Reprodução Humana Flashcards

(109 cards)

1
Q

Reprodução sexuada resulta de quê? E origina o quê?

A

Resulta da fusão de duas células haploides (gâmetas), originando uma célula diploide (zigoto).

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2
Q

Gâmetas

A

Células reprodutoras especializadas.

Masculino: espermatozoides
Feminino: oócito ou ovócito

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3
Q

Fecundação e cariogamia

A

União de 2 gâmetas diferentes (fecundação). A fusão dos núcleos dos 2 gâmetas (cariogamia) é que origina o zigoto

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4
Q

Gónadas

A

Onde se produzem os gâmetas.

Masculino: testículos
Feminino: ovários

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5
Q

Funções do sistema reprodutor masculino

A
  • Produzir hormonas
  • Produzir espermatozoides
  • Depositar os gâmetas no sistema reprodutor feminino
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6
Q

Órgãos externos (2) e internos (7) do sistema reprodutor masculino

A

Externos: pénis, escroto
Internos: testículos, próstata, vesículas seminais, glândulas de Cowpler, epidídimios, canais deferentes, uretra

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7
Q

Glândulas anexas do sistema reprodutor masculino

A
  • Próstata
  • Vesículas seminais
  • Glândulas de Cowpler
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8
Q

Vias genitais do sistema reprodutor masculino

A
  • Epidídimos
  • Canais deferentes
  • Uretra
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9
Q

Pénis

A

Órgão copulador (onde ocorre a cópula, a relação sexual) que permite depositar o esperma no sistema reprodutor feminino e ainda expulsa a urina através da uretra

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10
Q

Constituição do pénis

A
  • Corpo cavernoso (localizado dorsalmente e tem cavidades designadas de espaços cavernosos que se enchem de sangue na ereção)
  • Corpo esponjoso (atravessada pela uretra e cuja extremidade forma a glande)
  • Tecido epitelial mais fino e sensível nas extremidades. Extremidade do pénis, rica em terminações nervosas (glande)
  • Pele que reveste a glande (prepúcio)
  • Vasos sanguíneos
  • Rede de nervos
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11
Q

Ereção do pénis

A

Estimulação sexual desencadeia uma resposta do sistema nervoso. As artérias que transportam o sangue para o interior do pénis dilatam-se, aumentando o fluxo sanguíneo. Os tecidos esponjosos enchem-se de sangue - pénis fica erecto.

(Corpo cavernoso enche-se de sangue e o tecido esponjoso e eréctil absorve o sangue e o pénis aumenta de tamanho e volume)

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12
Q

Escroto

A

Saco/bolsa testicular de pele que contém os testículos e os epidídimos, fora da cavidade abdominal.

Proteção dos testículos.

O facto de estar fora da cavidade abdominal, garante que os testículos fiquem a uma temperatura inferior à do resto do corpo, essencial para a formação dos espermatozoides.

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13
Q

Testículos

A

Par de gónadas onde há produção de espermatozoides e testosterona (hormona sexual)

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14
Q

Canais / vasos deferentes

A

Par de ductos que transportam os espermatozoides dos epidídimos para a uretra

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15
Q

Epidídimos

A

Par de canais/ductos muito enovelados onde os espermatozoides sofrem maturação/amadurecem e são armazenados.

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16
Q

Uretra

A

O pénis é atravessado longitudinalmente pela uretra, que é comum ao sistema urinário (transporta urina) e transporta o esperma até ao exterior

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17
Q

Vesículas seminais

A

Par de glândulas que produzem o líquido seminal, rico em nutrientes que nutre e dá energia aos espermatozoides para a sua deslocação no sistema reprodutor feminino

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18
Q

Próstata

A

Glândula que produz o líquido prostático, secreção viscosa e alcalina que neutraliza/reduz a acidez da vagina

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19
Q

Glândulas de Cowpler / glândulas bubloretrais

A

Glândula que produz muito pouco de uma secreção mucosa e alcalina que é lançada na uretra com a finalidade de lubrificar e limpar a extremidade do pénis. Neutraliza o ph da uretra devido à urina

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20
Q

Estrutura dos testículos

A

Cada homem possui 2 testículos, que estão divididos interiormente em lóbulos testiculares. Cada lóbulo tem 1-4 túbulos seminíferos, onde há produção de espermatozoides. Estes são muito irritados e convergem para os epidídimos.

