Trauma cranioencefálico (TCE) Flashcards

(95 cards)

1
Q

Peculiaridades

A
  • Encontram-se entre os tipos de traumas mais vistos na emergência
  • Muitos doentes com lesões graves morrem antes de chegar ao hospital
  • Quase 90% das mortes pré-hospitalares envolvem lesão cerebral 75% dos doentes com TCE podem ser classificados como vítimas de trauma leve, 15% moderado e 10% grave
  • Os sobreviventes frequentemente apresentam dano neurofisiológico que resulta em invalidez, comprometimento do trabalho e das atividades sociais
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2
Q

Principal objetivo do tratamento

A
  • Prevenir lesão cerebral secundária
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3
Q

Principais métodos para limitar dano cerebral

A
  1. Oxigenação adequada
  2. Manutenção da PA
  • Após o ABCDE é crucial que se identifiquem lesões de massa que necessitam de intervenção cirúrgica (TC de crânio)

OBS: TC não deve retardar a transferência do doente para um centro de trauma capaz de realizar intervenção neurocirúrgica imediata e definitiva

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4
Q

Triagem do doente portador de TCE

A
  • Depende da gravidade da lesão e dos recursos disponíveis
  • Para hospitais sem cobertura neurocirúrgica, devem estar em vigor acordos previamente estabelecidos com hospitais mais equipados
  • Recomenda-se consultar precocemente um neurocirurgião e fornecer as seguintes informações:
  1. Idade
  2. Mecanismo e tempo decorrido do trauma
  3. Condições ventilatória e cardiovascular (especialmente a PA e spO2)
  4. Resultados do exame neurológico (escala de glasgow, tamanho das pupilas e resposta à luz)
  5. Défice neurológico focal
  6. Presença e natureza de lesões associadas
  7. Resultados de estudos diagnósticos, TC em particular
  8. Tratamento da hipotensão e hipoxia
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5
Q

Revisão da anatomia craniana inclui:

A
  1. Couro cabeludo
  2. Crânio
  3. Meninges
  4. Encéfalo
  5. Sistema ventricular
  6. Compartimentos intracrnianos
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6
Q

Couro cabeludo

A
  • Devido a irrigação abundante, a laceração pode levar a
  1. Perdas sanguíneas significativas
  2. Choque hemorrágico
  3. Morte
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7
Q

Crânio

A
  • A base é irregular, possibilitando a ocorrência de lesões quando o cérebro se desloca e desliza no interior do crânio, em decorrência de movimentos de aceleração e desaceleração
  • A fossa anterior aloja os lobos frontais, a fossa média os temporais e a fossa posterior a porção inferior do tronco cerebral e cerebelo
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8
Q

Meninges

A
  • Revestem o cérebro
  • Consistem em 3 camadas:
  1. Dura-máter
  2. Aracnoide
  3. Pia-máter
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9
Q

Dura-máter

A
  • Membrana resistente e fibrosa que adere firmemente à superfície interna do crânio.
  • Em locais específicos, divide-se em duas superfícies que envolvem grandes seios venosos, que permitem a maior parte da drenagem venosa cerebral.
  • O seio sagital na linha média superior drena para os seios bilaterais transverso e sigmoide, que são frequentemente maiores no lado direito
  1. A laceração destes seios pode resultar em hemorragia maciça

*

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10
Q

Artérias meníngeas

A
  • Correm entre a dura-máter e a superfície interna do crânio (espaço epidural)
    1. Fraturas acima dessas artérias podem lacerá-las e resultar em hematoma epidural, que também pode causar lesões dos seios durais (fraturas do crânio endem a expandir mais lentamente, e provocam menor pressão sobre o cérebro). Os hematomas epidurais são uma emergência com risco de morte
  • A artéria meníngea média, que se encontra sobre a fossa temporal, é o vaso meníngeo lesado com maior frequência
    1. Um hematoma causado por expansão por laceração destas pode causar deterioração rápida e morte.
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11
Q

Aracnoide

A
  • Abaixo da dura-máter
  • Fina e transparente
  • Espaço subdura entre aracnoide e dura-máter, no qual pode ocorrer hemorragia
  • As veias que vão da superfície do cérebro para os seios venosos, no interior da dura (veias em ponte), podem romper-se levando à formação de hematoma subdural
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12
Q

Pia-máter

A
  • Firmemente aderida à superfície do cérebro
  • LCR preenche o espaço entre aracnoide impermeável e a pia-máter (espaço subaracnoideo), acolchoando o cérebro e a medula espinhal
  1. Hemorragia subaracnoidea é frequentemente causada por contusão cerebral ou trauma de grandes vasos na base do encéfalo
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13
Q

Encéfalo

A
  • Compreende o:
  1. Cérebro
  2. Cerebelo
  3. Tronco cerebral
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14
Q

