Solos Flashcards

(84 cards)

1
Q

Quando expostas à superfície do planeta, as rochas se encontram sob condições muito diferentes
daquelas nas quais se formaram. As condições reinantes na atmosfera levam à quebra e alteração das rochas
por agentes químicos, físicos e biológicos, processo que recebe o nome de

A

intemperismo.

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2
Q

saprolito

A

A rocha em
diferentes estados de alteração

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3
Q

manto de alteração ou regolito.

A

tudo aquilo que está acima da rocha fresca
ou sã (solo + saprolito)

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4
Q

intemperismo físico

A

em geral opera primeiro, originado fissuras e quebrando as rochas em
fragmentos menores sem, contudo, alterar a sua composição química e mineralógica. O fendilhamento e
fragmentação favorecem a penetração da água.

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5
Q

A desagregação das rochas pelo intemperismo físico se dá
pela ação de:

A
  • ciclos de aquecimento e resfriamento, que levam à expansão e contração dos minerais e ao surgimento
    de fissuras;
  • expansão volumétrica da água presente em fissuras ao congelar-se;
  • expansão volumétrica em fissuras pela cristalização de sais;
  • alívio de pressão das rochas expostas e consequente fendilhamento.
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6
Q

O intemperismo químico,

A

reações químicas que alteram a
composição química e mineralógica das rochas. A água é o principal agente do intemperismo químico

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7
Q

reações são do intemperismo químico incluem:

A
  • dissolução dos componentes mineralógicos das rochas;
  • hidrólise, que corresponde ao ataque à estrutura dos minerais promovido pelos íons H+ e OH- em
    solução (essa é a principal reação do intemperismo químico);
  • oxidação, especialmente associada a Fe e Mn, geralmente precedida pela hidrólise.
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8
Q

intemperismo biológico

A

é aquele mediado por organismos, podendo contribuir tanto para o
intemperismo físico (crescimento de raízes em fendas), quanto químico (liberação de ácidos orgânicos pelas
raízes, aporte de matéria orgânica, absorção de nutrientes).

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9
Q

Fatores que afetam o intemperismo

A

características das rochas e clima

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10
Q

minerais menos
resistentes ao intemperismo

A

olivina, piroxênios e anfibólios (augita e hornblenda, por exemplo) e os
plagioclásios. Esses minerais têm teores mais elevados de cátions como Fe2+, Mg2+ e Ca2+

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11
Q

minerais mais resistentes ao intemperismo

A

quartzo, muscovita e feldspato

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12
Q

Lixiviação

A

é a remoção de nutrientes e outras moléculas solúveis pela água que se infiltra
e percola através do solo

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13
Q

série liotrópica

A

A facilidade com que determinados elementos são perdidos

Al3+ > Ca2+ > Mg2+ > NH4
+ = K+ > Na+

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14
Q

fatores de formação do solo

equação
proposta por Jenny em 1941:

A

Solo = f(clima, organismos, material de origem, relevo, tempo)

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15
Q

solos
residuais ou autóctones)

A

O material de origem do solo pode ser a rocha que se encontra imediatamente abaixo dele

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16
Q

solos alóctones

A

material transportado de outros locais

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17
Q

processos básicos de formação
do solo

A

Adição, Remoção, Transformação e Translocação

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18
Q

processos básicos de formação
do solo (Adição)

A

acréscimo de materiais ao solo, como a adição de matéria orgânica à superfície
do solo pela vegetação

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19
Q

processos básicos de formação
do solo (Remoção)

A

a remoção de materiais do solo pode ser superficial ou em profundidade. A
erosão remove partículas da superfície pela ação da água e do vento, conforme veremos
no próximo capítulo. Já a lixiviação remove íons e moléculas em solução, que são
carreados pela água que drena através do solo em direção ao lençol freático. Esses dois
processos atuam em sentido inverso: enquanto a remoção por erosão acarreta
rejuvenescimento do solo (o material mais alterado é removido e o menos intemperizado
é exposto), a remoção por lixiviação condiciona seu envelhecimento (perda de nutrientes
e Si).

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20
Q

processos básicos de formação
do solo (Transformação)

A

corresponde às alterações que os materiais sofrem no solo, como por
exemplo, a conversão de um mineral primário a argilomineral (esquematizado
anteriormente) e a estabilização de resíduos orgânicos na forma de húmus.

