REMIT?
a) Níveis séricos com tendência a estarem diminuídos em consequência da ação do hormônio antidiurético que retém mais água que sódio.
b) Níveis séricos com tendência a estarem aumentados pela ação da aldosterona.
c) Aumento do íon sódio corporal total, sem repercussões na dosagem do sódio sérico.
d) A reposição de sódio no pós-operatório com uso de solução fisiológica no mesmo volume da necessidade de água fornece adequada quantidade deste íon.

A

b) Níveis séricos com tendência a estarem aumentados pela ação da aldosterona.

COMENTÁRIOS= Em um paciente em REMIT, dentre várias coisas, tem-se um estimulo a renina e o estimulo ao ADH. Com a renina, tem-se maior atividade da aldosterona que vai aumentar os níveis séricos de sódio devido a reabsorção. Por outro lado, tem-se uma maior reabsorção de água quando comparado ao do sódio devido ao ADH, diluindo esse sódio, diminuindo assim levemente os níveis séricos.

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6
Q

Pacientes no 1 PO é comum o aparecimento das seguintes alterações orgânicas: a) Potássio corporal aumentado, sódio corporal total diminuído e nitrogênio urinário aumentado.
b) Potássio sérico aumentado, sódio sérico com tendência a diminuir e nitrogênio urinário aumentado.
c) Potássio sérico aumentado, sódio sérico aumentado e nitrogênio urinário aumentado.
d) Sódio urinário aumentado, potássio urinário diminuído e nitrogênio urinário diminuído.

A

b) Potássio sérico aumentado, sódio sérico com tendência a diminuir e nitrogênio urinário aumentado.

COMENTÁRIOS= Em 1 PO quer dizer nas primeiras 24 horas, logo:
- Potássio sérico aumentado devido a lesão celular do trauma- potássio é um ion intracelular, com a lesão ele é liberado, aumentando os níveis séricos.
- Sódio sérico com tendência a diminuir pois tem-se um aumento de ADH, que promove a retenção de água que dilui o sódio
- Nitrogênio urinário aumentado devido ao catabolismo proteico excessivo pós-operatório

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7
Q

Em pacientes no 1 PO de uma cirurgia de grande porte, encontra-se elevação nos níveis do hormônio antidiurético. Sobre a ação deste hormônio é CORRETO afirmar:
a) Aumenta a absorção de sódio e água pelo túbulo contorcido distal.
b) Induz permeabilidade à água pelo túbulo coletor renal.
c) Aumenta a secreção de potássio pelo túbulo contorcido distal.
d) Aumenta a absorção de água pelo ramo descendente delgado da alça de Henle

A

b) Induz permeabilidade à água pelo túbulo coletor renal.

COMENTÁRIOS= ADH induz a formacao de aquaporinas no túbulo coletor do néfron, aumentando a reabsorção de água, voltando pro sangue.
- a) Relacionada à aldosterona
- c) Relacionada à aldosterona
- d) ADH age no túbulo coletor. Alça de Henle já é permeável à água.

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8
Q

Em todo ato cirúrgico se estabelece uma série de reações chamadas resposta orgânicas ao trauma cirúrgico. Os principais componentes desta resposta são neurais e hormonais, dos abaixo listados o que se encontra com ação diminuída nestas reações é:
a) Cortisol
b) Hormônio antidiurético
c) Insulina
d) Aldosterona

A

c) Insulina

COMENTÁRIOS= Esse momento se caracteriza por ser uma resposta catabólica, logo:
- Hormônios aumentados= cortisol (+catecolaminas), catecolaminas (vasoconstrição, atonia intestinal), glucagon (hiperglicemia, glicogenólise), aldosterona (retenção de água e sódio), ADH (retenção de água)
- Hormônios reduzidos= insulina, testosterona, T3 e T4

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9
Q

QUESTÃO 08. O valor limite de IMC para indicação de cirurgia bariátrica em paciente com obesidade não portador de comorbidades é:
a) 40
b) 30
c) 45
d) 50

A

a) 40

COMENTÁRIOS= Indicações para a cirurgia bariátrica:
- Obesidade grau III= IMC maior que 40
- Obesidade grau II com comorbidades associadas= IMC entre 35-40
- Diabetes tipo II, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronária, osteoartrite

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10
Q

QUESTÃO 07. A banda gástrica ajustável como procedimento cirúrgico para tratamento da obesidade é considerada, do ponto de vista fisiológico, uma cirurgia:
a) Disabsortiva.
b) Restritiva.
c) Mista.
d) Freio metabólico.

