Sang. 1º metade: DTG Flashcards

(74 cards)

1
Q

Quais são as três principais causas de sangramento na primeira metade da gestação?

A
  • Abortamento
  • Gestação ectópica
  • Doença trofoblástica gestacional.
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2
Q

O que é a doença trofoblástica gestacional (DTG)?

A

É uma gestação que evoluiu de forma anormal, caracterizada pela proliferação anormal e desordenada do tecido placentário.

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3
Q

Quais são os epitélios trofoblásticos envolvidos na DTG?

A

Sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto viloso e trofoblasto intermediário.

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4
Q

Qual é a incidência mundial da DTG?

A

A incidência mundial é de 1:1.000 ou 2.000 gestações.

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5
Q

Como varia a incidência de DTG entre regiões e países?

A

A incidência é maior na América Latina e em países asiáticos.

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6
Q

Qual é a estimativa de incidência de DTG no Brasil?

A

Estima-se que ocorra entre 1:200–400 gestações.

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7
Q

Quais são as formas da DTG?

A
  • Forma benigna (mola hidatiforme – MH)
  • Maligna (neoplasia trofoblástica gestacional – NTG).
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8
Q

Quais são os dois tipos de mola hidatiforme?

A
  • Mola hidatiforme completa (MHC)
  • Mola hidatiforme parcial (MHP).
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9
Q

Quais são as características da mola hidatiforme?

A

Complicações clínicas e potencial maligno, embora incomum.

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10
Q

O que é necessário para o seguimento adequado pós-molar?

A
  • Dosagem do Beta - hCG seriado
  • Anticoncepção
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11
Q

O que é a neoplasia trofoblástica gestacional (NTG)?

A

São alterações com potencial maligno, invasão local e risco de metástases.

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12
Q

Quando a NTG geralmente ocorre?

A

Geralmente após uma gestação molar, mas também pode ocorrer após uma gestação normal.

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13
Q

Quais são os tipos de NTG?

A
  • Mola invasora
  • Coriocarcinoma
  • Tumor trofoblástico do sítio placentário
  • Tumor trofoblástico epitelioide.
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14
Q

Qual é o grande marcador biológico da DTG?

A

A gonadotrofina coriônica humana (hCG), produzida principalmente pelo sinciciotrofoblasto.

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15
Q

Qual hormonio se encontra elevado e é considerado um dos grandes achados na DTG?

A

Valores elevados de hCG.

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16
Q

Através de qual exame é feito o diagnóstico de DTG na maioria das vezes?

A

Cerca de 90% dos diagnósticos são realizados por ultrassonografia.

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17
Q

O que caracteriza a mola hidatiforme?

A

A mola hidatiforme é a placenta que apresenta aumento anormal das vilosidades com vilos coriônicos vesiculares acompanhados por proliferação trofoblástica.

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17
Q

Quais são os fatores de risco mais comuns associados à mola hidatiforme?

A
  • Gestação molar prévia
  • Extremos de vida reprodutiva (adolescentes ou acima de 40 anos).
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17
Q

Qual é o risco de mola hidatiforme para mulheres acima de 40 anos comparado com aquelas entre 20 e 40 anos?

A

Mulheres acima de 40 anos têm um risco 10 vezes maior de desenvolver mola hidatiforme.

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17
Q

Qual é a chance de recorrência de mola hidatiforme após uma gestação molar?

A

A chance de recorrência é de 1 a 2%.

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17
Q

Como a chance de recorrência de mola hidatiforme muda após duas gestações molares anteriores?

A

A chance de recorrência aumenta para 16 a 18% após duas gestações molares anteriores.

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18
Q

Quais outros fatores podem influenciar a ocorrência de mola hidatiforme, apesar de seu papel ser pouco conhecido?

A
  • Estado nutricional
  • Paridade
  • Consanguinidade
  • Contracepção oral
  • Infecções virais.
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18
Q

Quais são os tipos de mola?

A
  • Completa
  • Parcial ou incompleta
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19
Q

O que caracteriza a mola completa?

A

Proliferação exagerada e anormal do tecido trofoblástico, sem desenvolvimento de embrião, membranas e cordão umbilical.

