Sangramentos da 2ª metade da gravidez Flashcards

(39 cards)

1
Q

Qual o conceito de DPP?

A

Descolamento da placenta após 20 semanas de IG e antes da expulsão do feto.

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2
Q

Quais os principais fatores de risco para a DPP?

A

Mnemônico: TA C/ DPP

T: Trauma
A: Anos de vida (>35 anos)

C: Corioamnionite

D: Drogas (tabaco e cocaína)
P: Polidramnia (Gemelaridade)
P: Pressão alta (HAS)

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3
Q

Qual o quadro clínico típico da DPP?

A
  • Sangramento uterino ESCURO (pode estar ausente em 20% dos casos –> DPP oculta)
  • Hipertonia uterina
  • Taquissistolia (> 6 contrações / 10 min)
  • Hemoâmnio
  • Sofrimento fetal agudo
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4
Q

Como é feito o diagnóstico de DPP?

A

Clínico! Não se deve perder tempo realizando USG.

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Q

Qual o tratamento preconizado para a DPP?

A

Depende da condição do feto…

Feto vivo
- Preferencial: cesárea
- Parto iminente: vaginal

Feto morto
- Preferencial: vaginal
- Se demorar para realizar parto: cesárea

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6
Q

Qual o primeiro passo a ser realizado no tratamento da DPP?

A

Estabilização hemodinâmica

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7
Q

O que é o útero de Couvelaire?

A

Apoplexia uteroplacentária. O útero fica congesto com sangue, com formação de hematomas que desorganizam as fibras do miométrio. Associado a isso, o próprio sangue irrita as células do miométrio, prejudicando sua funcionalidade. Devido a esses dois fatores, o útero entra em um estado de hipotonia, sobretudo no período pós parto (que era o período que ele mais deveria contrair).

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8
Q

Qual a grande complicação implícita ao útero de Couvelaire?

A

Choque hemorrágico.

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9
Q

Qual conduta a ser instituída diante do útero de Couvelaire?

A
  1. Massagem + ocitocina EV
  2. Sutura B-Lynch (compressiva)
  3. Ligadura hipogástrica / uterina
  4. Histerectomia (último recurso)
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10
Q

O que é a Sd de Sheehan? Qual a clínica?

A

É a necrose hipofisária diante do quadro hemorrágico (e possível choque). Com isso, a paciente evolui com deficiência na produção dos hormônios hipofisários (TSH, LH e Prolactina).

Clínica: amenorreia e agalactia

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11
Q

O que é o CIVD e quais os achados laboratoriais?

A

A CIVD, como o próprio nome diz, é um estado de coagulação intravascular disseminada por todo o corpo, com consumo de fatores de coagulação e fibrina.

Isso gera duas consequências principais:

1) Trombose microvascular: capilares ficam obstruídos, gerando falência orgânica.

2) Sangramentos que não são controlados: pelo consumo dos fatores de coagulação.

Achados laboratoriais: trombocitopenia, PT e PTT alargados, fibrinogênio em declínio rápido.

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12
Q

Como a CIVD se correlaciona à DPP?

A

Na DPP, há a liberação de tromboplastina e formação de coágulo retroplacentário para conter o sangramento. A tromboplastina cai na circulação materna e estimula a liberação da cascata de coagulação nos capilares, o que leva à hipercoagulação microvascular.

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13
Q

Quais as complicações orgânicas mais temidas da CIVD na DPP?

A

Necrose corticorrenal bilateral aguda e Cor pulmonale.

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14
Q

O que é o Teste de Weiner e como pode ser útil?

A

Teste de Weiner consiste em definir, a grosso modo, os níveis de fibrinogênio em uma amostra de sangue da paciente.

É feito em caso de não disponibilidade de testes laboratoriais.

Formação de coágulo em até 10 min, que se mantém firme por +15min = afasta hipogibrinogenemia (ou seja, afasta CIVD).

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15
Q

Quais os principais fatores de risco para Placenta Prévia?

A
  • Idade >35 anos
  • Multiparidade
  • Cesarianas prévias
  • Curetagem uterina prévia
  • Tabagismo
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16
Q

Qual o quadro clínico da Placenta Prévia (PP)?

A

Mnemônico: PRÉVIA

P: Progressivo
R: Repetição
E: Espontâneo
V: Vermelho Vivo
I: Indolor
A: Ausência de hipertonia

17
Q

Como é feito o diagnóstico de PP?

18
Q

Como é feita a classificação da PP?

