TRAUMA Flashcards

(62 cards)

1
Q

DISTRIBUIÇÃO TRIMODAL DAS MORTES CAUSADAS POR TRAUMA

A
  • 1º pico: morte dentro de segundos ou minutos (laceração de aorta, trauma raquimedular grave, TCE grave)
  • 2º pico: morte dentro de minutos ou horas (hemorragias)
  • 3º pico: morte > 24h (sepse, disfunção múltipla de órgãos, embolia pulmonar)
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2
Q

COMO REALIZAR A TRIAGEM NO ATENDIMENTO DE VÍTIMAS DE TRAUMA?

A
  • Número de vítimas menor que a capacidade de atendimento: avaliar inicialmente os pacientes mais graves
  • Número de vítimas maior que a capacidade de atendimento: avaliar inicialmente os pacientes com maior chance de sobrevivência
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3
Q

EXAME PRIMÁRIO - ABCDE

A
  • A: estabilização da coluna cervical + avaliação de vias aéreas
  • B: respiração e ventilação
  • C: controle de hemorragia
  • D: glasgow e pupilas
  • E: exposição + controle do ambiente
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4
Q

CRITÉRIOS PARA SOLICITAÇÃO DE EXAME DA COLUNA CERVICAL

A
  • Idade > 65 anos
  • Parestesia em extremidades
  • Mecanismo perigoso de trauma
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5
Q

CRITÉRIOS PARA RETIRADA DE COLAR CERVICAL

A
  • Paciente consciente e capaz de sentar-se
  • Ausência de dor cervical
  • Ausência de déficits focais neurológicos
  • Ausência de intoxicação
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6
Q

AVALIAÇÃO DE VIAS AÉREAS

A
  • Paciente capaz de falar: via aérea pérvia, administrar oxigênio sob máscara facial > 10 litros/min
  • Paciente com rebaixamento do nível de consciência: realizar manobras de elevação do queixo e tração da mandíbula + inspeção de vias aéreas + aspiração se necessário
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7
Q

INDICAÇÕES DE VIA AÉREA ARTIFICIAL

A
  • Apneia
  • Proteção de vias aéreas (excesso de secreção)
  • TCE grave (glasgow < 8)
  • Comprometimento iminente (lesão por inalação, convulsões reentrantes)
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8
Q

MÉTODOS DE VIA AÉREA ARTIFICIAL

A
  • Métodos definitivos: intubação orotraqueal, intubação nasotraqueal, cricotireoidostomia cirúrgica, traqueostomia
  • Métodos temporários: cricotireoidostomia por punção, máscara laringea, combitubo
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9
Q

CONTRAINDICAÇÕES PARA INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

A
  • Incapacidade de visualização das cordas vocais
  • Trauma maxilo-facial extenso
  • Distorção anatômica resultante de trauma no pescoço
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10
Q

INDICAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNÇÃO

A
  • Criança < 12 anos
  • Administrar oxigênio 15 litros/min
  • Utilizar por, no máximo, 30 a 45 minutos (risco de carbonarcose)
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11
Q

CONDUTA IMEDIATA: PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO

A

Punção de alivio no 5º espaço intercostal + drenagem

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12
Q

CONDUTA IMEDIATA: PNEUMOTÓRAX OU HEMOTÓRAX SIMPLES

A

Drenagem

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13
Q

CONDUTA IMEDIATA: HEMOTÓRAX MACIÇO

A

Drenagem + administração de volume ou hemotransfusão

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14
Q

LOCAIS DE SANGRAMENTO QUE PODEM CURSAR COM CHOQUE HIPOVOLÊMICO

A
  • Tórax
  • Abdômen
  • Ossos longos
  • Pelve
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15
Q

COMO REALIZAR O CONTROLE DA HEMORRAGIA?

A
  • Obter dois acessos venosos perifericos (cateteres curtos e calibrosos)
  • Administrar solução cristalóide isotônica aquecida (ringer lactato ou soro fisiológico)
  • Quantificar a diurese através de cateter vesical
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16
Q

ESTIMATIVAS DE PERDA VOLÊMICA

A
  • Classe I: PA normal, FC < 100, perda sanguínea < 750 mL (15%)
  • Classe II: PA normal, FC > 100, perda sanguínea entre 750 e 1.500 mL (15 a 30%)
  • Classe III: hipotensão, FC > 120, perda sanguínea entre 1.500 e 2.000 mL (30 a 40%)
  • Classe IV: hipotensão, FC > 140, perda sanguínea > 2.000 mL (acima de 40%)
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17
Q

INDICAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE TRANSFUSÃO MACIÇA

A
  • Classe IV ou escore ABC > 2 pontos
  • Realizar reposição de > 10 UI/24h ou 4 UI/1h
  • Proporção 1CH : 1 plasma : 1 plaquetas
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18
Q

INDICAÇÕES PARA USO DE ÁCIDO TRANEXÂMICO

A
  • Sangramentos intensos e não compressíveis
  • Paciente instável
  • Necessidade de transfusão maciça
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19
Q

CONTROLE DE DIURESE ADEQUADO APÓS REPOSIÇÃO VOLÊMICA?

