Tireoide Flashcards
(24 cards)
Hipotireoidismo primário
- Definião
- Etiologias: anticorpos, procedimentos e medicamentos
- Exames de seguimento clínico
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- TSH elevado
- T4 supresso
Etiologias
- Autoimune-HASHIMOTO (principal): produção de autoanticorpos anti-tireoglobulina (Anti-TG) e anti-tireoperoxidase (anti-TPO) destruindo o tecido tireoidiano
- Iatrogenia: tireoidectomia, radioterapia ou tratamento com iodo radioativo
- Drogas: Metimazol ou propiltiouracil (usadas no hipertireoidismo), carbonato de lítio, amiodarona
- O seguimento clínico da tireoidite de hipotireoidismo inclui apenas a dosagem de TSH, não há necessidade de Anti-TG ou Anti-TPO novamente.
Hipotireoidismo secundário e terciário
Diferenciar
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- Secundário: deficiência de TSH, geralmente associado a qualquer condição de saúde que leve ao hipopituitarismo
- Terciário: deficiência de TRH, geralmente devido a distúrbios hipotalâmicos ou no fluxo sanguíneo porta hipotálamo-hipofisário
Nódulo tireoidiano
- Investigação inicial: exames
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
Solicitar TSH
- TSH supresso: nódulo quente, maior captação de iodo, hiperfuncionamento da tireoide. Maioria não é cancerígena e pode ser tratado com medicamentos ou cirurgia, caso suspeito, solicitar cintilografia
- TSH normal: nódulo frio,não captam iodo radioativo, não influencia funcionamento da glândula, mas podem ser indicativos de câncer dependendo de suas características, solicitar USG nesses casos
Nódulo tireoidiano
- Conduta após solicitar TSH
- Características suspeitas de câncer
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- Caso TSH baixo, fazer teste com iodo radioativo( cintilografia ), se hiperfuncionante, raramente é maligno
- Todaxia, se houver exclusão de Hipertireoidismo e Hashimoto, SOLICITAR USG
- USG é bom para definir tamanho, mas não para definir malignidade, verificar critérios abaixo
Caracterísiticas suspeitas de neoplasia em um nódulo frio:
- USG: contornos irregulares, microcalcificações, maior vascularização interna ou halo incompleto, hipoecogenicidade
- Nódulos maiores
- Rouquidão, disfagia, odinofagia
- Indivíduos mais velhos ou com histórico pessoal ou familiar de câncer de tireóide
Em caso de suspeita, realizar Biópsia por punção aspirativa com agulha fina (PAAF), porém, apenas se o nódulo for maior que 1cm
Tireoglobulina (TG)
Função e quando dosar?
- Proteína produzida pelas células foliculares da tireoide, ela age como reservatório para T3 e T4, fornecendo-os tirosina para sua síntese, também atua como transportadora de T3 e T4 na corrente sanguínea para os tecidos-alvo
- Dosagem periódica: indicada em seguimento e pós-tratamento de câncer de tireoide papilífero e folicular, junto com USG a cada 6 meses
- Se TG elevada, pode indicar reincidiva do câncer, realizar cintilografia de tireoide para confirmar
O que é o T3 reverso?
- Metabólito inativo da Tiroxina (T4)
- Reservado para investigação de condições mais raras, como:
- Hipotireoidismo de consumo (Excesso de desiodadse tipo 3-Enzima que metaboliza T4 para reverter T3, e converte T3 em T2- forma inativa do hormônio)
- Distinguir hipotireoidismo central de doenças não tireoidianas em pacientes hospitalizados em estado crítico
Tireoide
T3
Explique sua síntese
- A triiodotironina (T3) é formada a partir da conversão de T4 pelos tecidos periféricos e representa o hormônio tireoidiano ativo
O que é a classificação de CHAMMAS?
- Classificação que visa categorizar os resultados de biópsias de nódulos tireoidianos, geralmente pela PAFF. Ajudam na padronização do risco de malignidade.
- Categoria I (negativo): Amostra insatisfatória
- Categoria II (benigno): Presença de células benignas.
- Categoria III (indeterminado): Presença de células com características suspeitas, mas sem confirmação de malignidade.
- Categoria IV (suspeito): Presença de células altamente suspeitas de malignidade.
- Categoria V (maligno): Presença de células malignas.
O que é a classificação de Bethesda?
A classificação de Bethesda é uma classificação histológica internacionalmente reconhecida, desenvolvida pelo Sistema de Relatórios de Bethesda para Citopatologia da Tireoide. Essa classificação é mais detalhada e divide os resultados da PAAF em seis categorias:
- Categoria I (não diagnóstico ou insatisfatório): A amostra não é suficiente para um diagnóstico conclusivo.
- Categoria II (benigno): Presença de células benignas.
- Categoria III (atipia de significado indeterminado ou lesão folicular): Presença de células com características atípicas, mas sem confirmação de malignidade.