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21
Q

processos básicos de formação
do solo (Translocação)

A

os materiais são transportados e mudam de lugar dentro do solo. A
matéria orgânica adicionada à superfície é incorporada pelos organismos à camada mais
superficial do solo. Os argilominerais, os óxidos de Fe e Al e a própria matéria orgânica
também podem ser transportados pela água, acumulando-se em profundidade.

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22
Q

classes de processos de formação do solo.

A

Calcificação: Latolização ou ferralitização: Eluviação e iluviação: Laterização e plintização: Pedoturbação: Adições antropogênicas: Gleização: Salinização, sodificação e solodização: Paludização: Ferrólise:

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23
Q

classes de processos de formação do solo (Calcificação:)

A

formação de carbonatos (principalmente CaCO3) secundários no solo.
Típico de climas mais secos, nos quais a lixiviação é pouco intensa. Processo típico dos
Chernossolos

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24
Q

classes de processos de formação do solo ( Latolização ou ferralitização:)

A

remoção intensa de nutrientes e Si do solo pela lixiviação,
com acúmulo residual de óxidos de Fe e Al. Condiciona a formação de Latossolos.

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25
classes de processos de formação do solo ( Laterização e plintização:)
mobilização de Fe e sua concentração na forma de concreções localizadas (plintita e petroplintita) ou extensas (laterita). Leva à formação de Plintossolos.
26
classes de processos de formação do solo ( Eluviação e iluviação)
: são processos de translocação de materiais dentro do solo, saindo de determinado local (eluviação) e sendo depositado em outro (iluviação). A eluviação pode originar camadas esbranquiçadas, empobrecidas em argila e matéria orgânica, típica dos Espodossolos (processo também chamado de podzolização). Nesses solos, também ocorre queluviação, um tipo de iluviação em que Fe e Al são transportados formando complexos com moléculas orgânicas, acumulando-se em profundidade (horizonte espódico). A argiluviação ou lessivagem é outro tipo de iluviação em que partículas de argila são translocadas das camadas superficiais para as mais profundas, sendo o processo típico de formação de diversos solos, como Argissolos, Planossolos, Luvissolos e Nitossolos (horizonte B textural).
27
classes de processos de formação do solo ( Pedoturbação:)
alteração da disposição das camadas do solo por erosão (deposição de sedimentos sobre o solo), fendilhamento intenso em Vertissolos (o solo contrai quando seco, originando fendas que são preenchidas por material superficial) e ação de animais da fauna do solo (chamado também bioturbação).
28
classes de processos de formação do solo (Adições antropogênicas:)
ocupações humanas antigas que produziram solos muito diferentes dos demais do local. Um exemplo típico no Brasil são as terras preta de índio, nome popular que se dá a solos antrópicos formados em antigos aldeamentos indígenas.
29
classes de processos de formação do solo ( Gleização:)
eliminação dos agentes pigmentantes vermelhos e amarelos (Hematita e Goethita, respectivamente) em condições de hidromorfismo (excesso de água e falta de Oxigênio). Típico dos Gleissolos.
30
classes de processos de formação do solo ( Salinização, sodificação e solodização:)
processos típicos de regiões áridas e semiáridas. Na salinização, há formação e acúmulo de sais no solo (KCl, NaCl, CaSO4). Na sodificação, não há formação de sais, mas o solo encontra-se saturado de cátions, principalmente Na+ . Na solodização, o Na+ é translocado e acumula-se em profundidade.
31
classes de processos de formação do solo ( Paludização:)
acúmulo de matéria orgânica em locais alagados ou encharcados.
32
Ferrólise:
destruição de argilominerais das camadas superficiais do solo em condições cíclicas de encharcamento e aeração, devido à acidificação pela oxidação do Fe2+ a Fe3+ .
33
pedon.
O menor volume de solo que representa suas características
34
horizonte A
Horizonte mineral e superficial (pode estar abaixo do O) cuja principal característica é a influência da matéria orgânica. Os resíduos orgânicos depositados na superfície são incorporados ao solo pela ação dos organismos, dando origem a esse horizonte que em geral tem coloração escura e estrutura granular.