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21
Q

Interior dos túbulos seminíferos e espaços intersticiais entre entes

A

Há células da linha germinativa, em diferentes fases da espermatogénese e células de Sertoli.

No espaço intersticial entre os túbulos seminíferos há células de Leydig, linfa, vasos sanguíneos, fibras nervosas e tecido conjuntivo

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22
Q

Células de Sertoli

A

Ocupam o espaço entre a periferia e o lúmen dos túbulos seminíferos e sustentam as células da linha germinativa, intervindo na sua nutrição e proteção.

Protegem uma vez que segregam uma barreira protetora a substâncias tóxicas no sangue.

Segregam a maioria do líquido nos túbulos seminíferos, rico em nutrientes que nutrem, estimulam o desenvolvimento dos espermatozoides e auxilia a sua condução desde os túbulos até aos epidídimos.

Fagocitam gâmetas danificados e restos celulares.

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23
Q

Células de Leydig / intersticiais

A

Responsáveis pela produção de testosterona. Surgem, essencialmente, a partir da puberdade.

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24
Q

Células da linha germinativa nos túbulos seminíferos dos testículos

A

Células que vão originar espermatozoides

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25
O que rodeia os túbulos seminíferos dos testículos?
Os túbulos seminíferos estão reodeados por uma camada de tecido fibroso que filtra o fluido que o atravessa, essencial para a formação dos espermatozoides.
26
Quando é que inicia a espermatogénese e quando é que termina? E dura quanto tempo?
- Inicia-se na puberdade e ocorre de forma contínua até ao final da vida. - Dura cerca de 64/72 dias
27
Em que sentido ocorre a espermatogénese?
Sentido centrípeto: da membrana dos túbulos seminíferos para o lúmen
28
O que faz a espermatogénese?
Produz gâmetas masculinos (espermatozoides) a partir de células germinativas
29
Quais são as 4 fases da espermatogénese?
1. Multiplicação 2. Crescimento 3. Maturação 4. Diferenciação
30
Multiplicação (fase 1 da espermatogénese)
Espermatogónias, que estão na periferia dos túbulos seminíferos, são diploides (2n com 46 cromossomas) sofrem mitoses. De cada 2 resultantes da mitose, 1 volta a dividir-se por mitose e a outro continua o processo de espermatogénese
31
Porque é que na fase de multiplicação da espermatogénese, uma das duas células resultantes da mitose volta a dividir-se por mitose em vez de continuar para a fase seguinte da espermatogénese?
Para assegurar que este processo ocorre até ao fim da vida do homem
32
Origem das espermatogónias (fase da multiplicação da espermatogénese)
Durante o desenvolvimento embrionário do indivíduo, formam-se células germinativas que, nos tecidos maduros (puberdade), dão origem às espermatogónias após sofrer 2 mitoses
33
Crescimento (fase 2 da espermatogénese)
Aumento do volume celular, originando os espermatócitos primários (I), que são diploides (2n com 46 cromossomas), devido à síntese e acumulação de substâncias de reserva
34
Maturação (fase 3 da espermatogénese)
1º divisão da meiose (reduz número de cromossomas para metade): Cada espermatócito primário sofre divisao I da meiose, originando duas células haploides, n (com 23 cromossomas em que cada cromossoma ainda tem 2 cromatídeos) - espermatócito secundário (II) 2º divisao da meiose : Cada espermatócito II sofre a divisão II da meiose, originado 2 células haploides, n (com 23 cromossomas mas cada cromossoma com apenas 1 cromátídeo) - espermatídio. Formam-se, no total, 4 espermatídios.
35
Os 4 espermatídios formados no final da fase de maturação da espermatogénese são geneticamente diferentes. Porquê?
Ocorre fenómenos de recombinação do material genético na meiose (crossing over e disposição aleatória dos cromossomas homólogos na metáfase I)
36
Diferenciação / espermiogénese (fase 4 da espermatogénese)
Espermatídios sofrem um processo de diferenciação - espermiogénese. Aqui mudam de forma, alterações citológicas que facilitam a deslocação dos gâmetas masculinos no interior do sistema reprodutor feminino. O conteúdo genético e o número de células mantém-se igual. No final desta diferenciação, os espermatozoides são libertados no lúmen dos túbulos seminíferos.
