Sistema Hepatobiliar Flashcards
(88 cards)
Insuficiência hepática
Perda da capacidade funcional do fígado quando há lesão difusa acentuada. É caracterizada pela presença de colestase, icterícia, encefalopatia hepática, hemorragia, hipoproteinemia, alterações vasculares e hemodinâmicas, fotossensibilização
Colestase
Retenção biliar intra ou extra-hepática
Ocorre em intoxicação por Brachiaria sp. e em situações obstrutiva
Icterícia
Alteração generalizada decorrente da hiperbilirrubinemia, com deposição da bilirrubina nos tecidos que ficam tingidos.
Tipos de icterícia
Pré-hepatica: aumento de bilirrubina não conjugada
Hepática: aumento de bilirrubina conjugada e não conjugada
Pós hepática: aumento de bilirrubina conjugada
Encefalopatia hepática
Decorre de lesão hepática difusa grave com retenção de produtos nitrogenados e resultante hiperamonemia
Manifestações clínicas encefalopatia hepatica
alterações comportamentais, apatia, tremores, alterações de locomoção, andar em círculos, cegueira, convulsões
Diagnóstico diferencial encefalopatia hepatica
Raiva, devido a agressividade
Encefalopatia hepática em cada espécie
Bovinos e equinos: decorrente de hepatopatias tóxicas agudas ou crônicas
Cães: decorrente de desvio congênito da circulação portal para a sitêmica fazendo com que o sangue não passe pelo figado e converta a amônia em ureia
Porque insuficiência hepática causa tendência a hemorragia?
O fígado sintetiza fatores de coagulação dependentes de vitamina K, fibrinogênio e outros. Quando tem lesões hepáticas difusas há uma redução de protrombina (fator II) e fibrinogênio (fator I) tendenciando a hemorragias.
Lesões agudas graves podem precipitar quadros de coagulação intravascular disseminada (CID) e fazer que haja consumo de fatores de coagulação e hemorragia resultante, como em casos de cães com leptospirose.
Hipoproteinemia
Lesões hepaticas difusas afetam a sintese de proteínas. Cracteriza-se por edema em subcutâneo, cavidades, pregas de mucosa abomasal em ruminantes.
Alterações vasculares e hemodinâmicas
Fígado com fibrose difusa faz com que haja um aumento da pressão hidrostática na circulação portal de modo a mandar o líquido intravascular para fora e acumule na cavidade abdominal (ascite)
Hepatopatias crônicas, como cirrose hepática, cria uma hipertensão portal que leva a formação de desvios portossistêmicos
Fotossensibilização hepatógena
Também chamada de secundária, é a mais importante. Ocorrer em animais herbívoros com lesão hepática difusa causada por plantas hepatotóxicas, como Brachiaria spp., Pithomyces chartarum, etc.
Patogenia da fotossensibilização hepatógena
Em hepatopatias difusas a filoeritrina, que é uma substância fotodinâmica produzida no intestino, não é removida do sangue pelo fígado e passa a se acumular em tecidos, inclusive na pele. Em áreas despigmentadas e desprovidas de pelos há penetração de raios UV, que faz com que a filoeritrina passe a produzir calor e radicais livres resultando em inflamação e necrose da pele.
Fotossensibilização primária
Ingestão ou contato com substância fotodinâmica pré-formada em plantas, como ervanço, e medicamentos, como tiobendazole e fenotiazina.
Não tem alteração hepática
Alterações pós-mortais
Embebição biliar, manchas pálidas na superficie, pseudomelanose em áreas de contato com intestino, formação de bolhas de gás no parênquima
Anomalias congênitas e achados incidentais de necropsia
Cistos hepáticos, lipidose de tensão e fibrose capsular
Cistos hepáticos
Estruturas revestidas por parede delgada e translucida que contém líquido
Diferenciar de cisto hidático
Lipidose de tensão
Área limitada de esteatose relacionada aos locais de inserção de ligamentos, que acabam geram tensão e impedem a oxigenação adequada da área levando esteatose decorente de hipóxia
Observada em abatedouros e necrópsias
Anemia
Evidenciação do padrão lobular devido a degeneração ou a necrose centrolobular decorrentes de hipóxia. Comum em cães com ancilostomose, ruminantes com hemoncose e suínos com uúlceras gástricas sangrantes
Congestão passiva crônica
Evidenciação do padrão centro lobular > fígado em nós moscada
Característico de ICCD
Congestão, hemorragias, fibrose
Pode estar associado a tromboflebite de veia cava
Telangiectasia
Dilatação dos sinusóides acumulando mais sangue
Macroscopicamente a superfície se apresenta vermlho-arroxeadas
Pode estar associada com salmonela e doenças caquetizantes
Figado é descartado por conta do aspecto, mas não tem problema
Achado de abatedouro
Infartos hepáticos
Raros devido a dupla circulação
Pode estar associado a hérnias diafragmáticas
Pode ocorrer na hemoglobinúria bacilar, intoxicação por samambaia ou em septicemia
Deslocamento hepático
Leva a congestão, esteatose e infarto
Ruptura
Relacionado a trauma