A

b) Restritiva.

COMENTÁRIOS
- Restritivas= banda gástrica e gastroplastia vertical
- Predominantemente desabsortiva ou pouco restritiva= switch duodenal, derivação biliopancreática, exclusão duodenal
- Predominantemente restritiva ou pouco desabsortiva= by-pass gástrico

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11
Q

São técnicas utilizadas para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, EXCETO:
a) Bypass gástrico em Y de Roux.
b) Sleeve gastrectomia (gastrectomia tubular).
c) Banda gástrica.
d) Gastrectomia total com esôfago-íleo anastomose.

A

d) Gastrectomia total com esôfago-íleo anastomose.

COMENTÁRIOS= Todas as três primeiras fazem-se no que tange a cirurgia bariátrica
- Bypass gástrico em Y de Roux (restritiva e desabsortiva) = Corta o estomago para fazer um pouch gástrico. Indicado para paciente que tem doença do refluxo (DRGE), ou pacientes com síndrome metabólica e que tem diabetes tipo 2, pois o by-pass é o que tem a maior resposta na queda do índice glicêmico, pois a comida não chega no estomago, chega direto no intestino, liberando o GLP1 mais rapidamente.
- Sleeve gastrectomia (gastrectomia tubular) = é uma gastrectomia vertical- retira parte do fundo gástrico (paciente sente menos fome pois retira celulas produtoras de grelina). Indicado para pacientes que tem deficiência vitamínica previa (ferro, B1, B12), pois no bypass ele teria muito mais. Ou se o paciente tem alto risco de câncer gástrico, pois no by-pass a endoscopia não passa no estomago, ele fica isolado. Se surgir um câncer lá, não tem como monitorar.

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12
Q

QUESTÃO 10. A célula funcionalmente mais importante nas fases iniciais da cicatrização é:
a) Neutrófilo.
b) Macrófago.
c) Eosinófilo.
d) Fibroblasto.

A

a) Neutrófilo.

COMENTÁRIOS= A primeira fase no processo de cicatrização é a fase inflamatória, sendo caracterizada por vasoconstrição + hemostasia + inflamação, com aumento de neutrófilos, macrófagos e linfócitos. Apesar dos macrófagos serem as principais células, o neutrófilo é a primeira célula a chegar no tecido e sua função principal é combater a infecção.
- Os macrófagos desempenham um papel essencial nas fases iniciais da cicatrização, pois são responsáveis por fagocitar (englobar) bactérias, restos celulares e outros detritos. Além disso, os macrófagos liberam citocinas e fatores de crescimento que recrutam outras células para a ferida, promovendo a transição para a fase de proliferação e facilitando a remodelação.

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13
Q

Na cicatrização de feridas, o colágeno é o principal responsável por:
a) Neoformação vascular.
b) Força tênsil da cicatriz.
c) Combate à infecção.
d) Epitelização

A

b) Força tênsil da cicatriz.

COMENTÁRIOS= À medida que a ferida cicatriza, o colágeno é produzido por fibroblastos, e suas fibras são reorganizadas para fornecer resistência e estabilidade ao tecido em cicatrização.
a) É feito pelo fator de crescimento endotelial vascular (VEGF)
b) Correta
c) Feita por neutrófilos e macrófagos
d) Células epiteliais (ativação de queratinócitos) e fatores de crescimento

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14
Q

Na matriz, os eventos principais que ocorrem durante a fase proliferativa da cicatrização é:
a) Quimiotaxia de neutrófilos e proliferação de linfócitos.
b) Deposição de colágeno e angiogênese.
c) Produção de anticorpos e polimerização do colágeno.
d) Vasodilatação e edema.

A

b) Deposição de colágeno e angiogênese.

