Síndrome Neurovascular Flashcards

(60 cards)

1
Q

Quais os tipos de acidente vascular encefálico (AVE)?

A
  • Isquêmico (80%): obstrução dos vasos encefálicos.
  • Hemorrágico (20%): ruptura dos vasos encefálicos.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Paciente vem ao hospital com queixas de desvio da rima labia e fraqueza em membros superiores e inferiores direito há 1h. TC de crânio normal, sem sangramentos. Qual o diagnóstico?

A

Acidente vascular encefálico isquêmico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual o quadro clínico dos AVEs?

A

Déficit neurológico súbito de duração > 15 minutos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quais os fatores de risco para AVE isquêmico?

A
  • Hipertensão arterial (principal).
  • Diabetes.
  • Dialipidemias.
  • Tabagismo.( RRR em quase 50% de AVE)
  • Fibrilação atrial.
  • Sexo masculino.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais os tipos de AVE isquêmico?

A
  • Aterotrombótico.
  • Cardioembólico.

dissecção carotídea é causa INCOMUM ( ex: após parto vaginal)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais as características do AVE isquêmico aterotrombótico?

A
  • Formação de trombo no prórpio ponto de obstrução.
  • Pode afetar tanto as artérias extra (ex.: carótida, vertebral) ou intracerebrais.
  • Quando ocorre nas pequenas artérias, é denominado lacunar.
  • Geralmente precedido por ataques isquêmicos transitórios.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais as características do AVE isquêmico cardioembólico?

A
  • Decorre da obstrução vascular por um êmbolo de origem cardíaca.
  • Associado à fibrilação atrial.

OBS.: embolia paradoxal → êmbolo proveniente de uma TVP em pacientes com forame oval patente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Como é o diagnóstico de AVE isquêmico?

A
  • Escala de Cincinatti (FAST - Face, Arms, Speach e Time).
  • TC sem contraste (primeiro exame) ou RNM de crânio.
  • Deve-se realizar a TC em até 20 minutos da chegada ao hospital.

OBS.: sempre realizar glicemia capilar junto com a TC!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais as alterações do AVE isquêmico na tomografia?

A
  • Até 3 horas: sem alterações.
  • 3-24h: sinais precoces (apagamento dos núcleos da base e de sulcos).
  • 24-72h: infarto cerebral (áreas hipodensas com edema).

OBS.: o objetivo inicial da tomografia e descartar sangramento intracraniano.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Quais as alterações do AVE isquêmico na ressonância magnética?

A
  • Similar à tomografia.
  • Melhor para tronco encefálico e cerebelo (TC é menos sensível).
  • Difusão (DWI): detecção precoce das áreas de infarto (padrão-ouro).
  • Perfusão (PWI): detecção de áreas mal perfundidas ou isquêmicas.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Qual o tratamento agudo (até 3 dias) do AVE isquêmico?

A
  • Estabilização clínica (sem hiper-hidratação).
  • Corrigir hiponatremia, hipoglicemia e hipertermia (pioram a isquemia.
  • Trombólise química ou trombectomia.
  • Controle da pressão arterial.
  • Anticoagulação e antiagregação.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual o objetivo da trombólise no AVE isquêmico?

A

Evitar o infarto da área de penumbra isquêmica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Quais os critérios de inclusão da teombólise no AVE isquêmico?

A
  • Ictus < 4,5h (poucos benefícios neurológicos além desse tempo).
  • Idade > 18 anos (sem limite).
  • Ausência de hipoglicemia.
  • NIHSS entre 4 e 24.

OBS.: se o paciente acordar com déficit, considera a hora que foi dormir como o início do AVE.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Quais as contraindicações da trombólise no AVE isquêmico?

