Síndromes colestáticas Flashcards

(61 cards)

1
Q

Nomeie as estruturas apontadas na anatomia da via biliar

A
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Q

Quais estruturas anatômicas formam o triângulo de Calot?

A
  • Ducto hepático comum
  • Borda inferior do fígado
  • Ducto cístico
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3
Q

Qual o padrão laboratorial de uma Sd Colestática?

A

Elevação de BD, FAL e GGT (5’nucleotidase)

TGO e TGP “tocadas”

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4
Q

Frente a um caso de síndrome colestática, qual o primeiro exame a ser pedido? Por que?

A

USG abdominal

Pois permite uma localização “grosseira” da obstrução

Exemplo:

  • “Colédoco dilatado em toda sua extensão”
  • “Colédoco e vesícula não visualizados; via biliar intra-hepática dilatada”
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5
Q

Quais os tipos de cálculos biliares?

Cite os nomes, composição, prevalência, característa radiográfica e fatores de risco para sua formação.

A
  • Amarelo: Mais comum (80%); Colesterol; Radiotransparente; Risco: feminino, dislipidemia, dç ileal
  • Preto: 2º mais comum; Bilirrubinato de cálcio; Radiopaco; Risco: Hemólise, cirrose, dç ileal.
  • Castanho: Único que origina-se na própria via biliar (os outros na vesícula); Risco: colonização bacteriana por obstrução duradoura por cisto/tumor ou parasita
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6
Q

Quais as doenças calculosas biliares?

A
  • Colelitíase
  • Colecistite aguda
  • Coledocolitíase
  • Colangite aguda
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7
Q

De quê se trata a colelitíase? Qual seu quadro clínico? Possui icterícia?

A

Presença de cálculos na vesícula biliar

Clínica:

Maioria é assintomática,

nos sintomáticos: Dor abdominal <6h pós libação alimentar;

anictérico

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8
Q

Como diagnosticar uma colelitíase? O que este exame revela? Como diferenciar de outra entidade que pode estar presente?

A

USG Abdominal: Imagem hiperecogênica com sombra acústica posterior.

Para diferenciar de pólipo biliar: NÃO possui sombra acústica e é fixo

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9
Q

Que exame é este e o que ele revela?

A

Uma USG abdominal mostrando uma vesícula biliar com um cálculo hiperecogênico + sombra acústica posterior

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10
Q

O que é este exame e o que ele revela?

A

USG de vesícula biliar

Imagem fixa, hiperecogênica sem sombra acústica posterior

Portanto, trata-se de um Pólipo biliar

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11
Q

Como conduzir o tratamento da colelitíase de um paciente sintomático e de um assintomático?

A

Sintomáticos: Colecistectomia videolaparoscópica (CVL)

Assintomáticos: Cirurgia SE… (um desses)

  • Vesícula em porcelana
  • Cálculo >2,5cm
  • Associação com pólipo>1cm
  • Anemia hemolítica
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12
Q

Qual exame é este e o que ele revela? Descreva

A

RX de abdomen

Vesícula em porcelana: imagem cística com paredes radiopacas

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13
Q

De quê se trata a Colecistite aguda? Quê achados de sinais e sintomas levam a sua suspeita? Existe icterícia?

A

É uma inflamação por obstrução duradoura da vesícula biliar.

Clínica: Dor>6h com Murphy (+), ANICTÉRICO

Sinais sistêmicos: Febre + leucocitose + PCR elevado

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14
Q

O que é o sinal de Murphy?

A

Parada súbita da respiração decorrente de uma forte dor, quando o paciente inspira fundo durante a palpação do ponto cístico.

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15
Q

Como realizar o diagnóstico por imagem de uma colecistite aguda?

O que fazer quando um paciente tiver uma clínica muito sugestiva de colecistite aguda e vier com o primeiro exame de imagem normal?

A

Primeiro exame a ser pedido: USG abdominal

Outros: Cintilografia biliar, ColangioRM, ColangioTC

SE… USG normal, pedir:

cintilografia biliar (Maior sensibilidade e acurácia)

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16
Q

Qual o achado na USG característico de colecistite aguda? Qual não é?

A

Não é o cálculo isolado (lembre-se que somente o cálculo sem inflamação é colelitíase)

O achado característico é: halo hipoecoico ao redor da VB, decorrente da inflamação

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17
Q

Como tratar uma colecistite aguda?

A
  1. Antibioticoterapia (não operar sem ATB antes)
  2. Colecistectomia videolaparoscópica até 72h
  3. Em casos graves (sem condição cirúrgica): Colecistostomia percutânea
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18
Q

Quais as possíveis complicações da colecistite aguda?

A
  • Empiema de vesícula (conteúdo purulento)
  • Gangrena
  • Colecistite aguda enfisematosa
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19
Q

O que pode ocorrer quando a colecistite aguda complica com uma gangrena?

