Tutoria 1 Flashcards
Quando acontece a sensação de dor?
Na iminencia ou durante lesão tecidual
Como acontece a sinalização da dor
O nociceptor estimula a despolarização pelo potássio e o rompimento da membrana celular estimula a liberação de histamina e prostaglandia
Essa liberação de prostaglandias também estimulam a vasodilatação, levando ao edema no local
Os mastocitos também são chamados e liberam histamina, que aumentam o estímulo da dor e aumentam o edema pelo aumento da vasodilatação
Também existem ramificações do neuronio que foi estimulado que voltam e estímulam mastócitos por exemplo ou realizam a vasodilatação
Comparação da potencialização ou diminuição dos estímulos dolorosos e não dolorosos
Os estímulos dolorosos pelos fatores já explicados tendem a potencializar o efeito. Estímulos não dolorosos tendem a diminuir o efeito
É possível ter dor em partes que nao sofreram lesão ou não foram submetidas a iminencia de lesão?
Sim! Pela disseminação dos mediadores inflamatórios os receptores e a fibras ficam sensibilizados, fazendo com que seja possível sentir dor em locais que não tiveram contato com o processo de injúria.
Como ocorre a formação das prostaglandinas?
Inicialmente são geradas pelo fosfolipideos das membranas celulares. Esses fosfolipideos das membranas sao transformados em acido araquidonico pelas fosfolipases a e c. O ácido araquidonico pode virar prostaglandina ( trabaho pela cicloxigenase - COX), leucotrienos ( Lipoxigenases)ou tromboxano ( COX).
Qual o gatilho para a liberação do sinal nociceptivo?
O extravasamento do liquido intracelular
Em quais tipos de fibras os nociceptores estão ligados?
A delta e C
Onde ficam localizados os corpos celulares do neuronios dos nociceptores?
Ganglios dorsais ( tronco, membros e visceras)
Trigeminais ( cabeça e cavidade oral)
Glangio nodoso ( visceras)
Como é a característica das fibras A delta?
Calibre relativamente grosso e pouco mielinizadas Sensível a estímulo termíco e mecanico No térmico em temperaturas maiores que 40 graus os termoreceptores param de indicar calor e passam a indicar dor
Como é a característica das fibras C?
Fibras amielínicas
Neuronios de primeira ordem
Estes levam os estímulos das fibras A delta e C até o corno posterior da medula fazendo sinapses com os neuronios de projeça que levam o estímulo até o cortex e talamo.
Dor rápida vs Dor lenta
As fibras A delta por serem mielinizadas fazem a gente sentir dor muito mais rápido mas por menos tempo As fibras C demoram mais para começar a sentir dor mas sentem por mais tempo
Diferença entre sinapses das fibras A Delta e C com os neuronios de projeção
As fibras A Delta utilizam glutamato, neurotransmissor excitatório que utiliza o cálcio como principal íon para despolarizar o neuronio de segunda ordem. Os receptores são os AMPAS.
A fibra C possui o glutamato e Substancia P. Os receptores sao AMPA, NMDA, NK1 e Canal de Íon. Ambos sao excitatórios, mas a abertura dos canais de cálcio pelo glutamato tende a abrir rapidamente esses canais, enquanto a substancia P tende a prolongar este estímulo.
O glutamato é o principal estimulador
Amplificação do sinal e permanencia pela substancia P
Pela sua propriedade de prolongar a despolarização ela acaba por prolongar o período de dor e aumentar sua intensidade.
O gráfico representa isso
Tipos de dor
Existem dois tipos de dor:
1- Dor nociceptiva: Lesão tecidual ou inflamatória
2- Dor neuropática: Ocorre por lesão direta ao nervo central o periférico, gerando sensação de queimção e choques elétricos Ex: Herpes
As fibras do tipo C sao chamadas de nociceptores silenciosos, pois são ativados pelo processo inflamatório.