A
  • TCE, neurocirurgia ou AVE isquêmico nos últimos 3 meses.
  • AVE hemorrágico em qualquer momento da vida.
  • Punção arterial em sítio não compressivo nos últimos 7 dias.
  • Neoplasia intracraniana e gastrointestinal.
  • Coagulopatias (Plaqueta < 100.000, INR > 1,7 ou uso de heparina < 24h).
  • Sangramento ativo.

OBS.: uso de warfarin, isoladamente, NÃO é contraindicação aos trombolíticos (só se INR > 1,7).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Como fazer a trombólise no AVE isquêmico?

A
  • Alteplase/rtPA 0,9mg/kg (10% em bolus e o restante em 1h).
  • Tenecteplase é uma opção.
  • Não usar estreptoquinase.
  • Buscar um tempo porta-agulha de 60 minutos.
  • A trombólise não altera a mortalidade, apenas o prognóstico neurológico.

OBS.: Wake up Stroke → se o paciente acordar com déficit, mas a RNM de difusão mostrar lesão < 1/3 do território vascular e a FLAIR não, o paciente PODE receber trombolítico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais as indicações de trombectomia mecânica no AVE isquêmico?

A
  • Ictus < 6h (pode haver benefício até 16-24h).
  • NIHSS e ASPECTS > 6
  • Oclusão de grandes vasos da circulação anterior (carótida interna ou cerebral média M1).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Paciente após infusão do trombolítico começa a piorar o estado neurológico. Qual o diagnóstico?

A

Transformação hemorrágica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual a conduta na transformação hemorrágica do AVE isquêmico?

A
  • Suspender trombolítico.
  • Infundir crioprecipitado.
  • Solicitar TC de urgência.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Como é o manejo da pressão arterial no AVE isquêmico?

A
  • Não candidatos à trombólise: PA < 220x120.
  • Candidatos à trombólise: PA < 185x110.
  • Utilizar labetalol ou nitroprussiato de sódio.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Como fazer a antiagregação e anticoagulação no AVE isquêmico?

A

- Iniciar AAS SOMENTE após 24h da trombólise.( pelo risco de degeneração hemorragicz do AVEi

  • Heparina profilática (e não terapêutica).

OBS.: se NIHSS até 3, fazer AAS + clopidogrel.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Quando operar um paciente com AVE isquêmico?

A
  • Grandes edemas com desvio da linha média.
  • AVE de fossa posterior.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Qual o tratamento crônico do AVE isquêmico?

A
  • Procurar etiologia do AVE.
  • Prevenção secundária.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Como pesquisamos a etiologia do AVE isquêmico?

A
  • AVE cardioembólico: ECG e ecocardiograma.
  • AVE aterotrombótico: doppler de carótida, vertebrais e transcraniano.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Qual a conduta no AVE isquêmico cardioembólico?

A

anticoagulantes

se estavel e pequena area de AVE: em ate 24h da admissao

se leve / NIHSS< 8 , AVE leve: apos 3 dias

(se AVE extenso/ NIHSS > 15 adiar para 4 a 14 dias).

