TEMAS PARA REDAÇÕES Flashcards
(5 cards)
Os Temas de Redação mais quentes para 2025, de acordo com o Mago da Redação
- Conflitos Migratórios
- A proibição de celulares nas escolas/Dependência das Telas
- A redução da jornada de trabalho/Qualidade de Vida
- Regulamentação das Redes Sociais/Regulamentação da I.A/Liberdade de Expressão
- Pandemia Bets
- A exclusão digital de grupos vulneráveis no Brasil
- O aumento no feminicídio no Brasil
- A questão do lixo eletrônico no Brasil
- O impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho brasileiro
- A exclusão digital de grupos vulneráveis no Brasil
Modelo de redação sobre a Pandemia de Bets
No século XIX, Luiz Gama, poeta, advogado e abolicionista, foi vendido quando criança pelo próprio pai por causa de dívidas de jogos. Essa torpe realidade que parece ser distante está cada vez mais presente com a disseminação da cultura de apostas (“bets”), causando endividamentos e compulsões.
De início, é importante ressaltar um paradoxo: ao mesmo tempo em se arrecada dinheiro com impostos, há a ruína financeira de centenas de famílias. Nesse sentido, a indústria das apostas movimenta a economia, gerando empregos e pagamento de tributos; contudo, grande parte dos jogadores, no Brasil, são pessoas pobres. De acordo com dados do Instituto Locomotiva, 84% dos apostadores estão endividados e 64% estão negativados. Ou seja, esse contexto traz uma anomia social, caracterizada como uma desintegração social conforme reflexões do sociólogo Durkheim.
Em segunda análise, outro ponto relevante é que as “bets” geram dependência e transtornos mentais. A ludopatia, ou compulsão por jogos de azar, é uma condição reconhecida pela OMS que afeta milhões de pessoas no mundo. Esse vício pode levar a problemas de desintegração familiar e a questões de saúde mental, como depressão e autoextermínio. Nesse sentido, segundo relatos do jornal Metrópoles, há um aumento de suicídios de pessoas em decorrência de endividamento no famoso “Jogo do Tigrinho”.
Portanto, o mundo das apostas é perigoso, porque intensifica problemas econômicos e de saúde coletiva. Dessa forma, para que não tenhamos mais casos semelhantes de pessoas vendendo os filhos por dívidas em jogos, como aconteceu com Luiz Gama, é necessário que o Estado proíba esse tipo de atividade.
Modelo de Redação sobre Tecnologias de Vigilância e Segurança Pública
George Orwell, em seu livro “1984”, explora os limites da vigilância que o Estado pode promover sobre sua população, demonstrando como o controle pode ser opressivo e autoritário. Fora da ficção, o uso de tecnologias para vigiar a população está associado a benefícios para a segurança pública, embora também apresente problemas.
De fato, o emprego de ferramentas modernas contribui para a identificação de criminosos e a coibição de crimes. A exemplo disso, pode-se citar o uso de câmeras associadas a serviços de mapeamento facial e comparação com bancos de dados contendo imagens de procurados pela justiça. Além disso, a presença generalizada desses aparatos cria uma sensação de constante vigilância, um elemento da “sociedade controle”, descrita pelo filósofo Deleuze. Como consequência, pretende-se inibir a iniciativa transgressora.
Contudo, as mesmas tecnologias podem gerar problemas graves e não evidentes à primeira vista. Ainda que haja índice significativo de eficácia no uso de câmeras para identificar procurados, estudo do MIT demonstrou que tais aparatos erravam em cerca de um terço das ocorrências envolvendo pessoas negras, resultando em prisões e constrangimentos de inocentes. Isso é resultado do chamado “racismo estrutural”, conceito amplamente utilizado nas ciências sociais no que se refere às marcas da desigualdade racial presentes nas estruturas da sociedade, incluindo, por exemplo, os bancos de imagens usados para treinar os sistemas de monitoramento.
Portanto, entende-se o uso de tecnologias na segurança pública como fundamental para melhorar a eficácia do provimento desse direito. Entretanto, não se pode deixar de lado os problemas e as limitações dessas ferramentas, a fim de afastar o cenário de autoritarismo descrito por Orwell em “1984”.
