Síndrome do Olho Vermelho Flashcards

(73 cards)

1
Q

Anatomia das conjuntivas

A
  • Conjuntiva bulbar: globo ocular (anterior)

* Conjuntiva tarsal: pálpebras

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2
Q

Principais tipos de conjuntivites

A
  • Viral (mais comum)
  • Bacteriana
  • Alérgica
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3
Q

Quadro clínico das conjuntivites

A
  • Hiperemia conjuntival
  • Secreção ocular
  • Crostas matinais
  • Sensação de “areia nos olhos”
  • Blefarite
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4
Q

Diagnóstico das conjuntivites

A

Biomicroscopia:
• Papilas: mosaico de pequenos pontos vermelhos poligonais medindo entre 0,3–1
mm; representam uma hiperplasia do epitélio conjuntival, com reação inflamatória mista do estroma subconjuntival e vasos dilatados no centro
- conjuntiva tarsal superior (por
eversão da pálpebra)
- todas conjuntivites
• Folículos: pequenas protuberâncias arredondadas de 1–2 mm, translúcidas com vasos em sua periferia;
- conjuntiva tarsal inferior;
- virais;
• Papilas gigantes:
- conjuntivite alérgica
crônica, conjuntivite primaveril e conjuntivite das lentes de contato
• Pseudomembranas e membranas: camadas de leucócitos e fibrina aderidos à conjuntiva tarsal, com um aspecto de uma membrana amarelada
- bacterianas
- a pseudomembrana pode ser removida sem sangrar e a membrana deixa uma zona sangrante quando removida.

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5
Q

Tratamento das conjuntivites

A
  • Compressas com água gelada
  • Colírios lubrificantes
  • Gerais: lavagem frequente das mãos, afastamento do trabalho
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6
Q

Principais características da ceratoconjuntivite adenoviral

A
  • Adenovírus
  • Causa mais comum
  • Altamente contagiosa
  • Autolimitada
  • Transmissão direta ou respiratória
  • Acometimeno de conjuntiva e córnea
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7
Q

Estágios da ceratoconjuntivite adenoviral

A

Dois estágios:
• Febre faringoconjuntival: febre + IVAS + conjuntivite
• Ceratoconjuntivite: ceratite (80%)

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8
Q

Achados clínicos da ceratoconjuntivite adenoviral

A
  • Injeção conjuntival (vasos da conjuntiva ingurgitados)
  • Lacrimejamento
  • Secreção mucoide (mais clara)
  • Folículos
  • Adenopatia pré-auricular
  • Geralmente nos dois olhos
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9
Q

Tratamento ceratoconjuntivite adenoviral

A

Medidas gerais

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10
Q

Principais características da conjuntivite bacteriana aguda:

A
  • S. aureus, S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis
  • Autolimitada (tendência de resolução em 5 dias)
  • Transmissão direta
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11
Q

Achados clínicos da conjuntivite bacteriana aguda

A
  • Papilas e pseudomembranas

* Secreção purulenta

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12
Q

Tratamento da conjuntivite bacteriana aguda

A

Medidas gerais + colírios ATB
• Ciprofloxacina 0,3% (colírio ou pomada oftálmica), norfloxacina 0,3% (colírio), tetraciclina (pomada
oftálmica), tobramicina 0,3% (colírio ou pomada oftálmica) e cloranfenicol 0,4% (colírio);
• ATBs tópicos são aplicados 4–6x/dia durante 5–7 dias;
• As pomadas oftálmicas são mais indicadas para as crianças.