37
Transformação dos espermatídios em espermatozoides (na diferenciação da espermatogénese)
- Parte do citoplasma do espermatídio é fagocitado pelas células de Sertoli. - O núcleo que se encontra na cabeça do espermatozoide fica mais compacto e coberta por um acrossoma (uma vesícula que armazenam enzimas digestivas, importantes para a fecundação). O acrossoma resulta da fusão de vesículas do Complexo de Golgi. - As mitocôndrias encontram-se na peca intermediária, responsáveis pela produção de energia para a locomoção. - Flagelo formado por microtúbulos e proteínas com origem nos centríolos, migram para o lado oposto ao do acrossoma da célula.
38
Para onde vão os espermatozoides após a espermatogénese e o que provoca essa deslocação?
Os espermatozoides são libertados dos túbulos seminíferos para os epidídimos devido à pressão e contínua produção de fluidos nos túbulos seminíferos. Os epidídimos fazem então a ligação entre cada um dos testículos e o respetivo canal deferente
39
O que acontece aos espermatozoides nos epidídimos?
Quando os espermatozoides chegam aos epidídimos, estão imaturos, incapazes de fecundar um oócito. Portanto, nos epidídimos, ocorre reabsorção do excesso de fluidos e síntese de nutrientes, hormonas e enzimas que permitem a maturação dos espermatozoides. Assim, tornam-se resistentes às variações de temperatura e pH (importantes pois as secreções vaginais são ácidas). Para além disso, os espermatozoides ganham mobilidade aqui. Quanto mais perto estiverem os espermatozoides da parte final dos epidídimos, maior o grau da sua maturação
40
Nos canais deferentes, os espermatozoides misturam-se com…
As secreções das vesículas seminais e da próstata, formando o esperma.
41
Quando há estimulação do pénis, como se deslocam os espermatozoides?
Originam-se contrações rítmicas dos músculos à volta dos epidídimos, o que causa o transporte dos espermatozoides até aos canais deferentes. Os músculos da base do pénis também contraem e o esfíncter da próstata contrai, não permitindo que saia urina com o esperma na ejaculação. Para alem disso, a próstata contém válvulas que abre na ejaculação.
42
Líquido seminal
- Segregado pelas vesículas seminais. - Contém proteínas, frutose (energia para os espermatozoides), hormonas (estimula contrações rítmicas no sistema reprodutor feminino, auxiliando a deslocação dos espermatozoides), cálcio (ativa mobilidade dos espermatozoides) - Consistência espessa.
43
Líquido prostático
- Segregado na próstata - Contém ácido nítrico, cálcio, enzimas e prostaglandinas (hormonas) - Ph mais básico que as secreções vaginais, neutralizando a sua acidez - Produz uma enzima de coagulação do esperma
44
Composição do esperma
- Espermatozoides vindo dos testículos (2-5%) - Líquido seminal vindo das vesículas seminais (65-75%) - Líquido prostático vindo da próstata (25-30%) - Secreção das Glândulas de Cowpler (<1%)
45
CHH, o que é e o que faz?
Complexo hipotálamo-hipófise: controla o funcionamento das gónadas da puberdade
46
O que acontece no hipotálamo a partir da puberdade?
Passa a produzir de forma constate a hormona GnRH que, por sua vez, estimula a hipófise a produzir LH e FSH
47
Hormona sexual masculina e o que faz?
Testosterona Responsável pelo aparecimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários e estimulação da produção de espermatozoides
48
O que estimulam as hormonas LH e FSH no sistema reprodutor masculino?
LH: estimula as células de Leydig a produzir testosterona FSH: estimula as células de Sertoli a produzir espermatozoides (espermatogénese) e a proteína ibina que fixa a testosterona e também tem um efeito de retroalimentação negativa na produção de FSH
49
Para que serve a retroalimentação negativa e positiva no homem?
Manter os níveis de testosterona constantes, ou seja, regular as concentrações das hormona, de forma a manter o equilíbrio interno. Assim, a retroalimentação negativa e positiva ocorre de forma cíclica.
50
Processo de retroalimentação negativa no homem
Se os níveis de testosterona estiverem elevados no sangue, esta hormona inibe a síntese de GnRH no hipotálamo que irá deixar de estimular a hipófise por isso reduz-se a produção de LH e FSH. Assim, diminui-se a estimulação dos testículos logo reduz-se a secreção da testosterona, reduzindo os seus níveis.