COMENTÁRIOS= No processo de cicatrização, tem-se três fases: fase inflamatória, fase proliferativa, fase de maturação
- Fase inflamatória= vasoconstrição + hemostasia + inflamação (aumento de neutrófilos, macrófagos e linfócitos); exsudato
- Fase proliferativa= formação de tecido de granulação, sendo o fibroblasto a célula principal, depositando colágeno do tipo III. Além disso, tem-se um processo de angiogênese.
- Fase de maturação= tecido é remodelado e a ferida começa a se contrair devido a presença do miofibroblasto- contração, maturação do colágeno (formação das pontes cruzadas). Fase caracterizada pela reorganização do colágeno para fortalecer o tecido cicatricial.

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15
Q

De acordo com a classificação das feridas operatórias pela National Research Council, uma ferida traumática com contaminação fecal e tecido desvitalizado retido é classificada como:
a) Suja e infectada
b) Limpa-contaminada
c) Potencialmente contaminada
d) Contaminada

A

d) Suja e infectada

COMENTÁRIOS=
- Limpa= cirurgias eletivas; sem ferimento prévio ou infecções no organismo
- Potencialmente contaminada= TGU/TGI; contato com microbiota
- Contaminada= Trauma com penetração de germes; quanto mais tempo a ferida permanecer aberta, maior a contaminação
- Infectada= trauma com presença de corpo estranho; perfuração de vísceras; tecido com necrose ou infecção
- Logo, por ter fezes indica uma carga bacteriana significativa. Associado a isso, tem-se tecido desvitalizado- morto ou necrótico- que também é um tecido que serve de substrato para infecção. Logo, é uma ferida essencialmente infeccionada e suja.
OBS= A diferença entre contaminada e infectada é a presença ou não de infecção
- Potencialmente contaminada= tem risco de contaminação, mas ainda NÃO FOI exposta significativamente a agentes patológicos. É considerada “limpa”, mas existe uma contaminação pois não tem condições ideais.
- Contaminada= existe exposição a agentes, mas ainda não há infecção clinica evidente. Ex= ferida cirúrgica com derramento do TGI, ferida traumática RECENTE exposta ao ambiente externo.
- Suja/infectada= quando há infecção ativa ou contaminação grave. Presença de pus, necrose, odor desagradável, inflamação significativa, febre

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16
Q

Um paciente que tem uma ferida com cicatrização por segunda intenção e nota-se no fundo da mesma a presença de um tecido friável, avermelhado e muito vascularizado. Sobre este tecido, é correto afirmar que:
a) Representa provavelmente a resposta do organismo a infecção secundária deste tecido
b) Chama-se tecido de granulação e representa a fase proliferativa da cicatrização que se caracteriza na matriz pela deposição de colágeno e proliferação vascular
c) Acontece na fase de maturação da cicatrização e caracteriza-se pela intensa proliferação de fibroblastos e fibras musculares finas e fazem com que ocorra contração da ferida para diminuir a área cruenta da ferida
d) Este tecido deverá ser biopsiado e se persistir por mais de seis meses há o risco de degeneração maligna (úlcera de Marjolin).

A

b) Chama-se tecido de granulação e representa a fase proliferativa da cicatrização que se caracteriza na matriz pela deposição de colágeno e proliferação vascular

COMENTÁRIOS
- Fechamento por primeira intenção= aproximação dos bordos por sutura; utilização de enxertos cutâneos; emprego de retalhos; ocorre uma rápida epitelização com formação de pouco tecido de granulação; é recomendada para ferida sem contaminação e localizada em área bem vascularizada.
- Fechamento por segunda intenção= a ferida é deixada aberta; a cicatrização depende da granulação (aparência avermelhada, friável e altamente vascularizada) e contração para aproximar as bordas; feridas contaminadas, cirurgias de canal anal ou margem anal; quando damos pontos nos tecidos eles ficam tensos- aumento da pressão hidrostática, quando tiramos os pontos reduz-se a PH e aumenta o fluxo sanguíneo.
- Fechamento por terceira intenção ou primário tardio= a ferida é inicialmente deixada aberta, geralmente por apresentar contaminação; posteriormente, quando tratada a infecção, a ferida é fechada.
- A) Tecido de granulação não é sinal de infecção, haja vista que é um processo normal. Processo infeccioso teria também aumento de temperatura, pus e odor.

