Sofrimento Fetal, Puerpério, Fórcipe (Obs 3) Flashcards

(38 cards)

1
Q

Como podemos averiguar se a medida o fundo uterino está abaixo da esperada durante a gestação?

A

Deve-se colocar no gráfico de IGxFU, caso esteja abaixo do percentil 10 consideramos abaixo do esperado.

Como regra geral, a AFU coincide com a IG da 18ª a 30ª semana. Nesse período, uma diferença ≥ 3cm é considerada anormal e demanda investigação.

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2
Q

Cite o principal exame de rastreio (baixo risco), o indicador com maior sensibilidade e o exame diagnóstico de CIUR:

A

Rastreio: Medida de AFU

Indicador de maior sensibilidade: Circunferência abdominal (USG)

Diagnóstico: análise após o parto

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3
Q

Quais são as etapas necessárias para formar a hipótese diagnóstica de CIUR?

A
  • Confirmar IG
  • Rastreio do crescimento intrauterino
  • USG obstétrico
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4
Q

Quais são os dois principais fatores da USG usados na investigação de CIUR?

A

Peso (suspeito se inferior ao percentil 10)

Circunferência abdominal

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5
Q

Cite e descreva quais são os tipos de CIUR:

A

SIMÉTRICO “Tipo I”

  • Representa agressão no princípio da gestação (Trissomia, drogas, infecção)
  • 5-10% dos casos
  • Relação CC/CA MANTIDA

ASSIMÉTRICO “Tipo II”

  • Representa agressão na segunda metade da gestação (Insuficiência placentária - HAS, DM)
  • 80% dos casos
  • Relação CC/CA AUMENTADA (diminuição da circunferência abdominal)

MISTA “Tipo III”

  • Rara
  • Pode ser considerada CIUR “assimétrica precoce”
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6
Q

Como é feito o diagnóstico de oligodrâmnio?

A

Suspeita através da AFU abaixo do esperado para IG

Confirmação através da USG:
.ILA < 5 cm
.Pelo menos um bolsão < 2cm

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7
Q

Quais são os valores normais de ILA?

A

8-18cm

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8
Q

Cite 4 possíveis causadores de oligodrâmnio:

A

Insuficiência placentária
RPMO
Malformações do TU
Uso de IECA

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9
Q

Cite 4 vasos que podem ser avaliados em uma dopplerfuxometria, bem como os parâmetros a serem avaliados e possíveis interpretações de cada um deles:

A

ARTÉRIA UTERINA

  • Capaz de avaliar nível de invasão trofoblástica
  • A presença da INCISURA BILATERAL após a 26ª semana representa maior risco de desenvolvimento de CIUR e pré-eclâmpsia

ARTÉRIA UMBILICAL

  • Avalia a presença de insuficiência placentária
  • O sinal de insuficiência é principalmente a alta resistência (e baixo fluxo), e isso se traduz em DIÁSTOLE 0 ou REVERSA

CEREBRAL MÉDIA

  • Marcador de circulação fetal
  • O normal é encontrar alta resistência
  • Se S/D UMBILICAL / S/D CEREBRAL for ≥ 1, estamos diante de um provável caso de centralização (proceder para análise de ducto venoso)

DUCTO VENOSO

  • Indicado em fetos < 32 semanas, com alteração da dopplerfuxometria arterial
  • A ONDA A INVERTIDA ocorre na falência cardíaca e há grande risco de morte intrauterina, implicando na interrupção IMEDIATA da gestação.
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10
Q

De uma maneira geral qual a taxa norma de movimentação fetal? Cite 3 possíveis causas de diminuição da movimentação:

A

Normal: 5-10 / hora

Causas de alteração: sono, droga, hipóxia

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11
Q

Quais são os valores de referência da microanálise de sangue do feto?

A

pH < 7,20 (dilatação)

pH < 7,15 (expulsão)

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12
Q

Como deve ser intervalada as auscultas de BCF durante o trabalho de parto?

