Sistema Cardiovascular - Anamnese Flashcards

(29 cards)

1
Q

Qual das características abaixo fala contra a possibilidade de um sopro cardíaco ser
considerado inocente?

a) Sopro diastólico
B) Sopro mais audível nos focos da base
c) Sopro de media frequencia
D) Sopro mais audível na região do ictus cordis

A

Letra A
Sopro diastólico geralmente indica valvulopatia

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2
Q

15) Com o aparecimento da arritmia fibrilação atrial, todos os achados abaixo, caso
presentes, desaparecem, EXCETO:
a) B4
b) A onda “a” do pulso venoso jugular
c) O reforço pré-sistólico do complexo estetoacústico da estenose mitral
d) B3

A

GABARITO: letra d. A FA é marcada pelo batimento cardíaco irregular, B1 de intensidade
variável e, ocasionalmente, B3. A B4, a onda “a” do pulso jugular e o reforço pré-sistólico na
EM, todos fenômenos que dependem da contração do átrio, desaparecem na FA.

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3
Q

16) Marque a alternativa correta. O aumento da intensidade do sopro cardíaco à ausculta,
na inspiração, ocorre na:
a) Insuficiência mitral
b) Estenose aórtica
c) Insuficiência tricúspide
d) Dupla lesão mitral

A

GABARITO: letra c. A inspiração aumenta o retorno venoso para o coração direito e amplifica
os fenômenos auscultatórios deste lado (no caso a única opção é a insuficiência tricúspide).

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4
Q

17) Relacione a coluna da esquerda com a da direita.
1. Pulso alternante
2. Pulso parvus et tardus
3. Pulso paradoxal
a. Insuficiência ventricular esquerda
b. Asma grave
c. Estenose aórtica
a) 1c, 2a, 3b
b) 1b, 2c, 3a
c) 1a, 2b, 3c
d) 1a, 2c, 3b

A

Gabarito: letra D
- insuficiência ventricular esquerda: pulso caracterizado por alternância entre onda ampla e uma onda de menor amplitude
- asma: pulso paradoxal (redução a PA sistólica durante insp)
- estenose aórtica: pulso lento e tardio

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5
Q

18) Dos sintomas abaixo relacionados, qual apresenta a menor probabilidade de se tratar
de manifestação de isquemia miocárdica?
a) Desconforto precordial
b) Opressão retroesternal
c) Queimação retroesternal
d) Pontada precordial

A

GABARITO: letra d. Se o paciente se refere à dor como uma pontada, notadamente quando
localiza precisamente a dor, a probabilidade de a etiologia ser isquêmica é menor
(considerando-se as outras opções), pois a dor anginosa é mal localizada.

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6
Q

Localização da dor cardíaca e significado

A
  • Dor de uma polpa digital em um único ponto, bem delimitada : origem osteomuscular; pouco provável ser de origem cardíaca
  • Dor isquêmica: mão esfregando o peito ou punho cerrado; dor difusa; região grande e imprecisa
    • Frio é desencadeador
    • sinal de levine
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7
Q

Irradiação da dor torácica

A
  • Irradiação: quanto mais intensa a dor, maior a probabilidade de irradiação
    • Abaixo na cicatriz umbilical: não é de origem cardíaca
    • Acima da cicatriz umbilical pode ser infarto nas regiões mais baixas do coração; epigastrica
    • Dor cervical que inclua face acima da mandíbula ou couro cabeludo: não é coração
    • Dor no queixo/mandíbula: origem cardíaca
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8
Q

Duração das anginas

A
  • Angina estável: curta duração, 2 a 3 min; cessa ao interromper o esforço; hipoxia miocárdica
  • Angina instável: 20 min
  • IAM: mais de 20 min ate horas
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9
Q

Caráter e qualidade dor torácica

A
  • A opressão, queimação ou o mal estar torácico mal definido são característicos da doença coronariana. Pontadas e fisgadas são mais inespecíficas
    • A dor pontual, bem localizada, súbita e de curtíssima duração (segundos), não se relaciona com doença coronariana.
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10
Q

Pergunta: Quais são as características da dor torácica de origem cardíaca?

