SÍFILIS - Protocolo clínico (MS - 2015) Flashcards
(25 cards)
Sífilis adquirida recente
menos de um ano de evolução
Sífilis adquirida tardia
mais de um ano de evolução
Sífilis primária - período de incubação
10-90 DIAS (TRÊS SEMANAS - média)
Sífilis secundária: os sinais e sintomas surgem e desaparecem em…
6 semas a 6 meses
4 -12 semanas
Sífilis terciária - 4 sistemas afetados e de que forma
Cutâneas: gomosas e nodulares, de caráter destrutivo;
› Ósseas: periostite, osteíte gomosa ou esclerosante, artrites, sinovites e nódulos justa-articulares;
› Cardiovasculares: aortite sifilítica, aneurisma e estenose de coronárias;
› Neurológicas: meningite aguda, goma do cérebro ou da medula, atrofia do nervo óptico,
lesão do sétimo par craniano, paralisia geral, tabes dorsalis e demência.
Sífilis terciaria pode aparecer quantos anos após contato
2 a 40 anos
Para o diagnóstico da sífilis, devem ser utilizados:
- Um dos testes treponêmicos (ex: teste rápido ou FTA-Abs ou TPHA ou EQL ou ELISA)
MAIS - Um dos testes não treponêmicos (ex: VDRL ou RPR ou TRUST).
A ordem de realização fica a critério do serviço de saúde.
Tratamento sífilis primária, sífilis secundária e latente recente (até um ano de duração)
Penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo)
Tratamento sífilis latente tardia (mais de um ano de duração) ou latente com duração ignorada e sífilis
terciária
Penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, IM, (1,2 milhão UI em cada glúteo), semanal, por três
semanas. Dose total de 7,2 milhões UI.
Seguimento dos pacientes (segundo MS) em sífilis latente tardia ou latente com duração ignorada ou sífilis terciaria e quando indicar retratamento?
Pacientes a cada 60 dias e as gestantes, mensalmente, para serem avaliados com teste não treponêmico, considerando a detecção de
possível indicação de retratamento (quando houver elevação de títulos dos testes não treponêmicos
em duas diluições).
Tratamento neurossífilis
Penicilina cristalina, 18-24 milhões UI/dia, IV, administrada em doses de 3-4 milhões UI, a
cada 4 horas ou por infusão contínua, por 14 dias.
Gestantes podem fazer tratamento alternativo não penicilinico?
Não! Sugere-se dessensibilização.
Reação de Jarisch-Herxheimer
Após a primeira dose de penicilina, o paciente pode apresentar exacerbação das lesões cutâneas,
com eritema, dor ou prurido, as quais regridem espontaneamente após 12 a 24 horas, sem a necessidade da descontinuidade do tratamento. Tipicamente, vem acompanhada de febre, artralgia e mal-estar.
Reação de Jarisch-Herxheimer - risco em gestantes
Gestantes que apresentam essa reação podem ter risco de trabalho de parto pré-termo, pela liberação de prostaglandinas em altas doses.
Reação de Jarisch-Herxheimer configura alergia a penicilina? Quando é mais comum
Não!
É mais comum em pacientes que recebem tratamento na fase secundária da sífilis.
Seguimento sífilis - pacientes e gestantes
Os testes não treponêmicos devem ser realizados mensalmente nas gestantes, e na população
geral, a cada três meses no primeiro ano e a cada seis meses no segundo ano;
- Uptodate: 6, 12, 24 meses - pctes.
Cura da infecção quando?
A redução de dois ou mais títulos do teste não treponêmico ou a negativação após seis meses a nove meses do tratamento.
Quando realizar punção liquórica em todos os coinfectados com sífilis e HIV? (6)
• Sinais ou sintomas neurológicos ou oftalmológicos;
• Evidência de sífilis terciária ativa (por exemplo, aortite ou gomas sifilíticas);
• Sífilis latente tardia ou de duração ignorada;
• LT-CD4+ < 350 células/mm3;
• VDRL ≥ 1:16 ou RPR ≥ 1:32;
• Queda inadequada ou estabilização sem queda nos títulos de teste não treponêmico durante
o seguimento.
Pessoas tratadas para neurossífilis devem ser submetidas a punção liquórica de controle quando?
Três meses após o término do tratamento.
Sífilis congênita precoce
< 2 anos
Sífilis congênita tardia
> 2 anos
Manifestações clínicas - sífilis congênita precoce. (6)
- Hepatomegalia com ou sem esplenomegalia e icterícia
- Lesões cutâneas (pênfigo palmo-plantar, condiloma plano), petéquias, púrpura
- Periostite ou osteíte ou osteocondrite, pseudoparalisia dos membros
- Sofrimento respiratório com ou sem pneumonia
- Rinite sero-sanguinolenta, anemia e linfadenopatia generalizada (epitroclear)
- Fissura peribucal, síndrome nefrótica, hidropsia, edema, convulsão e meningite
Manifestações clínicas - sífilis congênita tardia. (7)
- Tíbia em “lâmina de sabre”
- Articulações de Clutton
- Fronte “olímpica” e nariz “em sela”
- Dentes incisivos medianos superioresdeformados (dentes de Hutchinson), molares em “amora”
- Rágades periorais, mandíbula curta, arco palatino elevado
- Ceratite intersticial
- Surdez neurológica e dificuldade no aprendizado
Em RNs, utilizar testes…
Não treponêmicos, pois os anticorpos IgG maternos ultrapassam a barreira placentária.