51
Processo de retroalimentação negativa no homem que faz aumentar níveis de testosterona (“positiva”)
A testosterona ao diminuir (por retroalimentação negativa), faz com que haja um aumento da produção de GnRH no hipotálamo que induz uma maior produção de LH e FSH na hipófise. Assim, os níveis de GnRH, LH e FSH retomam valores normais, estimulando os testículos a aumentar os níveis de testosterona.
52
Funções do sistema reprodutor feminino
- Produzir gâmetas e transportá-los para o local de fecundação - Produzir hormonas sexuais - Receber o esperma, permitindo a fecundação - Assegurar o desenvolvimento do embrião durante a gestação
53
Órgãos externos (5) e internos (4) do sistema reprodutor feminino
Externos: pequenos lábios, grandes lábios, clítoris, orifício genital e orifício urinário Internos: gónadas (ovários) e vias genitais ou ovidutos (trompas de Falópio, útero e vagina)
54
Grandes e pequenos lábios
Cada um é constituído por 2 pregas de tecido que protegem restantes órgãos da genitália feminina externa e a vagina. Os lábios pequenos estão situados mais internamente que os lábios grandes
55
Clítoris
- Órgão anatómicamente homólogo ao pénis - Constituído por tecido eréctil - Foco sensual na resposta sexual (sensibilidade sexual) pois tem muitas terminações nervosas
56
Orifício genital / vagina
Saído do fluxo menstrual e da criança no parto
57
Vulva é constituída por…
Orifício genital, orifício urinário, clítoris, pequenos e grandes lábios
58
Ovários
- 2 órgãos situados na zona pélvica - Gónadas que têm a mesma origem embrionária que os testículos - Produzem célula germinativas (oócitos) e hormonas sexuais (estrogénios e progesterona) daí funcionarem como glândulas. É ainda onde ocorre o desenvolvimento dos folículos.
59
Trompas de Falópio
- Onde ocorre a fecundação - Em contacto com os ovários através de uma zona inicial franjada (pavilhões das trompas) com fímbrias que circundam os ovários - É o local para onde o oócito II é libertado e permite o transporte dos gâmetas
60
Útero
- Órgão oco situado na parte inferior do abdómen. - Onde ocorre a gestação após a implantação do novo ser até ao nascimento. Por isso tem função de alojar e favorecer o desenvolvimento do novo ser. - Parede interna formada pelo endométrio, camada interior mucosa e granular cuja espessura varia ao longo do ciclo uterino, e pelo miométrio, camada média muscular espessa. Estas paredes uterinas contraem e relaxam durante a estimulação sexual e no parto. - Capaz de aumentar de volume na gravidez. - A estreita passagem na extremidade inferior é o canal cervical e a que contacta com a vagina é o colo do útero (ou cérvix).
61
Vagina
- Órgão musculoso, capaz de contrair e relaxar - Vai desde o colo do útero até ao orifício vaginal - Canal de comunicação com o exterior e de recepção do esperma - Com a estimulação sexual, a parte interior segrega um fluido que atua como lubrificante - A abertura da vagina é coberta parcialmente pelo hímen, uma membrana que pode ser rompida com atividade física ou sexual - Permite expulsão do feto
62
Estrutura dos ovários
Zona medular: mais interna e rica em vasos sanguíneos (muito vascularizada) e nervos Zona cortical: mais superficial onde se encontram os folículos ováricos
63
O que é um folículo ovárico?
Conjuntos formados por uma célula da linha germinativa rodeada por uma ou mais camadas de células foliculares que intervêm na proteção e nutrição da célula germinativa
64
O que é o oogénese?
Produção e desenvolvimento dos oócitos nos ovários
65
Quando é que a oógenese inicia e quando é que termina?
Inicia-se durante a vida intra-uterina (antes do nascimento) e termina com a menopausa
66
Etapas da oogénese
1. Multiplicação 2. Crescimento 3. Maturação
67
Multiplicação (fase 1 da oogénese)
- Ocorre durante a vida intra-uterina. - As células germinativas primordiais (que se originam no saco vitelínico, anexo ao embrião), entre o mês 2-3 do desenvolvimento embrionário migram para os ovários em desenvolvimento. Aqui diferenciam-se em oogónias. - De seguida, estas células germinativas já diferenciadas, sofrem sucessivas mitoses, formando milhões de oogónias. Estas são células diploides (2n com 23 pares de cromossomas)
68
Crescimento (fase 2 da oogénese)