Vias descendentes modulatórias
Sao fibras superiores que modulam a sensação de fibras inferiores
Existe uma estrutura chamada de substancia cinzenta periaquedutal que é ativada durante momentos de grande estímulo do SNC, em situação de guerra
Essa massa cinzenta projeta neuronios descentes que fazem sinapse com o Locus Ceruleus. Locus Ceruleus é um núcleo noradrenérgico.
Do locus ceruleus saem neuronios que fazem sinapses com o Nucleus da Raphe Magnus
Do núcleo da Raphe saem neuronios que fazem ligação com o corno posterior da medula
Resumindo, um estímulo excitatório saindo da substancia cinzenta aumenta o estímulo noradrenérgico no corno dorsal da medula
E como atuam as vias descendentes modulatóroias
Elas atuam ativando os interneuronios encefalinergicos, que liberam encefalina, que atua bloqueano canal de cálco e aumentando o efluxo de potássio ( hiperporlarizando). A encefalina vai atuar no neuronio de primeira ordem perto do corno posterior do medula, impedindo a transmissão do sinal.
Outra via é atuar diretamente no neuronio de projeção.
Deste modo, a encefalina impede que o potencial de ação do neuronio de primeira ordem abra os canais de cálcio do neuronio de primeira ordem e libere o glutamato na fenda sináptica.
Lembrar também que promove hiperpolarização pela liberação do K+, mas isso na membrana pós-sináptica.
A morfina atua desta maneira na periferia. Fazendo o mesom trabalho da encefalina.
O nome técnico dessa parada é mecanismo de regulação endógeno.
Vias aferentes
No caso das vias inconscientes, esta cadeia é constituída apenas por dois neurônios (I, II).
Já nas vias conscientes, estes neurônios são geralmente três:
1- No caso das vias inconscientes, esta cadeia é constituída apenas por dois neurônios (I, II). Já nas vias conscientes, estes neurônios são geralmente trê
2- localiza-se na coluna posterior da medula ou em núcleos de nervos cranianos do tronco encefálico (fazem exceção as vias óptica e olfatória). Origina axônios que geralmente cruzam o plano mediano logo após sua origem e entram na formação de um tracto ou lemnisco;
3- localiza-se no tálamo e origina um axônio que chega ao córtex por uma radiação talâmica (faz exceção a via olfatória).
Quais são as duas vias que levam o impulso de dor e temperatur ao SNC?
1- Neoespino-Talamica ( mais recente), constituída pelo trato espino-talamico lateral
Via clássica e sendo constituída por tres neuronios:
1- Ganglios espinhais nas raízes dorsais fazem sinapse com o neuronio 2 muito provavelmente com substancia P
2- Localizado na coluna dorsal posterior ( principalmente na lamina I de Rexed). Cruzam o plano mediano pela comissura branca, ganhando o funículo lateral do lado oposto e infletem-se cranialmente para virar o trato espino-talamico lateral
3- Localizados no talamo, principalmene no núcleo ventral póstero-lateral. Formam as radiações talamicas que, pela capsula interna e coroa radiada, chegam a área somestésica.
Através dessa via chegam ao córtex cerebral impulsos originados em receptores térmicos e dolorosos situados no tronco e nos membros do lado oposto. A via é somatotópica, ou seja, a representação das diferentes partes do corpo pode ser identificada em seus núcleos e tractos assim como na área de projeção cortical. Há evidência de que a via neoespino-talâmica é responsável apenas pela sensação de dor aguda e bem localizada na superfície do corpo, correspondendo à chamada dor em pontada.
2- Paleoespino-talamica, constituída pelo trato espino-reticular
Neurônios I — localizam-se nos gânglios espinhais, penetram na medulado mesmo modo que os da via estudada anteriormente.
Neurônios II — situam-se na coluna posterior, principalmente na lâmina V de Rexed. Seus axônios dirigem-se ao funículo lateral do mesmo lado e do lado oposto, inflectem-se cranialmente para constituir o tracto espino-reticular. Este sobe na medula junto ao tracto espinotalâmico lateral e termina fazendo sinapse com os neurônios III em vários níveis da formação reticular.
