Sinais e manobras do abdome Flashcards
(33 cards)
Sinal de Cullen
Traduz-se pelo surgimento de uma mancha equimótica periumbilical, resultante de hemorragia retroperitoneal, associada ou não a distensão abdominal.
(pancreatite aguda severa ou ruptura de gravidez ectópica)
Sinal de Gray-Turner
Com um significado clínico semelhante mas localização distinta, o sinal de Grey Turner consiste numa equimose localizada no flanco do doente. (pancreatite aguda severa)
Sinal de Murphy
Sinal de Murphy dor a inspiração na compressão do ponto cístico (ângulo entre o RCD e a borda externa do reto abdominal) – indicativo de colecistite.
Sinal de Courvoisier-Terrier
Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula palpável distendida indolor – indictivo de tumor de pâncreas/v. biliares.
Sinal de Rovsing
Dor na fossa ilíaca direita à palpação da fossa ilíaca esquerda. Palpação no cólon descendente desloca os gases para o cólon ascendente, atingindo o apêndice inflamado hipersensível, provocando dor.
Sinal de Blumberg
Dor à descompressão súbita no ponto de McBurney.
Ponto de McBurney é um ponto situado entre o umbigo e a espinha ilíaca ântero-superior. Quando o apêndice está inflamado (apendicite), pode ser percebida uma sensibilidade no quadrante inferior direito, no ponto de McBurney.
Sinal de Gersuny
Sinal
Crepitação produzida ao descomprimir o
abdome, indicando fecaloma.
Sinal de Jobert
O desaparecimento da macicez hepática é conhecida como sinal de Jobert, que indica a presença de perfuração de víscera oca em peritônio livre. (pneumoperitôneo) Exemplo: úlcera péptica.
Sinal de Torres-Homem
Percussão dígito-digital intensamente doloros a, localizada e circunscrita. Característico de abscesso hepático.
Sinal de Giordano
Dor à punho percussão na região lombar; indica acometimento renal (positivo em litíase, pielonefrite aguda).
Teste do psoas
Dor à extensão e abdução da coxa direita com o paciente em decúbito lateral esquerdo. Presente no apêndice retrocecal.
Teste do obturador
Dor hipogástrica à flexão e rotação interna do quadril. Presente no apêndice pélvico.
Posição de Schuster
Método de palpação do baço. Decúbito lateral direito, coxa esquerda flexionada.
Espaço de Traube
Superior- 6° EICE/ Inferior - rebordo costal/ Lateral - linha axilar anterior/ Medial - apêndice xifóide N= timpânico (Macicez sugere esplenomegalia)
Manobra de rechaço
Método de palpação do baço, promovendo um rechaço do órgão em direção à mão.
Com a palma da mão comprime-se com certa firmeza a parede abdominal, e com a face ventral dos dedos e polpas digitais provoca-se um impulso rápido na parede, retornando-se os dedos à posição inicial sem afrouxar a compressão da parede abdominal. Existe rechaço quando, imediatamente após a impulsão, percebe-se um choque na mão que provocou o impulso. Isso traduz a presença de órgão ou tumor sólido flutuando em um meio líquido, representado por ascite. Esta palpação é própria para a palpação de abdome globoso em decorrência de ascite de grande volume.
Sinal de Piparote
O paciente adota o decúbito dorsal e ele próprio ou um auxiliar coloca a borda cubital da mão sobre a linha mediada do abdome, exercendo uma ligeira pressão de modo a impedir a transmissão pela parede abdominal do impacto provocado pelo piparote. O examinador coloca-se do lado direito do paciente e repousa a mão esquerda no flanco do outro lado. Passa-se então a golpear com o indicador a face lateral do hemiabdome direito. Se houver líquido em quantidade suficiente (geralmente mais que 1,5L) na cavidade peritoneal, a mão esquerda captará os choques das ondas líquidas desencadeadas pelos piparotes.
Ascite – Semicírculo de Skoda
O líquido ascítico ocupam as áreas de declive do abdome, em hipogástrio e flancos, ao se percutir o abdome a partir do andar superior, delimita-se uma linha circular na transição entre o timpanismo e macicez das áreas de maior declive (ou seja, mais perto do centro do abdme o som é mais timpânico e mais perto dos flancos/periferia, é mais maciço); a concavidade estará voltada para a região epigástrica, fazendo diagnóstico diferencial com cisto gigante de ovário, que tem sua concavidade voltada para o púbis.
Ascite – Pesquisa da macicez móvel
É realizada em 3 etapas:
A primeira etapa consiste em percutir todo o abdome com o paciente em decúbito dorsal. Este procedimento possibilita a determinação de macicez nos flancos e som timpânico na parte média do abdome, o que levanta a suspeita de haver uma determinada quantidade de líquido na cavidade peritoneal. Posiciona-se o paciente em decúbito lateral direito e percutese todo o abdome; havendo ascite, encontra-se timpanismo no flanco esquerdo e macicez no flanco direito. Em seguida, o paciente adota outro decúbito lateral, percutindo-se de novo todo o abdome; se, de fato, houver ascite, o resultado desta percussão será o contrário do obtido na etapa anterior da manobra, ou seja, haverá timpanismo no hemiabdome direito e macicez no esquerdo.
Circulação colateral tipo portal
ocorre quando há obstáculo ao fluxo venoso proveniente do tubo digestivo e baço em direção ao fígado. É o tipo de circulação colateral mais frequente, caracterizada por manter o sentido normal da circulação, sempre centrífuga em relação ao umbigo. Geralmente melhor percebidas acima da cicatriz umbilical, quando exuberantes em torno do umbigo confere o aspecto denominado cabeça de medusa.
Circulação colateral tipo cava inferior
observa-se ectasia venosa em andar inferior de abdome e regiões laterais, sentido da corrente é ascendente. Ocorre quando há trombose de cava inferior.
Circulação colateral tipo cava superior-
observam-se ectasias de vasos em andar superior de abdome, sendo o sentido da corrente, descendente.
Circulação colateral do tipo misto
Associa-se a circulação colateral tipo portal e de cava inferior, com sentido da corrente, ascendente.
Aranhas vasculares
telangectasias
Obs: desaparece à compressão digital,
e o reenchimento capilar é do centro para
a periferia.
Flapping
Característico de Encefalopatia, hipoxemia. Pode ser hepática, renal, etc. A encefalopatia hepática é a deterioração da função cerebral que ocorre em pessoas com doença hepática grave, porque substâncias tóxicas normalmente eliminadas pelo fígado se acumulam no sangue e chegam ao cérebro. Quando solta a mão do paciente após uma extensão (com uma das mãos do examinador realizando a extensão e a outra segurando o pulso do paciente), ocorre tremor na mão do pcte em caso de encefalopatia.