Queimaduras Flashcards

1
Q

Primeiras condutas nos casos de queimadura? (lembrar das condutas antes do atendimento propriamente dito!)

A
  1. Garantir a segurança da cena
  2. Retirar roupas e jóias
  3. ABCDE
  4. Por último: prevenção da hipotermia
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2
Q

Importância de se retirar as jóias?

A

Paciente queimado = edema. Pode haver impossibilidade de remoção fácil posteriormente.

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3
Q

Como devemos resfriar a queimadura e quanto temos para fazer isso?

A

Devemos usar apenas água em temperatura ambiente –não água gelada. Temos um delta-t de 15-30’ após o evento para realização dessa medida.

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4
Q

Quem utilizamos para avaliar a SCQ no adulto?

A

Regra de Wallace

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5
Q

Quem utilizamos para avaliar a SCQ na criança?

A

Regra de Berkow.

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6
Q

Indicações para tratamento especializado em CETQ.

A
  1. 2ºgrau > 10% SCQ
  2. Qualquer queimadura de 3º grau
  3. Locais especiais (outro flashcard)
  4. Queimaduras especiais: químicas ou elétricas
  5. Presença de lesão por inalação
  6. Presença de qualquer comorbidade
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7
Q

Dois cenários que podem levar à lesão por inalação de fumaça?

A
  1. Queimaduras em face e pescoço

2. Incêndio em local fechado

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8
Q

Quais as 4 possíveis lesões por inalação e com qual cenário se relaciona cada uma delas?

A
  1. Queimaduras em face e pescoço: lesão térmica de VAS; lesão pulmonar por inalação de fumaça
  2. Incêndio em local fechado: intoxicação por monóxido de carbono; intoxicação por cianeto
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9
Q

Clínica da lesão térmica de via aérea superior

A
  1. Hiperemia de orofaringe
  2. Rouquidão
  3. Estridor
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10
Q

Principal risco da lesão térmica de via aérea superior?

A

Insuficiência respiratória aguda pelo edema de cordas vocais

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11
Q

Qual é o desfecho da rouquidão no cenário das queimaduras? Quando está presente? O que significa? Como manejar?

A
  1. Obstrução aguda de via aérea com insuficiência respiratória
  2. Acontece na lesão térmica de VAS
  3. Significa edema de cordas vocais. Estridor sugere obstrução eminente
  4. Manejo: intubação precoce!
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12
Q

Paciente com estridor após queimadura em face ou em pescoço – conduta?

A

Intubação precoce.

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13
Q

Fisiopatologia simplificada da lesão pulmonar por inalação de fumaça

A

Inalação de fumaça com partículas e carbono ›efeito irritativo sobre as vias aéreas inferiores

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14
Q

V ou F: na lesão pulmonar por inalação de fumaça, o principal componente fisiopatológico é o térmico. Justificativa?

A

Falso! O calor se dissipa antes de alcançar a via aérea inferior. O que lesa é a fumaça.

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15
Q

Clínica da lesão pulmonar por inalação de fumaça

A
  1. Sibilo
  2. Escarro carbonáceo
  3. Pode levar à insuficiência respiratória (mais sobre em outro flashcard)
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16
Q

Como a lesão térmica de VAS difere da lesão pulmonar por inalação de fumaça no que tange à insuficiência respiratória?

A

Ambas podem levar à insuficiência respiratória. A diferença é no tempo de aparecimento dessa clínica. A lesão térmica de VAS oferece um risco desde o momento da queimadura, ainda na fase inicial. A insuficiência respiratória secundária a lesão pulmonar por inalação de fumaça, se aparecer, é em torno de 24h.

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17
Q

Procedimentos diagnósticos da lesão pulmonar por inalação de fumaça?

A
  1. Broncoscopia

2. Cintilografia com xenônio 133

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18
Q

Pontos do tratamento da lesão pulmonar por inalação de fumaça? Qual a lógica?

A

A lógica é tratar o sibilo!

  1. Nebulização com broncodilatadores
  2. Nebulização com heparina
  3. Broncoscopia para toalete brônquico
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19
Q

Qual é a lógica da nebulização com heparina no paciente com lesão pulmonar por inalação de fumaça?