- Categoria IV (neoplasia folicular suspeita ou lesão folicular): Presença de células suspeitas de neoplasia folicular.
- Categoria V (suspeito de malignidade): Presença de células altamente suspeitas de malignidade.
-
Categoria VI (maligno): Presença de células malignas.
A classificação de Bethesda é mais abrangente que a CHAMMAS e fornece orientações adicionais para a conduta clínica com base nos resultados citológicos.
Tireodite de Quervain/ Subaguda Granulomatosa
Quadro clínico
Etiologia e quadro clínico
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
QUADRO CLÍNICO (Sintomas de Tireotoxicose)
- Febre
- Dor cervical(principal causa de cerviacalgia nas tireoidopatias)
- Fadiga, mal-estar e mialgia
- Tireoide aumentada moderadamente e simetricamente
- Palpação dolorosa difusa da tireoide
- Fase dolorosa inicial com tireotoxicose->Eutireoidismo->Hipotireoidismo->Eutireoidismo
- Captação de iodo radioativo (RAIU)< 1%
Tireoidite Supurativa
- Exames diagnósticos
- Tratamento
Contexto geral
EXAMES
- Leucocitose
- VHS aumentado (mas não tanto quanto na tireoidite subaguda) NÃO ULTRAPASSA 50
- SEM ALTERAÇÃO NO T3/T4
- USG com abscesso, aréa anecóicas que correspondem a coleção de pus (diferente da tireoideite subaguda, que mostra heterogeneidade difusa e fluxo vascular de baixa intensidade)
TRATAMENTO
- Drenagem percutânea do abscesso
- ATB EV
Tireoidite Supurativa
- Agente e fatpres de risco
- Quadro clínico
Contexto geral
- Infecção direta da tireóide, podendo até formar abscessos
- Causada tanto por Gram + (S.AUREUS) quanto - que chegam por via hematogênica na tireoide, geralmente por imunocomprometimento ou fístulas, como a fístula do seio piriforme adjacente a laringe (comum em crianças)
QUADRO CLÍNICO
- Dor cervical unilateral, por vezes com massa cervical palpavel unilateral
- Acompanhada de febre, calafrios e outros sintomas infecciosos
Tireodite de Quervain/ Subaguda Granulomatosa
- Etiologia
- Evolução
- Sintoma mais recente
- Mais comum em qual sexo?
- Duração?
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- Etiologia inflamatória pós-infecciosa, geralmente viral e AUTO-IMUNE
- Inflamação subaguda da tireóide, provocando liberação de T3 e T4 armazenados nos folículos lesados (tireotoxicose)
- Depois evolui com eutireoidismo e por fim hipotireoidismo
- Normalmente, há quadro de via aérea superior antes do início da clínica (2 a 8 semanas antes)
- Mais comum em mulheres
- Quadro autolomitado, dura 2-8 semanas
Tireoidite de Hashimoto
- Definição
- Perfil
- Frequência
- Quadro clínico
- Lab: TSH,T4L, anticorpos
Contexto geral
- Doença auto-imune crônica que destrói células tireoidianas a partir de lesões mediadas pela produção de autoanticorpos anti-tireoglobulina (Anti-TG) e anti-tireoperoxidase (anti-TPO)
- Mais prevalente em mulheres (10:1), principalmente aos 30-50 anos de idade
- TIREOIDITE MAIS COMUM
Quadro clínico
- Geralmente indolor
- Sintomas de hipotireoidismo (fadiga, sensibilidade ao frio e constipação intestinal)
- Bócio
Laboratório
- Nas tireoidites os hormônios tireoidianos podem estar normais
- Presença de anti-tireoperoxidase tireoidiano (Anti-TPO) E Anti-tireoglobulina (menos comum)
Tiroidite pós-parto
- Mecanismo e tempo de aparecimento
- Quadro clínico
- Mecanismo desconhecido, mas parece ser auto-imune. com subsequente destruição da tiroide
- Ocorre até 1 ano após o parto
Possui 3 apresentações possíveis
- Hipertireoidismo puro: por liberação hormonal na destruição tecidual
- Hipotireoidismo puro: por falha na produção após lesão inflamatória
- Hipertireoidismo seguido de hipotireoidismo
- Pode ser autolimitada, mas em casos de destruição grave pode evoluir para hipotireoidismo persistente
Vitiligo
- Principal doença associada
- Exames investigação
- Vitiligo é uma doença auto-imune caratcterizada principlamente por lesões acrômicas em superficíes extensoras
- Por ser auto-imune, devemos sempre rastreiar outras condições, sendo a principal associação o hipotireoidismo!
- Solicitar: TSH, Anti-TPO, Anti-Tireoglobulina e funsção tireoidiana
- Outras associações incluem: doenças da tireoide, diabetes tipo 1, doença de addison, anemia perniciosa.