A

BAIXO RISCO

  • 30/30 minutos durante a dilatação
  • 15/15 minutos durante a expulsão

ALTO RISCO

  • 15/15 minutos durante a dilatação
  • 5/5 minutos durante a expulsão
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13
Q

Descreva os 4 parâmetros principais utilizados na interpretação de uma cardiotocografia:

A

LINHA DE BASE:
- Valor de referêcia 110-160 bpm

VARIABILIDADE (diferença da menor e maior BCF):

  • Aumentado (saltatório): >25
  • Moderada: 6-25
  • Mínima: ≤ 5
  • Ausente: 0
  • Sinusoidal: Anemia (?)

ACELERAÇÃO (bom prognóstico):

  • Aumento de 15bpm por 15 segundos
  • Reativo se 2x em 20 min

DESACELERAÇÃO:
- DIP I (precoce ou cefálico): Coincide com contração
.Bom prognóstico
- DIP II: (tardio): após a contração
.sinal de sofrimento fetal (asfixia)
- DIP III (variável ou umbilical): aleatório
.Nem sempre representa risco ao feto
.Se recuperação lenta / sem retorno a linha de base / bifásico (em “W”) = desfavorável (hipoxemia)

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14
Q

Como é feita a classificação da cardiotocografia?

A
  • Categoria I: Linha de base 110-160bpm, variabilidade 6-25bpm, ausência de DIP II ou III, DIP I e aceleração podem estár presentes OU NÃO
  • Categoria II: Não I nem III (muita coisa, conferir apostila caso necessário)
  • Categoria III: Ausência de variabilidade e qualquer uma das alterações: DIP II, DIP III, bradicardia, padrão sinusoidal
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15
Q

Qual a conduta a ser tomada de acordo com a categoria da cardiotocografia?

A

I: acompanhar

III: O², DLE, suspender ocitocina, corrigir possível hipotensão. PARTO se insucesso

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16
Q

Quais são os aspectos analisados no perfil biofísico?

Citar em na ordem em que os mesmos se alteram em caso de sofrimento fetal agudo

A
Cardiotocografia
Movimento respiratório
Movimento fetal
Tônus fetal
Volume líquido amniótico
17
Q

Cite os 3 tipos principais de fórcipes, bem como suas aplicações e/ou limitações:

A

SIMPSON: pode ser usado em qualquer variedade (exceto transversal, devido ao limite de rotação).
*Pode ser usado em parto pélvico, embora não seja o mais adequado

PIPER: Indicado para parto pélvico / cabeça derradeira

KIELAND: Usado nos casos de variedades transversas

18
Q

Cite o nome da pegada adequada do fórcipe e quais são as condições necessárias para sua aplicação:

A

Pegada biparietomalomentoniana

APLICAR SE:

  • Ausência de colo
  • Pelve proporcional
  • Livre canal de parto
  • Insinuação
  • Conhecimento de variedade
  • Amniotomia
  • Bexiga / reto (?) vazios
19
Q

Cite possíveis indicações maternas e fetais para o uso de fórcipes:

A

Maternas:

  • Descolamento de retina
  • Cardiopatia
  • Exaustão
  • Hérnia abdominal

Fetais:

  • Sofrimento fetal agudo
  • Prolapso de cordão
  • Cabeça derradeira
20
Q

Cite possíveis complicações maternas e fetais devido ao uso de fórcipes:

A

Maternas:

  • Laceração vulvar
  • ” vaginal
  • ” cervical
  • ” retal

Fetais:

  • Cefaloematoma
  • Fratura de crânio
  • Hemorragia intracraniana
  • Escoriação de face
21
Q

Dentre o uso de fórcipe e vacoextrator, qual possui menor risco de lesão? Cite pelo menos três contraindicações ao uso ao uso de vacoextrator:

A

Fórcipes possui maior potencial de causar danos maternos. O vacoextrator possui maior risco de lesão fetal do que o fórcipes

CI:

  • Apresentação pélvica *
  • Apresentação bregmática
  • Apresentação de face
  • IG < 34 semanas **
  • Incerteza da variedade de posição
  • Suspeita de desproporção cefalopélivica
22
Q

Descreva a involução fisiológica do útero após o parto:

A

Se encontra na cicatriz após o parto

Intrapélvico em 2 semanas

23
Q

Em quanto tempo o colo deve-se fechar após o parto?

A

Dentro de 1 semana

24
Q

Como devemos esperar os lóquios durante o puerpério fisiológico?