Modelo de Redação sobre Liberdade Individual e Paternalismo Estatal
No livro “Um Jogador”, Fiódor Dostoiévski narra a história de um homem que, sempre motivado pela possibilidade de enriquecimento, arruína sua vida em decorrência do vício nas apostas da roleta. Fora da ficção, os riscos inerentes às apostas assemelham-se aos descritos na obra, o que demanda do Estado a limitação da liberdade individual em favor do bem-estar coletivo.
Em primeiro plano, não resta dúvidas de que a autonomia de cada cidadão deve ser respeitada e encorajada. Afinal, conforme o filósofo Friedrich Nietzsche, a aceitação da tutela de terceiros é uma característica que torna o ser humano um “animal de rebanho”, sem capacidade de pensar por si mesmo. Dentro dessa perspectiva, o pensador preconiza que cada pessoa tome suas próprias decisões, cenário em que não caberia a atuação paternalista do Estado para coibir apostas. No entanto, ao criar regulamentações mais rígidas para as chamadas “bets”, atua-se a favor da coletividade. Afinal, dados levantados pelo Governo Federal revelam o aumento de pessoas viciadas em modalidades diversas de apostas. Além disso, também se observa a evasão de capital das famílias que seria destinado a necessidades, como o pagamento de contas ou a compra de alimentos. Sob tal prisma, deve-se ter em mente que o papel do Estado é promover a cidadania, tarefa que, de acordo com o sociólogo Thomas Marshall, demanda a priorização de direitos coletivos – como a saúde pública e a ordem econômica – em detrimento de individuais – como a liberdade de apostar livremente. Portanto, a iniciativa do poder público para reduzir as apostas não representa uma ação paternalista. Ao contrário, atende a uma demanda social concreta e à premissa de promoção da cidadania para todos. Assim, casos como o narrado por Dostoiévski serão limitados no Brasil.
Modelo de Redação usando a série ADOLESCÊNCIA como repertório
De acordo com Sigmund Freud, a infância e a adolescência compreendem um período de formação da personalidade, de modo que são relevantes os esforços para proteger os menores ao longo dessa fase. Contudo, o uso não supervisionado da internet, pretensamente seguro, tem o potencial de gerar graves efeitos negativos aos menores em decorrência de uma cultura digital marcadamente inadequada para a juventude e inclinada à radicalização.
Em primeiro plano, a presunção dos pais de que os filhos estão seguros com computadores e celulares é totalmente falsa. Nesse sentido, o psicólogo Jonathan Haidt, estudioso da popularização do “smartphone” entre crianças e adolescentes, afirma que, nas últimas décadas, houve crescente restrição da liberdade dos mais novos. Como consequência, o tempo gasto com atividades não supervisionadas foi transferido para o uso de dispositivos eletrônicos, os quais geram a impressão de segurança, uma vez que os jovens os acessam sob o próprio teto. Contudo, Haidt destaca que a cultura digital naturaliza conteúdos inadequados para menores, desde violência explícita até pornografia, o que pode causar danos ao desenvolvimento infanto-juvenil. Além disso, a formação de opiniões extremas é favorecida em ambientes virtuais. A esse respeito, a recente série “Adolescência”, da Netflix, retrata como meninos têm se envolvido com discursos misóginos em redes sem qualquer moderação, nas quais as mulheres são vistas como perversas, interesseiras e culpadas pelo sofrimento dos homens. Com isso, a radicalização da percepção do personagem principal, Jamie, culmina em um ataque a uma menina de seu colégio usando uma faca, ressaltando os potenciais riscos da participação não supervisionada de adolescentes em culturas digitais perniciosas. Isso mostra a importância de uma educação, tanto familiar como escolar, de como usar a tecnologia de forma positiva e construtiva. Portanto, resta claro que os mais novos devem ser protegidos do mundo virtual. Somente com supervisão adequada é possível viabilizar que crianças e adolescentes aproveitem a cultura digital sem colocar em risco o seu desenvolvimento.