17
Q

Dos componentes abaixo, quais são fundamentais no processo de síntese do colágeno?
a) Óxido nítrico e vitamina B12
b) Prostaglandinas e serotonina
c) Vitamina C e Zinco
d) Ferro e vitamina A

A

c) Vitamina C e Zinco

COMENTÁRIOS= A vitamina C é um cofator necessário para hidroxilação da prolina e da lisina, aminoácidos importantes na síntese do colágeno. O zinco também é um cofator importante
- Deficiência em vitamina C leva ao escorbuto, uma doença caracterizada por fraqueza das fibras colágeno e problemas de cicatrização

18
Q

No organismo humano o principal substrato para a gliconeogênese é:
a) Ácidos graxos.
b) Colesterol.
c) Aminoácidos.
d) Glicerol.

A

d) Glicerol.

COMENTÁRIOS= Gliconeogênese é um processo pelo qual a glicose é produzida a partir de fontes não-carboidratos no fígado e nos rins. Glicerol é um componente dos triglicerídeos, os quais são quebrados em ácidos graxos e glicerol durante a lipólise.
- Aminoácidos também é relevante

19
Q

É característico da desnutrição proteica num indivíduo traumatizado:
a) Incremento da gliconeogênese.
b) Aumento do volume do espaço intravascular.
c) Diminuição dos níveis de nitrogênio urinário.
d) Diminuição da gordura corporal total.

A

a) Incremento da gliconeogênese.

COMENTÁRIOS= Gliconeogênese é o processo pelo qual o corpo produz glicose a partir de fontes não carboidratos, como aminoácidos. Em condições de trauma ou estresse elevado, há necessidade aumentada de energia, e o corpo pode recorrer à gliconeogênese para manter níveis adequados de glicose no sangue.
- Na destruição proteica, o corpo pode aumentar a quebra de proteínas para obter aminoácidos, que podem ser usados para a gliconeogênese.
- b) É o contrário, tem-se um aumento do volume intersticial devido a hipoalbuminemia
- c) Aumento do catabolismo proteico, resultando em aumento do nitrogênio urinário.

20
Q

O tipo de dieta que deverá ser infundida numa jejunostomia é:
a) Ter a osmolaridade semelhante à do extracelular.
b) Não há necessidade de controle antimicrobiano rigoroso.
c) Poderá ser infundida a intervalos de seis horas.
d) Deverá sempre ser infundida com os alimentos já digeridos.

A

a) Ter a osmolaridade semelhante à do extracelular.

COMENTÁRIOS= JEJUNOSTOMIA está indicada nos pacientes que têm indicação de via alimentar cirúrgica, porém apresentam alguma contraindicação ao uso do estômago, como os pacientes com câncer gástrico, obstrução pilórica ou gastroparesia importante. É necessária utilização de fórmulas entéricas próprias
- Uma dieta para jejunostomia com osmolaridade semelhante à do fluido extracelular (cerca de 300-320 mOsm/L) é importante para evitar efeitos colaterais indesejados, como diarreia osmótica, náuseas, distensão abdominal e desconforto. Se a osmolaridade for muito alta, pode causar uma grande afluência de água para o intestino, resultando em diarreia osmótica.

21
Q

Das alternativas abaixo apresentadas, qual melhor consegue definir o chamado Rastreamento ou Triagem Nutricional?
a) Procedimento simples que deverá ser realizado em todo paciente internado numa enfermaria cirúrgica, apresenta grande sensibilidade para o estabelecimento do risco nutricional.
b) Ela consegue definir se o paciente está desnutrido grave e leve, substituindo, desde modo, a avaliação nutricional.
c) Em paciente que são internados, deverá ser realizada nas primeiras 48 horas de internação e nos pacientes que apresentam baixo risco nutricional, o procedimento não necessitará ser repetido.
d) O exame clínico completo feito pelo cirurgião estabelece os principais escores para o cálculo de risco nutricional

A

a) Procedimento simples que deverá ser realizado em todo paciente internado numa enfermaria cirúrgica, apresenta grande sensibilidade para o estabelecimento do risco nutricional.

22
Q

A utilização de nutrição enteral no paciente cirúrgico é indicada quando:
a) O paciente não quer se alimentar.
b) Há obstrução pilórica total com paciente instável clinicamente.
c) O paciente está com quadro de obstrução intestinal.
d) Em todo paciente cirúrgico que estiver desnutrido com sistema digestório íntegro.

A

d) Em todo paciente cirúrgico que estiver desnutrido com sistema digestório íntegro.