A

Aumentar a fluidez do muco espesso, impregnado por fumaça.

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20
Q

O que é uma característica de predominância clínica dos quadros de intoxicação no cenário das queimaduras?

A

São predominantemente quadros que se manifestam no sistema neurológico, com pouca/nenhuma manifestação respiratória.

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21
Q

Grande problema do monóxido de carbono?

A

Altíssima afinidade pela molécula de hemoglobina

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22
Q

Clínica da intoxicação por CO (2)

A
  1. Cefaléia

2. Alteração do estado mental

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23
Q

Pitfall importante na intoxicação por CO?

A

Cuidado: oximetria de pulso não identifica a intoxicação, já que avalia apenas a % de hemácias saturadas.

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24
Q

Avaliação diagnóstica de certeza para a intoxicação por CO?

A

Dosagem da carboxihemoglobina no sangue.

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25
Q

Tratamento da intoxicação por CO com vs sem IOT.

A

No tubo: aumentar FiO2

Sem tubo: câmara hiperbárica

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26
Q

Grande problema do cianeto?

A

Inibe a respiração celular aeróbia

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27
Q

Ponto-chave da clínica de intoxicação por cianeto?

A

Rebaixamento do nível de consciência.

28
Q

Medida indireta e inespecífica de avaliar possibilidade de intoxicação por cianeto?

A

Dosagem de lactato.

29
Q

Problema com o diagnóstico de certeza para a intoxicação por cianeto?

A

Só pode ser feita através da dosagem direta de cianeto, sendo muito poucos os hospitais aptos a fazer essa testagem.

30
Q

Dois pontos no tratamento da intoxiação por cianeto?

A
  1. Hidroxicobalamina

2. Tiossulfato sódico

31
Q

Por que a hidroxicobalamina é útil para o tratamento da intoxicação por cianeto?

A

Porque forma um composto quase nada tóxico com o cianeto, a cianocobalamina, que é eliminada via renal.

32
Q

Quem é e como é a fórmula classicamente utilizada para reposição volêmica de fluidos nos adultos queimados?

A

Fórmula de Parkland. 4ml x peso x SCQ.

33
Q

Qual deve ser o esquema de administração do volume determinado pela fórmula de Parkland?

A

50% nas primeiras 8h.

50% nas 16h seguintes.

34
Q

O que é importante considerar em relação às primeiras 8h da fórmula de Parkland em relação ao tempo desde o trauma?

A

Devemos subtrair o tempo desde o trauma para fazer os primeiros 50% de volume. Exemplo: se o trauma ocorreu 2h antes do início, passamos a ter 6h para fazer os 50% iniciais!

35
Q

Melhor parâmetro para avaliar resposta ao volume. Qual o alvo desse parâmetro?

A

Diurese. Alvo > 0,5ml/kg/h.

36
Q

Fluido de escolha para o doente queimado?

A

Ringer Lactato

37
Q

Regra de reposição volêmica segundo 10ª edição do ATLS?

A

2ml x peso x SCQ

38
Q

O que devemos sempre considerar na vigência de disfunção neurológica?

A

Intoxicação por CO ou cianeto (ou ambos!)

39
Q

3 pontos adicionais do manejo dos pacientes queimados que não entram no ABCDE?

A
  1. Analgesia: escolha são os opióides endovenosos
  2. Avaliação da situação vacinal com administração de toxóide tetânico se última dose a mais de 5 anos.
  3. Profilaxia para TVP
40
Q

O que são consideradas as queimaduras “especiais?”

A

Queimaduras em:

  1. Face e olhos
  2. Mão e pé
  3. Grandes articulações
  4. Períneo ou genitália
41
Q

Como classificar as queimaduras (ponto de vista cirúrgico)

A

1º grau
2º grau: superficial ou profunda
3ºgrau

42
Q

Protótipo da queimadura de primeiro grau

A

Queimadura solar

43
Q

Qual é o único tipo de queimadura que não deve entrar no cálculo da SCQ?