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13
Q

Principais características da conjuntivite gonocócica

A
  • Neisseria gonorrhoeae (diplococo G-)
  • IST
  • Transmissão direta
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14
Q

Achados clínicos da conjuntivite gonocócica

A
  • Hiperaguda: secreção purulenta copiosa

* Linfadenopatia intensa

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15
Q

Tratamento da conjuntivite gonocócica

A

Ceftriaxone + colírio ATB

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16
Q

Principais características da conjuntivite meningocócica

A
  • Neisseria meningitidis

* Mais comum em crianças

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17
Q

Achados clínicos da conjuntivite meningocócica

A
  • Sistêmico: febre alta + septicemia + meningite
  • Hemorragia subconjuntival
  • Linfadenopatia
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18
Q

Tratamento da conjuntivite meningocócica

A

Colírio ATB

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19
Q

Principais características da conjuntivite por clamídia (do adulto)

A
  • Chlamydia trachomatis

* IST: conjuntivite + (uretrite ou cervicite)

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20
Q

Achados clínicos da conjuntivite por clamídia (do adulto)

A

• Conjuntivite crônica folicular unilateral

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21
Q

Tratamento da conjuntivite por clamídia (do adulto)

A

ATB tópico ou sistêmico

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22
Q

Principais características do tracoma

A
  • Chamydia trachomatis
  • Inflamação crônica autolimitada
  • Recidivas - cegueira
  • Baixa condição de higiene
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23
Q

Achados clínicos do tracoma

A
  • Secreção mucupurulenta
  • Fossetas de Herbet
  • Cicatrizes e opacidades corneanas
  • Cicatrizes palpebrais
  • Triquíase (pelas cicatrizações): cílios voltados para o olho