- Ocorre durante o desenvolvimento intra-uterino. - As oogónias aumentam de tamanho/volume devido à síntese e armazenamento de substâncias de reserva, formando os oócitos I. - Estes oócitos I iniciam o processo da meiose, ficando bloqueada na prófase I até à puberdade.
69
Maturação (fase 3 da oogénese)
- A partir da puberdade e até à menopausa, desenvolve-se o ciclo ovárico em que, mensalmente 6-12 oócitos I continuam a oogénese. Geralmente, apenas 1 deles conclui a maturação pois os outros degeneram. - Após a divisão I da meiose, origina-se o oócito II (maiores dimensões) e o primeiro glóbulo polar (menores dimensões). São ambos haploides mas com tamanhos diferentes. - O oócito II recebe mais substâncias de reserva que o glóbulo polar, logo este último degenera-se. - O oócito II, de seguida, entra na segunda divisão da meiose, ficando interrompida na metáfase II. - Esta fase termina com a libertação do oócito II para as trompas de Falópio (ovulação).
70
O que acontece caso haja fecundação após a fase de maturação da oogénese?
Oócito II termina a divisao II da meiose, formando 2 células haploides: o óvulo e o segundo glóbulo polar. Este último é menor e degenera-se.
71
Desenvolvimento folicular (passo a passo)
1. Os oócitos I (na fase de crescimento) são rodeados por uma camada de células foliculares achatadas, formando-se os folículos primordiais. Isto acontece na vida intra-uterina e mantém-se assim até à puberdade 2. A partir da puberdade até à menopausa em cada ciclo, o oócito I cresce e as células foliculares multiplicam-se. Assim, forma-se uma camada continua de células cuboides (a granulosa, camada de glicoproteínas) à volta de cada oócito I, que já passou pela fase de crescimento da oogénese, constituindo o folículo primário. Estes produzem estrogénios. 3. Aumento do número de células foliculares, aumentando a espessura da granulosa. Forma-se também a zona pelúcida entre o oócito I e a granulosa. Aparecem ainda cavidades cheias de líquido na granulosa onde se acumula um fluido rico em estrogénios. À volta, forma-se a teca folicular: interna (função glandular) e externa (função protetora). Assim, isto constitui o folículo secundário ou em crescimento. 4. As cavidades fundem-se, formando uma única cavidade folicular, cheia de líquido folicular. A granulosa fica reduzida a uma fina camada que envolve o oócito II e a cavidade folicular. Conclui-se a divisão I da meiose, formando o oócito II e o primeiro glóbulo polar, que degenera. O oócito II incia a divisao II da meiose, ficando bloqueado na metáfase II, ficando pronto para a ovulação. Forma-se o folículo maduro / de Graaf. 5. Ovulação 6. O material não libertado do folículo (células que permanecem no ovário) originam o corpo amarelo/lúteo, que segrega as hormonas progesterona e estrogénios. Se não houver gravidez, o corpo amarelo degenera. 1- ocorre durante o desenvolvimento embrionário 2,3 - depois do crescimento e antes da maturação 4 - durante a maturação
72
Para que serva a zona pelúcida, desenvolvida no folículo secundário?
Protege da entrada de substâncias nocivas (fármacos, iões, drogas…) e previne a entrada de mais que um espermatozoide (poliespermia)
73
Onde são produzidas as hormonas femininas (progesterona e estrogénios)?
Estrogénios: corpo amarelo e no folículo Progesterona: corpo amarelo
74
O que é o ciclo sexual/menstrual? Quanto tempo dura? E compreende que ciclos?
É o conjunto de acontecimentos que permite a libertação de gâmetas, permitindo assim a reprodução. Dura cerca de 28 dias. Compreende o ciclo ovárico e o ciclo uterino.
75
Fases do ciclo ovárico
Folicular, ovulação e luteínica / do corpo amarelo
76
Fase folicular (do ciclo ovárico)
- Dura cerca de 14 dias. - 6-12 folículos primordiais iniciam o seu crescimento e desenvolvimento. No entanto, salvo raras exceções, apenas 1 folículo completa o seu desenvolvimento pois os outros denegaram (atresia folicular). - Maturação do folículo. - Células foliculares e a teca folicular produzem estrogénios. - Divisão II da meiose inicia-se, formando o oócito II, que fica bloqueado em metáfase II.
77
Ovulação (do ciclo ovárico)
Oócito II rompe as paredes do folículo de Graaf e este segrega enzimas proteolíticas que rompem a parede do ovário, permitindo que o oócito II se liberte para as trompas de Falópio. Ocorre, geralmente, ao dia 14. Caso não haja fecundação, o oócito II degenera.