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20
Como a placenta da mola completa se apresenta macroscopicamente?
Perde o aspecto ovalado bem definido e a visualização dos cotilédones, apresentando um material heterogêneo com múltiplas vesículas pelas vilosidades coriônicas edemaciadas, dilatação hidrópica e formação de cisterna central repleta de líquido.
21
Como são descritas as **múltiplas vesículas da mola completa** na imagem ultrassonográfica?
**“Cachos de uva” ou “Flocos de neve”.**
22
Qual é a **principal** característica histológica da mola completa?
Hiperplasia difusa do citotrofoblasto e do sinciciotrofoblasto.
23
Em que situação o diagnóstico da mola completa pode ser difícil no início do 1º trimestre?
Em caso de **mola precoce**, podendo ser diferenciado pelo marcador p57.
24
O marcador p57 está presente ou ausente na mola completa?
O marcador p57KIP2 está ausente na mola completa.
25
Como a mola completa se origina do **ponto de vista genético**?
Óvulo "vazio" fecundado por um espermatozoide 23X, resultando em uma célula 46XX com material genético exclusivamente paterno.
26
O que caracteriza macroscopicamente a mola parcial ou incompleta?
Proliferação anormal difusa ou parcial do tecido trofoblástico com formação de múltiplas vesículas, podendo ser encontrado embrião com múltiplas malformações e restrição do crescimento fetal.
27
Como se apresenta a **mola parcial na microscopia**?
Existem vilosidades normais e hidrópicas, com inclusão do trofoblasto dentro do estroma.
28
Qual **marcador é utilizado para diferenciar** a mola parcial da mola completa?
* p57KIP2 * Presente na mola parcial devido à expressão pelo alelo materno * Ausente na mola completa por ser formada apenas pela genética paterna.
29
Como a mola parcial se origina do ponto de vista genético?
Em 90% das vezes, a mola parcial origina-se por dispermia, com fecundação de um óvulo normal por dois espermatozoides, gerando uma **célula triploide** (69,XXX ou 69,XXY) e em 10% dos casos, tetraploide.
30
Qual é o risco de evolução para neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) na mola completa?
A **mola completa tem maior chance de progressão** para NTG em 15 a 20% dos casos.
31
Qual é o risco de evolução para neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) na mola parcial?
A mola parcial tem menos risco de evolução para NTG em 5% dos casos.
32
**Quadro clínico típico** da gestação molar?
Mneumonico: **HIPERCHATICE DHE MOLA** * HIPER: hiperêmese gravídica * C: Cistos tecaluteínicos * H: hCG muito elevado * A: Altura uterina maior que a esperada * TI: Tireóide (hipertireoidismo) * C: Cachos de uva * E: Eliminar vesículas * DHE: DHEG < 20 semana
33
Qual é a relação entre o diagnóstico tardio e a sintomatologia da doença trofoblástica gestacional?
Quanto mais tardio o diagnóstico, maior será a sintomatologia.
34
Qual é a característica principal da doença trofoblástica gestacional em termos de hCG?
A elevação exagerada do título de hCG, composta das subunidades alfa e beta.
35
Quais valores de hCG devem levantar suspeita de **doença trofoblástica gestacional?**
Valores acima de 200.000 mUI/mL.
36
Até que nível o título de hCG pode chegar na doença trofoblástica gestacional?
Até 1 milhão de mUI/mL, dependendo da idade gestacional e evolução da doença.
37
Qual é o sintoma mais comum da doença trofoblástica gestacional?
Sangramento vaginal.
38
Em que período ocorre o sangramento vaginal e quais são suas características?
Ocorre entre a 4ª e a 16ª semana de gestação, é de coloração escura, indolor e geralmente de pequena quantidade.
39
O que pode estar associado ao sangramento vaginal na doença trofoblástica gestacional?
A eliminação de vesículas por via vaginal, que é um sinal patognomônico da doença.
40
Por que a hiperêmese gravídica é comum na doença trofoblástica gestacional?
Devido aos altos títulos de hCG, que exacerbam náuseas e vômitos.
41
Quais são as consequências da hiperêmese gravídica severa?
Alterações do equilíbrio hidreletrolítico, emagrecimento e desidratação
42
Qual é a frequência de útero aumentado para a idade gestacional na doença trofoblástica gestacional?
sse sinal é encontrado em 41% dos casos.
43
O que são cistos tecaluteínicos e qual é sua causa?
São cistos ovarianos benignos formados pela hiperestimulação ovariana devido aos altos títulos de hCG.
44
Qual é o tratamento recomendado para cistos tecaluteínicos na doença trofoblástica gestacional?
Conduta expectante, pois os cistos geralmente regridem espontaneamente após a resolução e esvaziamento uterino
45
Quais sinais podem indicar hipertireoidismo na doença trofoblástica gestacional?
Taquicardia, tremores finos, extremidades quentes, intolerância ao calor, fraqueza muscular, sudorese e perda de peso.
46
Qual é a causa do hipertireoidismo na doença trofoblástica gestacional?
Estimulação cruzada do hCG nos receptores do TSH na tireoide.
47
Qual é a característica dos níveis de TSH na gravidez molar?
Níveis diminuídos de TSH.