A
  • Adultos: 0,5 mL/kg/h
  • Crianças > 1 ano: 1 mL/kg/h
  • Crianças < 1 ano: 2 mL/kg/h
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20
Q

CONTRAINDICAÇÕES À SONDAGEM VESICAL

A
  • Sangue no meato uretral
  • Hematoma escrotal ou perineal
  • Retenção urinária
  • Fratura de pelve
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21
Q

GRAUS DE TCE DE ACORDO COM A ESCALA DE COMA DE GLASGOW

A
  • TCE leve: glasgow 13 a 15
  • TCE moderado: glasgow 9 a 12
  • TCE grave: glasgow < 8
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22
Q

CARACTERÍSTICAS DO CHOQUE NEUROGÊNICO

A
  • Trauma acima da vértebra T6
  • Perda do controle simpático
  • Vasodilatação
  • Hipotensão
  • Bradicardia
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23
Q

CARACTERÍSTICAS DO CHOQUE MEDULAR

A
  • Trauma em qualquer nível vertebral
  • Não há alteração pressórica
  • Alterações neurológicas
  • Flacidez
  • Arreflexia
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24
Q

CARACTERISTICAS DA CONCUSSÃO CEREBRAL

A
  • Perda súbita da consciência < 6h
  • Amnésia
  • Confusão mental
  • Convulsão
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25
CARACTERÍSTICAS DA LESÃO AXONAL DIFUSA
- Lesão por cisalhamento - Perda de consciência > 6h
26
CARACTERÍSTICAS DO HEMATOMA EPIDURAL
- Quadro agudo e grave - Decorrente de lesão nas artérias meníngeas - Presença de intervalo lúcido - Imagem biconvexa
27
CARACTERÍSTICAS DO HEMATOMA SUBDURAL
- Quadro progressivo - Decorrente de lesão nas veias-ponte - Mais comum em idosos, alcoólatras e usuários de anticoagulantes - Imagem em crescente
28
INDICAÇÕES DE TOMOGRAFIA DE CRÂNIO NO TCE LEVE (ECG 13 A 15)
- ECG < 15 após 2h do trauma - Suspeita de fratura - Vômitos - Paciente > 65 anos - Uso de anticoagulantes - Perda de consciência > 5 min - Amnésia retrógrada - Mecanismo perigoso de trauma
29
INDICAÇÕES DE TOMOGRAFIA DE CRÂNIO PARA TCE MODERADO E GRAVE
- Sempre realizar TC de crânio - Solicitar avaliação neurocirúrgica - Nova TC em 24h se piora ou alteração no exame inicial
30
TRATAMENTO TCE GRAVE
- PIC alvo < 22 mmHg - Glicemia entre 140 e 180 - SpO2 > 95% - PCO2 entre 30 e 35 mmHg - PAM > 80 - Elevação da cabeceira
31
ZONAS CERVICAIS
- Zona 1: da fúrcula esternal até a cartilagem cricoide - Zona 2: da cartilagem cricoide até o ângulo da mandíbula - Zona 3: do ângulo da mandíbula até a base do crânio
32
INDICAÇÕES DE CERVICOTOMIA EXPLORADORA PARA PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA CERVICAL
- Instabilidade hemodinâmica - Sangramento ativo - Hematoma em expansão - Lesão aerodigestiva
33
INDICAÇÕES DE ANGIOTC PARA PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA CERVICAL
- Instabilidade hemodinâmica - Disfagia - Enfisema subcutâneo progressivo - Hematoma estável
34
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
- Dispneia - Desvio contralateral da traqueia - Enfisema subcutâneo - Percussão timpânica - Ausência ou diminuição de murmúrio vesicular - Turgência jugular - Hipotensão ou choque obstrutivo
35
ABORDAGEM DO PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
- Toracocentese de alívio - Toracostomia com drenagem de tórax
36
AUSÊNCIA DE MELHORA APÓS DRENAGEM DE PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
- Provável lesão de grande via aérea - Diagnóstico por broncoscopia - Toracotomia para reparo da lesão
37
ABORDAGEM DO PNEUMOTÓRAX SIMPLES E PEQUENO
Drenar apenas se necessidade de transporte aéreo ou ventilação mecânica
38
ABORDAGEM DO PNEUMOTÓRAX ABERTO
- Curativo de 3 pontas - Toracostomia com drenagem de tórax sob selo d`água - Fechamento cirúrgico da lesão
39