A

Queimaduras de 1º grau

44
Q

Camada acometida na queimadura de 1º grau

A

Epiderme

45
Q

Clínica da queimadura de 1º grau

A

Ardência e dor

46
Q

Tratamento da queimadura de 1ºgrau

A

Limpeza, analgesia, e hidratantes

47
Q

Como diferenciar as queimaduras de 2ºgrau superficiais das profundas em relação à cor, profundidade, e sensibilidade?

A
  1. Cor: mais vermelha na superficial; mais rósea na profunda
  2. Profundidade: superficial –até a papila dérmica; profunda – até a camada reticular
  3. Sensibilidade: superficial dói mais que a profunda
48
Q

Marco da queimadura de 2ºgrau?

A

Bolhas

49
Q

Tratamento de bolhas grandes/já rotas?

A

Romper as grandes e desbridar o restante nos dois casos

50
Q

Vantagem do rompimento das bolhas

A

Promove melhor penetração da sulfadiazina de prata.

51
Q

Antibiótico e via de escolha nos casos de queimaduras? Quando está indicada?

A

Sulfadiazina de prata, via tópica. Nos casos de queimaduras de 2ºe 3ºgrau.

52
Q

O que é uma parte comum do tratamento da queimadura de 2ºgrau profunda que não faz parte do manejo da queimadura de 2ºgrau superficial? Por que?

A

O acometimento da camada reticular nas queimaduras de segundo grau profundas fazem lesão de estruturas importantes para a cicatrização de feridas. Nesses casos, é comum a realização de enxertia.

53
Q

Até onde penetra a queimadura de 3º grau?

A

Até o subcutâneo.

54
Q

Consideração acerca da sensibilidade nos casos de queimadura de 3º grau. No que isso implica?

A

Em cima da queimadura de 3º grau não ocorre dor! Mas, raramente essas queimaduras são isoladas e bem delimitadas, sendo comum a ocorrência de queimaduras periféricas de segundo grau muito dolorosas. Implica a necessidade de preservar as medidas analgésicas!

55
Q

Duas complicações das queimaduras de 3ºgrau circumferenciais. Conduta?

A
  1. No tórax: insuficiência respiratória por limitação da expansibilidade torácica. Conduta: escarotomia.
  2. Nos membros: síndrome compartimental. Conduta: fasciotomia.
56
Q

Duas principais complicações da queimadura elétrica?

A
  1. Rambdomiólise

2. Síndrome Compartimental

57
Q

Qual o problema do sinal clínico da perda do pulso distal no cenário das complicações de queimaduras?

A

Costuma ser um sinal tardio de síndrome compartimental; é possível que ocorra necrose muscular muito antes da perda do pulso distal.

58
Q

Como avaliar a possível presença de síndrome compartimental antes da perda de pulso distal?

A

Através do estiramento passivo, feito pelo médico, da musculatura. Caso haja uma dor desproporcional ao grau de alongamento, a síndrome compartimental torna-se consideravelmente provável.

59
Q

A queimadura química é mais grave quando causada por…

A

Bases!

60
Q

V ou F: a conduta inicial nas queimaduras químicas é de tentar neutralizar a reação.

A

Conduta inicial NÃO é de tentar neutralizar; costumam ser reações exotérmicas, e que podem levar à lesão térmica iatrogênica.

61
Q

Qual é a estratégia inicial nas queimaduras químicas?

A

Água morna sobre baixa pressão, copiosamente, por 30’ ou então 15-20L.

62
Q

Quantos litros ou por quanto tempo devemos irrigar uma queimadura química?

A
  1. 15-20L, ou

2. Por 30’

63
Q

Conduta após irrigação de queimaduras químicas?

A

Avaliar o pH da pele, que depois desse processo deve estar em 7-7.5.

64
Q

Duas principais complicações dos pacientes grandes queimados no geral?

A
  1. HDA pelas úlceras de…

2. Carcinoma escamoso, pelas úlceras de…

65
Q

Quais as duas úlceras responsáveis pelas complicações dos pacientes grandes queimados?

A
  1. HDA: úlcera de Curling

2. Carcinoma de células escamosas: úlcera de Marjolin