COMENTÁRIOS= Nutrição enteral nada mais é que a utilização do trato gastrointestinal para absorção dos nutrientes. São opções para esse tipo de nutrição: via oral, cateter nasogástrico, cateter nasojejunal ou nasoduodenal, gastrostomia e jejunostomia.

23
Q

A resposta correta em relação a desnutrição tipo marasmática e tipo Kwashiokor é:
a) Na desnutrição marasmática, o peso corporal total é um bom parâmetro para avaliação nutricional total
b) Os pacientes com desnutrição do tipo Kwashiokor geralmente não tem condições que propiciam ao catabolismo proteico
c) O edema pré tibial e pré sacral é característico da desnutrição do tipo marasmática
d) A desnutrição do tipo marasmática é mais grave do ponto de vista de concomitância com resposta orgânica ao trauma cirúrgico.

A

d) A desnutrição do tipo marasmática é mais grave do ponto de vista de concomitância com resposta orgânica ao trauma cirúrgico.

COMENTÁRIOS
- Marasmo= estado de privação calórica; perda de toda reserva corporal de gordura (perda cutânea reduzida, circunferência do baço). Sem condições energéticas ideias, a capacidade do corpo reagir ao trauma, cicatriz é reduzida.
- Caquexia= perda de massa magra em decorrência de estados inflamatórios crônicos
- Kwashiorkor= consumo proteico significativo (hipoalbuminemia, linfocitopenia, queda na transferrina). Frequentemente associada a edema devido a hipoalbuminemia. Essencialmente deficiência proteica, mesmo podendo ter uma ingesta calórica adequada.

24
Q

A estrutura que reveste a parede anterior do canal inguinal em toda extensão da região inguinal é:
a) O músculo oblíquo interno e transverso do abdome.
b) A fáscia transversalis.
c) A área conjunta.
d) O músculo reto abdominal e sua bainha.

A

b) A fáscia transversalis.

COMENTÁRIOS=
- Limite anterior do canal inguinal= aponeurose do músculo obliquo externo
- Limite lateral= musculo obliquo interno
- Limite posterior= fáscia transversalis e músculo transverso do abdome
- Limite superior= músculo obliquo interno
- Limite inferior= ligamento inguinal

