(TBL 4) Desenvolvimento Folicular Flashcards
(13 cards)
Estágio Primordial
- Estrutura folicular mais precoce e simples do ovário
- Aparecem durante a metade da gestação
- Células germinativas primordiais continuam a se dividir mitoticamente até o 5º mês de gestação
- Células granulosas permanecem ligadas aos oócitos durante o seu desenvolvimento, fornecendo nutrientes para sustentar a manutenção do oócito.
- O gameta é derivado da ovogônia que iniciou a primeira divisão meiótica e que são chamadas de ovócitos primários, que progridem por grande parte da prófase da primeira divisão meiótica em um período de 2 semanas e então param no estágio diplóteno (descondenso da cromatina).
Estágio Primário
Aparecimento de células granulosas cuboides - folículo primário
Estágio Secundário
Proliferação das células granulosas, formando um epitélio estratificado.
Três a seis camadas de células granulosas: secreção de fatores parácrinos que induzem a diferenciação das células em células epitelioides da teca
As células da teca formam uma chamada achatada ao redor do folículo, formando o folículo pré-antral
Estágio Pré-Natal
- Folículos secretam fatores angiogênicos que induzem o desenvolvimento de uma a duas ateríolas que formam uma coroa vascular ao redor do folículo
- Ovócito inicia seu crescimento e produz proteínas celulares e para secreção - que formam a zona pelúcida.
- Células granulosas expressam receptores para FSH durante este período
- Células da teca são análogas às células de Leydig, visto que expressam o receptor para LH e produzem andrógenos (androtenediona)
Estágio Antral
- Os folículos crescem de diâmetro pois o epitélio de granulosas aumenta para 6 a 7 camadas e aparecem espaços preenchidos por líquido entre as células, fazendo com que elas coalescem em um antro.
- As células granulosas murais se tornam altamente esteroidogênicas e permanecem no ovário após a ovulação para se diferenciarem no corpo lúteo.
- As células dos cumulus são as células mais internas que circundam o oócito (também denominadas cumulus oophorus e coroa radiata)
- Folícuos antrais iniciais são dependentes de FSH hipofisário para seu crescimento normal
- Durante esse estágio o ovócito sintetiza quantidades suficientes de componentes do ciclo celular, de tal forma que se torna competente para completar a meiose I da ovulação
- As células da teca de folículos antrais grandes produzem quantidades significativas de androstenedona e testosterona, sendo os andrógenos convertidos em 17beta-estradiol pelas células da granulosa e o FSH estimulando sua proliferação e indução da expressão de GYP19, necessária para a síntese de estrogênio
Folículo Dominante
- Grupo de folículos antrais grandes são recrutados para iniciar um desenvolvimento rápido e dependente de gonadotrofina
- A medida que os níveis de FSH declinam, os folículos em crescimento rápido progressivamente sofrem atresia até que reste apenas um folículo, que é o que tem mais receptores de FSH
- O ovócito, apesar de ter completado a meiose I, só é liberado do folículo dominante até o surto de LH.
Função endócrina do folículo dominante
Células da Teca
- Produção de enzimas esteroigênicas via estimulação do LH, uma vez que são células ricamente vascularizadas e possuem acesso a colesterol, HDL e LDL.
- LH promove expressão dos receptores de LDL e HDL e ainda aumentam a expressão de CYPIIAI, 3beta-HSD e CYP17.
- Os andrógenos produzidos se difundem para as células murais ou entram na vasculatura folicular
Células Murais Granulosas
- Possuem muitos receptores para FSH, o que aumenta a expressão gênica e a atividade da CYP19
- Conversão de androstenediona no estrona (fraco) e testosterona em estradiol-17-beta (forte)
- Expressão de isoformas ativadoras de 17beta-HSD, que converte a estrona menos ativa em estradiol-17beta altamente ativo
FSH ainda reduz a expressão de receptores de LH em células murais da granulosa na segunda parte da fase folicular, o que permite que elas respondam ao LH e mantenham níveis elevados de CYP19 em face da diminuição do FSH.
Folículo dominante durante o período periovulatório
- Período periovulatório: tempo entre o início do sueto de LH e a expulsão do complexo cumulus-oócito para fora do ovário.
- Mudança na função esteroidogênica das células da teca e murais da granuloa
- Processo chamado luteinização com a formação de um corpo lúteo, que produz grandes quantidades de progesterona, juntamente com estrogênio em poucos dias após a ovulação.
Crescimento e estrutura durante o período periovulatório
- O grande folículo pré-ovulatório pressiona a superfície ovariana e gera uma protuberância mal vascularizada da parede ovariana chamada estigma. O aumento do LH induz a liberação de citocinas inflamatórias, as quais levam a ruptura do folículo
- A ligação das células do cumulus às células murais da granulosa degenera e o complexo cumulus-ovócito se torna livremente flutuante.
- As células da granulosa secretam fatores angiogênicos como fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), angiopoietina 2 e fator de crescimento básico do fibroblasto (bFGF), o que aumenta o suprimento de sangue para o novo corpo lúteo.
Gameta e função endócrina durante o período periovulatório
- O aumento de LH inibe a produção de GMPc pelas células granulosas do cumulus, removendo, assim, a inibição da PDE3. Essa PDE3 prossegue para degradar a AMPc para AMP inativo, removendo a interrupção da meiose.
- Surto de LH com expressão de receptores pelas células murais granulosas e as células da teca
- Inibição transitória da CYP19 com queda do estrogeno, visto que isso gera feedback positivo para o LH
- Ruptura da lâmina basal e vascularização das granulosas, tornando o LDL e o HDL disponíveis para a esteroidogênese
- Início da expressão da proteína StAR, CYPIIAI e 3beta-HSD - essenciais para o início da produção elevada de progesterona.
Crescimento e estrutura do corpo lúteo
- Remanescente da cavidade antral se enche de sangue dos vasos danificados na vizinhança do estigma, o que dá origem a um corpo hemorrágico
- Fibroblastos preenchem a cavidade antral com uma matriz extracelular semelhante a hialina
- As células da granulosa que passam a se chamar células luteinicas da granulosa aumentam e ficam preenchidas por lipídios e passam a preencher a antiga cavidade antral
- O corpo luteo humano vive cerca de 14 dias a menos que seja resgatado pelo hCG. Caso isso aconteça, o corpo lúteo permanece viável por cerca de 9 meses.
- O aumento do LH induz a ovulação e luteinização.
Função endócrina do corpo lúteo
- Como o LH também induz a expressão de CYPIIAI, 3beta-HSD e proteína StAR, as células luteínicas passam a converter colesterol em progesterona
- Produção de progesterona pelo corpo lúteo chega ao pico na metade da fase lútea. Essa combinação transforma o utero em uma estrutura adevisa que suporta a implantação do embrião.
- Estradiol atinge seu pico no meio da fase lútea e induz o receptor de progesterona
- Tanto o LH quanto o FSH são reduzidos na fase lútea por conta de um feedback negativo da progesterona e estrógeno
- As células luteínicas ainda secretam inibina, que reprime a secreção de FSH.
Folículos Atrésicos
- Desaparecimento do folículo ovariano
- As células da granulosa sofrem apoptose, mas as tecais resistem e repovoam o estroma
- As células tecais retêm os receptores de LH e a capacidade de produzir andrógeno e são coletivamente referidas como a “glândula intersticial” do ovário