A

Total: obstrução total do colo do útero
Parcial: obstrução parcial do colo do útero
Marginal: até 2 cm do colo do útero

19
Q

Como é feito o tratamento da PP?

A

A termo:
- Interrupção da gravidez

Prematuro:
- Sangramento intenso: interrupção da gravidez
- Sangramento discreto: corticoterapia (maturação pulmonar –> preparar o feto o quanto antes pra tirar ele dali nos próximos sangramentos)

Via de parto
- Total: sempre cesariana
- Parcial: maioria cesariana
- Marginal: depende do sangramento

20
Q

O que é o acretismo placentário?

A

O acretismo placentário é resultante do aumento da aderência placentária no miométrio, que pode se infiltrar até a serosa.

21
Q

Como é feita a classificação do acretismo?

A

Acreta: acomete a camada esponjosa do endométrio; não possui plano de clivagem natural

Increta: placenta aderida ao miométrio

Percreta: placenta atinge a serosa

22
Q

Quais os principais fatores de risco do acretismo?

A
  • CESARIANAS PRÉVIAS
  • Curetagens prévias
  • Multiparidade
  • Idade >35 anos
23
Q

Como é feito o diagnóstico de acretismo?

A

Suspeita de placenta prévia + cesárea anterior

Diagnóstico:
- No pré natal: USG ou RM
- Durante o parto: dificuldade de extração da placenta

24
Q

Qual a conduta diante de quadros de acretismo?

A

Acreta: extração manual; se não der, histerectomia

Increta: histerectomia

Percreta: histerectomia

25
Como é feita a divisão didática em caso de rotura uterina?
Iminência de Rotura e Rotura consumada
26
Em caso de iminência de rotura, quais são os achados típicos?
- Paciente sente muita dor! - Sinal de Bandl: formação de anel no local em que vai romper; útero adquire formato de "ampulheta" - Sinal de Frommel: ligamento redondo do útero fica distendido
27
Em caso de rotura consumada, quais são os achados típicos?
- Dor lancinante na ocasião da rotura - Feto apresenta subida da apresentação (Sinal de Reasens) - Contração uterina cessa repentinamente - Possibilidade de se palpar partes fetais pelo abdome - Crepitação à palpação abdominal: formação de enfisema subcutâneo (Sinal de Clark) - Sangramento intenso
28
Qual a conduta diante da eminência de rotura uterina?
Cesariana
29
Qual a conduta diante da rotura uterina consumada?
Histerorrafia ou histerectomia, a depender do tamanho da rotura
30
Qual o quadro clínico típico da ruptura de vasa prévia?
Pré natal sem intercorrências. Durante o parto, ocorre início de sangramento após amniorrexe ou amniotomia.
31
Qual a grande complicação da vasa prévia?
Sofrimento fetal agudo, pois o vaso lesado é umbilical (veia é quadro mais dramático que rotura da artéria umbilical)
32
Qual a conduta diante da rotura de vasa prévia?
Cesariana urgente
33
Quando pensar em rotura do seio marginal?
Quadro clínico típico de placenta prévia, porém USG demonstra implantação normal da placenta
34
Qual o quadro clínico da rotura de seio marginal?
Indolor, sangramento vermelho vivo, sem hipertonia, espontâneo, sem sofrimento fetal
35
Como é feito o diagnóstico definitivo de rotura do seio marginal?
Feito após o parto com exame histopatológico
36
Qual a conduta diante da rotura de seio marginal?
Acompanhar o trabalho de parto. Em geral, o sangramento é discreto, autolimitado e não traz prejuízos para a mãe e para o feto.
37
Em caso de DPP, qual procedimento deve ser realizado sempre antes da cirurgia?
Amniotomia
38
Paciente com IG de 16 semanas realizou USG que mostrou placenta recobrindo orifício do colo do útero. Qual a conduta?
Realizar novo USG com 28 semanas para confirmar se estamos diante de um caso de placenta prévia. É comum que mulheres apresentem o fenômeno da migração placentária, que se completa só após 28 semanas.
39
Como é feita a classificação da DPP?
Grau 0 -- **assintomático**: diagnóstico é retrospectivo, mostrando hematoma retroplacentário. Grau 1 -- **leve**: há sangramento vaginal, mas a paciente não relata ou não demonstra. Grau 2 -- **intermediário**: sangramento vaginal, dor abdominal intensa, hipertonia, com feto em sofrimento mas vivo. Grau 3 -- **grave**: há óbito fetal; pode ser dividida em 3A (sem coagulopatia) e 3B (com coagulopatia).