25
Por onde se insinua posteriormente uma hérnia inguinal oblíquo externa ou hérnia indireta? a) Triângulo de Hesselbach b) Medialmente a veia ilíaca interna. c) Lateral aos vasos epigástricos inferiores. d) Medial a artéria umbilical obliterada.
c) Lateral aos vasos epigástricos inferiores. COMENTÁRIOS= Os vasos epigástricos inferiores são um conjunto de artérias e veias que surgem da artéria ilíaca externa e veia ilíaca externa, respectivamente, e seguem para cima, em direção ao abdome, para irrigar a parede abdominal anterior. A hérnia inguinal indireta ocorre lateralmente aos vasos epigástricos inferiores, uma vez que ela segue o trajeto do canal inguinal. - a) Tríangulo de Hesselbach= área de fraqueza na parede posterior do canal inguinal, e é o local por se insinua uma hérnia inguinal direta, que ocorre medialmente aos vasos epigástricos inferiores.
26
Numa visão posterior da região inguinal, qual estrutura representa a projeção do ligamento inguinal? a) Trato iliopúbico. b) Ligamento pectíneo. c) Ligamento lacunar. d) Arco do músculo transverso abdominal
a) Trato iliopúbico. COMENTÁRIOS= O ligamento inguinal é uma faixa fibrosa que se estende do osso ilíaco ao osso púbico, formando o limite inferior da região inguinal. O canal inguinal é uma estrutura paralela a ele. - Trato iliopúbico é uma projeção posterior do ligamento inguinal
27
Qual estrutura anatômica está localizada lateralmente ao saco herniário de uma hérnia crural? a) Ligamento lacunar. b) Veia ilíaca externa e femoral. c) Fáscia do músculo ilíaco. d) Nervo femoral.
b) Veia ilíaca externa e femoral. COMENTÁRIOS= A veia femoral é a continuação da veia ilíaca externa e segue um trajeto lateral ao canal femoral. Como a hérnia crural passa pelo canal femoral, a veia femoral (ilíaca externa) fica imediatamente lateral ao saco herniário.
28
A hérnia inguinal direita sai pela fossa inguinal média. Qual estrutura separa o saco herniário oblíquo externo de um saco herniário direito, em pacientes portadores das duas afecções? a) Ligamento umbilical mediano. b) Artéria umbilical obliterada. c) Vasos epigástricos inferiores. d) Ligamento umbilical medial.
c) Vasos epigástricos inferiores. COMENTÁRIOS= A fossa inguinal média é uma região na parede abdominal onde as hérnias inguinal diretas geralmente se originam. Uma hérnia que surge desta área é conhecida como hérnia inguinal direta, que normalmente ocorre devido a uma fraqueza na parede abdominal no triângulo de Hesselbach. Por outro lado, a fossa inguinal lateral é onde as hérnias inguinal indiretas se originam, que são também chamadas de oblíquo externas porque seguem o caminho do canal inguinal desde o anel inguinal interno, lateralmente aos vasos epigástricos inferiores.] Os vasos epigástricos inferiores se encontram na parede abdominal anterior, estendendo-se para cima em direção ao músculo reto abdominal. Eles são o limite entre a fossa inguinal lateral e a fossa inguinal média. Uma hérnia inguinal indireta (oblíquo externa) passa pelo canal inguinal, o que significa que ela segue um caminho lateral aos vasos epigástricos inferiores. Já uma hérnia inguinal direta (que sai pela fossa inguinal média) surge medialmente aos vasos epigástricos inferiores.
29
Em pacientes submetidos a laparotomia, assinale das alternativas abaixo as que tem maior risco de apresentar hérnia incisional no pós-operatório: a) Pacientes submetidos à laparotomia mediana. b) Indivíduos submetidos à laparotomia subcostal direita. c) Pacientes submetidos à laparotomia por incisão transversa supraumbilical. d) Pacientes submetidos à laparotomia por incisão de McBurney
a) Pacientes submetidos à laparotomia mediana. COMENTÁRIOS= Uma hérnia incisional é uma protuberância do conteúdo abdominal através de uma fraqueza na parede abdominal em um local previamente submetido a cirurgia (incisão). Essas hérnias ocorrem como resultado de falha na cicatrização ou outros fatores que enfraquecem a incisão cirúrgica. - Uma laparotomia mediana é uma incisão realizada na linha média do abdome. Pode ser supraumbilical, infraumbilical, ou atravessar o umbigo. Essa incisão é uma das mais comumente usadas para cirurgia abdominal. A laparotomia mediana tem maior risco de hérnia incisional porque a linha média é uma região de fraqueza natural da parede abdominal, com menos tecido muscular e maior propensão a falhas de cicatrização. Além disso, essa incisão é frequentemente usada em procedimentos que podem ser de grande porte ou envolver órgãos abdominais grandes, aumentando a pressão intra-abdominal e o risco de hérnia.
30
Das hérnias abaixo listadas, a mais comum é: a) Hérnia inguinal indireta. b) Hérnia inguinal direta. c) Hérnia crural. d) Hérnia obliqua interna.