A

Resposta:
• Angina estável: Surge após esforço físico; qualquer situação que aumente o trabalho cardíaco, como frio, refeição pesada ou emoções. Melhora com repouso.
• Infarto Agudo do Miocárdio (IAM): Dor intensa que inicia em repouso.
• Tempo de melhora com nitrato sublingual:
• 2 a 4 min → Angina estável.
• 5 a 10 min → Angina instável.
• Repouso + melhora com nitrato → Indica origem coronariana (mas dor esofágica também pode responder ao nitrato).

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11
Q

Pergunta: Como diferenciar a dor torácica de origem não cardíaca?

A

Resposta:
• Dor retroesternal + vômitos intensos → Laceração da mucosa esofágica
• Dor que melhora ao inclinar o tórax para frente ou com travesseiro → Pericardite aguda.
• Dor que piora com mudanças de posição ou movimento do pescoço → Origem osteoarticular (osteoartrite, hérnia de disco).
• Dor torácica que piora com tosse → Pericardite, pleurite ou compressão da raiz nervosa.

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12
Q

Pergunta: Como identificar a dor torácica de origem gastrointestinal ou vascular?

A

Resposta:
• Dor retroesternal e epigástrica durante a deglutição → Espasmo esofágico ou esofagite.
• Dor súbita e intensa → Dissecção da aorta.
• Quadro anginoso + sintomas gastrointestinais → Pode melhorar após eliminação de gases.

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13
Q

Manifestações concomitantes da dor torácica

A
  • IAM: precordialgia intensa, náuseas, vômitos, sudorese fria
  • Dor precordial durante crise de palpitações pode decorrer de isquemia provocada por taquiarritmia.
  • Crises de ansiedade não devem descartar a hipótese de doença coronariana, pois a dor anginosa pode desencadear o quadro ansioso
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14
Q

Característica dor não coronariana

A
  • Duração fugaz (< 1 minuto)
  • Dor relacionada a movimento respiratório ou dos membros superiores ou a palpação
  • Dor que não respeita a topografia da dor anginosa: eventos dolorosos abaixo da cicatriz umbilical e superiores ao ramo da mandíbula
  • Dor pontual, com área não maior que uma polpa digital, mesmo sobre a região mamária
  • Dor prolongada, com horas de duração, sem comprovação de isquemia miocárdica através dos exames complementares
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15
Q

Classificação dor torácica

A
  • Tipo A (definitivamente angionosa): dor/desconforto retroesternal ou precordial, geralmente precipitada pelo esforço, podendo irradiar para ombro, mandíbula ou face interna do braço, com duração de alguns minutos, e aliviada pelo repouso ou nitrato em menos de 10 minutos
    -Tipo B (provavelmente anginosa): tem a maioria mas não todas as característica da dor Tipo A
    -Tipo C (provavelmente não anginosa): tem poucas características da dor Tipo A
    -Tipo D (definitivamente não anginosa): nenhuma característica da dor anginosa, mesmo se localizada em região precordial ou retroesternal
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16
Q

Pergunta: Quais são as principais causas e desafios no diagnóstico das palpitações?

A

Resposta:
• Nem sempre indicam arritmia → Podem ocorrer em taquicardia sinusal.
• Desafio diagnóstico → Capturar o ECG durante a palpitação (uso de Holter 24h pode ajudar).
• Causas cardíacas:
- Cardiopatia estrutural → Associada a fibrilação atrial (FA), flutter atrial e taquicardia ventricular.
- Extrassístoles → Sensação de que o coração “pulou um batimento”.
• Causas não cardíacas:
- Hipertireoidismo, pânico, anemia, cardiopatias.
- Psicológica → Considerada somente após exclusão de causas orgânicas.
- Drogas → Álcool, cafeína, descongestionantes.

17
Q

Pergunta: Quais são as principais causas e características da dispneia?

A

Resposta:

Causas:
• Cardíacas → Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) (principal causa, associada à congestão veno-capilar pulmonar).
• Pulmonares → DPOC, pneumonia, embolia pulmonar, pneumotórax, edema pulmonar.
• Parede torácica → Doenças neuromusculares, obesidade.
• Ansiedade → Pode causar sensação de falta de ar sem causa orgânica.