Cérebro

A
  • Hemisfério direito e esquerdo, separados pela foice
  • O hemisfério esquerdo contém centros da linguagem em virtualmente todos indivíduos destros e em mais de 85% dos canhotos
  • O lobo frontal controla as funções de execução, emoções, funções motoras e, no lado dominante, a expressão da fala (área motora da fala)
  • O lobo parietal dirige a função sensorial e a orientação espacial
  • O lobo temporal regula certas funções da memória
  • O lobo occipital é responsável pela visão
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15
Q

Tronco cerebral

A
  • Constitúido pelo mesencéfalo, ponte e bulbo
  • O mesencéfalo e a parte superior d aponte contêm o sistema ativador da formação reticular responsável pelo estado de alerta
  • No bulbo, que continua para formar a medula, alojam-se os centros cardiorrespiratórios vitais
  • Até pequenas lesões podem ser acompanhadas de défice neurológico grave
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16
Q

Cerebelo

A
  • Responsável principalmente pela coordenação e equilíbrio
  • Projeta posteriormente, na fossa posterior, e forma conexões com:
  1. Medula
  2. Tronco cerebral
  3. Hemisférios cerebrais
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17
Q

Sistema ventricular

A
  • Sistema de espaços e aquedutos preenchidos por LCR
  • Localizados no interior do encéfalo
  • LCR é produzido pelos ventrículos e absorvido sobre a superfície do encéfalo
  • A presença de sangue pode prejudicar a reabsorção do LCR, originando aumento da pressão intracraniana
  • Edema e lesões de massa podem provocar obliteração ou desvio dos ventrículos usualmente simétricos (identificadas por TC)
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18
Q
A
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19
Q

Compartimentos intracranianos

A
  • O cérebro é dividido por divisórias de meninges bem resistentes
  • A tenda do cerebelo ou tentório divide a cabeça em compartimento supratentorial e infratentorial
  • O mesencéfalo passa através de uma abertura no tentório conhecida como incisura da tenda do cerebelo
  • O nervo oculomotor passa ao longo da margem da tenda do cerebelo, podendo ser comprimido contra aela durante herniação do lobo temporal
  • Fibras parassimpáticas, que são constritoras das pupilas, repousam sobre a superfície do n. oculomotor
  1. A compressão destas durante herniação causa dilatação pupilar devida à atividade simpática em oposição
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20
Q

V ou F?

A região que habitualmente hernia através da incisura tentorial é a parte medial do lobo temporal, conhecida como uncus

A

Verdadeiro!

  • A herniação do uncus também causa compressão do trato corticoespinhal (piramidal) do mesencéfalo
  • O trato motor cruza para o lado oposto do forame magno, e sua compressão resulta em défice motor do lado oposto do corpo (hemiplegia contralateral)
  • A dilatação da pupila ipsilateral associada à hemiplegia contralateral é a síndrome clásica de herniação do uncus
  • Raramente a lesão de massa pode empurrar o lado oposto do mesencéfalo contra a margem da tenda do cerebelo, provocando hemiplegia e dilatação da pupila no mesmo lado do hematoma
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21
Q

Fisiologia

A
  • Os conceitos fisiológicos relacionados ao TCE incluem:
  1. Pressa intracraniana
  2. Doutrina de Monro-Kellie
  3. Fluxo sanguíneo cerebral
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22
Q

Fisiologia

Pressão intracraniana (PIC)

A
  • Se elevada, pode reduzir a perfusão cerebral e causar ou exacerbar a isquemia
  • A PIC normal no estado de repouso é de aproximadamente 10mmHg
  • Pressões >20, especialmente se mantidas e refratárias ao tratamento, são associadas a pior resultado
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23
Q

Fisiologia

Doutrina de Monro-Kellie

A
  • Afirma que o volume total do conteúdo intracraniano deve permanecer constante, já que o crânio é uma caixa rígida não expansível
  • O LCR e sangue venoso podem ser comprimidos para fora do recipiente dando algum grau de compensação à pressão
  1. Na fase inicial pós-trauma, uma massa como coágulo sanguíneo pode aumentar e a PIC permanecer normal. Entretando, uma vez atingido o limite de deslicamento do LCR e do sangue intravascular, a PIC aumenta rapidamente
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24
Q

Fisiologia

Fluxo sanguíneo cerebral (FSC)