Alterações geralmente na parte superior do olho

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24
Q

Tratamento do tracoma

A

Azitromicina DU + colírio ATB

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25
Definição das conjuntivites neonatais
• Até os primeiros 28 dias de vida
26
Tipos de conjuntivites neonatais
* Tóxica (química) | * Gonocócica
27
Principal tipo de conjuntivite neonatal
Tóxica (química)
28
Conjuntivite neonatal tóxica (química) (idade acometida, etiologia, manifestação clínica e tratamento):
* 1 a 2 dias de vida * Causa mais comum de conjuntivite neonatal * Causada pelo colírio de nitrato de prata 1% * Tratamento: expectante, resolução espontânea em 2 ou 3 dias
29
Conjuntivite neonatal gonocócica (idade acometida, etiologia, manifestação clínica e tratamento):
* 2 a 5 dias de vida * Neisseia gonorrhoeae * Hiperaguda: secreção purulenta copiosa * Tratamento: ceftriaxone DU
30
Conjuntivite neonatal por clamídia (idade acometida, etiologia, manifestação clínica e tratamento):
* 5 a 19 dias de vida * Chlamydia trachomatis * Principal causa infecciosa de conjuntivite neonatal * Tratamento: eritromicina oral
31
Principais características da conjuntivite alérgica
• Associada à rinite alérgica, asma dermatite atópica • Exacerbações sazonais (verão e primavera) • Homens > mulheres Mediada por IgE e imunidade celular (hipersensibilidade I e IV)
32
Achados clínicos da conjuntivite alérgica
* Prurido e dermatite * Secreção mucosa * Hipermia conjuntival * Papilas conjuntivais * Pontos de Horner-Trantas (elevações na região do limbo que representam depósitos de eosinófilos e de restos de células)
33
Tratamento da conjuntivite alérgica
* Compressas geladas * Anti-histamínicos tópicos e orais * Corticoides tópicos (ceratites)
34
Definição de uveítes
Anatomia do trato uveal: íris + corpo ciliar + coroide
35
Classificação das uveítes
* Anteriores * Posteriores * Intermediárias * Pan-uveítes
36
Tipo de uveíte mais comum
Anteriores (70-80% dis casos)
37
Locais acometidos nas uveítes anteriores:
* 70-80% dos casos | * Íris (irites) e/ou corpo ciliar (ciclites)
38
Achados clínicos das uveítes anteriores
* Dor, fotossensibilidade intensa, lacrimejamento, hiperemia da conjuntiva, redução da AV * Turbidez do humor aquoso (flare) * Precipitados ceráticos (depósitos de células inflamatórias na córnea) * Sinéquias posteriores (pupila irregular), hipópio (acúmulo de pus na câmara anterior) e miose
39
Doenças que cursam com uveíte anterior
• Artropatias: espondilite anquilosante, Sd. de Reiter, AIJ, hanseníase
40
Locais acometidos nas uveítes posteriores
Retina (retinites) e/ou coroide (coroidites)
41
Achados clínicos das uveítes posteriores | *não causam olho vermelho*
* Moscas volantes (escotomas) (quando afeta as porções mais periféricas) * < acuidade visual (quando afeta a porção mais central) * Opacidades na retina * Nódulos na coroide
42
Doenças que cursam com uveítes posteriores
* Toxoplasmose | * CMV (lesão em queijo com ketchup)
43
Locais acometidos nas uveítes intermediárias
Retina periférica e vítreo
44
Doenças que cursam com uveíte intermediária
Sarcoidose, HIV, EM, TB, sífilis
45
Principal achado clínico e doença que cursa com uveíte difusa/panuveíte
* Todo o trato uveal * Baixa severa da acuidade visual * Behçet (doença inflamatória crônica)
46
Tratamento das uveítes
* Midriáticos * Corticoides tópicos e/ou orais * Antimetabólicos (azatioprina, metrotrexate) * Moduladores imunológicos (ciclosporina, tacrolimus)
47
Uveítes: | - Espondilite anquilosante
``` • Doença inflamatória crônica • HLA B27 (+) • Homem (4x), 20-40 anos • Acometimento ocular 25% dos casos - Sem relação com atividade da doeça articular • Clínica: - Artropatia sacroilíaca e coluna vertebral - Uveíte (+)/conjuntivite ```
48
Uveítes: | - Síndrome de Reiter
• Causa mais comum de aligoartropatia em jovens • HLA B27 (+) • Agentes: Shigella, Salmonella, Campylobacter, Yersinia, Chlamydia e Mycoplasma • Clínica: - Artropatia MMII - Uretrite/cervicite - Conjuntivite (60%), uveíte (30%)
49
Uveítes: | - Artrite idiopática juvenil
• Causa mais comum de uveíte anterior em crianças • HLA B27 (+) • Mulheres (3x), < 16 anos • Quadro ocular não está relacionado com a gravidade articular • Critério diagnóstico: - Artrite em 1 ou mais articulações - Duração mínima de 6 semanas - Início antes dos 16 anos • Classificação: - Poliarticular (5 ou > articulações): uveíte anterior 5% - Pauciarticular (4 ou < articulações): uveíte anterior 20% - Sistêmica ou doença de Still (febre + rash + artrite)
