Úlceras de Pressão e Neurovasculares Flashcards

1
Q

Quais são as 5 forças causadoras das UPPs (fatores EXTRÍNSECOS)?

A
  • Pressão > 32 mmHg
  • Atrito: precursor do cisalhamento.
  • Cisalhamento (estiramento do TCS)
  • Umidade em excesso causa ressecamento do tecido.
  • Infecção
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2
Q

Quais são os fatores de risco INTRÍNSECOS para o desenvolvimento das úlceras de pressão?

A
  • Idade avançada
  • Perfusão tecidual falha
  • Comorbidades
  • Desnutrição
    —> Hipoalbuminemia < 3,5 g/dL
    —> Transferrina diminuída < 200 mg/dL
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3
Q

Qual a pressão necessária para colabamento dos capilares?

A
  • > 20/30 mmHg
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4
Q

Dentre as forças causadoras das UPPs, qual a mais importante?

A
  • Cisalhamento
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5
Q

Quais são as populações de risco?

A
  • Idosos
  • Acamados
  • Fraturas de quadril
  • Lesões medulares
  • Desnutrição
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6
Q

O que a escala de Braden avalia e quais são os seus seis parâmetros/fatores de risco?

A
  • Desenvolvimento de uma úlcera de pressão.
  • Pontua entre 1-4 pontos cada critério, sendo eles:
    —> Percepção sensorial
    —> Umidade
    —> Atividade
    —> Mobilidade
    —> Nutrição
    —> Fricção e cisalhamento
  • Quanto MENOR a pontuação, maior o risco.
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7
Q

Quais são medidas de prevenção do surgimento de UPPs?

A
  • Mudança de decúbito a cada 2 horas
  • Espumas fenestradas protegendo proeminências ósseas
  • Protetores de silicone/curativos de hidrocoloide em áreas de proeminências ósseas
  • Colchões pneumáticos
  • Hidratação da pele
  • Limpar a pele com limpador de pH neutro
  • Evitar sabão e água quente
  • Evitar friccionar e esfregar
  • Minimizar exposição à umidade (incontinência, vazamento da ferida)
  • Usar protetores de barreira
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8
Q

Qual a área mais acometida na fase aguda?

A

Região sacral

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9
Q

Qual a área mais acometida na fase subaguda ou crônica?

A

Região isquiática.

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10
Q

Como é a sensibilidade dos tecidos?

A

“Tecidos mais profundos são mais sensíveis e sofrem ANTES do que a pele”.

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11
Q

Qual a ordem de sensibilidade em escala decrescente?

A

1) Músculo
2) Tecido adiposo
3) Pele

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12
Q

Qual situação é pior: pressões menores por longos períodos ou pressões maiores por curtos perídos?

A
  • Pressões menores por longos períodos.
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13
Q

Em média, a partir de quanto tempo de pressão aplicada já pode estar ocorrendo lesões?

A
  • 2 horas
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14
Q

Classificação NPUAP/SHEA modificado - Estágio I:

A
  • Hiperemia
  • Pele intacta com eritema persistente sem solução de continuidade.
  • Afeta apenas a epiderme.
  • “Eritema não branqueável”.
  • Ocorre a partir de 30 minutos de pressão.
  • Reversível após 1 hora
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15
Q

Classificação NPUAP/SHEA modificado - Estágio II:

A
  • Afeta a epiderme e possui perda de espessura parcial da derme.
  • Úlcera superficial com um leito de ferida rosa eritematoso.
  • Também pode-se apresentar como uma bolha cheia de soro íntegra ou rompida.
  • Escafelos não estão presentes.
  • Ocorre entre 2 - 6 horas.
  • Reversível em pelo menos 36 horas.
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16
Q

Classificação NPUAP/SHEA modificado - Estágio III:

A
  • Necrose/Perda de tecido em espessura total da epiderme, derme e atinge o tecido celular subcutâneo
  • Músculos, tendões e ossos não estão expostos
  • Esfacelos podem estar presentes
  • Pode incluir solapamentos ou tunelamentos
  • Ocorre a partir de 6 horas.
  • Irreversível.
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17
Q

Classificação NPUAP/SHEA modificado - Estágio IV:

A
  • Perda de espessura completa da epiderme, derme e tecido subcutâneo.
  • Exposição com ou sem acometimento de músculo, tendão, osso.
  • Esfacelamento presente
  • Surge após 15 dias da necrose.
  • Risco aumentado de osteomielite.
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18
Q

A úlcera sofre uma progressão gradativa de estágio em estágio?