Tipos e Diagnóstico:
• Início súbito → Suspeita de embolia pulmonar, pneumotórax, edema pulmonar, pneumonia, obstrução de vias aéreas.
• Dispneia inspiratória → Sugere obstrução de vias aéreas superiores.
• Dispneia expiratória → Sugere doença das vias aéreas inferiores (ex.: DPOC, asma).

Dispneia na ICC:
• Progressiva → Ocorre em esforços cada vez menores.
• Alta mortalidade → Indicador de piora da função cardíaca.
• Suspeita-se de ICC quando:
• Ocorre aos esforços.
• Progressão dos sintomas.
• Presente em atividades que antes não causavam cansaço.

Classificação Funcional da Insuficiência Cardíaca:
• Classe I → Sem sintomas em atividades habituais.
• Classe II → Dispneia com atividades cotidianas.
• Classe III → Dispneia com pequenos esforços.
• Classe IV → Sintomas em repouso ou mínimos esforços (ex.: falar).

18
Q

Pergunta: O que é ortopneia e quais suas características?

A

Resposta:
• Dificuldade de respirar ao deitar, melhorando ao sentar ou ficar em pé.
• Causa principal: Insuficiência cardíaca grave → Aumento da pressão capilar pulmonar na posição supina pelo aumento do retorno venoso.
• Pacientes frequentemente usam vários travesseiros para dormir.
• Diferente da dispneia paroxística noturna, pois o paciente já sente falta de ar assim que se deita.

19
Q

Pergunta: O que é dispneia paroxística noturna e como se manifesta?

A

Resposta:
• Ocorre 2 a 4 horas após deitar → O paciente dorme normalmente, mas acorda com falta de ar intensa.
• Causa: Sobrecarga volêmica devido à reabsorção de edemas gravitacionais.
• Sintomas:
• Sensação de sufocação, tosse seca ou produtiva, opressão torácica.
• Broncoespasmo → Sibilos devido à congestão da mucosa brônquica (asma cardíaca).
• Casos graves: Tosse com expectoração espumosa, cianose, sudorese, respiração ruidosa → Edema agudo de pulmão.
• Melhora mais lenta que a ortopneia → 15 a 30 min sentado ou em pé.
• Associada a edema periferico e noctúria

20
Q

Pergunta: Quais as principais diferenças entre ortopneia e dispneia paroxística noturna?

A

Resposta:
• Ortopneia:
• Dificuldade de respirar imediatamente ao deitar, melhorando ao sentar ou ficar em pé.
• Relacionada ao aumento da pressão capilar pulmonar devido ao maior retorno venoso na posição supina.
• Paciente costuma usar vários travesseiros para dormir e evitar a sensação de falta de ar.
• Dispneia Paroxística Noturna (DPN):
• Ocorre 2 a 4 horas após o paciente se deitar, durante o sono.
• O paciente acorda subitamente com falta de ar intensa e sensação de sufocamento.
• Causada pela sobrecarga volêmica, resultante da reabsorção de edemas gravitacionais durante o repouso.
- insuficiência cardiaca congestiva
• Melhora mais lentamente que a ortopneia (15 a 30 minutos após sentar ou ficar em pé).
• Pode vir acompanhada de tosse seca ou produtiva, sibilos, noctúria e sinais de insuficiência cardíaca.
• Casos graves podem evoluir para edema agudo de pulmão, com expectoração espumosa e rosada, cianose, sudorese intensa e respiração ruidosa.

21
Q

Diagnóstico diferencial de dispneia

A
  • Diagnóstico diferencial:
    • A dispneia súbita acompanhada de dor torácica e hemoptise é típico do tromboembolismo pulmonar.
    • O pneumotórax causa dispnéia aguda e dor torácica de forte intensidade.
    • O IAM também pode se apresentar com dor torácica acompanhada de dispneia.
    • A dispneia pode ser considerada como um equivalente anginoso, tendo igual importância da dor torácica típica. As características de piora ao esforço e melhora com o repouso após alguns minutos são idênticas as características da dor torácica típica
22
Q

Caracterize a insuficiência de ventrículo esquerdo

A

Ortopneia + tosse seca
- tosse seca mais intensa de noite; causada pela congestão pulmonar; associada a dispneia
- expectoração na IVE é do tipo serosa (rica em albumina, sua principal causa é edema agudo pulmonar -> expectoração espumosa rósea
Aneurismas aórtico, pericardite e grande dilatação de AE -> tosse por compressão brônquica, irritação do vago