Hipotireoidismo
- Conduta inicial
- Reavaliação
conduta
Valores normais: TSH (0,4-4,5) // T4L (0,7-1,8)
Conduta inicial:
- Levotiroxina 50 mcg/dia (dependendo da indicação-VERT TABELA)
Reavaliar após 6-8 semanas através do TSH (e apenas ele)
Se TSH continuar elevado:
- Ajustar dose de Levotiroxina acrescentando 12,5–25 mcg de acordo com proximidade do limite superior esperado
Hipertireoidismo
- Etiologias
- Quadro Clínico
- Dianóstico: exames lab e imagem
Etiologia, quadro clínico e diagnóstico
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
Etiologia
- Doença de Graves (principal): enfermidade auto-imune em que anticorpos (TRAB) se ligam aos receptores de TSH na tireoide, provocando liberação excessiva de T3 e T4
- Bócio multinodular tóxico: suspeitar se houver nódulos palpaveis
Quadro clínico (tireotoxicose)
- Sintomas adrenérgicos: palpitações, tremores, ansiedade,arritmia
- Emagrecimento
- Fome
- Hiperdefecação
- Oligo ou amenorréia
- FA
- Pele quente e úmida, hiperidrose
Diagnóstico
- TSH baixo, T3/T4 aumentados
- USG normal (não vale a pena pedir)
- TRAB positivo (em doença de Graves)
Crise tireotóxica/ Tempestade Tireoidiana
Definição e tratamento
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- Exarcebação severa dos sintomas do hipertireoidismo
- Geralmente envolve descompensação em 1 ou mais sistemas orgânicos (IMAGEM)
Tratamento:
- Corticoesteroides: Dexametasona
- Propiltiuracil
Doença de Graves
- Gera o que?
- Perfil do paciente
- Quadro clpinico: o que é patognomônico?
Contexto geral
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
* Gera **tireotoxicose** e é a **principal causa de hipertireoidismo**
* Mais comum em **mulheres de 20-50 anos**
**Quadro clínico**
* Insônia
* Palpitações, ansiedade
* Perda ponderal, hiperfagia
* Tremor de extremidades
* Intolerância ao calor
* Oligo/amenorreia
* Evacuação frequente
* **Retração palpebral (PATOGNOMÔNICO)**
* **Sinal de Lig Lad:** retardo da palpebra se a esclera puder ser vista acima da íria quando o paciente acompanha movimentação do dedo do examinador de cima para baixo. confirma retração palpebral se positivo
Hipertireoidismo
- Exames diagnósticos
- Tratamento: crises e situações crônicas
Diagnóstico e tratamento
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
Diagnóstico
- TSH baixo, T3/T4 aumentados
- USG normal (não vale a pena pedir)
- TRAB positivo (em doença de Graves)
Tratamento
Controle adrenérgico:
- BB: Propanolol é usado para sintomas sistêmicos
- BCC (verapamil e ditiazem): se paciente intolerante a BB por ter asma grave e ICC descompensada
Controle da Doença de Graves: Drogas antireoidianas (Tionamidas):
- Metimazol (MMZ-prinicipal escolha):
- Facilidade de posologia e menor índice de efeitos adversos
- Porém, nunca usar no 3 trimestre da gestação, em alérgicos a medicação e em crise tireotóxica
- Propiltioracil:
- Útil em crise tireotóxica, visto que converte T4 em T3 rapidamente. Ou seja, é usado principalmente em urgências, alérgicos a metimazol e gestantes no 3 trimestre.
Tireoidectomia
- Efeito colateral principal
- Quadro clínico: sinais
- Tratamento
Efeito Colateral mais frequente
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- Hipocalcemia
- Devido a retirada inadvertida das paratireóides
Quadro clínico
- Parestesia perioral
- Vômitos
- Broncoespasmo
- Sinal de Trosseau (patognomônico): flexão do punho, metacarpofalangianas, extensão das interfalangianas distais e adução do polegar após insuflação do manguito acima da PAS por 3 minutos
- Sinal de Chvostek: contraçaõ de músculos faciais, ipsilaterais ao estímulo
Tratamento:
- Repor cálcio com Gluconato de cálcio
Tireoidite de Quervain
- Laboratório
- USG
- Tratamento: dor e sintomas de tireotoxicose
Diagnóstico e tratamento
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
LABORATÓRIO
- T3,T4 levemente elevados E TSH baixo
- VHS>50
- Fase dolorosa inicial com tireotoxicose->Eutireoidismo->Hipotireoidismo->Eutireoidismo
- Captação de iodo radioativo (RAIU)<1%
- Anemia Leve
- Leucocitose
USG
- Heterogeneidade difusa e fluxo vascular de baixa intensidade
TRATAMENTO
- AINES (controle da dor): Inuprofeno, Naproxeno, Diclofenato
- BB (melhora dos sintomas da tireotoxicose-tremor,palpitação,etc): propanolol, atenolol,etc
Efeito Jod Basedow
Definição
- Tireotoxicose provocada por amiodarona
- Decorre devido a sobrecarga de iodo desencadeada pelo medicamento