CRITÉRIOS PARA RETIRADA DO DRENO DE TÓRAX
- Liquido de drenagem < 100 mL/dia - Radiografia evidenciando pulmão totalmente expandido - Ausência de borbulhamento ou escape de ar por no mínimo 24h
40
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO HEMOTÓRAX
- Percussão maciça - Diminuição do murmúrio vesicular - Hipotensão - Turgência jugular
41
ABORDAGEM DO HEMOTÓRAX
- Infusão imediata de cristalóides e hemoderivados - Toracostomia com drenagem de tórax
42
SUSPEITA DE HEMOTÓRAX RESIDUAL
Presença de empiema pleural (febre e dor pleurítica) após trauma torácico ou hemotórax drenado
43
ABORDAGEM DO HEMOTÓRAX RESIDUAL
- Hemotórax não infectado e < 300 mL: conduta expectante - Hemotórax infectado e/ou > 300 mL: videotoracoscopia - Hemotórax volumoso com sinais de loculação: toracotomia
44
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO TAMPONAMENTO CARDÍACO
- Turgência jugular - Hipotensão - Hipofonese de bulhas
45
DEFINIÇÃO DE TÓRAX INSTÁVEL
Presença de fraturas em 2 ou mais arcos costais consecutivos e em pelo menos 2 locais distintos em cada arco
46
ACHADOS SUGESTIVOS DE RUPTURA TRAUMÁTICA DE AORTA NO RX DE TÓRAX
- Alargamento do mediastino - Hemotórax a esquerda - Fratura de primeiro ou segundo arco costal - Perda do contorno aórtico
47
PRINCIPAL ESTRUTURA LESADA NO TRAUMA DA TRANSIÇÃO TORACOABDOMINAL
Diafragma
48
PRINCIPAIS ÓRGÃOS LESADOS POR TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO
- Baço - Fígado - Duodeno
49
PRINCIPAIS ÓRGÃOS LESADOS POR TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE POR ARMA DE FOGO
- Intestino delgado - Cólon - Fígado
50
PRINCIPAIS ÓRGÃOS LESADOS POR TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE POR ARMA BRANCA
- Fígado - Intestino delgado - Cólon
51
INDICAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE US FAST
- Trauma contuso com paciente instável - Trauma penetrante sem indicação de laparotomia imediata
52
INDICAÇÕES DE LAPAROTOMIA NO TRAUMA PENETRANTE
- Choque - Peritonite - Evisceração - Trauma por arma de fogo
53
INDICAÇÕES DE LAPAROTOMIA NO TRAUMA CONTUSO
- Peritonite - Pneumoperitônio
54
EXAME SOLICITADO PARA AVALIAR TRAUMA NO DORSO
TC de triplo contraste (não realizar exploração digital da ferida)
55
INDICAÇÕES DE TRATAMENTO CONSERVADOR NO TRAUMA ABDOMINAL
- Abdômen não cirúrgico (ausência de choque, peritonite, evisceração ou pneumoperitônio) - Estabilidade hemodinâmica - Condições de observação clinica em CTI - Condições para intervenção imediata se necessário
56
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO TRAUMA DE BAÇO
- Sinal de Kehr: dor referida no ombro esquerdo - Sinal de Laffont: dor referida no ombro direito
57
INDICAÇÕES PARA TRATAMENTO CONSERVADOR NO TRAUMA DE BAÇO
- Lesões graus I, II e III na TC de abd - Ausência de choque, peritonite, evisceração ou pneumoperitônio - Estabilidade hemodinâmica - Condições de observação em CTI
58
INDICAÇÕES PARA TRATAMENTO CIRÚRGICO NO TRAUMA DE BAÇO
- Lesão grau IV (desvascularização maior que 25%) - Lesão grau V (baço pulverizado) - Não é necessário deixar dreno após o procedimento
59
CUIDADOS NECESSÁRIOS APÓS ESPLENECTOMIA OU EXCLUSÃO VASCULAR DO BAÇO
Vacinação contra pneumococo, haemophilos e meningococo
60
INDICAÇÕES DE TRATAMENTO CIRÚRGICO NO TRAUMA DE FÍGADO
- Lesão grau V - Sempre deixar dreno após o procedimento
61
LOCAIS DE ABORDAGEM CIRÚRGICA DO TRAUMA DE ESÔFAGO
- Esôfago cervical: cervicotomia esquerda - Esôfago torácico superior ou médio: toracotomia posterolateral direita - Esôfago torácico inferior: toracotomia esquerda - Junção gastroesofágica: laparotomia
62
CONTRAINDICAÇÃO PARA USO DE MANITOL EM PACIENTES COM TCE GRAVE
Hipotensão