35
Horizonte B
Horizonte mineral de subsuperfície (abaixo de A, E ou O). Representa a máxima expressão dos processos pedogenéticos, sendo por isso o principal horizonte para classificação do solo
36
Horizonte C
Horizonte mineral, inconsolidado (solto, friável) e relativamente pouco alterado pelos processos pedogenéticos. Rico em minerais primários, com cores claras e esmaecidas (comumente róseo ou amarelo bem claro).
37
Horizonte R
Camada mineral de material consolidado, formado por rocha contínua ou fragmentos grandes ocupando mais de 90% do volume
38
Horizonte O
Horizonte superficial orgânico dos solos minerais. Formado pelo acúmulo de material orgânico em condições de drenagem livre (sem encharcamento). Comum em solos florestais e bastante espesso em climas mais frios.
39
Horizonte H
Horizonte orgânico, superficial ou não, formado pelo acúmulo de restos vegetais em condições de encharcamento, em que a ausência de oxigênio impede a decomposição da matéria orgânica, que se acumula.
40
Horizonte E
Horizonte mineral formado pela eluviação de argila, matéria orgânica e óxidos de Fe e Al. Coloração esbranquiçada, ocorrendo abaixo de horizonte A ou O e acima de horizonte B
41
Horizonte F
Horizonte ou camada contínua formada por óxidos de Fe ou Al, chamado também de bancada laterítica ou canga. Formado a partir da cimentação e endurecimento irreversível de concreções.
42
Carta de Cores de Munsell
um catálogo sistematizado que permite a identificação das cores a partir do seu matiz (cor do espectro eletromagnético), do valor (tonalidade da cor, mais claro ou escuro) e do croma (grau de saturação da cor, ou proporção entre o matiz e o cinza).
43
areia
(diâmetro de 2 a 0,05 mm)
44
silte
(diâmetro entre 0,05 e 0,002 mm)
45
argila
(diâmetro inferior a 0,002 mm ou 2 µm)
46
Estrutura (grumosa)
Agregados granulares e arredondados, porém muito porosos e macios. Comum nos horizontes O, H, A húmico e A chernozêmico.
47
Estrutura (Granular)
Agregados arredondados, sendo a estrutura mais comum da grande maioria dos horizontes A.
48
Estrutura (Blocos )
Estrutura muito comum na maioria dos horizontes B. Os agregados têm formato de pequenos paralelepípedos com dimensões semelhantes em todos os eixos, com arestas mais ou menos arredondadas (blocos subangulares e angulares).
49
Estrutura (Colunar e prismática)
Os agregados são geralmente grandes e têm o eixo vertical bem maior que o horizontal. Típica de Vertissolos, do horizonte B de Planossolos e de solos afetados pela salinidade.
50
Estrutura (Laminar )
O eixo horizontal é maior que o vertical. Ocorre na superfície de solos extremamente compactados ou que sofreram encrostamento.
51
Estrutura (Maciça)
Sem formato definido, pois os agregados não são ainda bem formados, não existindo entre eles planos de fraqueza. Característica do horizonte C.
52
Estrutura (Grão simples)
Ocorre em solos muito arenosos, nos quais os teores de argila e matéria orgânica são insuficientes para a formação de agregados.
53
Horizonte A hístico
único horizonte diagnóstico orgânico, define os Organossolos.
54
Horizonte A chernozêmico:
horizonte mineral, com elevada fertilidade, macio e bem agregado (estrutura grumosa), alto teor de matéria orgânica, cores escuras, define os Chernossolos.
55
Horizonte A proeminente:
horizonte mineral, macio e bem agregado (estrutura grumosa), mas não tão fértil quanto o A chernozêmico.
56
Horizonte A húmico:
horizonte mineral, com levado teor de matéria orgânica.
57
Horizonte A fraco:
horizonte mineral, pouco espesso, cores claras, baixo teor de matéria orgânica.
58
Horizonte A antrópico:
horizonte mineral, com vestígios de atividade humana (fragmentos de cerâmica, por exemplo), elevada fertilidade natural (altos teores de P) e rico em matéria orgânica.
59
Horizonte A moderado:
horizonte mineral mais comum, com características intermediárias (não se enquadra como nenhum dos demais).
60
Horizonte álbico:
forte eluviação, cores claras, textura mais arenosa, típico de Espodossolos.
61
Horizonte B textural:
apresenta gradiente textural (teor de argila maior no horizonte B que no horizonte A devido à argiluviação), estrutura em blocos, define os Argissolos e Luvissolos. O gradiente ou relação textural (teor de argila no horizonte B dividido pelo teor de argila no horizonte A) deve ser maior que os seguintes valores, que variam em função do teor de argila no horizonte A: ▪ > 1,5 quando o horizonte A tem mais que 40% de argila ▪ > 1,7 quando o horizonte A tem entre 15% e 40% de argila ▪ > 1,8 quando o horizonte A tem menos que 15% de argila
62
Horizonte B nítico:
também é um horizonte B textural, mas com marcante cerosidade, define os Nitossolos.
63
Horizonte B plânico:
também é um horizonte B textural, mas com mudança muito abrupta do horizonte A para o B, caracteriza os Planossolos.
64
Horizonte B latossólico:
material bastante intemperizado, argila de baixa atividade, espessura maior que 50 cm, define os Latossolos.
65
Horizonte B espódico:
acúmulo iluvial de matéria orgânica associada ou não a Fe e Al, horizonte diagnóstico de Espodossolos.
66
Horizonte plíntico:
ocorrência de plintita (concreção de Fe macia, que não sofreu endurecimento irreversível), caracteriza os Plintossolos.
67
Horizonte litoplíntico:
semelhante ao anterior, mas com petroplintita (concreções que sofreram endurecimento irreversível), também define os Plintossolos.
68
Horizonte glei:
cores acinzentadas, hidromorfismo, típico dos Gleissolos.
69
Horizonte vértico:
grande fendilhamento quando seco, estrutura prismática, típico dos Vertissolos.
70
* Horizonte B incipiente
espessura superior a 10 cm, mas sem atributos diagnósticos que permitam classificá-lo como qualquer outro, define os Cambissolos.
71
Ausência de horizontes diagnósticos
superficiais e ausência de horizonte B: define a ordem dos Neossolos
72
Argissolos
Os Argissolos apresentam evolução pedogenética avançada, com predomínio de caulinita na fração argila (argila de baixa atividade) e evidências de migração da argila dos horizontes superficiais para o horizonte B (argiluviação), levando ao desenvolvimento de horizonte B textural. Os Argissolos comumente apresentam baixa fertilidade natural, acidez elevada e teores elevados de Al3+. Apresentam menor grau de evolução que os latossolos, ocorrendo em condições de relevo ondulado (mais declivoso). Geralmente são propícios ao desenvolvimento de culturas perenes (café, eucalipto, citros), porém podem apresentar restrições físicas em profundidade (adensamento).
73
Nitossolos
Os Nitossolos apresentam horizonte B nítico, com pequeno gradiente textural (relação entre teores de argila dos horizontes B e A), cerosidade marcante e estrutura em blocos ou prismática. Teor de argila acima de 35% e argila de atividade baixa. Frequentemente estão associados à ocorrência de rochas máficas, como basalto e anfibolito, apresentando pigmentação bastante cromática, do vermelho ao brunado (marrom).
74
Luvissolos
Os Luvissolos apresentam horizonte B textural, mas com argila de alta atividade e elevada fertilidade natural (alta saturação por bases). Ocorrem em regiões de intemperismo menos intenso, como no Nordeste brasileiro, sendo por isso geralmente pouco profundos e comumente pedregosos.
75
Planossolos
Os Planossolos apresentam horizonte B plânico, sendo marcados pela intensa perda de argila do horizonte A (ou E) com concentração no horizonte B, originando uma transição abrupta da textura do horizonte A mais arenoso para o horizonte B bem mais argiloso. Apresentam baixa permeabilidade devido a essa mudança abrupta da textura do horizonte A para o B plânico, sendo comum a ocorrência de mosqueados. Ocorrência em locais planos, com drenagem limitada, sendo muito propício ao cultivo de arroz inundado. Em locais mais quentes e secos pode haver acúmulo de sódio (Planossolos Nátricos), como na região Nordeste e no Pantanal.
76
Latossolos
Os Latossolos apresentam horizonte diagnóstico B latossólico, marcado pelo intemperismo intenso, remoção de bases e Si e acúmulo residual de óxidos de Fe e Al. São solos bastante profundos (horizonte B com no mínimo 0,5 m, sendo que raramente os horizontes A + B têm menos de 1,0 m), com perfil relativamente homogêneo em profundidade (pouca diferenciação entre os horizontes) e argila de baixa atividade (< 17 cmolc/kg de argila). Ocorrem principalmente em relevos mais suavizados, podendo apresentar estrutura granular ou em blocos. Apesar das limitações químicas (baixa fertilidade, elevada acidez, teores elevados de Al3+), podem ser muito produtivos quando corrigidos quimicamente e, em geral, são facilmente mecanizáveis. Apresentam boas condições físicas e elevada friabilidade (facilmente destorroados nas operações de revolvimento do preparo de solo).