A
  • A lesão cerebral suficientemente grave para produzir coma pode causar redução importante do FSC durante as primeiras horas após o trauma
  • Habitualmente aumenta nos próximos 2 a 3 dias. Porém, nos doentes que permanecem em coma, o FSC permanece abaixo do normal por dias ou semanas após o trauma, sendo insuficientes para a demanda metabólica após o trauma
  • Isquemia cerebral regional, e mesmo global, são comuns após o TCE grave
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25
**V ou F?** Vasos cerebrais pré-capilares têm normalmente a capacidade de contrair ou dilatar reflexamente em resposta a mudanças na pressão arterial média
Verdadeiro! * Os vasos cerebrais também se contraem ou dilatam em resposta a alterações na pressão parcial de oxigênio (PaO2) ou pressão parcial de CO2 (PaCO2) do sangue (autorregulação química)
26
O que é a pressão de perfusão cerebral (PPC)?
* PPC = PAM - PIC * A PAM entre 50 a 150 mmHg é autorregulada para manter FSC contante (autorregulação pressórica) * TCE grave pode prejudicar a autorregulação pressórica de tal modo que o cérebro fica incapaz de compensar adequadamente as mudanças na PPC * Se a PAM for muito baixa pode ocorrer isquemia e infarto e se for muito alta pode ocorrer inchaço e aumento da PIC *
27
**V ou F?** Lesão secundária pode ocorrer por hipotensão, hipoxia, hipercapnia ou por hipocapnia iatrogênica
Verdadeiro! * Deve ser feito todo esforço para aumentar a perfusão e o FSC pela 1. Redução da PIC elevada 2. Mantendo o volume intravascular normal 3. Mantendo a PAM normal 4. Restaurando a oxigenação normal e a normocapnia * Hematomas e outras lesões que aumentam o volume intracraniano devem ser precocemente evacuados * Como meio de melhorar o FSC, recomenda-se a manutenção da PPC normal, entretando, esta não é igual nem assegura o FSC
28
**V ou F?** Uma vez que os mecanismos de compensação encontram-se esgotados e existe um aumento exponencial da PIC, a perfusão cerebral fica comprometida
Verdadeiro!
29
**Classificação das lesões cranioencefálicas**
30
**Gravidade da lesão**
* O escore da escala de coma de glasgow (GCS) é usado como medida clínica objetiva da gravidade do TCE 1. Escore \<= 8: coma ou TCE grave 2. Escore entre 9 e 12: moderados 3. Escore entre 13 a 15: leves * Quando há assimetria direita/esquerda ou superior/inferior nas respostas, é importante usar a melhor resposta motora no cálculo da GCS
31
**Morfologia** Fraturas de crânio
* Podem ocorrer na calota ou na base do crânio * Podem ser lineares ou estreladas, abertas ou fechadas * Usa-se TC com janela para osso para identificação das fraturas da base do crânio
32
**Fratura da base de crânio** Sinais clínicos
1. Equimose periorbital (olhos de guaxinim) 2. Equimose retroauricular (sinal de Battle) 3. Fístula liquórica através do nariz (rinorreia) ou do ouvido (otorreia) 4. Disfunção do sétimo e oitavo nervos cranianos (paralisia facial e perda de audição) que podem ocorrer imediatamente ou poucos dias após a lesão inicial * Fraturas na base do crânio que atravessam os canais carotídeos podem lesar as artérias carótidas (dissecção, pseudo-aneurisma ou trombose) e deve-se considerar a realização de arteriografia cerebral (angio TC ou por cateterismo arterial)
33
**V ou F?** ## Footnote Fraturas de crânio abertas ou compactas podem estabelecer comunicação direta entre a laceração do couro cabeludo e a superfície cerebral, pois a dura-máter encontra-se frequentemente rota
Verdadeiro! * A importância da fratura de crânio não deve ser subestimada, pois para que ela ocorra é necessária a aplicação de força considerável
34
**V ou F?** ## Footnote Uma fratura linear da calota craniana em doentes conscientes aumenta em cerca de 400 vezes a possibilidade de ocorrência de hematoma intracraniano
Verdadeiro!
35
**Morfologia** Lesões intracranianas
* Podem ser classificadas como focais ou difusas, embora as duas frequentemente coexistem
36
**Lesões cerebrais difusas**
* Variam de concussões leves (TC normal) até lesões hipóxicas isquêmicas graves * Concussões: há distúrbio neurológico não focal transitório que frequentemente inclui perda de consciência * Lesões difusas graves: resultam mais frequentemente de agressão hipóxica, isquêmica ao cérebro devido a choque prolongado ou apneia que ocorrem imediatamente após o trauma 1. TC pode inicialmente ser normal, ou 2. Cérebro com inchaço difuso com perda da distinção normal entre cinza e branco
37
**V ou F?** ## Footnote Outro padrão difuso, frequentemente visto em impactos de alta velocidade ou em lesões por desaceleração, pode produzir hemorragias pontilhadas por todos os hemisférios cerebrais, concentrando-se nos limites entre as substâncias cinzentas e branca
Verdadeiro! * Essas lesões por cisalhamento mencionadas como LAD (lesão axonal difusa) definiram uma síndrome clínica de lesão cerebral grave
