Teoria Geral da Constituição e Interpretação Constitucional Flashcards

1
Q

Dada a natureza jurídica das normas prescritas no ADCT, por meio delas podem ser estabelecidas exceções às regras constantes no corpo principal da CF.

A

Normas do ADCT têm a mesma natureza jurídica das demais normas da Constituição. Por isso, podem trazer exceções às regras colocadas no corpo da Constituição. Nesse sentido, Pedro Lenza, Direito constitucional esquematizado, p. 161. Correta.

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2
Q

De acordo com o critério da função exercida pela norma constitucional, considera-se impositiva a regra que veda a imposição de sanção penal ao indivíduo no caso de inexistir lei anterior que defina como crime conduta por ele praticada

A

De acordo com a doutrina, a norma constitucional impositiva é aquela que estabelece um dever para os poderes públicos (como os objetivos da República Federativa do Brasil, previstos no art. 3º, CF). A norma que veda a imposição de sanção sem lei anterior que defina a conduta como crime constitui exemplo, segundo o critério da função exercida pela norma constitucional, de norma que institui garantia aos cidadãos. Errada.

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3
Q

Consoante a concepção moderna de constituição material, ou substancial, o texto constitucional trata da normatização de aspectos essenciais vinculados às conexões das pessoas com os poderes públicos, não abrangendo os fatores relacionados ao contato das pessoas e dos grupos sociais entre si.

A

Segundo a literatura consultada, pela concepção moderna do conceito de Constituição material, a “Constituição passa a ser o local para delinear normativamente também aspectos essenciais do contato das pessoas e grupos sociais entre si, e não apenas as suas conexões com os poderes públicos” (MENDES; BRANCO, Curso de direito constitucional, p. 65). Errada.

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4
Q

Pelo princípio da concordância prática ou harmonização, na hipótese de eventual conflito ou concorrência entre bens jurídicos constitucionalizados, deve-se buscar a coexistência entre eles, evitando-se o sacrifício total de um princípio em relação ao outro.

A

Segundo esse princípio, deve-se buscar no problema a ser solucionado, em face da Constituição, a confrontação de bens e valores jurídicos que ali estariam conflitando de modo a, no caso concreto, estabelecer qual ou quais dos valores em conflito deverá prevalecer, de forma a evitar o sacrifício total de uns em benefício dos outros. Correta.

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5
Q

O método hermenêutico-concretizador caracteriza-se pela praticidade na busca da solução dos problemas, já que parte de um problema concreto para a norma.

A

A leitura de um texto constitucional, assim como a de qualquer outro texto normativo, inicia-se pela pré-compreensão do seu sentido pelo intérprete. Assim, o método hermenêutico-concretizador parte da norma para o problema concreto. Errada.

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6
Q

Atendendo ao princípio denominado correção funcional, o STF não pode atuar no controle concentrado de constitucionalidade como legislador positivo.

A

STF, ADI 267-MC. Correta.

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7
Q
De acordo com Alexandre de Moraes (Direito Constitucional, São Paulo: Atlas, 2001, p. 511), o ato que consiste no acolhimento que uma nova constituição posta em vigor dá às leis e aos atos normativos editados sob a égide da Carta anterior, desde que compatíveis consigo, é denominado
(A) repristinação.
(B) recepção.
(C) desconstitucionalização.
(D) revogação tácita.
(E) adequação.
A

Pela recepção, diz-se que a norma foi recepcionada pela nova Constituição, ou seja, que foi acolhida e incorporada à nova ordem constitucional porque compatível formal e materialmente com os termos da nova Constituição. Alternativa B.

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8
Q

Quanto a sua extensão e finalidade, a constituição sintética examina e regulamenta todos os assuntos que reputa relevantes à formação, à destinação e ao funcionamento do Estado.

A

Sintéticas (garantias) são as Constituições que preveem somente os princípios e as normas gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando seu poder por meio de estipulação de direitos e garantias fundamentais. Por sua vez, analíticas (dirigentes) são aquelas que examinam e regulamentam todos os assuntos que entendem relevantes à formação, destinação e funcionamento do Estado. Errada.

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9
Q

Quando, no exercício de sua capacidade de auto-organização, o estado-membro edita sua constituição, ele age com fundamento no denominado poder constituinte derivado decorrente.