77
Plintossolos
Os Plintossolos são solos formados sob condições temporárias de inundação ou excesso de água, típicos de regiões equatoriais ou tropicais com uma estação chuvosa e outra seca. Essas condições levam à mobilização do ferro e seu acúmulo na forma de concreções (plintita ou petroplintita). São solos marcados pela ocorrência de concreções de Fe em horizontes plíntico, litoplíntico ou concrecionário. A permeabilidade é limitada, sendo comum a ocorrência de mosqueados. Apresentam acidez muito elevada, com baixa fertilidade natural e baixa atividade da fração argila. Os solos com horizonte plíntico, com predomínio de plintita (Plintossolos Háplicos), ocorrem geralmente nas áreas mais baixas da paisagem, como em várzeas ou depressões, sendo bastante comuns na região do Médio Amazonas. Já os solos com horizonte litoplíntico ou concressionário (Plintossolos Pétricos) ocorrem em áreas mais altas, geralmente na borda de chapadas e paltôs.
78
Espodossolos
São solos com horizonte B espódico, formado pela iluviação de matéria orgânica associada ou não a Fe e Al, no processo de podzolização. São formados principalmente a partir de sedimentos arenosos em locais deprimidos ou abaciados. Os horizontes são bem diferenciados, geralmente ocorrendo a sequência AE-B espódico-C. Sua ocorrência geralmente é indicada pela presença de vegetação particular, como as campinaranas na Amazônia, as muçunungas na região dos Tabuleiros Costeiros (do PA ao RJ) e as restingas no litoral.
79
Gleissolos
São solos formados sob influência do hidromorfismo, ocorrendo em locais sujeitos à saturação por água duradoura ou permanente. Apresentam horizonte glei, com cores acinzentadas e mosqueados. Ocorrem em várzeas e baixadas, com vegetação tipicamente hidrófila ou higrófila. As áreas mais expressivas de ocorrência estão associadas às planícies de inundação dos grandes rios, principalmente na região Norte.
80
Organossolos
Os Organossolos são solos marcados pela predominância de características dadas pelo material orgânico, com formação de horizonte hístico em condições de encharcamento (horizonte H) ou locais mais frios e de maior altitude (horizonte O), que retardam a decomposição da matéria orgânica, favorecendo seu acúmulo. O horizonte hítico é definido pelos teores de carbono orgânico superiores a 8% ou 80 g/kg. Geralmente são bastante ácidos, com elevada CTC, mas muito pobres em nutrientes.
81
Chernossolos
Os Chernossolos apresentam horizonte A chernozêmico, com argila de atividade alta e elevada fertilidade natural (saturação por bases acima de 65%). São formados a partir de uma combinação de condições que favoreçam o acúmulo de matéria orgânica no horizonte A (que apresenta coloração escura e estrutura grumosa) associado a alta fertilidade natural, como locais de intemperismo menos intenso, restrições à lixiviação de nutrientes (lençol freático superficial, baixa precipitação) e material de origem rico em nutrientes (calcários, principalmente).
82
Vertissolos
São solos com horizonte vértico, caracterizados pelos elevados teores de argila de alta atividade, que se expande quando úmida e contrai quando seca. Comumente apresentam estrutura prismática e intenso fendilhamento quando secos
83
Cambissolos
Os Cambissolos apresentam horizonte B incipiente, sem predomínio de nenhum processo pedogenético. São bastante comuns em locais de relevo mais movimentado e declivoso, onde as elevadas taxas de erosão impedem o desenvolvimento do solo. As características desses solos são extremamente variáveis, já que podem ser formados sob diferentes condições de material de origem, formas de relevo, clima e vegetação.
84
Neossolos
São solos com reduzida atuação dos processos pedogenéticos, com predomínio de características herdadas do material de origem. Apresentam geralmente sequência de horizontes A-C-R ou A-R. Podem ser: ● Litólicos: rocha fresca próxima da superfície; ● Regolíticos: rocha fraturada próxima da superfície; ● Quartzarênicos: extremamente arenosos, com menos de 15% de argila; ● Flúvicos: associados a sedimentos aluvionares (depositados por rios) recentes.