nunca imediato!!!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Qual a conduta no AVE isquêmico aterotrombótico?
- AAS. - Controlar fatores de risco (HAS, DM, dislipidemias e tabagismo). - Se estenose de carótida \> 70% no lado oposto ao déficit, fazer endarterectomia ou angioplastia de carótida. **OBS**.: antes da endarterectomia, realizar angiografia de carótidas.
26
Paciente vem ao serviço com queixas de afasia e fraqueza em mmbro superior direito há 30 minutos. Após 2h, os déficits desapareceram. TC e RNM dois dias após o ictus não evidenciaram lesões. Qual o diagnóstico?
Ataque isquêmico transitório (AIT).
27
Quais as características do AIT?
- Isquemia encefálica aguda não associada a infarto cerebral (antigamente \< 24h). - _Ausência de infarto cerebral_ aos exames de imagem. - Pode causar amaurose fugaz. - Pode preceder um AVE.
28
Qual a conduta no AIT?
- Descartar AVE. - Investigar causa (embolia ou aterosclerose). - Previnir AVE: AAS, anticoagulantes, endarterectomia (se \> 70% de obstrução), etc.
29
Qual o quadro clínico no AVE de artéria cerebral média?
- Hemiplagia e hemianestesia de predomínio braquifacial contralateral (**poupa pé**). - Apraxia (dificuldade em executar movimentos). - Afasia de Broca (se hemisfério dominante). - Desvio do olhar conjugado contrario à hemiplegia (mas a favor da lesão).
30
Qual o quadro clínico no AVE de artéria cerebral anterior?
- Hemiplegia e hemianestesia de predomínio crural (pé e perna) contralateral. - Reflexo de preensão e Babinski. - Abulia. - Frontalização (se bilateral): mutismo acinético, reflexos primitivos e descontrole esfincteriano.
31
Qual o quadro clínico no AVE de artéria cerebral posterior?
- Hemianopsia contralateral. - Alucinações visuais.
32
Qual o quadro clínico no AVE de artérias lentículoestriadas (lacunar)?
- Afeta a cápsula interna. - Hemiplegia proporcional e contralateral de face e membros (fasciobraquiocrural). - Ausência de déficit sensitivo ou afasia.
33
Qual o quadro clínico no AVE de mesencéfalo?
- Alteração do III° par craniano (diplopia, midríase não forotorreativa, estrabismo divergente e ptose palpebral). - Hemiplegia e parkinsonismo (síndrome de Weber). - Ataxia e tremor rubral (síndrome de Benedikt).
34
Qual o quadro clínico no AVE de ponte?
- **Basilar**: síndrome de locked-in (encarceramento). - **Síndrome de Millard-Gubler**: _hemiplegia cruzada_ (face homolateral e corpo contralateral). - **Síndrome vestibular e cerebelar:** ataxia, náuseas, vômitos, nistagmo vertical e alterações de marcha. - Paralisia facial periférica. - Desvio do olhar conjugado para o lado da hemiplegia e contrário ao da lesão.
35
Qual o quadro clínico no AVE de bulbo?
- **PICA**: síndrome de Wallemberg (**hemianestesia cruzada**). - Paralisia da língua. - Disfagia e disfonia. - Ataxia cerebelar. **OBS**.: nistagmo vertical = tronco encefálico. Nistagmo horizontal = cerebelo.
36
Quais as alterações na avaliação da fala?
- **Disfonia**: alterações no timbre vocal (rouquidão) devido à _lesão laríngea_. - **Dislalia**: troca de letras, sendo mais comum em crianças (ex.: Cebolinha → trocar R pelo L). - **Disartria**: alteração na articulação das palavras por _lesão neurológica_. - **Disfasia**: alterações maiores na fala por leões cerebrais.
37
Quais os tipos de AVE hemorrágico?
- Hemorragia subaracnoide. - AVE intraparenquimatoso.
38
Paciente chega ao hospital com queixas da pior cefaléia que sentiu na vida e síncope há 30 minutos. TC de crânio revela sangue nas cisternas da base. Qual o diagnóstico?
Hemorragia subaracnoide (HSA).
39
Quais as características da HSA?