23
Q

Causas hemoptise

A
  • Expectoração espumosa rósea -> edema agudo de pulmao por IVE
  • cor de tijolo -> pneumonia pneumocócica
  • Raias de sangue + grupos de muco -> bronquites, hemorragias nas neoplasias brônquicas
  • Sangue escuro misturado com expectoração da mucosa (geleia de framboesa) -> infarto pulmonar e na pneumonia necrosante
  • hemoptise volumase com sangue vivo brilhante -> ruptura vasos brônquicos
24
Q

Síncope

A
  • Perda transitória da consciência, secundária à hipoperfusão cerebral global, caracterizada por início súbito, curta duração, recuperação espontânea e completa, sem requerer cardioversão química ou elétrica”
    • Metabolismo cerebral: altamente dependente da perfusão (8 segundos de interrupção = síncope)
  • Pródromos: tontura, náusea, sudorese, fraqueza, alterações visuais
  • Pode ser o único sintoma antecedendo a morte súbita cardíaca
  • Após síncope: recuperação total
  • pré sincope: sintomas prodromicos + lipotímia
25
Alterações no sono
- Insônia é frequente em pacientes com IVE - Na insuficiência cardíaca grave, a insônia é acompanhada de excitação e obnubilação, alternando-se com períodos de sonolência e prostração. - A causa é a estase sanguínea encefálica, com edema cerebral e hipertensão do líquido cefalorraquidiano, além de anoxia dos neurônios cerebrais, relacionada com a diminuição do fluxo sanguíneo cerebral.
26
Cianose
- Cianose única extremidade: obstrução artéria venosa naquele membro - Cianose localizada nas mãos se relaciona com o fenômeno de Raynaud. - A cianose central relacionada com doença cardíaca congênita aparece e piora com o exercício, enquanto a cianose periférica do baixo débito acontece desde o repouso e piora apenas discretamente com o esforço. Tipos - central: shunts D-E ou por deficiência na funcao pulmonar - periferica: vasoconstrição secundaria a baixo DC ou frio - Mista: central + periferica -> ICC grave - alteracoes na hemoglobina
27
Edema
- Alteração pressão hidrostática ou oncótica - ICC, doenca renal ou hipoproteinemia - O peso corporal pode ser aumentando ate 10% antes do edema ser clinicamente detectável - Pode ocorrer edema generalizado (anasarca), na síndrome nefrótica, na cirrose hepática e na IC severa. - Diversas drogas podem causar edema, devendo ser pesquisado na história clínica. Tipos -Cardíaco: simétrico e progride de baixo para cima; - Desde as pernas, coxa, genitália e parede abdominal - Dispneia procede edema - Ascite associada à IC acontece após edema de membro inferior Hepático: a ascite precede o edema de membro inferior e geralmente não há dispneia a não ser que haja restrição respiratória pela ascite volumosa Renal é acompanhado da disfunção renal e suas alterações laboratoriais e sintomas de uremia
28
Astenia e fraqueza
- Fraqueza generalizada - Sintoma comum na IC. Relaciona-se ao baixo débito cardíaco e à oxigenação insuficiente dos músculos esqueléticos - Outras causas: - **Medicamentos: betabloqueador** - **Redução excessiva da PA** - **Hipopotassemia** - **Estados avançados de IC (caquexia cardíaca)**
29
Posição de cócoras
Estenose e atresia pulmonar, atresia tricúspide, fallot e transposição de grandes vasos -> cardiopata congênito cianótico com fluxo sanguíneo pulmonar menor - Tais pacientes assumem instintivamente a posição de cócoras, apoiando as nádegas nos calcanhares, porque descobrem que esta posição alivia a dispneia. - A teoria mais aceita é a de que essa posição eleva a pressão arterial sistêmica por compressão das artérias femorais e ilíacas, com aumento da pressão na aorta e no ventrículo esquerdo, diminuindo a passagem de sangue da direita para a esquerda. Haveria, também, maior congestão sanguínea venosa nos membros inferiores pela compressão das veias ilíacas, determinando, consequentemente, uma redução do retorno sanguíneo venoso.