A

Poder Constituinte Derivado decorrente é a possibilidade que os Estados-membros têm de se auto-organizarem por meio de suas Constituições Estaduais, obedecidos, sempre, os limites impostos pela Constituição Federal. Correta.

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10
Q

O poder constituinte originário, por ser aquele que instaura uma nova ordem jurídica, exige deliberação da representação popular, razão pela qual não se admite a outorga como forma de sua expressão.

A

Poder Constituinte Originário (de primeiro grau) é aquele que estabelece a Constituição de um Estado, organizando-o e criando os poderes destinados a reger os interesses da comunidade. São características do Poder Constituinte Originário: é inicial e anterior, juridicamente ilimitado e incondicionado, autônomo e exclusivo, permanente e inalienável. Todavia, nem sempre o Poder Constituinte Originário surge por meio de mecanismos populares, mas também da imposição de poder (outorga). Errada.

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11
Q

A Carta outorgada em 10 de novembro de 1937 é exemplo de texto constitucional colocado a serviço do detentor do poder, para seu uso pessoal. É a máscara do poder. É uma Constituição que perde normatividade, salvo nas passagens em que confere atribuições ao titular do poder. Numerosos preceitos da Carta de 1937 permaneceram no domínio do puro nominalismo, sem qualquer aplicação e efetividade no mundo das normas jurídicas.
Raul Machado Horta. Direito constitucional. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 1999, p. 54-5 (com adaptações).
Considerando a classificação ontológica das constituições, assinale a opção que apresenta a categoria que se aplica à Constituição de 1937, conforme a descrição acima.
(A) constituição semântica
(B) constituição dogmática
(C) constituição formal
(D) constituição outorgada
(E) constituição ortodoxa

A

Quanto à correspondência com a realidade ou ontológica, Karl Loewenstein classifica as Constituições como “normativas”, “nominais” ou “semânticas”. Normativas: são aquelas cujas normas dominam o processo político, ou seja, em que o poder se adapta às normas constitucionais e se lhes submete. Nominais: são aquelas que não conseguem adaptar as suas normas à dinâmica do processo político, ficando sem realidade existencial. Em outras palavras: mesmo tendo a intenção de limitar o poder, não conseguem. Semânticas: apenas formalizam a situação do poder político existente em benefício exclusivo dos detentores de fato desse poder. Alternativa A.

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12
Q

Assinale a opção correta com referência ao conceito e à classificação das constituições.
(A) Para a teoria da força normativa da constituição – desenvolvida, principalmente, pelo jurista alemão Konrad Hesse –, a constituição tem força ativa para alterar a realidade, sendo relevante a reflexão dos valores essenciais da comunidade política submetida.
(B) De acordo com a classificação quanto à extensão, no Brasil, a Constituição de 1988 é sintética, pois constitucionaliza aspectos além do núcleo duro das constituições, estabelecendo matérias que poderiam ser tratadas mediante legislação infraconstitucional.
(C) As constituições denominadas rígidas são aquelas que não admitem alteração e que, por isso mesmo, são consideradas permanentes.
(D) Para o jurista alemão Peter Härbele, a constituição de um país consiste na soma dos fatores reais de poder que regulamentam a vida nessa sociedade.
(E) O legado de Carl Schmitt, considerado expoente da acepção jurídica da constituição, consistiu na afirmação de que há, nesse conceito, um plano lógico-jurídico, em que estaria situada a norma hipotética fundamental, e um plano jurídico-positivo, ou seja, a norma positivada.

A

(A) A teoria da força normativa da Constituição é de autoria de Konrad Hesse. (B) A CF/88, quanto à extensão, é classificada como analítica. (C) Poderiam ser denominadas de imutáveis aquelas que não permitem alteração de seu texto. (D) É de Ferdinand Lassalle a teoria de que a verdadeira Constituição de um país é o somatório dos fatores reais de poder que regulam aquela sociedade. (E) A acepção jurídica de Constituição é atribuída especialmente a Hans Kelsen. Alternativa A.