A
  • Não necessariamente.
  • Uma úlcera pode pular de II para IV por exemplo.
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19
Q

A recuperação da úlcera segue uma progressão inversa de estágio em estágio?

A
  • Não. Ela evoluiu com granulação e cicatrização.
  • Uma lesão grau IV nunca retorna a ser grau III.
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20
Q

Em quais estágios pode haver osteomielite?

A
  • II - IV
  • Estão associadas à recidivas.
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21
Q

Como diagnósticar osteomielite?

A

RM e biópsia com cultura óssea.

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22
Q

Qual método padrão no diagnóstico da osteomielite?

A
  • Cultura óssea
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23
Q

Qual osso mais acometido por osteomielite (contexto geral e não apenas em UPPs)?

A
  • Tíbia
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24
Q

Quais são os exames laboratoriais inicias na avaliação de uma paciente com UPP?

A
  • Hemograma completo com bioquímica básica
  • PCR e VHS (avaliação de osteomielite)
  • CULTURA DO TECIDO NÃO DEVE SER SOLICITADA
  • Em caso de suspeita de osteomielite:
    —> Biópsia óssea
    —> RNM
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25
Q

TRATAMENTO: medidas relacionadas com incontinência fecal.

A
  • Mudanças dietéticas.
  • Sondagem fecal
  • Avaliar desvio de trânsito
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26
Q

TRATAMENTO: medidas clínicas relacionadas com espasticidade.

A
  • Fisioterapia**
  • Fármacos:
    —> Diazepam,
    —> Gabapentina,
    —> Clonidina,
    —> Tiazidina.
  • Baclofeno intratecal.
    —> Pacientes que não toleram ou não respondem a terapia oral.
  • Quimiodenervantes:
    —> Fenol,
    —> Etanol
    —> Botox
27
Q

TRATAMENTO: medidas cirúrgicas relacionadas com espasticidade.

A

Indicado em casos refratários as medidas clínicas.
- Tenotomia local
- Transferência tendinosa
- Mielotomia e mielotomia transversal envolvendo o seccionamento direto da medula espinhal.

28
Q

TRATAMENTO: medidas relacionadas à pressão.

A
  • Alívio da pressão para que seja mantida abaixo de 20 mmHg.
  • Manter um estado constante de baixa pressão.
  • Pressão alternada com colchões pneumáticos/casca de ovo.
  • Mudanças de posição a cada 1/2 horas.
  • Utilização de almofadas e itens parecidos.
29
Q

No paciente cadeirante, onde há maior risco de lesão?

A

Na região da tuberosidade isquiática, nos 2 cms próximos a ele.
Ideal ter momentos de alívio a cada 15 minutos.

30
Q

Tratamento não cirúrgico das UPPs?

A
  • Manejo das feridas com coberturas ou curativos.
  • Avaliar terapia por pressão negativa.
31
Q

Qual efeito do hidrocoloide?

A
  • Absorve líquido
  • Autólise do tecido necrosado
  • Pouca aderência
  • Curativo oclusivo
32
Q

Qual efeito do hidrogel?

A
  • Ambiente aquoso
  • Requer curativo secundário
  • Sem aderência
  • Não recomendado se houver presença de infecção
  • Não é impermeável
  • Possui efeito autolítico
33
Q

Qual efeito do filme transparente?

A
  • Possibilidade a permeação do vapor d’água
  • Impermeável para líquidos e bactérias
34
Q

Qual efeito do alginato?