78
Fase luteínica ou do corpo amarelo
- Dura cerca de 14 dias. - As células foliculares do folículo de Graaf, que permanecem no folículo, continuam a proliferar, formando o compor amarelo/lúteo (massas de tecido endócrino). Este produz progesterona e estrogénios, permanecendo no ovário. - Se o oócito II não for fecundado, o copo or lúteo degenera-se (a partir do dia 26 mais ou menos).
79
O que é o ciclo uterino? Quanto tempo dura? Compreende que fases?
Também designado de ciclo menstrual, é o desenvolvimento e renovação parcial do endométrio. Dura cerca de 28 dias (é contado a partir do 1º dia da menstruação). 3 fases: menstrual, proliferativa e secretora (as fases são controladas pelos níveis de progesterona e estrogénios, hormonas produzidas nos ovários).
80
Fase menstrual (do ciclo uterino)
- Se não ocorrer fecundação, o corpo lúteo regride, deixando de produzir progesterona e estrogénios. - Devido à diminuição das hormonas ováricas, o endométrio deixa de ser estimulado. Ocorre, hemorragias, devido à contração e rompimento dos vasos sanguíneos, e devido à desagregação da mucosa (descamação do endiométrio), que fica reduzido a 1 mm. - O fluxo expelido, constituído por sangue e restos da mucosa uterina, constitui a menstruação que dura cerca de 5 dias.
81
Fase proliferativa (do ciclo uterino)
- Ocorre entre o 5º e o 14º dia e termina com a ovulação. - Coincide com a fase folicular do ciclo ovárico. - Proliferação e regeneração das células do endométrio, que atinge uma espessura de cerca de 6 mm. Ocorre ainda a sua vascularização e formação de glândulas. - Ocorre em reposta ao aumento dos níveis de estrogénios sintetizados nos ovários.
82
Fase secretora (do ciclo uterino)
- Ocorre entre o 14º e o 28º dia. - Coincide com a fase luteínica. - Endométrio atinge a espessura máxima (8 mm) e vascularização maxima, ficando preparado para receber um embrião. - Ocorre devido ao aumento dos níveis de progesterona e estrogénios produzidos pelo corpo amarelo. - As glândulas produzem muco. Se houver fecundação, o útero mantém-se nesta fase.
83
Melhor altura para engravidar
O próprio dia da ovulação é o dia mais fértil. Depois de ovular, o oócito só durará 24 horas se não for fecundado. Para calcular o dia fértil, a mulher deve contar 14 dias a partir do primeiro dia da menstruação (ou subtrair 14 dias aos dias que o ciclo costuma durar, por exemplo, 28-14=15 logo deverá ovular no 15º dia do ciclo) e acrescentar 3 dias antes e 3 dias depois para saber o período fértil (ex anterior: entre o 12º-18º dia).
84
Como variam as concentrações das hormonas LH e FSH na mulher desde a vida intra-uterina até à puberdade?
No embrião, os estrogénios estimulam o desenvolvimento dos órgãos sexuais primário (útero, vagina). Até à puberdade, a secreção de LH e FSH é reduzida, mantendo os ovários inativos. A partir da puberdade, o hipotálamo aumenta a secreção de GnRH, que estimula a hipófise a libertar FSH e LH. Estas hormonas estimulam o ciclo ovárico, originando produção de estrogénios e progesterona, que promovem o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
85
Fases da regulação hormonal na mulher ao longo do ciclo
- Um dia antes da menstruação, a hipófise aumenta a secreção de FSH e LH. - Ao longo da fase folicular (1º-14º dia), devido ao aumento de LH e FSH, alguns folículos começam a sofrer maturação nos ovários que provoca um aumento progressivo na produção de estrogénios. Isto faz com que, através do feedback negativo, os estrogénios promovem uma diminuição de FSH. - Antes da ovulação (12º-14º dia), níveis elevados de estrogénios (>75 pg/mL) provocam um feedback positivo sobre o CHH, provocando um aumento súbito de FSH e, principalmente, de LH. A elevada quantidade de LH estimula a rotura do folículo maduro e a libertação do oócito II (ovulação). - Depois da ovulação (a partir do 14º dia), o LH estimula a transformação das células foliculares em corpo lúteo (luteinização das células foliculares), constituindo o corpo amarelo. Este começará a produzir progesterona e estrogénios em quantidades crescentes. O aumento dos estrogénios e da progesterona, por retroalimentação negativa, inibe a produção GnRH e, consequentemente, de FSH e LH, impedindo o início de um novo ciclo. - Se não houver fecundação, corpo amarelo regride/denegera, o que reduz significativamente a progesterona e os estrogénios. Esta redução provoca a desintegração do endiométrio (menstruação). - A diminuição das hormonas, estimula a hipófise, no final do 28º dia, a produzir GnRH, LH e FSH, que induz a maturação folicular, iniciando um novo ciclo.