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13
Q

Assinale a opção correta a respeito dos conceitos de mutação constitucional, revisão constitucional e poder constituinte.
(A) Tratando-se de mutação constitucional, o texto da constituição permanece inalterado, e alteram-se apenas o significado e o sentido interpretativo de determinada norma constitucional.
(B) A revisão constitucional prevista no ADCT da CF, que foi realizada pelo voto da maioria simples dos membros do Congresso Nacional, gerou seis emendas constitucionais de revisão que detêm o status de normas constitucionais originárias.
(C) Previsto pelo constituinte originário, o poder constituinte derivado decorrente encontra limitações apenas nas cláusulas pétreas.
(D) Sendo poder de índole democrática, autônomo e juridicamente ilimitado, o poder constituinte originário tem como forma única de expressão a assembleia nacional constituinte.
(E) É expressamente previsto na CF que os Poderes Legislativos dos estados, do DF e dos municípios devem elaborar suas constituições e leis orgânicas mediante manifestação do poder constituinte derivado decorrente.

A

Mutação constitucional é o processo informal de modificação do significado da Constituição sem que haja a alteração formal de seu texto, que se daria por meio de emenda constitucional. Essa possibilidade pode ocorrer, especialmente, por duas razões: a) surgimento de novo costume ou b) pela via interpretativa. Alternativa A.

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14
Q

De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), é possível questionar, através de mandado de segurança, proposta de emenda constitucional tendente a abolir a separação de poderes. Todavia, a legitimidade para o ajuizamento é exclusiva de parlamentar.

A

O STF (MS 20.257/DF) aceita Mandado de Segurança para correção do processo legislativo constitucional, especialmente no caso de tramitação de projetos de emenda tendentes a abolir as cláusulas pétreas do art. 60. Correta.

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15
Q

Para a doutrina constitucional majoritária, não existem limites implícitos ao poder constituinte derivado reformador. É possível, assim, adotar a teoria da dupla revisão.

A

Ao contrário, a doutrina majoritária reconhece, além de limitações expressas ao poder de reforma, a existência de limitações implícitas. Por isso, a “dupla revisão”, que seria emendar a Constituição, retirando eventual limitação expressa, para que, logo após, seja retirado da Constituição aquele conteúdo que não mais sofre proteção, é vedada no Direito brasileiro. Errada.

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16
Q

A norma constitucional que preveja a participação dos empregados nos lucros ou resultados da empresa configura exemplo de norma de eficácia limitada.

A

O STF (RE 398.284) entendeu que há necessidade de lei para o exercício desse direito: “O exercício do direito assegurado pelo art. 7º, XI, da CF começa com a edição da lei prevista no dispositivo para regulamentá-lo, diante da imperativa necessidade de integração”. Correta.

17
Q

De acordo com o denominado método da tópica, sendo a constituição a representação do sistema cultural e de valores de um povo, sujeito a flutuações, a interpretação constitucional deve ser elástica e flexível.

A

A doutrina entende que o método da tópica torna a Constituição como um conjunto aberto de regras e princípios, dos quais o aplicador deve escolher aquele que seja mais adequado para a promoção de uma solução justa ao caso concreto que analisa. Nesse sentido, Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco (Curso de direito constitucional). Errada.

18
Q

O poder constituinte de reforma não pode criar cláusulas pétreas, apesar de lhe ser facultado ampliar o catálogo dos direitos fundamentais criado pelo poder constituinte originário.

A

Segundo Gilmar Ferreira Mendes e outros, “não é cabível que o poder de reforma crie cláusulas pétreas. Apenas o poder Constituinte Originário pode fazê-lo. Se o Poder Constituinte de reforma não pode criar cláusulas pétreas, o novo direito fundamental que venha a estabelecer – diverso daqueles que o constituinte originário quis eternizar – não poderá ser tido como um direito perpétuo, livre de abolição por uma emenda subsequente” (Curso de direito constitucional, 2009, p. 259). Correta.