50
Uveítes: | - Doença de Behçet
``` • HLA B51 • Clínica: - Úlceras orais - Úlceras genitais - Uveíte - Acometimento cutâneo ```
51
Uveítes: | - Toxoplasmose
• Toxoplasma gondi - taquizoíta • Causa mais comum de uveíte posterior (pode causar uveíte anterior, mas é mais branda e não deixa sequelas) • Infecção congênita (80%): tétrade de Sabin (hidrocefalia + calcificações intracranianas + retardo + uveíte) • Adquirida (20%): carnes cruas ou mal cozidas → assintomáticos (70%) • Diagnóstico: sorológico (IgM+) + fundoscopia - Títulos séricos não estão associados à atividade da doença • Tratamento: sulfadiazina, pirimetamina, ácido folínico, prednisona • Profilaxia: - Linfócitos T CD4 < 100-200 cel/mm3 - SMT + TMP • Recidivas em 3 anos em até 50%
52
Uveítes: | - Citomegalovírus
* Infecção ocular oportunista mais comum da AIDS * Ocorre em 30% dos aidéticos (CD4 < 50 cel/mm3) * Tratamento: ganciclovir
53
Principais características das ceratites
• Definição: grupo de doenças que provocam lesão inflamatória da córnea, muitas delas apresentando um potencial destrutivo e ameaçador à visão, especialmente as causas infecciosas. • Anatomia da córnea - Tecido transparente, ricamente inervado, avascular - Camadas: epitélio, camada de Bowman, estroma, membrana de Descemet, endotélio
54
As ceratites devem ser classificadas a princípio em (1) e (2), sendo estas últimas as maiores responsáveis por uma evolução desfavorável, caso não recebam tratamento precoce
1. não infecciosas | 2. infecciosas
55
Quanto a profundidade da lesão corneana, as ceratites podem ser classificadas em:
(1) epiteliais superficiais; (2) subepiteliais; (3) estromais
56
Principais características da ceratite bacteriana
* Geralmente há lesão corneana prévia | * Agentes: S. aureus, S. epidermidis, Streptococcus sp. e Pseudomonas sp
57
Fatores de risco para ceratite bacteriana
``` Fatores de risco: • Uso inadequado de lentes de contato • Traumas oculares • Queimaduras químicas • Anormalidades de pálpebras e cílios • Síndrome do olho seco ```
58
Achados clínicos da ceratite bacteriana
* Aguda ou hiperaguda * Ceratite ulcerada necrosante * Dor ocular * Fotofobia * Lacrimejamento * Hiperemia conjuntiva * Quemose * Hipópio
59
Tratamento da ceratite bacteriana
Colírio de quinolona de amplo espectro
60
Principais características da ceratite fúngica
• Meio rural: trauma com vegetais - Formas mais comums - Fungos dilamentosos: Fusarium sp e Aspergillus sp • Meio urbano: imunosuprimidos, lesão corneara prévia, uso de múltiplos ATB - Fungos leveduriformes: cândida
61
Achados clínicos da ceratite fúngica
* Insidiosa (crônica, arrastada) * Ceratite ulcerada necrosante * Outros: hipópio, infiltrados satélites (lesões localizadas distantes da lesão principal, ainda na córnea)
62
Tratamento da ceratite fúngica
* Filamentoso: colírio de natamicina | * Leveduriforme: colírio de imidazol
63
Principais características da ceratite viral (herpética), achados clínicos e tratamento
• Agente: Herpes simples • Sinais e sintomas - Ceratite dendrítica (arboriforme, fluoresceína), injeção ciliar - Dor leve, lacrimejamento, turvação visual, fotofobia - Extensão da lesão com uso de corticoides - Acometimento mais superficial • Tratamento: - Aciclovir pomada - Aciclovir oral (profilático): se 2 ou + recidivas anuais
64
Hemorragia subconjuntival
• Rotura de veias da conjuntiva • Acúmulo de sangue entre conjuntiva e esclera • Causas: - Pequeno trauma - Tosse ou vômitos - Esforço físico - Fragilidade capilar (corticoides, ACO, HAS, DM, cirurgia ocular prévia) • Tratamento: expectante (até 4 semanas regride)
65
Etiologia, achados clínicos, diagnóstico e tratamento da obstrução congênita do ducto lacrimal
• 10% dos RN • Causa: falha na canalização da válvula de Hasner • Sinais clínicos: - Lacrimejamento - Secreção mucoide à expressão digital do saco lacrimal - Eritema da pele - Dacriocistite: inflamação do saco lacrimal - Conjuntivite de repetição • Diagnóstico: dacriocistografia • Tratamento - Melhora espontânea antes de 1 ano: 90% - Manobra de Crigler (massagem) - Colírio de ATV: conjuntivite ou dacriocistite - Sondagem do ducto nasolacrimal: (a) sem resolução até 1 ano de vida; (b) dacriocistite de repetição
66
Causas mais comuns, achados clínicos e tratamento de corpo estranho na córnea
