Tricomoníase Flashcards
(15 cards)
agente etiológico
Trichomonas vaginalis
(protozoário)
habitat do Trichomonas vaginalis
trato urogenital (uretra, vulva, colo do útero, vagina, prepúcio, glande, próstata e glândulas seminais)
é comum ter tricomoníase?
é a IST n viral mais comum no mundo!!!
como é a transmissão da tricomoníase?
ato sexual e parto e mais raro: fômites, partilha de água do banho, sanitários
mulher pode passar para homens e mulheres e homens podem passar para mulheres mas homens n passam para homens através da via sexual
o que a infecção por trichomonas pode causar no feto no caso de mulheres grávidas?
- parto prematuro
- baixo tamanho
- podem desenvolver quadro respiratório e secreção nasal
- bebês do sexo feminino podem ter corrimentos
pq a diminuição de glicogênio vaginal pode aumentar as chances de infecção pelo Trichomonas vaginalis se ele consegue se nutrir por ele através do hidrogenossomos?
pq o glicogênio tb é utilizado por outra bactérias vaginais que protegem contra a Trichomonas vaginalis
pq a Tricomoníase é fator de risco pra outras ISTs?
pq o protozoário funciona como carregador de outras ISTs e pode tb pode levar a lesão da mucosa que pode propiciar a entrada de outros patógenos
qual a forma ativa do Trichomonas vaginalis?
trofozoíta
NÃO tem produção de cistos!!!!!!
localização dos trofozoitas (tricomoníase)
- vulva, vagina, colo uterino, corpo uterino
- prepúcio, glande, uretra, vesículas seminais e próstata
colo uterino - fica com aspecto de framboesa/morango devido ao processo inflamatório - fator de risco para colo de útero
como é a reprodução do Trichomonas
divisão binária (facilita a multiplicação) - n tem reprodução sexuada
- usa o flagelo e ptns para invadir o tecido epitelial do trato urogenital
fatores de risco para tricomoníase
- idade reprodutiva (15 a 49 anos)
- atividade sexual sem preservativo
- número de parceiros
- pode carrear outras ISTs (logo ter uma IST é um fator de risco para tricomoníase)
- fases do ciclo menstrual (mudança do pH vaginal, disponilidade de nutrientes, volume de sangue facilita carregamento da infecção, chances de transmissão mais altas)
- A implantação do parasito ocorre pelas mudanças no meio vaginal - tem período médio de incubação 5-28 dias, modificação da microbiota, diminuição de acidez, diminuição do glicogênio nas células do epitélio, acentuada descamação epitelial
fisiopatologia da tricomoníase
- infecção de células epiteliais do trato urogenital
- glicolipideos e glicoptns de superfície do protozoário se ligam as ptns de superfície nas células epiteliais do hospedeiro
- liberação de proteases que contribuem para a citoaderência, degradação da mucosa e citotoxicidade
- ativação da resposta imune do hospedeiro
- para controlar a tricomoníase necessita de da ação de linfócitos TCD4 (HIV —> menos contagem de CD4 —> maior dificuldade de controlar a infecção)
- TCD4 ativam macrofagos que aumentam produção de hemolíticas -> ativam mecanismos de apoptose e necrose epitelial (inflamação secundária à ação exacerbada de ativação do sistema imune)
manifestacoes clínicas da tricomoníase
mulheres: assintomáticas (20-25%), vaginite, vulvite, cervicite e colpite; leucorreia —> secreção bolhosa, malcheirosa, cinza, amarela ou verde —> repercussão clínica da inflamação de ação direta do parasita e do sistema imune
homens: assintomáticos (80-90%), aguda: uretrite purulenta, disúria e/ou secreção uretral clara ou mucopurulenta; leve: corrimento escasso matinal
complicação: gestação (nascimento prematuro ou bebês com baixo peso), infertilidade, doença inflamatória pélvica, câncer cervical ou de penis (descamação faz com que o organismo tenha que permanecer a todo tempo tendo que recuperar o epitélio —>predispõe o aparecimento de mutações e cânceres), aumento do risco de infecção por HIV e outras ISTs
métodos de diagnóstico de tricomoníase
- Para corrimento vaginal:
-Montagem úmida/Exame direto (solução salina): presença de Trichomonas sp. Móveis, leveduras e/ou pseudohifas
-Bacterioscopia por solução de Gram: presença de clue cells ( esse é para investigar vaginose bacteriana mas não tricomoníase) - Baixa especificidade:
- Fita de pH vaginal:
>4,5: vaginose bacteriana ou tricomoníase.
<4,5: candidíase vulvovaginal. - Teste de Whiff:
- coloca KOH a 10% no corrimento vaginal
- Se houver “odor de peixe” o resultado é considerado positivo (sugestivo de vaginose bacteriana) —> isso acontece pq as bacterias das vaginoses bacterianas liberam aminas voláteis quando em contato com o KOH; as vezes a tricomoníase tem teste de Whiff positivo pq ela altera o pH vaginal e pode favorecer o crescimento de bacterias anaerobicas, mas esse positvo é mais sugestivo de vaginose bacteriana do que tricomoniase
- Fita de pH vaginal:
- Métodos Moleculares
- Testes de amplificação de ácidos nucleicos (NAATs)
- PCR em tempo real
- A análise pode ser feita em amostra de secreção vaginal, urina
primeiro jato, secreção ou raspado de colo uterino.
pq a tricomoníase pode levar a baixo peso fetal?
A tricomoníase é uma infecção que inflama o trato genital (principalmente vagina e colo do útero). Essa inflamação ativa o sistema imune da mulher, gerando liberação de várias substâncias inflamatórias (como citocinas, prostaglandinas etc.).
Essas substâncias podem:
• Fragilizar as membranas que protegem o bebê (bolsa amniótica).
• Estimular contrações uterinas antes da hora (as prostaglandinas induzem trabalho de parto).
• Interferir na irrigação da placenta, prejudicando a nutrição do feto.
Resultado: a mulher pode ter parto prematuro e/ou restrição do crescimento fetal — e é isso que leva a baixo peso ao nascer.
Resumo fácil:
Tricomoníase → inflamação → liberação de mediadores inflamatórios → pode prejudicar a irrigação do feto pela placenta → bebê com baixo peso (restrição do crescimento fetal)