A
  • Avermelhado inicialmente (até o 4º dia)
  • Róseo na segunda semana
  • Esbranquiçados em torno do 10º dia
25
Quanto a infecção puerperal, qual seu principal etiologia, sinal e tratamento?
- Endometrite (polimicrobiana) - Tax ≥ 38°C por ≥ 48h, do 2º ao 10º dia pós parto - TTO: Clindamicina + gentamicina até 72h assintomático -> alta
26
Cite fatores de risco e fatores profiláticos para endometrite:
FR: Cesária, anemia, desnutrição, RPMO, Profilaxia: ATB, integridade da bolsa, evitar toques desnecessários, assepsia correta
27
Descreva a tríade clássica da endometrite:
TRIADE DE BUMM Útero amolecido Útero subinvoluido Útero doloroso
28
Qual a fisiopatologia da mastite puerperal, qual o principal agente etiológico, como diagnosticar e trata-la?
- Pega incorreta durante a amamentação gera fissuras, que são a porta de entrada - Agente etiológico: Staphylococcus aureus - Diagnóstico: Presença de mastalgia com sinais flogísticos e febre - TTO: AINE, ATB (cefalosporina de 1ª geração, MANTER ALEITAMENTO)
29
Caso a mastite puerperal evolua com abscesso, como manejar?
É necessário drenar o abscesso e iniciar antibioticoterapia. O aleitamento deve ser mantido a não ser que a secreção purulenta esteja sendo drenada junto com o leite materno (mesmo assim estimular o esvaziamento da mama)
30
Paciente tabagista relata presença de abscesso mamário (2º episódio). Qual provável diagnóstico e conduta?
Abscesso subareolar recidivante TTO: ressecar e interromper tabagismo (recidivas associadas com habito de fumar)
31
Qual o volume de sangue esperado de ser perdido em um parto?
Vaginal: ≤ 0,5 L Cesária: ≤ 1 L
32
Cite 6 fatores de risco para o desenvolvimento de hemorragia puerperal:
- Gestação gemelar - Polidrâmnio - Mioma - Corioamnionite - Trabalho de parto rápido - Trabalho de parto lento
33
Cite quais são as principais causas a serem investigadas em uma paciente com hemorragia puerperal:
"OS 4 Ts" - Tônus (atonia uterina) - Trauma (laceração no trajeto) - Tecido (presença de restos placentários) - Trombo (coagulopatia)
34
Descreva, em ordem, quais medidas devem ser tomadas no caso de hemorragia puerperal
- Manobra de Hamilton - Ocitocina IV - Misoprostol VO, sublingual ou retal - Metilergonovina IM (CI: HAS) - Ácido tranexâmico VO ou retal (antifibrinolítico) - Balão de Bakri (ou sonda de Foley) - Sutura B-Lynch - Ligadura de artérias uterinas - Ligadura de artérias epigástricas - Embolização de artérias uterinas - Histerectomia
35
Qual a principal medida na prevenção de hemorragia puerperal?
10 unidades de ocitocina após a expulsão fetal (IM ou infusão venosa diluída)
36
Quais são as possíveis manobras no caso de uma inversão uterina aguda?
Manobra de Taxe Manobra de Huntington
37
Jovem em uso de antibiótico de amplo espectro para tratamento de infecção puerperal, porém segue apresentando febre após 48h de terapia, sem sinais de melhora. Qual a primeira hipótese para refratariedade do tratamento e qual seria a causa provável caso esta hipótese seja afastada? Qual o tratamento desse diagnóstico?
A principal causa de refratariedade no tratamento de endometrite seria o abscesso. Caso esse seja afastado pela clínica e exames complementares, devemos pensar em TROMBOFLEBITE PÉLVICA SÉPTICA. Nesses casos é indicado associar heparina a antibioticoterapia.
38
Dos achados a seguir, indique quais possuem potencial para desenvolver polidrâmnio ou oligodrâmnio: ``` 1- Insuficiência placentária 2- Obstrução baixa do trato urinário 3- Doença hemolítica perinatal 4- Diabetes gestacional 5- Anencefalia ```
OLIGODRÂMNIO: 1- Insuficiência placentária 2- Obstrução baixa do trato urinário POLIDRÂMNIO: 3- Doença hemolítica perinatal 4- Diabetes gestacional 5- Anencefalia