a) Hérnia inguinal indireta. COMENTÁRIOS - Hérnia inguinal indireta= ocorre quando o conteúdo abdominal, como uma alça intestinal ou tecido adiposo, passa pelo anel inguinal interno e desce pelo canal inguinal, podendo até alcançar o escroto (em homens) e os grandes lábios nas mulheres. É chamada de indireta pois segue o trajeto normal do canal inguinal. Frequentemente congênita, devido ao não fechamento do conduto peritônio vaginal, uma estrutura embrionária que normalmente fecha após o nascimento. - Hérnia inguinal direta= fraqueza no triangulo de Hesselbach, uma área de fraqueza na parede abdominal posterior, e não pelo canal inguinal. Hérnia associada ao envelhecimento - Hérnia crural= conteúdo abdominal passa pelo canal femoral, localizado abaixo do ligamento inguinal. Comum em mulheres devido à anatomia. OBS= Logo, as hérnias inguinais diretas e as hérnias femorais são consequência da fraqueza muscular, portanto, são hérnias adquiridas. - Hérnia Oblíqua interna= mesma que inguinal indireta.
31
Dos tipos de hérnias citadas abaixo a que tem maior risco de encarceramento e estrangulamento é: a) Hérnia crural b) Hérnia inguinal indireta c) Hérnia inguinal direta d) Hérnia inguinal obliqua interna
a) Hérnia crural COMENTÁRIOS= Hérnia nada mais é do que uma protrusão anormal de um órgão ou tecido devido a um defeito nas paredes circundantes. O principal local em que as hérnias da parede abdominal ocorrem é a região inguino-femoral. As hérnias podem ser: - Redutíveis, quando seu conteúdo retorna para a cavidade abdominal - Irredutíveis= quando o conteúdo não retorna - Encarcerada= sem sofrimento vascular - Estrangulada= com sofrimento do conteúdo herniado OBS= As hérnias crurais ou femorais têm risco aumentado de encarceramento e estrangulamento, diferente das hérnias inguinais
32
O limite lateral do orifício miopectíneo de Fruchaud é: a) O bordo lateral do músculo reto abdominal e sua bainha. b) O ligamento pectíneo. c) A fáscia do músculo ilíaco e psoas. d) O arco do músculo transverso do abdome
c) A fáscia do músculo ilíaco e psoas. COMENTÁRIOS= O orifício miopectíneo é uma área de fraqueza da região inguinal que dá origem a todas as hérnias da região, tanto inguinais quanto femorais. Limites: - Medial= musculo reto abdominal - Lateral= músculos psoas - Superior= musculo transverso do abdome e musculo obliquo interno (arco transversal) - Inferior= ligamento pectíneo (cooper)
33
Paciente masc. 40 anos, será submetido a cirurgia para tratamento de úlcera gástrica pré-pilórica. A melhor opção será: a) Vagotomia troncular com piloroplastia. b) Vagotomia troncular com antrectomia. c) Gastrojejunostomia. d) Vagotomia superseletiva.
b) Vagotomia troncular com antrectomia.
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Paciente de 52 anos, deu entrada no serviço de Cirurgia Geral com quadro de disfagia com início a alimentos sólidos e que aproximadamente há 1 mês com disfagia total (não está conseguindo ingerir líquidos). Realizou EDA que mostrou UG com 2 cm de diâmetro (com características de benignidade) localizada na região pré pilórica. Radiografia de Esôfago Estômago reveliu a presença de megaesôfago grupo IV, porém sem alargamento mediastinal. Com relação ao caso clínico, é CORRETO afirmar: a) O paciente deverá ser submetido a gastrostomia e tratamento da UG. b) A melhor conduta terapêutica seria a cirurgia de Serra Dória. c) O paciente deverá ser submetido a esofagectomia com interposição de cólon transverso. d) Poderá ser indicado neste caso a realização de cardiomiotomia com válvula antirefluxo.
b) A melhor conduta terapêutica seria a cirurgia de Serra Dória.
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A vagotomia superseletiva ou vagotomia gástrica próxima é considerada, em relação ao potencial de infecção, em: a) Cirurgia limpa. b) Cirurgia potencialmente contaminada. c) Cirurgia contaminada. d) Dependendo da afecção poderá ser contaminada ou potencialmente contaminada.
a) Cirurgia limpa. COMENTÁRIOS= A vagotomia superseletiva envolve a secção de ramos do nervo vago que fornecem inervação ao estômago, geralmente usada para tratar úlceras gástricas ou duodenais. Como essa cirurgia é realizada no sistema nervoso (dividindo nervos) sem entrar no trato gastrointestinal, ela é considerada uma cirurgia limpa.
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É CORRETO afirmar sobre a cirurgia laparoscópica: a) Geralmente, a primeira punção é feita às cegas, correndo-se o risco de perfuração de vísceras ocas e grande vasos do retroperitônio. b) O pneumoperitônio deverá ser feito rapidamente para diminuir as consequências fisiopatológicas da reabsorção do gás carbônico. c) A microcâmara apresenta funções como iluminação do campo operatório e lente de aumento. d) Pacientes cardiopatas tem contraindicação absoluta para realização de cirurgia por via laparoscópica