38
**Lesões cerebrais focais**
* Incluem: 1. Hematomas epidurais 2. Hematomas subdurais 3. Contusões 4. Hematomas intracerebrais
39
**Lesões cerebrais focais** Hematomas epidurais
* Raros (0,5% dos TCEs e 9% dos doentes com lesão cerebral traumática e em coma) * Hematomas adquirem forma biconvexa/lenticular. Empurram a dura aderente em direção oposta à da tábua interna do crânio * Mais localizados na região temporal ou temporoparietal * Resultam da ruptura da artéria meníngea média devido fratura * Estes coágulos tem origem arterial (+ frequente) ou por ruptura de seio venoso importante ou sangramento de fratura de crânio
40
**V ou F?** ## Footnote Apresentação clássica do hematoma epidural: intervalo lúcido entre o momento da lesão e a deterioração neurológica
Verdadeiro!
41
**Lesões cerebrais focais** Hematomas subdurais
* Mais comuns do que os epidurais (30% dos TCEs graves) * Ocorre mais frequentemente por dilaceração de vasos superficiais pequenos ou vasos ponte do córtex cerebral * Os hematomas assumem a forma do contorno do cérebro * O comprimetimento cerebral subjacente ao hematoma costuma ser muito mais grave do que nos hematomas epidurais devido lesão parenquimatosa concomitante
42
**Lesões cerebrais focais** Contusões e hematomas intracerebrais
* Contusões cerebrais 1. Bastante comuns (20 a 30% dos TCEs graves) 2. Maioria no lobo frontal e temporal 3. Podem, em período de horas ou dias, evoluir para formar um hematoma intracerebral ou contusão coalescente com efeito de massa suficiente para exigir evacuação cirúrgica imediata (20% dos que apresentam contusão na TC inicial) 4. Devem ser submetidos a TC repetidas para avaliar as mudanças de padrões da contusão nas 24 horas após TC de crânio inicial
43
**Tratamento** TCE leve (Glasgow 13-15)
* Desorientação, amnésia, ou perda transitória da consciência em um doente que está consciente e falando * Alterações do estado mental nunca devem ser atribuídas a fatores de confusão (p.ex.: álcool) até que a lesão cerebral tenha sido excluída * A maioria evolui com recuperação sem intercorrências (3% têm piora inesperada)
44
**Tratamento** ## Footnote TCE leve (Glasgow 13-15) Avaliação secundária
* Identifique o mecanismo de lesão, com particular atenção para a ocorrência de qualquer perda da consciência, incluindo: 1. Tempo de duração de estado não responsivo 2. Qualquer episódio de convulsão 3. Nível subsequente do estado de consciência * Determine a duração da amnésia tanto retrógrada quanto anterógrada do evento traumático * Exame seriado e GCS é importante em todos os doentes com escore \<15 na GCS
45
**Tratamento** ## Footnote TCE leve (Glasgow 13-15) TC
* Método de imagem preferido * Deve ser realizada em todos os doentes com suspeita de lesão cerebral que apresentem: 1. Suspeita clínica de fratura exposta de crânio 2. Sinal de fratura de base de crânio 3. \>2 episódios de vômito 4. \> 65 anos 5. Perda da consciência \>5 minutos 6. Amnésia retrógrada \>30 minutos 7. Mecanismo de trauma importante 8. Cefaleia grave 9. Défice neurológico focal * A realização da TC não deve retardar a transferência do doente
46
**V ou F?** ## Footnote No caso de se observarem anormalidades na TC, ou se o doente continua sintomático ou neurologicamente anormal, ele deve ser hospitalizado e um neurocirurgião deve ser consultado
Verdadeiro!
47
**V ou F?** ## Footnote Se o doente estiver assintomático, completamente acordado e alerta, e neurologicamente normal, ele poderá ser observado por algumas horas, reexaminado, e se estiver normal, receber alta com segurança
Verdadeiro! * Em condições ideais, o doente recebe alta devendo ficar aos cuidados de um acompanhante que possa ficar junto dele e observá0lo durante as próximas 24 horas * Tanto o doente quanto seu acompanhante são orientados de acordo com um protocolo de instruções de manter o doente sob observação cuidadosa e de trazê-lo de volta ao serviço de emergência se aparecer: 1. Cefaleia 2. Declínio no estado mental 3. Desenvolvimento de défices neurológicos focais * Deve ser dado ao doente um protocolo de instruções para para alta por escrito, que deve ser cuidadosamente revisto pelo doente e/ou acompanhante * Se o doente não estiver alerta e orientado para entender claramente as instruções escritas e verbais, deve-se reconsiderar a decisão de alta
48
**Tratamento TCE leve** Algorítmo
49
Protocolo de instruções para alta do doente com TCE leve
50