A

Gangrena: perfuração, fístula com intestino gerando íleo biliar (obstrução intestinal)

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20
Q

Qual o principal fator de risco para uma colecistite aguda enfisematosa e suas características?

A

Fator de risco: Homem diabético

Infecção pelo Clostridium: gera ar no interior e na parede da VB

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21
Q

Há indicação de colecistectomia profilática para um homem diabético?

A

NÃO

A indicação vai seguir o protocolo normal, a diferença é que em caso de colecistite aguda, a chance de evoluir para gangrena e perfuração é maior.

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22
Q

Qual exame é este?

O que a seta está apontando? É típico de que condição clínica?

A

Uma TC de abdome em corte coronal e axial, respectivamente.

A seta mostra ar na VB, típico da colecistite aguda enfisematosa

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23
Q

Acerca do Tokyo Guideline 2018.

O diagnóstico de uma colecistite aguda deve levar em conta quais parâmetros?

A
  • Clínica
  • Laboratório
  • Imagem

OBS: ou seja, critérios operatórios, função renal, grau de icterícia ou qualquer outro não entra.

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24
Q

Acerca do Tokyo Guideline 2018.

Como classificar uma colecistite aguda como

Grau III ou Grave?

A

Há uma disfunção de órgãos ou sistemas:

  • Sepse
  • IRA
  • Rebaixamento nível consciência
  • INR>1,5
  • Plaquetopenia<100.000
  • PaO2/FiO2< 300
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25
Acerca do Tokyo Guideline 2018. Como tratar uma colecistite aguda Grau III ou Grave?
Tratamento conservador (ATB) até estabilizar quadro orgânico; Assim que estável, indicar colecistectomia videolaparoscópica (CVL); Caso cirurgia inviável: Colecistostomia percutânea
26
Acerca do Tokyo Guideline 2018. Como classificar uma colecistite aguda como Grau II ou moderada?
Presença de algum destes achados, SEM disfunção orgânica: - Leucocitose\> 18.000 - Massa palpável e dolorosa em QSD - Evolução \>72h - Sinais de complicação local da colecistite aguda
27
Acerca do Tokyo Guideline 2018. Como tratar uma colecistite aguda Grau II ou Moderada?
CVL em centro avançado; Se paciente não estiver em condições cirúrgicas: ATB + Colecistostomia percutânea
28
Acerca do Tokyo Guideline 2018. Como diagnosticar e tratar um caso de colecistite aguda Grau I ou Leve?
Ausência de critérios para moderada e grave; CVL é considerada segura.
29
Acerca do Tokyo Guideline 2018. Qual o tempo hábil para realização da CVL?
**\<72h** Porém, dá para fazer com segurança em até uma semana.
30
Quais ATB podem ser considerados de risco para a formação de lama biliar/microlitíase?
Ceftriaxona e Octreotide
31
De quê se trata a Coledocolitíase e quais suas causas?
Presença de cálculo no colédoco; Causas: - Primária (10%): cálculo marrom; - Secundária (**90%**): amarelo e preto.
32
Qual o quadro clínico da coledocolitíase? Cursa com icterícia? Como está a vesícula?
Pode ser assintomático; Cursa com icterícia **intermitente** por causa da mobilização do cálculo; Vesícula **não-palpável.**
33
Como diagnosticar uma coledocolitíase? Quais os melhores exames? Cite suas características.
**Inicia** com USG abdominal porém.... Os **melhores** exames são: * ColangioRM sem contraste (não invasivo) * USG endoscópico (pouco invasivo) * CPRE (muito invasivo, **já trata**) colangiopancreatografia retrógrada endoscópica
34
Que exame é este?
Colangiopancreatografia intraoperatória
35
Que exame é este?
USG endoscópica
36
Que exame é este? Usa-se contraste?
Uma ColangioRM Não usa contraste
37
Que exame é este?
CPRE (colangio pancreatografia retrógrada endoscópica)
38
Quais as possíveis complicações de uma CPRE?
- Perfuração duodenal retroperitoneal (retropneumoperitôneo) - Sepse, hemorragia; - Colangite, pancreatite
39
Quando deve-se investigar coledocolitíase com CPRE?
* PROBABILIDADE ALTA de Colangite Aguda: Fazer **CPRE** - USG com cálculo no colédoco; - Colangite aguda (icterícia + febre); - BT\>4 + colédoco dilatado.
40
Quando investigar coledocolitíase com USG EDA, ColangioRM ou Colangio intraoperatória?
* PROBABILIDADE MODERADA de Colangite Aguda: Fazer **ColangioRM** ou **USG EDA** ou **Colangio intraop** ​Idade\>55a; Colédoco dilatado; Bioquímica hepática alterada.