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Menopausa
Cessação da atividade dos ovários. Pode ocorrer entre os 45-55 anos, quando os folículos se esgotam, não havendo produção de novos oócitos II. Assim , a progesterona e os estrogénios diminuem drasticamente, enquanto o FSH, LH e GnRH aumentam. Devido principalmente à diminuição dos níveis de estrogénio no sangue, aumenta-se o risco da osteoporose e doenças cardiovasculares.
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Como é que o oócito II é conduzido, após a ovulação, no sentido do útero?
Pelas contrações musculares e pela vibração dos cílios que revestem a a parede interna das trompas de Falópio.
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Porque é que chegam tão poucos espermatozoides às trompas de Falópio?
Maioria apresentam problemas no seu desenvolvimento ou são afetados pelas segregações da vagina e pelo colo do útero
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Fecundação (passo a passo)
- O espermatozóide é depositado na vagina, deslocando-se até às trompas de Falópio, atraídos por uma substância libertada pelas células foliculares.
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Como varia a consistência e volume do muco produzido pelo colo do útero ao longo do ciclo celular (em resposta às alterações hormonais)?
Quando há mais estrogénios, produz-se muito muco, pouco viscoso com muita agua, facilitando a passagem dos espermatozoides no cérvix com canais glicoproteicos. Início e fim do ciclo, muco produzido é mais viscoso que bloquei os canais glicoproteicos, criando uma barreira aos espermatozoides.
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Fases da gravidez
Fase pré-embrionária, embrionária e fetal
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Fase pré-embrionária (fase 1 da gravidez)
(2 primeiras semanas): - Após 24h, o ziogto inicia sucessivas mitoses enquanto migra nas trompas de Falópio em direção ao útero. - Ao 4º dia, a mórula (48 células) chega ao útero. É nutrida por secreções uterinas até formar o blastocisto. - Ao 7º dia, ocorre a nidação. As células trofoblásticas produzem moléculas adesivas e enzimas proteolíticas e as microvilosidades do trofoblasto interdigitam-se com as células endometriais. Criam, assim, cavidades nos tecidos maternos, que são preenchidas por sangue, formando a placenta. Assim o feto/blastocisto implante se no endométrio.
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Constituição do blastocisto
- Botão embrionário: massa celular interna, que originará o feto/embrião - Trofoblasto: preenchido por líquido e é formado por células trofoblásticas, que apresentam microvilosidades à superfície. Originará os anexos embrionários - Blastocele/blastocélio: cavidade central líquida
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Porque é que o volume da mórula mantém-se constante nas mitoses do zigoto na fase pré-embrionária?
Cada uma das células fica menor
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Fase embrionária (fase 2 da gravidez)
(2º-8º semana) - Crescimento (aumento do número de células e do volume do embrião) - Morfogénese (células do embrião posicionam-se em 3 camadas distintas designadas folhetos embrionários, que originarão os diferentes órgãos) - Diferenciação celular (células tornam-se estrutural e bioquimicamente especializados, adquirindo funções distintas, formado os novos tecidos e órgãos)
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Desenvolvimento fetal (fase 3 da gravidez)
(9º semana até ao parto) Desenvolvimento e maturação dos órgãos e crescimento do feto. Por diferenciação celular, formam-se os anexos embrionários
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O que são os anexos embrionários e quais são (6)?