Neurônios III — os neurônios III localizam-se na formação reticular e dão origem às fibras reticulo-talâmicas que terminam nos núcleos intralaminares do tálamo (neurônios IV). Entretanto, o mais provável é que o número de neurônios reticulares envolvidos nessa via seja maior e que os impulsos nervosos cheguem aos núcleos intralaminares do tálamo após várias sinapses na formação reticular
Ao contrário da via neoespino-talâmica, a via paleoespino-talâmica não tem organização somatotópica. Assim, ela é responsável por um tipo de dor pouco localizada, dor profunda do tipo crônico, correspondendo à chamada dor em queimação, ao contrário da via neoespino-talâmica, que veicula dores localizadas do tipo dor em pontada.
As fibras neoespinotalâmicas fazem sinapses núcleos talâmicos específicos (ventral-póstero-medial e ventral-póstero-lateral) e através deles se projetam nas áreas sensitivas S-I e S-II do córtez cerebral). O sistema paleoespinotalâmico origina várias colaterais para níveis para níveis suprassegmentares da medula espinhal e do tronco cerebral, se projeta nos núcleos talâmicos específicos e através destes, difusamente em todo o córtex cerebral.
Após a conexão com os núcleos inespecíficos/interlaminares no talamo a conexão paleoespinotalamica pode ir para o giro do cíngulo ( sistema límbico), giro pós-central ou lobo da ínsula.
Na conexão com o lobo da ínsula vai gerar algumas características típicas do sistema vagal, como náuseas, vomitos e diminuição da PA
Diferença entre a conexão com o segundo neuronio das vias neo e paleoespinotalamicas
Na paleoespinotalamica ocorre um grande número de conexões no próprio corno dorsal da coluna, fazendo com que a dor seja inespecífica
Impacto da medula na percepção de DOR
Mecanismos medulares impactam de modo importante na percepção final da dor.
Neurônios especiais de segunda ordem, chamados de WDR, localizados na porção posterior da substância cinzenta medular, cujo comportamento celular é variável conforme o grau de sensibilização, são considerados unidades de referência sensitiva dolorosa.
Neles, a habilitação de sinapses, normalmente silentes provenientes de neurônios sensitivos não dolorosos, pode resultar em alodínea, ou seja, sensação de dor a partir de estímulos reconhecidamente não dolorosos.
Similarmente, neles, a habilitação de sinapses normalmente silientes, provenientes de prolongamentos colaterais ascendentes e descendentes dos neurônios sensitivos dolorosos que trafegam pelo trato de Lissauer, pode resultar em dores referidas, ou seja, dores sentidas em locais diferentes da sede de original da estimulação.
A dor é originada tanto na medula espinhal como no encéfalo a partir de aferência nociceptiva, em situações de preservação da integridade. Contudo, existe uma discussão sobre onde aparece o sofrimento.
Teoria da comporta
No caso das fibras A- beta, A-delta e C serem estimuladas na periferia ao mesmo tempo, as primeiras, mais grossas e rápidas, chegariam primeiro ao segundo neurônio fechando a ”comporta”. A dor só é identificada se as fibras A-delta, e sobretudo as C. forem adequadamente estimuladas, ultrapassando um limiar que excede a inibição provocada pela A-beta, e, destarte, abrindo a referida “comporta” provocando a sensação de dor.
Quais tratos de Rexed participam das vias dolorosas?
A partir das lâminas I,IV,V e VI de Rexed, surgem os tratos ascendentes que predominantemente cruzam a linha média, através da comissura medular branca anterior e constituem, no quadrante anterolateral oposto, o sistema oligossináptico neoespinotalâmicio e os multissinápticos paleo e reticuloespinotalâmico.
Dor nociceptiva
A dor nociceptiva é aquela que apresenta a característica de transitoriedade na resposta aos estímulos nociceptivos bem definidos, como a dor pós- operatória, a da queimadura, entre outras. Ela é tipicamente descrita como bem localizada (envolvimento das áreas somatossensoriais corticais S1 e S2)