**Tratamento** TCE moderado (GCS 9-12)
* 15% dos TCEs * Capazes de obedecer ordens simples, mas em geral estão confusos ou sonolentos * Pode apresentar défice neurológico focal (p. ex.: hemiparesia) * 10 a 20% apresentam piora e entram em coma * Utilizar exame neurológico seriado * Assegurar a estabilidade cardiopulmonar * A TC é realizada e um neurocirurgião contatado * Todos necessitam de hospitalização para observação numa UTI ou unidade semelhante * Reavaliação neurológica nas primeiras 12 a 24h * Seguimento com TC em 12 a 24h se TC inicial anormal ou piora das condições neurológicas
51
**V ou F?** ## Footnote Doentes portadores de TCE moderado podem apresentar piora rápida com hipoventilação ou uma perda sutil de sua habilidade em proteger a via aérea, como consequência do declínio do estado mental
Verdadeiro! * A analgesia com narcóticos deve ser utilizada com precaução * Evitar hipercapnia utilizando a monitoração constante do estado respiratório e da habilidade do doente para manter a via aérea permeável * A intubação urgente pode tornar-se necessária sob tais circunstâncias
52
**Tratamento TCE moderado** Algorítimo
53
**Tratamento** TCE grave (GCS 3-8)
* 10% dos doentes com lesão cerebral na emergência * Não são capazes de obedecer ordens simples mesmo após estabilização cardiopulmonar * Maior risco de morbidade e mortalidade * Para tais doentes, a abordagem "vamos esperar para ver como fica" pode ser desastrosa e o diagnóstico e tratamento imediatos são de suma importância * Não retarde a transferência do doente para realizar uma TC
54
**Tratamento TCE grave** Algorítmo
55
**Avaliação primária e reanimação**
* A lesão cerebral é frequentemente agravada por agressões secundárias * TCE grave + hipotensão na admissão = taxa de mortalidade maior que o dobro da mortalidade de doentes sem hipotensão * Hipoxia + hipotensão = risco 75% de mortalidade * No TCE grave, é imperativo que a estabilização cardiopulmonar seja alcançada rapidamente
56
Prioridades na avaliação inicial e triagem de ddoentes portadores de TCE grave
57
**Avaliação primária e reanimação** Via aérea e ventilação
* A parada respiratória transitória e a hipoxia são comuns em doentes com lesão cerebral grave e podem causar lesão cerebral secundária * Intubação endotraqueal precoce deve ser realizada em doentes comatosos 1. Ventilar com oxigênio a 100% até que seja colhida gasometria e sejam feitos ajustes da FiO2 * Oximetria de pulso é suplemento útil e saturação de O2\>98% é desejável * Ajustar parâmetros ventilatórios para manter PCO2 em 35 mmHg * Hiperventilação (PCO2 \< 32): usar com cautela em doentes com TCE grave e somente quando ocorre piora neurológica aguda
58
**Avaliação primária e reanimação** ## Footnote Circulação
* Hipotensão não é consequência da lesão cerebral por si só, exceto em estágios terminais: 1. Insuficiência medular 2. Lesão da medula espinhal concomitante * Hemorragia intracraniana não pode causar choque hemorrágico * Em doente hipotenso, estabelecer normovolemia logo que possível com: 1. Produtos de sangue 2. Sangue total 3. Soluções isotônicas * Exame neurológico na hipotensão não é confiável * Fonte primária da hipotensão deve ser procurada e tratada imediatamente
59
**Avaliação primária e reanimação** ## Footnote Exame neurológico
* Após estabilização cardiopulmonar, realiza-se exame neurológico rápido e direcionado 1. Avaliar GCS 2. Resposta pupilar ao estímulo luminoso 3. Avaliar ocorrência de défice neurológico localizado * Verificar presença de fatores de confusão 1. Uso de drogas 2. Alcool 3. Substâncias intoxicantes 4. Lesões associadas
60
**V ou F?** ## Footnote O estado pós ictal que se segue a uma convulsão traumática tipicamente piora a resposta do doente por minutos sou horas
Verdadeiro!
61
**V ou F?** ## Footnote No doente comatoso, a resposta motora pode ser produzida beliscando o músculo trapézio, pressionando o leito ungueal ou a região supraorbitária
Verdadeiro! * Se o doente apresentar diferentes respostas à estimulação, a melhor resposta motora é indicador de prognóstico mais acurado do que a pior resposta motora * Movimentos de olho de boneca (oculocefálico), resposta calórica (oculovestibular) e reflexo corneal são referidos para um neurocirurgião * Testar movimentos de olho de boneca nunca deve ser tentado antes de excluir lesão da coluna cervical
62
**V ou F?** ## Footnote É importante obter o escore GCS e realizar exame das pupilas antes de administrar sedativos ou relaxantes musculares
Verdadeiro! * Não se devem usar relaxantes musculares de longa duração e sedativos durante a avaliação primária * Sedação deve ser evitada, exceto quando o estado de agitação do doente pode colocá-lo em risco * Agentes de curta duração disponíveis são recomendados quando: 1. Paralisia farmacológica ou sedação breve forem necessários para intubação endotraqueal segura 2. Para obtenção de resultados diagnósticos com boa qualidade