Estruturas que apenas existem durante a gravidez e que são essenciais na nutrição, manutenção e proteção do embrião/feto. São expulsos no parto. Placenta, cordão umbilical, âmnio, córion, alentoide, saco vitelina
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Córion
Estrutura: membrana com muitas vilosidades Função: membrana exterior que reveste os outros anexos embrionários e o próprio embrião/feto. Intervém, juntamente com os tecidos da parede uterina para a formação da placenta.
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Âmnio
Estrutura: membrana que delimita a cavidade amniótica, preenchida por líquido amniótico. Função: mantém o embrião num meio líquido a temperatura constante (protege das variações térmicas), impedindo a desidratação/dessacação. Protege ainda dos choques mecânicos.
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Vesícula/saco vitelina
Estrutura: reduzida dimensão mas muito vascularizada, incorporada no cordão umbilical. Função: forma parte do tubo digestivo e é o primeiro local de produção de glóbulos sanguíneos. Contém algumas substâncias de reserva mas possui pouca importância na nutrição do embrião pois a placenta assume esse papel. A substância que reserva denomina-se vitelo.
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Alentoide
Estrutura: reduzida dimensão, é uma evaginação do teto do saco vitelina. Função: contribui para a formação de vasos sanguíneos do cordão umbilical.
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Cordão umbilical
Estrutura: canal formado a partir do âmnio. Função: permite comunicação entre o embrião e a placenta. Através da artéria umbilical, é debitado sangue fetal para a placenta, que depois regressa ao feto pela veia umbilical.
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Placenta
Estrutura: disco constituído pelo córion do embrião e pelo endométrio. Função: especializada em trocas seletivas entre a mãe e o filho. Nutre o feto, promove a eliminação das excreções e controla as trocas de gases e de outras moléculas com o sangue materno. É um local de intenso consumo de energia e de síntese de proteínas (como enzimas que degradam hormonas, fármacos e drogas, impedindo que afetem o feto). Produz estrogénios e progesterona.
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As alterações hormonais durante a gestação na mulher são responsáveis por…
- Paragem do ciclo sexual - Trabalho do parto - Lactação
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Paragem dos ciclos sexuais durante a gestação
Desde o início da nidação, o trofoblasto produz a hormona hCG (hormona gonodotrófica corónica humano). Esta é semelhante à LH logo estimula o corpo amarelo permitindo a sua manutenção, em vez de regredir. Assim, o corpo amarelo continua a produzir progesterona e estrogénios. Isto faz com que: - Permite a manutenção do endométrio, mantendo a nidação. - Por feedback negativo, irá inibir o CHH, diminuindo as concentrações de LH e FSH, bloqueando o ciclo ovárico.
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Porque é que se tem de bloquear os ciclos ovários durante a gestação?
No final do ciclo sexual da mulher, as baixas concentrações de hormonas leva à descamação do endiométrio. Caso ocorra esta descamação, a gravidez é interrompida. Para que isso não aconteça a gravidez continue, tem que se bloquear os ciclos sexuais.
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HCG durante a gravidez
- Início da sua produção ao 7º dia, com a nidação. - Os níveis plasmáticos de HCG são máximos na 8º semana e sofrem um declínio acentuado depois desse pico. Esta diminuição do hCG promove a degeneração do corpo amarelo e a produção de estrogénios e progesterona é assegurada pela placenta, já totalmente desenvolvida.
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Como varia a produção de progesterona e estrogénios pela placenta?
Entre o 1º-2º mês da gravidez, a placenta inicia a produção de estrogénios e progesterona. A partir do 3º mês, passa a produzir quantidades adequadas destas hormonas, mantendo os níveis altos na restante da gravidez. Nesta alturas o corpo amarelo regride.
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HCG e os testes de gravidez
Após a sua ação, a hCG é eliminado através da urina. Isto permite que os primeiros testes de gravidez sejam baseados na deteção de HCG na urina da mãe.