TRS Flashcards
(157 cards)
O que é Doença Renal Crônica (DRC)?
É a condição em que ocorre perda progressiva e irreversível da função dos rins, habitualmente identificada pela queda sustentada da Taxa de Filtração Glomerular (TFG).
A DRC pode levar a complicações severas e necessidade de intervenções como a Terapia Renal Substitutiva.
Como se caracteriza a evolução da DRC em relação à TFG?
À medida que a DRC avança, a TFG diminui de forma progressiva, implicando piora da capacidade de filtração renal e maior acúmulo de toxinas.
Em quais estágios avançados da DRC a TRS se torna necessária?
Geralmente a partir de TFG < 10–15 mL/min/1,73 m² (estágios 4–5), ou diante de complicações como hipervolemia, hiperpotassemia, acidose e sintomas urêmicos.
O que abrange a Terapia Renal Substitutiva (TRS)?
Engloba diálise (hemodiálise, hemodiafiltração, diálise peritoneal) e transplante renal, substituindo as principais funções dos rins.
Quais as funções primordiais dos rins substituídas pela TRS?
Filtração de toxinas (ureia, creatinina), regulação hidroeletrolítica (Na+, K+, etc.), controle do equilíbrio ácido-base e do volume de fluidos.
Quais são as modalidades dialíticas mais comuns?
Hemodiálise (HD), Hemodiafiltração (HDF) e Diálise Peritoneal (DP).
Qual a terapia de escolha de longo prazo (quando viável)?
O transplante renal, pois oferece melhores benefícios em sobrevida e qualidade de vida, dependendo de doadores e condições cirúrgicas.
Em linhas gerais, quando se inicia diálise de forma eletiva?
Quando a TFG se encontra entre 10–15 mL/min/1,73 m² ou quando aparecem sintomas urêmicos moderados, estado nutricional ruim e descontrole metabólico que não responde a medidas clínicas.
Quais os critérios de indicação de diálise de urgência em DRC avançada?
Situações agudas de hiperpotassemia refratária, edema agudo de pulmão (hipervolemia), acidose metabólica severa, encefalopatia, pericardite urêmica ou risco de morte iminente.
Qual a relevância de um início oportuno da diálise?
Reduz complicações metabólicas e cardiovasculares, melhora a qualidade de vida e diminui mortalidade em pacientes com DRC avançada.
O que é hemodiálise?
É uma modalidade de TRS na qual o sangue do paciente é bombeado para um dialisador externo que remove toxinas e excesso de fluidos através de difusão e ultrafiltração.
Qual a prevalência da HD no Brasil?
É o método dialítico mais realizado, correspondendo a cerca de 90–91% dos pacientes em diálise, segundo censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Quais as principais razões da alta difusão da HD no país?
Amplas disponibilidade de máquinas e centros, experiência das equipes e eficiência do procedimento em remover toxinas e água em sessões pré-fixadas.
De modo geral, qual a frequência semanal e duração de cada sessão de HD?
Três vezes por semana, quatro horas por sessão; porém existem variações (HD diária ou noturna, por exemplo).
Qual o papel do dialisador na HD?
É o filtro que contém fibras semipermeáveis por onde o sangue passa internamente e o dialisato externamente, permitindo trocas de solutos e água.
Quais os três tipos principais de acesso vascular para HD?
Fístula arteriovenosa (FAV), enxerto vascular (prótese sintética) e cateter venoso (túnelizado ou não).
Por que a fístula arteriovenosa (FAV) é considerada o acesso preferencial?
Oferece maior longevidade, menor risco de infecções e tromboses, além de suportar melhor fluxo sanguíneo para diálise.
Quais as desvantagens principais da fístula arteriovenosa?
Necessita de veias adequadas e tempo de maturação (4 a 8 semanas), não sendo utilizável em urgências imediatas.
Quando se opta por um enxerto vascular no lugar da FAV?
Quando o paciente não tem veias ideais para confeccionar a FAV ou há falências repetidas. O enxerto pode ser usado mais cedo, mas tem maior risco de infecção/trombose.
Em que circunstâncias o cateter venoso central é indicado?
Na urgência (sem tempo de maturar fístula) ou quando outros acessos são inviáveis. Apresenta maior risco de infecção e menor fluxo, devendo ser temporário.
O que é difusão na hemodiálise?
Troca de solutos através da membrana semipermeável guiada por gradiente de concentração, removendo principalmente moléculas pequenas como ureia e creatinina.
O que é ultrafiltração na hemodiálise?
Remoção de água do sangue para o dialisato por gradiente de pressão (transmembrana), ajudando a controlar volume e edema.
Qual o papel do fluxo em contracorrente no dialisador?
Aumenta a eficiência de remoção ao manter o gradiente de concentração favorável em todo o percurso, melhorando o clearance de toxinas.
Quais fatores influenciam a difusão na HD?
Gradiente de concentração, taxa de fluxo sanguíneo e de dialisato, permeabilidade da membrana e tamanho das moléculas.