63
**Avaliação secundária**
* Realizar exames seriados 1. GCS 2. Lateralização 3. Resposta pupilar * Sinal precoce de herniação do lobo temporal (do uncus) é a dilatação da pupila e perda de sua resposta à luz (trauma direto no olho também causa resposta pupilar anormal -\> considerar primeiramente como lesão cerebral, nos casos de TCE)
64
**Procedimentos diagnósticos**
* TC de urgência após normalização hemodinâmica, repetida quando: 1. Houver mudança no estado clínico do doente 2. Rotineiramente nas primeiras 24 horas pós trauma naqueles com hematoma ou contusão à TC inicial * Achados significativos na TC incluem: 1. Inchaço no couro cabeludo 2. Hematomas subgaleais na região de impacto * Os achados cruciais na TC são: 1. Hematoma intracraniano 2. Contusões 3. Desvio de linha média (efeito de massa; desvio \>=5mm é indicativo de cirurgia para evacuar o coágulo ou contusão causadores do desvio) 4. Obliteração das cisternas da base
65
**V ou F?** ## Footnote Fraturas de crânio podem ser identificadas com maior segurança lançando mão de janela para osso, porém também são frequentemente aparentes mesmo na janela para partes moles
Verdadeiro!
66
**V ou F?** ## Footnote Deve-se ter cautela com a avaliação de doentes com lesão cerebral traumática que se enconotram anticoagulados ou fazendo uso de antiagregante plaquetário
Verdadeiro! * A razão de normalização internacional (RNI) deve ser obtida e a TC realizada rapidamente quando indicada nesses doentes 1. Como regra geral deve-se reverter a anticoagulação desses doentes
67
**V ou F?** ## Footnote Mesmo doentes com lesões cerebrais traumáticas aparentemente devastadoras podem apresentar recuperação significativas
Verdadeiro!
68
Visão geral do tratamento do TCE
69
**TCE** ## Footnote Tratamento clínico Objetivos
* Prevenir lesão secundária em um cérebro já lesado * Princípio básico: 1. Se ao tecido nervoso lesado for oferecido um ambiente ótimo para a recuperação, esta pode ser alcançada e o neurônio pode recuperar sua função normal * O tratamento clínico inclui: 1. Fluidos intravenosos (IV) 2. hiperventição temporária 3. Manitol 4. Solução salina hipertônica 5. Barbitúricos 6. Anticonvulsivantes
70
**TCE** ## Footnote Tratamento clínico Fluidos IV
* Fluidos IV, sangue e produtos de sangue devem ser administrados conforme a necessidade para: 1. Reanimar o doente 2. Manter a normovolemia * Cuidado para não sobrecarregar com líquidos * Não usar líquidos hipotônicos * Uso de soluções que contém glicose pode produzir hiperglicemia, prejudicial ao cérebro lesado 1. Para reanimação, recomenda-se solução salina isotônica ou ringer lactato * Monitorar níveis séricos de sódio cuidadosamente 1. Hiponatremia está associada ao edema cerebral e deve ser prevenida
71
**TCE** ## Footnote Tratamento clínico Hiperventilação
* Normocapnia é preferida na maioria dos casos * Hiperventilação age 1. Reduzindo PaCO2 2. Produzindo vasoconstrição cerebral 3. Se hiperventilação agressiva e prolongada pode produzir isquemia cerebral por vasoconstrição grave, prejudicando a perfusão (PaCO2 \< 30) * Hipercapnia (PaCO2 \> 45) promove: 1. Vasodilatação 2. Aumento da pressão intracraniana
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**V ou F?** ## Footnote A hiperventilação deve ser usada somente com moderação e, tanto quanto possível, por período limitado
Verdadeiro! * É preferível manter PaCO2 em 35, limite inferior do intervalo de normalidade (35-45) * Curtos períodos de hiperventilação (PaCO2 25-30) são aceitáveis, se necessários, em casos de défice neurológico agudo, enquanto outras medidas terapêuticas são iniciadas * Hiperventilação reduz PIC em doentes que estão deteriorando com hematoma intracraniano em expansão até que a craniotomia de emergência seja realizada
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**TCE** Tratamento clínico Manitol
* Usado para reduzir a PIC elevada * Utiliza-se, habitualmente, uma solução de 20% * Não deve ser administrado em hipotensos (não abaixa a PIC nestas situações e é diurético potente) 1. Isto pode exacerbar a hipotensão e a isquemia cerebral * Indicação clara em normovolêmicos é o défice neurológico agudo, como apresentação de: 1. Pupila dilatada 2. Hemiparesia 3. Perda de consciência * Nestas condições, deve ser administrado 1g/kg por 5min em bolus e transportar o doente imediatamente para: 1. Realização de TC ou 2. Sala de cirurgia (se lesão causadora tiver sido identificada)