41
Quando não investigar coledocolitíase?
PROBABILIDADE BAIXA de Colangite aguda: **Não fazer nada** Nenhum preditor
42
Como conduzir o tratamento de uma coledocolitíase?
**Colecistesctomia +** - Esfincterotomia - Dilatação papilar com balão - Terapia intraductal
43
De quê se trata a Colangite aguda? Quais suas manifestações clínicas?
_Obstrução da via biliar + Infecção_ * Não-grave: **Tríade de Charcot**: Febre + Icterícia colestática + Dor abdominal * Grave: Pêntade de Reynolds: Charcot + Rebaixamento nível consciência + Hipotensão
44
Como tratar uma colangite aguda?
1. ATB (ceftriaxona + metronidazol) 2. Drenagem: Obstrução BAIXA: CPRE Obstrução ALTA: Drenagem transhepática percutânea
45
Qual a clínica de um tumor periampular?
Icterícia colestática **progressiva** + Vesícula de Courvoisier (**palpável e indolor**) + Emagrecimento
46
Qual o diagnóstico diferencial de TU periampular? Qual o marcador laboratorial do câncer mais comum destes?
* **CA cabeça de pâncreas: CA 19.9/ adenocarcinoma ductal** * CA ampola de vater * Colangiocarcinoma "distal" * CA de duodeno
47
Como diagnosticar um tumor periampular? Qual o padrão-ouro?
USG de abdomen Padrão-ouro: TC de abdome
48
Qual a principal característica do CA de ampola de Vater?
NECROSE ESPORÁDICA: **alívio ictérico** + **melena**
49
Há tratamento para tumor periampular de cabeça de pâncreas?
Em raros casos há tratamento curativo através da cirurgia de Whipple (duodenopancreatectomia) Na maioria: paliação
50
Qual a hipótese diagnóstica de um paciente com: Icterícia colestática progressiva + Emagrecimento + Sem vesícula palpável ?
Colangiocarcinoma peri-hilar: **Tumor de Klatskin**
51
Como se dá o diagnóstico por imagem de tumor de Klatskin, qual exame pedir primeiro e qual confirma? O que deveria mostrar no laudo?
USG: Vesícula **murcha** com dilatação de via biliar **intra-hepática** Confirma com ColangioRM
52
Descreva a classificação USG de Bismuth sobre o tumor de Klatskin
I: Hepático comum II: Hilo hepático IIIa: Hepático direito IIIb: Hepático esquerdo IV: Ambos hepáticos
53
Diferencie coledocolitíase de tumor periampular preenchendo a tabela
54
O que é a Sd de Mirizzi? Aumenta incidência de câncer?
Complicação colestática da colecistite: Obstrução do hepático comum por cálculo impactado no cístico. Paciente com Sd de Mirizzi possui maior incidência de CA de VB
55
Como tratar e qual a maior complicação do tto da Sd de Mirizzi?
Colecistectomia Elevado risco de iatrogenia ao reconstruir via biliar.
56
Qual o quadro clínico e diagnóstico diferencial das doenças autoimunes das vias biliares? Como tratá-las?
Colestase + Prurido * Colangite biliar primária * Colangite esclerosante primária * TRATAMENTO: UDCA: retardar evolução Transplante hepático: casos avançados
57
Sobre a colangite biliar primária: Qual gênero é mais acometido? Doenças associadas? Qual marcador laboratorial?
Mulher AR; Sjögren; Hashimoto Antimitocôndria
58
Sobre a colangite esclerosante primária: Qual gênero é mais acometido? Doenças associadas? Qual marcador laboratorial? É fator de risco para algum tumor, qual?
Homem **Retocolite ulcerativa** p-ANCA Sim, colangiocarcinoma
59
Quando indicar rastreamento para câncer de pâncreas? Qual exame é indicado para o rastreio e qual o padrão-ouro para o diagnóstico? Qual o principal fator de risco e marcador tumoral para o Câncer de pâncreas?
Sempre que houver história familiar; Rastreio: USG EDA Diagnóstico: TC abd Fator de Risco: Tabagismo Marcador tumoral: CA 19.9
60
Qual a prevalência de colecistite aguda **acalculosa**, seu prognóstico em relação à calculosa e em que tipo de pacientes normalmente ela ocorre?
5-10% de todas as colecistites agudas; curso mais fulminante que a colecistite aguda calculosa; mais risco de evoluir para gangrena, empiema ou enfisema; Pacientes em terapia intensiva, sepse, dieta parenteral...
61
Qual o diagnóstico e como conduzir um paciente que passou por uma CVL e poucos dias depois evolui com tríade de Charcot?
**Não se faz colecistostomia percutânea pois paciente NÃO TEM vesícula mais!** Inicia fazendo uma ColangioRM para avaliar o que aconteceu. * Lesão iatrogênica das vias biliares * Tto→ Derivação biliodigestiva * Cálculo residual * Tto→ CPRE