``` • Causas: partículas de ferrugem, vidro, plástico, madeira, fragmentos vegetais • Sinais e sintomas: - Dor - Fotofobia - Sensação de corpo estranho • Tratamento - Retirada mecânica precoce ```
67
Queimadura química da córnea
• Emergência médica (alto potencial de lesão) • Ácidos - pH <4 - Ex: ácido sulfúrico (bateria de carro), ácido clorídrico - Epitélio corneano (lesão superficial • Bases - pH >10 - Ex: cal, amônia, soda cáustica - Pior prognóstico (lesão mais profunda que o epitélio) • Sinais clínicos: - Dor - Hiperemia e edema de conjuntiva - Opacidade de córnea • Tratamento - Imediato (emergência) - Lavagem ocular copiosa (água limpa, SF 0,9% ou ringer lactato) - ATB tópico (colírio/pomada) - Cicloplégicos e corticoides tópicos: controlar dor e inflamação - Graves: enxerto de conjuntiva, transplante de córnea
68
Etiologia, achados clínicos e tratamento do hordéolo
• Infecção aguda das glândulas de Zeis e Meibomius • Sinais e sintomas: eritema, dor, calor, edema e pús-palpebral • Tratamento: compressa com água quente +/- ATB tópicos - Refratários: cirurgia • Calázio: nódulo residual indolor após cura → remoção cirúrgica.
69
Pterígio (etiologia, sinais e sintomas, tratamento)
* Causas genéticas + exposição ambiental (solar) * Sinais: massa fibrovascular conjuntival de forma de triangular com vértice que invade a córnea * Sintomas: sensação de corpo estranho, ardor, alteração da acuidade visual em alguns casos * Tratamento: colírio lubrificante, controle da alergia, e uso de óculos de proteção solar, cirurgia (risco de recidiva)
70
Episclerite (definição, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas, tratamento)
• Episclera: delgado tecido conjuntivo frouxo vascularizado que se localiza entre a conjuntiva bulbar e a esclera, recoberto por uma capa de tecido elástico, a cápsula de Tenon. • Episclerite: é uma inflamação aguda da episclera, de evolução benigna e autolimitada, não trazendo risco á acuidade visual do paciente. Pode ser nodular ou difusa. • Etiologia: idiopática (70% dos casos), pode estar associada a doenças sistêmicas inflamatórias (solicitar hemograma, VHS, proteína C-reativa e fator reumatoide); • Mulheres jovens; • Manifestações clínicas: olho vermelho, desconforto ocular, sensibilidade á palpação da área avermelhada, lacrimejamento, unilateral (na maioria das vezes). - Sinais: injeção nos vasos episclerais superficiais • Resolução em 2-21 dias • Tratamento: - colírios lubrificantes (hidroxipropilmetilcelulose 0,5%) 4–6x/dia até a resolução da inflamação ocular - colírios AINE 4x/dia, como o colírio de cetorolaco de trometamina 0,5% (Acular) ou o diclofenaco 1% (Still).
71
Esclerite (definição, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas, tratamento)
• Esclera (“branco do olho”): faz parte da túnica fibrosa do olho, unindo-se à córnea no limbo corneoescleral. É uma camada constituída de tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas, sendo nutrida por vasos emissários provenientes dos vasos episclerais. • Esclerite anterior: desordem ocular potencialmente grave, ameaçadora da visão, pelo risco de ulceração ou perfuração escleral, envolvimento corneano secundário e associação com esclerite posterior. • Associada a doenças do colágeno em 50% dos casos (AR). Outras doenças: sífilis, TB, zóster oftálmico, DII, sarcoidose, LES. • 30–60 anos • Manifestações clínicas: quadro subagudo ou insidioso de olho vermelho e importante dor ocular, fotofobia, lacrimejamento - Sinais: injeção nos vasos episclerais profundos • EF: vermelhidão difusa ou localizada, associada a “injeção conjuntival e episcleral” e descoloração violácea do “branco do olho” • Apresentações clínicas: difusa, nodular, necrosante, escleromalácia perfurante • Complicações: estafiloma; perfuração escleral; ceratite ulcerativa; glaucoma secundário; catarata precoce. • Tratamento: AINE, corticoides sitêmicos (prednisona 1-1,5 mg/kg/dia), imunossupressores, cirurgia
72
Glaucoma agudo de ângulo estreito
* Sinais: injeção ciliar, edema epitelial de córnea, ângulo estreito da CA * Sintomas: redução da AV, fotossensibilidade intensa, dor ocular aguda * Tratamento: pilocarpina colírio; manitol
73
Principais achados que sugerem gravidade:
* Dor ocular acentuada; * Redução da acuidade visual; * Sensação de desconforto intenso, provocando fechamento palpebral reflexo; * Pupila não fotorreagente ou pouco fotorreagente; * Fotofobia; * Opacidade corneana; * Hipópio; * Sinais e sintomas compatíveis com crise aguda de glaucoma.