A
  • Podem absorver 15-20 vezes o peso de seu líquido, o que os torna adequados para feridas altamente exsudativas.
  • Não devem ser utilizados em feridas com pouco ou nenhum exsudato, pois irão aderir à superfície de cicatrização da ferida, causando dor e prejudicando o tecido saudável na remoção.
35
Q

Qual efeito da sulfadiazina de prata?

A
  • Possui penetração intermediária na ferida e um bom especto antimicrobiano.
  • Atividade antimicrobiana de 8 - 10 horas.
  • Curativos devem ser trocados de 12/12 horas.
36
Q

Quais são os princípios do tratamento cirúrgico das UPPs?

A
  • Excisão da úlcera, cicatriz circundante, da bursa subjacente e calcificações de tecido moles se houver.
  • Enviar tecido para estudo histopatológico (risco de Úlcera de Marjolin)
  • Remoção radical do osso subjacente e qualquer ossificação heterotópica.
  • Alcochoamento de cotos ósseos e preenchimento do espaço morto.
  • Refazer superfície com retalhos pediculas regionais grandes.
  • Linha de sutura do retalho longe da área de pressão.
37
Q

O que deve ser realizado antes da abordagem cirúrgica?

A
  • Estabelecer (e tratar) o diagnóstico de osteomielite é essencial antes de iniciar a reconstrução.
  • Se positivo, antibioticoterapia endovenosa durante 6 semanas antes da reconstrução cirúrgica.
38
Q

Quais são as vantagens dos retalhos musculares?

A
  • Maior massa para cobertura e melhor vascularização apesar de serem mais sensíveis à pressão.
  • Retalhos musculocutâneos estão menos sujeitos à infecção.
39
Q

Quais são opções de tratamento cirúrgico para as úlceras sacrais?

A

Principalmente em fase aguda de doença, pacientes acamados, deitados.

  • Fechamento primário caso lesão pequena com excesso de tecido.
  • Enxertos (opção ruim)
  • Retalhos fasciocutâneos (V-Y, transposição…)
  • Retalhos miocutâneos baseados na musculatura glútea (máximo).
40
Q

Qual principal retalho no tratamento cirúrgico das úlceras sacrais profundas/grandes?

A
  • Retalho miocutâneo do m glúteo máximo.
  • Nas feridas superficiais, não há eleição de qual retalho local/fasciocutâneo seria melhor.
41
Q

Quais são opções de tratamento cirúrgico para as úlceras isquiáticas?

A

Principalmente em cadeirantes.
- Retalho fasciocutâneo posterior da coxa (Tulenko).
- Retalho miocutâneo do bíceps femoral em avanço caso necessite de maior cobertura tecidual.
—-> Principalmente em cadeirantes.
- Segunda opção: retalho miocutâneo grácil ou mesmo ou glúteo máximo.

42
Q

Qual principal retalho no tratamento cirúrgico das úlceras isquiáticas?

A
  • Retalho fasciocutâneo posterior da coxa (Tulenko).
  • Retalho miocutâneo do bíceps femoral em avanço caso necessite de maior cobertura tecidual.
    —-> Principalmente em cadeirantes
43
Q

Quais são as opções das úlceras trocantéricas?

A
  • Retalho miocutâneo do m. tensor da fascia lata.
  • Retalho antero-lateral da coxa.
44
Q

Quais particularidades estão envolvidas em grandes úlceras trocantéricas?

A
  • As lesões por pressões na região trocantérica podem comprometer a articulação coxofemoral, podendo exigir femorectomia parcial (cirurgia de Girdelstone).
  • Isso resulta em uma grande cavidade local que necessita de preenchimento com retalho muscular, sendo os músculos reto femoral e vasto lateral as principais opções.
45
Q

Qual principal retalho no tratamento cirúrgico das úlceras trocantéricas?

A
  • Retalho miocutâneo do músculo tensor da fáscia lata.
46
Q

Qual a diferença de prevalência entre as úlceras venosas e arterias?