19
Q

Devido a graves problemas na área de segurança pública, como a existência, no ciclo da persecução criminal, de dois órgãos com tarefas complementares e, algumas vezes, conflitantes; a necessidade de inclusão do município no sistema de segurança pública; a incidência cada vez maior de crimes cometidos por menores de 18 anos de idade etc., foi proposta, com o apoio de 215 deputados, uma emenda à Constituição Federal. Nos trabalhos de revisão constitucional, segundo o texto da emenda, o Congresso Nacional deliberaria em sessão unicameral, aprovando-se as alterações constitucionais pelo voto da maioria absoluta dos seus membros. A realização da revisão constitucional ocorreria após a ratificação popular do texto da emenda, por meio de referendo, a ser realizado seis meses após a sua aprovação e promulgação. Proposta de igual teor havia sido apresentada no início da sessão legislativa, mas fora rejeitada na primeira votação em plenário, na Câmara dos Deputados. Porém, com o agravamento da situação na área de segurança pública, entenderam os autores ser pertinente a sua reapresentação. Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens a seguir (Certo ou Errado).

a) No caso brasileiro, o poder constituinte derivado possui limitações temporais, materiais e circunstanciais, expressas no texto constitucional, e limitações implícitas, relativas à titularidade dos poderes constituintes originário e derivado.
b) Nos trabalhos de revisão constitucional, como o mencionado no texto acima, é possível alterar-se o dispositivo que prevê a inimputabilidade penal do menor de 18 anos de idade, uma vez que se trata de matéria relativa à política de execução penal.

A

a) Na verdade, as limitações implícitas quanto à titularidade não dizem respeito ao Poder Constituinte Originário, mas, sim, ao Poder Constituinte Derivado. Errada.
b) Em que pese ser matéria divergente, mais de uma vez o CESPE tem se manifestado no sentido de que seria inconstitucional a redução da idade penal, por ser cláusula pétrea do art. 60, § 4º, IV, CF/88. Errada.

20
Q

A Constituição brasileira de 1824 previa, em seus artigos 174 e 178:
“Art. 174. Se passados quatro anos, depois de jurada a Constituição do Brasil, se conhecer, que algum dos seus artigos merece reforma, se fará a proposição por escrito, a qual deve ter origem na Câmara dos Deputados, e ser apoiada pela terça parte deles.”
“Art. 178. É só Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos Poderes Políticos e aos Direitos Políticos e individuais dos Cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias.”
Depreende-se dos dispositivos acima transcritos que a Constituição brasileira do Império
(A) Impunha limites temporais, materiais e circunstanciais ao exercício regular do poder de reforma constitucional, a exemplo do que se tem na Constituição vigente.
(B) Exigia quorum de maioria qualificada para propositura de emendas à Constituição por membros do Legislativo, diferentemente da Constituição vigente, que admite iniciativa isolada de parlamentares para proposta de emenda.
(C) Poderia ser classificada como sintética e histórica, em oposição à Constituição vigente, que é analítica e dogmática.
(D) Era do tipo semirrígida, quanto à alterabilidade de suas normas, diferentemente da Constituição vigente, que, sob esse aspecto, é rígida.
(E) Previa hipótese especial de revisão constitucional, semelhante àquela contemplada no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição vigente, quanto a prazo e quorum para exercício do poder de revisão.

A

Questão estritamente doutrinária. Constituição semirrígida seria aquela em que parte das normas poderia ser alterada por processo legislativo ordinário, sem a exigência de quórum qualificado. Outras normas, contudo, somente poderiam ser modificadas por meio de processo especial e mais difícil. Alternativa D.

21
Q

A respeito da soberania, SAMPAIO DORIA afirma que ela “determina a si mesma os limites de sua competência” e que “a autonomia atua dentro de limites que a soberania lhe tenha prescrito”. Assim sendo, o Estado Federal
(A) é detentor exclusivo da autonomia e a Nação exerce a soberania.
(B) e os Estados-Membros são autônomos.
(C) e os Estados-Membros são soberanos.
(D) e os Estados-Membros são soberanos e os Municípios são autônomos.
(E) é soberano e os Estados-Membros são autônomos.

A

Nos termos do art. 1º, CF/88, o Estado brasileiro possui o atributo da soberania. Por sua vez, Estados-membros, Distrito Federal e os municípios são apenas autônomos. Mas cuidado nas provas: a União não possui soberania, ela apenas a exerce, ou seja, representa a soberania que, como se disse, é característica do próprio Estado. Alternativa E.