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**TCE** Tratamento clínico Solução salina hipertônica
* Também é utilizada para reduzir a PIC elevada * Concentração de 3 a 23,4% * É o preferido em hipotensos
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**TCE** ## Footnote Tratamento clínico Barbitúricos
* Eficientes na redução da PIC refratária a outras medidas * Não devem ser utilizadas em hipovolemia e hipotensão * Produz hipotensão * Não está indicado na fase aguda de reanimação do trauma * Prolonga o tempo para determinação de morte encefálica
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**TCE** Tratamento clínico Anticonvulsivantes
* Epilepsia pós-traumática ocorre em 5% dos TCEs fechados e 15% dos TCEs graves * Os três fatores principais ligados à alta incidência de epilepsia tardia são: 1. Convulsões 2. Hematoma intracraniano 3. Fratura com afundamento de crânio * Convulsões agudas podem ser controladas por anticonvulsivantes, porem: 1. Uso precoce não muda a evolução das convulsões pós traumáticas de longo prazo 2. Podem inibir a recuperação do cérebro, devendo ser administrados somente quando necessário
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**Tratamento clínico** Anticonvulsivantes Drogas
* Fenitoína e fosfenitoína são empregados na fase aguda 1. Dose de ataque p/adulto 1g IV 50mg/min 2. Manutenção de 100mg/8h com titulação de dose * Diazepam ou lorazepam são usados além de fenitoína para convulsões prolongadas, até a parada desta * O controle de convulsões contínuas pode exigir anestesia geral * A convulsão deve ser controlada tão logo quanto possível, pois as prolongadas (30 a 60min) provavelmente causam lesão cerebral secundária
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**V ou F?** ## Footnote Caso o tratamento da PIC tenha sido iniciado, é importante realizar sua monitoração
Verdadeiro! * Por exemplo, o manitol pode apresentar efeito rebote significativo na PIC, e podem estar indicadas terapêuticas adicionais caso seja necessário continuar o tratamento
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**V ou F?** As convulsões podem ser controladas por relaxantes musculares
Falso! * Eles não evitam o dano cerebral secundário * Podem mascarar uma convulsão tônico-clônica * Só devem ser utilizados quando a convulsão estiver sob controle
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**TCE** Tratamento cirúrgico
* Pode ser necessário para lesões de: 1. Couro cabeludo 2. Fraturas com afundamento de crânio 3. Lesões intracranianas de massa 4. Ferimentos cerebrais penetrantes
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**TCE** Tratamento cirúrgico Lesões de couro cabeludo
* Limpar e inspecionar ferida cuidadosamente antes da sutura * Causas mais comuns de infecção no couro cabeludo são limpeza e desbridamento inadequados * Perdas sanguíneas podem ser abundantes, especialmente em crianças * Sangramento pode ser controlado: 1. Aplicando-se pressão direta 2. Cauterizando-se 3. Ligando-se os vasos maiores 4. Suturas, clipes ou grampeadores apropriados * Inspecionar a ferida à procura de sinais de fratura ou corpos estranhos * Vazamento de LCR indica laceração da dura-máter * Consultar neurocirurgião quando há fratura exposta ou afundamento * Coleção de sangue subgaleal pode ser interpretada como fratura de crânio. Radiografia ou TC pode confirmar ou excluir a possibilidade
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**TCE** Tratamento cirúrgico Fratuas com afundamento de crânio
* Deve ser reduzida cirurgicamente se 1. Grau de depressão for maior do que a espessura da calota adjacente 2. Estiver exposta e grosseiramente contaminada * As fraturas com afundamento menos significativo podem ser tratadas com segurança com fechamento do ferimento do couro cabeludo * TC é útil para: 1. Identificação do grau de afundamento 2. Excluir a presença de hematoma ou contusão intracranianos
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**TCE** Tratamento cirúrgico Lesões intracranianas de massa
* Tratadas por um neurocirurgião 1. Caso este não esteja disponível, deve-se transferir para hospital com neurocirurgião 2. Em situações extremas, médico neurocirúrgião deve realizar trepanação
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**TCE** Tratamento cirúrgico Ferimentos encefálicos penetrantes
* TC de cabeça é recomendada * Radiografias simples podem ser úteis na: 1. Avaliação da trajetória do projétil 2. Presença de grandes corpos estranhos e ar intracraniano * Se TC disponível, radiografia não é essencial * Recomenda-se angioTC ou angiofrafia convencional em: 1. Ferimentos penetrantes do cérebro 2. Trajetória do projétil próxima ou através de seio venoso dural maior ou a base do crânio 3. Hemorragia subaracnoidea importante 4. Hematoma tardio 5. Ferimento penetrante envolvendo regiões orbitofascial ou pterional (angio para identificar aneurisma ou fístula arteriovenosa intracraniana traumática) * Se aneurisma ou fístula indentificadas, realizar tratamento cirúrgico ou endovascular