48
Em que porcentagem dos casos ocorre aumento pressórico antes da 20ª semana na doença trofoblástica gestacional?
Em 10% dos casos.
49
Qual é a razão para o aumento pressórico antes da 20ª semana na doença trofoblástica gestacional?
A proliferação trofoblástica acelerada e desordenada intrauterina leva a um aumento compensatório da pressão arterial para aumentar o fluxo sanguíneo uterino.
50
Qual é o aspecto ultrassonográfico típico da gestação molar?
Imagens em "cachos de uva" ou "flocos de neve" com múltiplas áreas anecoicas entremeadas com ecos amorfos.
51
Como pode se apresentar a mola hidatiforme parcial no ultrassom?
Ausência da imagem típica, com presença de uma placenta espessada, hiperecoica com imagens císticas e possíveis malformações e restrição de crescimento fetal.
52
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Qual é a primeira medida a ser tomada ao diagnosticar uma gestação molar?
Internar a gestante e programar o esvaziamento molar.
53
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Quais exames laboratoriais devem ser solicitados antes do esvaziamento molar?
Dosagem sérica do hCG, hemograma, coagulograma, função tireoidiana, tipagem sanguínea e radiografia de tórax
54
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR O que deve ser feito se a altura uterina for superior à estimada de 14 semanas de gestação?
Recomenda-se a reserva de concentrado de hemácias devido ao risco aumentado de sangramento.
55
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Qual medicação pode ser necessária para controlar sintomas de hipertireoidismo antes do esvaziamento molar?
Betabloqueadores
56
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Qual é o procedimento de eleição para o esvaziamento molar?
Aspiração a vácuo.
57
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Em quais casos pode-se optar pela aspiração manual intrauterina (AMIU)?
Nas molas de menor volume.
58
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Por que o misoprostol não é aconselhável no esvaziamento molar?
Devido ao risco de embolização trofoblástica e hemorragia
59
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Como deve ser realizada a dilatação do colo antes do esvaziamento molar?
Com as velas de Hegar.
60
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Para que serve a infusão de ocitocina após a dilatação do colo no esvaziamento molar?
Para provocar a contração uterina e diminuir o risco de perfuração durante o esvaziamento molar.
61
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Em que casos a histerectomia é recomendada para o tratamento da gestação molar?
Para mulheres com idade superior a 40 anos e prole constituída.
62
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Por que a histerotomia tem indicações restritas no esvaziamento molar?
Devido a maiores taxas de neoplasia trofoblástica gestacional pela abertura uterina e manipulação abdominal.
63
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR O que deve ser feito em relação aos ovários durante o esvaziamento molar, mesmo na presença de cistos tecaluteínicos volumosos?
Os ovários devem ser preservados, pois os cistos regridem espontaneamente após o esvaziamento molar e normalização do hCG.
64
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR O que deve ser feito em caso de torção dos ovários na presença de cistos volumosos?
Pode-se tornar uma urgência cirúrgica.
65
TRATAMENTO GESTAÇÃO MOLAR Quando é indicada a administração de imunoglobulina anti-D?
Para todas as pacientes RhD negativo que não foram sensibilizadas.
66
SEGUIMENTO PÓS-MOLAR O que fazer?
* Dosagem β-hCG seriado (SEMANAL até se tornar negativo. Após negativo, mensal por mais 6 meses) * + * Anticoncepção (ORAL, INJETÁVEL, TRANSDÉRMICO, ADESIVO, IMPLANTE)
67
SEGUIMENTO PÓS-MOLAR Qual é a frequência de acompanhamento?
O título sérico do hCG deve ser avaliado SEMANALMENTE ou, em alguns serviços, a cada 15 dias, até se tornar indetectável (< 5 mUI/ mL). Após 3 dosagens semanais negativas, deve ser acompanhado mensalmente por mais 6 meses para garantir a cura da mola hidatiforme.
68
SEGUIMENTO PÓS-MOLAR Qual é o objetivo da anticoncepção?
* É fundamental, para o seguimento pós-molar, que a paciente já seja orientada após o esvaziamento molar, na alta hospitalar, com ANTICONCEPÇÃO. As pacientes são aconselhadas a não engravidarem até seis meses após o título de hCG negativar, para garantir que qualquer elevação do hCG seja por transformação maligna da mola hidatiforme em neoplasia trofoblástica gestacional. * Dá-se preferência para métodos hormonais (orais, vaginal, transdérmica, injetável ou implantes) combinados ou não com métodos de barreira.
69
SEGUIMENTO PÓS-MOLAR Qual método de anticoncepção é contraindicado?
O dispositivo intrauterino (DIU) ou o sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU) está contraindicado até a remissão da doença devido ao aumento do risco de perfuração, infecção e hemorragia.