22
Q

Conforme a doutrina dominante, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é classificada como
(A) formal, escrita, outorgada e rígida.
(B) formal, escrita, promulgada e rígida.
(C) material, escrita, promulgada e imutável.
(D) formal, escrita, promulgada e flexível.
(E) material, escrita, outorgada e semirrígida.

A

Espécie de questão muito repetida pela FCC nos concursos públicos que organiza. Nossa Constituição Federal é classificada como formal (quanto ao conteúdo), escrita (quanto à forma), promulgada (quanto à origem) e rígida (quanto à estabilidade). Alternativa B.

23
Q

A Constituição da República Federativa do Brasil (1988), pode ser classificada quanto ao seu conteúdo, seu modo de elaboração, sua origem, sua estabilidade e sua extensão, como
(A) formal, histórica ou costumeira, promulgada, flexível e sintética.
(B) material, dogmática, outorgada, rígida e sintética.
(C) formal, dogmática, promulgada, super-rígida e analítica.
(D) material, pragmática, outorgada, semirrígida e sintética.
(E) formal, histórica ou costumeira, outorgada, flexível e analítica.

A

A Constituição Federal de 1988 é classificada como formal (quanto ao conteúdo), dogmática (quanto ao modo de elaboração), promulgada (quanto à origem), super-rígida (quanto à estabilidade) e analítica (quanto à extensão). Alternativa C.

24
Q

O termo “Constituição” comporta uma série de significados e sentidos. Assinale a alternativa que associa corretamente a frase, autor e sentido.
(A) Todas as Constituições pretendem, implícita ou explicitamente, conformar globalmente o político. Há uma intenção atuante e conformadora do direito constitucional que vincula o legislador. Jorge Miranda. Sentido dirigente.
(B) Todos os países possuem, possuíram sempre, em todos os momentos da sua história uma constituição real e efetiva. Carl Schmitt. Sentido político.
(C) Constituição significa, essencialmente, decisão política fundamental, ou seja, concreta decisão de conjunto sobre o modo e a forma de existência política. Ferdinand Lassalle. Sentido Político.
(D) Constituição é a norma fundamental hipotética e lei nacional no seu mais alto grau na forma de documento solene e que somente pode ser alterada observando-se certas prescrições especiais. Jean Jacques Rousseau. Sentido lógico-jurídico.
(E) A verdadeira Constituição de um país somente tem por base os fatores reais de poder que naquele país vigem e as constituições escritas não têm valor nem são duráveis a não ser que exprimam fielmente os fatores reais de poder que imperam na realidade. Ferdinand Lassalle. Sentido Sociológico.

A

(A) Talvez esteja referenciando o conceito de Canotilho, mas não de Jorge Miranda. (B) Talvez seja o conceito de Ferdinand Lassalle, mas não de Carl Schmitt. (C) É a ideia de Carl Schmitt, mas não de Lassalle. (D) Os conceitos de Hans Kelsen sobre Constituição estão invertidos. Além disso, o nome do autor está errado. (E) Clássica definição de Ferdinand Lassalle sobre Constituição. Alternativa E.

25
Q

Considera-se de eficácia limitada a norma constitucional segundo a qual
(A) os trabalhadores urbanos e rurais têm direito à participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei.
(B) não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião, assim definido em lei.
(C) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
(D) é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
(E) os trabalhadores urbanos e rurais têm direito à duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

A

Normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que apresentam aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, somente agindo após normatividade ulterior que lhes desenvolva aplicabilidade. Essa categoria pode ser divida em duas: normas de princípio institutivo e normas de princípio programático. Exemplos: art. 7º, XI e XX; art. 218, § 4º; art. 22, parágrafo único; art. 37, XI; art. 109, § 3º; art. 128, § 5º. Alternativa A.

26
Q

Considera-se de eficácia limitada a norma constitucional segundo a qual
(A) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
(B) é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
(C) a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
(D) são gratuitos, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
(E) não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal

A

Normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que apresentam aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, somente agindo após normatividade ulterior que lhes desenvolva aplicabilidade. Essa categoria pode ser divida em duas: normas de princípio institutivo e normas de princípio programático. Exemplos: art. 7º, XI e XX; art. 218, § 4º; art. 22, parágrafo único; art. 37, XI; art. 109, § 3º; art. 128, § 5º. Alternativa D.