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**V ou F?** ## Footnote RM pode desempenhar papel importante na avaliação de ferimentos penetrantes por madeira e outros objetos não magnéticos
Verdadeiro!
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**V ou F?** ## Footnote A presença de grandes contusões, hematomas ou hemorragia intravascullar identificadas pela TC, está associada a aumento da mortalidade
Verdadeiro! * Especialmente quando estão envolvidos ambos hemisférios!!
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**V ou F?** ## Footnote É inadequada a utilização de antibioticoterapia profilática de amplo espectro nos doentes portadores de ferimentos encefálicos penetrantes
Falso! * Esta conduta é **adequada**
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Quando a monitorização precoce da PIC é recomendada?
1. Quando o clínico não é capaz de avaliar o exame neurológico de forma acurada 2. Quando não está clara a necessidade de evacuar uma lesão em massa 3. Quando os exames de imagem sugerem uma PIC elevada
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**V ou F?** ## Footnote É correto tratar os orifícios de entrada de projétil na cabeça com cuidados locais de feridas e com fechamento quando essas lesões forem pequenas, não apresentarem tecidos desvitalizados nem lesões intracranianas importantes
Verdadeiro!
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**V ou F?** ## Footnote Os objetos que penetram o compartimento intracraniano ou a fossa infra-temporal e estão exteriorizados (p. ex.: flechas, faca ou chaves) não devem ser retirados até que sejam excluídas possíveis lesões vasculares e que o tratamento neurocirúrgico tenha sido estabelecido
Verdadeiro! * A mobilização ou a remoção precoce de objetos penetrantes pode levar a: 1. Lesão vascular fatal 2. Hemorragia intracraniana
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**V ou F?** ## Footnote A craniotomia por perfurações com broca de 10 a 15mm tem sido defendida como método de emergência para diagnosticar hematomas em doentes que apresentam deterioração rápida em ambientes remotos e inóspitos quando os neurocirurgiões e os métodos de imagem não se encontram imediatamente disponíveis
Verdadeiro! * Porem, mesmo em mãos experientes, essas perfurações são facilmente posicionadas em locais errados e não apresentam melhora clínica significativa * A craniotomia com retirada de porção óssea é o procedimento definitivamente salvador da vida para descomprimir o cérebro
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**Prognóstico**
* Todos os doentes devem ser tratados agressivamente enquanto se aguarda o neurocirurgião * Crianças possuem capacidade considerável de recuperar-se de traumatismos devastadores
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**Morte cerebral**
* Sem possibilidade de recuperação cerebral * Os seguintes critérios devem ser atendidos: 1. GCS 3 2. Pupilas não reativas 3. Reflexos de tronco cerebral ausentes (óculo-cefálico, corneal, olhos de boneca e ausência de reflexo faríngeo) 4. Ausência de esforço ventilatório espontâneo no teste formal de apneia * Estudos complementares para confirmar morte cerebral: 1. ECG (ausência de atividade com ondas de grande amplitude) 2. Ausência de FSC (estudos com isótopos, com doppler, com xenônio) 3. Antiografia cerebral
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**V ou F?** ## Footnote Certas condições reversíveis podem imitar o aparecimento de morte cerebral
Verdadeiro! * P. ex.: hipotermia ou coma barbitúrico * Por isso, o diagnóstico só pode ser considerado após a normalização de todos os parâmetros fisiológicos e se o SNC
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**V ou F?** ## Footnote A capacidade notável de crianças de recuperar-se de TCEs que parecem ser devastadores deve ser cuidadosamente considerada antes de estabelecer o diagnóstico de morte cerebral em crianças
Verdadeiro!!! * Caso haja dúvidas, especialmente em crianças, exames seriados múltiplos a intervalos de várias horas são úteis na confirmação da impressão clínica inicial * Agências locais de captação de órgãos devem ser notificadas a respeito de todos os doentes com o diagnóstico ou diagnóstico iminente de morte cerebral antes de suspender medidas artificiais de suporte de vida