a) Geralmente, a primeira punção é feita às cegas, correndo-se o risco de perfuração de vísceras ocas e grande vasos do retroperitônio. COMENTÁRIOS= Geralmente a indução do pneumoperitônio é feito por meio de 4 técnicas: - Punção com agulha de Veress (umbigo) e introdução do primeiro trocarte às cegas - Introdução do primeiro trocarte às cegas sem utilização prévia de agulha de Veress - Introdução do primeiro trocarte (Hasson) sob visão direta pela técnica aberta - Utilização de trocarte óptico, com ou sem utilização de agulha de Veress OBS= Logo, esse processo às cegas pode representar um risco, especialmente em pacientes com anatomia complexa, obesidade, ou cicatrizes de cirurgias anteriores. O risco inclui perfuração de vísceras ocas (como intestinos) ou grandes vasos do retroperitônio. Para mitigar esse risco, os cirurgiões usam técnicas cuidadosas para introduzir o trocar, como o uso de uma agulha de Veress para insuflação inicial e posterior inserção do trocar, ou técnicas como Hasson para inserção com menor risco de lesão - B) O pneumoperitônio é a insuflação da cavidade abdominal com dióxido de carbono (CO2) para criar espaço para a cirurgia. Ele é feito lentamente e com controle para evitar complicações fisiopatológicas, como hipercapnia, acidose respiratória e comprometimento hemodinâmico. - C) A microcâmara utilizada na laparoscopia permite visualização do campo operatório, mas geralmente não possui função de lente de aumento. Ela proporciona iluminação por meio de uma fonte de luz externa conectada à câmara por um cabo de fibra óptica, mas a ampliação é feita por monitores externos e não diretamente pela câmara.
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Sobre a realização de vagotomias, é correto afirmar que: a) Na vagotomia superseletiva ou gástrica proximal, há necessidade da realização de piloroplastia para propiciar melhor esvaziamento gástrico de sólidos b) Na vagotomia seletiva, preserva-se o ramo celíaco do nervo vago anterior a fim de preservar a invervação de vias biliares c) Não há necessidade de realização de procedimento de drenagem na vagotomia seletiva d) Na vagotomia troncular desnerva o trato gastrointestinal com fibras parassimpáticas desde o estômago até a metade direita do cólon
d) Na vagotomia troncular desnerva o trato gastrointestinal com fibras parassimpáticas desde o estômago até a metade direita do cólon COMENTÁRIOS Na vagotomia superseletiva ou gástrica proximal, há necessidade da realização de piloroplastia para propiciar melhor esvaziamento gástrico de sólidos. Incorreta. A vagotomia superseletiva (ou gástrica proximal) visa denervar apenas as células parietais (produtoras de ácido) do estômago, preservando a inervação do antro e do piloro. Dessa forma, ela não afeta a motilidade do piloro, e, portanto, não há necessidade de piloroplastia. A piloroplastia é geralmente necessária em vagotomias que desnervam o piloro, como a vagotomia troncular ou seletiva. Na vagotomia seletiva, preserva-se o ramo celíaco do nervo vago anterior a fim de preservar a inervação de vias biliares. Incorreta. A vagotomia seletiva secciona os ramos gástricos do nervo vago, mas preserva os ramos hepático e celíaco. O ramo celíaco é responsável pela inervação parassimpática de órgãos como pâncreas, rins, baço e intestino, enquanto o ramo hepático inerva o fígado e as vias biliares. Portanto, a afirmação está invertida; a preservação do ramo celíaco não é para preservar as vias biliares, mas sim outros órgãos abdominais. A preservação do ramo hepático é que mantém a inervação das vias biliares. Não há necessidade de realização de procedimento de drenagem na vagotomia seletiva. Incorreta. A vagotomia seletiva, ao seccionar os ramos gástricos do nervo vago, pode comprometer a motilidade gástrica e o esvaziamento do estômago. Por isso, a vagotomia seletiva geralmente requer um procedimento de drenagem (como piloroplastia ou gastrojejunostomia) para evitar a estase gástrica. Na vagotomia troncular desnerva o trato gastrointestinal com fibras parassimpáticas desde o estômago até a metade direita do cólon. Correta. A vagotomia troncular envolve a secção dos troncos principais do nervo vago, tanto o direito quanto o esquerdo, logo abaixo do diafragma. Isso resulta na desnervação de grande parte do trato gastrointestinal, incluindo o estômago, intestino delgado e a metade direita do cólon, que recebem inervação parassimpática dos nervos vagos.