- Ruptura de vasos fora do encéfalo, no espaço subaracnóide. - Geralmente ocorre por aneurismas (\> 30 anos) ou MAVs (\< 30 anos). - Causa aumento súbito da pressão intracraniana.
40
Qual o local mais comum de ruptura de aneurisma na HSA?
Artéria comumicante anterior.
41
Quais os fatores de risco para ruptura de aneurisma na HSA?
- Hipertensão arterial. - Tabagismo. - Alcoolismo. - Rins policísticos. - História familiar. - Trauma.
42
Qual o quadro clíncio da HSA?
- Cefaléia súbita e muito intensa (a pior da vida). - Síncope. - Rigidez de nuca (após 24-48h). - Hemorragia sub-hialóide. - Paralisia do IIIº par craniano (aneurisma de comunicante posterior)
43
Qual o principal exame na suspeita de HSA?
TC de crânio (sangue nos sulcos e cisternas da base).
44
Qual a conduta caso a TC seja normal, mas a clínica sujestiva de HSA?
Punção lombar (**líquido xantocrômico → padrão-ouro**).
45
Qual exame solicitar após confirmar HSA?
AngioTC/RNM ou arteriografia.
46
Qual a escala avalia o prognóstico do paciente na HSA?
**Hunt-Hess!** - **Grau I**: cefaléia leve. - **Grau II**: cefaléia intensa e rigidez de nuca (pode ter paralisia do III). - **Grau III**: sonolência, confusão mental e déficit focal leve. - **Grau IV**: torpor, déficit focal importante. - **Grau V**: coma, postura de descerebração.
47
Qual a escala que avalia o risco de vasoespasmo na HSA?
**Fisher!** - **Grau I**: sem sangue na TC (punção lombar). - **Grau II**: lâmina \< 1mm. - **Grau III**: lâmina ou coleção \> 1mm. - **Grau IV**: hemoventrículo.
48
Qual o tratamento da HSA?
- Suporte clínico. - **Nimodipina** por 21 dias (neuroprotetor). - Controlar PAS \< 160 mmHg. - Abordagem neurocirurgica **precoce** do aneurisma (até 3 dias - não operar entre o 4º e o 14º dia).
49
Quais as complicações da HSA?
- Ressangramento (1-7 dias). - Vasoespasmo (3-14 dias). - Hidrocefalia hiperbárica (DVE). - Hiponatremia (SIADH e cerebropatia perdedora de sal).
50
Qual a conduta no vasoespasmo na HSA?
- **Prevenção**: doppler transcraniano. - **Terapia dos 3Hs**: hipertensão (**principal**), hipervolemia e hemodiluição.
51
Paciente vem ao hospital com queixas de cefaléia e fraqueza em hemicorpo direito. TC de crânio revela coleção sanguínea no parênquima cerebral. Qual o diagnóstico?
Hemorragia intraparenquimatosa.
52
Quais as características da hemorragia intraparenquimatosa?
- É o AVE hemorrágico mais comum. - É a hemorragia intracraniana mais letal.
53
Quais os fatores de risco para hemorragia intraparenquimatosa?
- **Hipertensão arterial (principal)**: aneurismas de Charcot-Bourchard. - Angioparia amóide: pacientes idosos ou com Alzheimer. - TCE. - Sangramento tumoral.
54
Qual o quadro clínico da hemorragia intraparenquimatosa?
- Déficit neurológico focal súbito. - Cefaléia. - Rebaixamento do nível de consciência.
55
Qual a alteração tomográfica na hemorragia intraparenquimatosa?
Hiperdensidade no parênquima cerebral.
56
Qual os locais mais comuns de hemorragia intraparenquimatosa?
- Putâmen-capsular (**principal**). - Tálamo. - Cerebelo. - Ponte.
57
Quais as complicações da hemorragia intraparenquimatosa?
- Hipertensão intracraniana. - Coma. - Herniação cerebral.
58
Quais os fatores prognósticos na hemorragia intraparenquimatosa?
- Glasgow \< ou = 8. - Volume supratentorial \> 30ml. - Volume intratentorial \> 3cm. - Hemoventrículo.
59
Qual a conduta na hemorragia intraparenquimatosa?
- Monitorizaçãp invasiva da PIC e PAM. - Suporte clínico. - PAS \< 140mmHg. - Operar se hemorragia cerebelar \> 3cm.
60
Quais caracteristicas da Doença Carotidea extracraniana
sintomas de : AIT, AVE e **amaurose fugaz** CD: **realizar ecodopple**r de carotidas para estimar gravidade do grau de estenose.