A
  • Venosas 3:1 Arteriais
47
Q

Qual a causa da insuficiência venosa?

A
  • Hipertensão venosa local.
  • A perna possui um sistema venoso superficial e um profundo, conectados por veias perfurantes. O fluxo sanguíneo se deve em grande parte à contração muscular que comprime as veias, enquanto o fluxo retrógrado direcional é uma consequência da presença de válvulas unidirecionais que evitam o refluxo.
  • As válvulas se tornam incompetentes com a formação de um trombo ou com a idade avançada.
48
Q

Qual a principal medida no tratamento da insuficiência venosa?

A
  • Terapia de compressão acompanhada por um programa de exercícios que aumentam o retorno venoso ao coração.
  • Deve ser mantida pelo resto da vida para que as úlceras venosas permaneçam cicatrizadas.
49
Q

Diante de uma úlcera venosa, qual a diferença de cuidado local entre os pacientes ativos e os sedentários?

A
  • A bota de Unna é eficaz nos pacientes ativos.
  • Enquanto que os curativos de 2/3/4 camadas são mais eficazes nos pacientes sedentários.
50
Q

O que é a bota de Unna?

A
  • A bota de Unna é um tipo especial de bandagem compressiva usada para tratar feridas nas pernas, principalmente úlceras venosas crônicas. É feita de gaze impregnada com óxido de zinco, enrolada em torno da perna e segurada por uma bandagem externa.
51
Q

Quais são contraindicações ao uso da bota de Unna?

A
  • Ferida infectada
  • DAP
  • DM não controlado
  • ICC
  • Feridas com tecido necrótico
52
Q

Qual medida cirúrgica pode ser tomada diante de uma úlcera venosa crônica?

A
  • Tratamento cirúrgico das veias safenas, safenas parvas e/ou perfurantes incompetentes, pode ajudar a aliviar a hipertensão venosa e contribuir com a cicatrização.
53
Q

No pé diabético, o que acontece com o Fator de Von Willebrand e com a síntese de prostaciclinas?

A
  • Há um aumento dos níveis do fator de Von Willebrand.
  • Há uma diminuição das prostaciclinas, prejudicando a cicatrização.
54
Q

Quais são as alterações metabólicas envolvidas em uma úlcera infectada no pé diabético?

A
  • Altos níveis de lipoproteínas de baixa densidade e muito baixa densidade.
  • Níveis plasmáticos elevados do fator de Von Willebrand.
  • Níveis elevados de fibrinogênio.
  • Aumento da adesividade plaquetária.
  • Inibição da síntese de prostaciclinas.
55
Q

Quais são causas de isquemia em membros inferiores?

A
  • Aterosclerose
  • Hipercolesterolemia
  • Tabagismo
  • Trombofilias
  • Vasculites
    —> Tromboangeíte obliterante (Doença de Buerger)
    —> Doença de Takayasu
    —> Síndrome de Raynaud
56
Q

Qual o lado do tornozelo mais acometidos pelas úlceras arteriais e venosas?

A
  • Arteriais: lateral
  • Venosas: medial
57
Q

O que é a Tromboangeíte Obliterante (Doença de Buerger)?

A
  • Vasculite de pequenos e médios vasos dos membros superiores e inferiores.
  • Forte relação com tabagismo
  • Adultos jovens do sexo masculino
58
Q

O que é o índice tornozelo-braquial (ITB) e como seus valores são classificados?

A
  • Calculado pela razão entre a PAS no tornozelo (medido com Doppler portátil) e a PAS no braço.
    —> ITB ≥ 0,9: normal
    —> ITB 0,8 - 0,89: limítrofe
    —> ITB ≤ 0,8: anormal
  • Quando anormal, indica a presença de DAP (doença arterial periférica).
  • Nelligan considerada valores < 0,7 como de piores prognósticos.
59
Q

Qual a relação entre o ITB e as feridas de membros inferiores?

A
  • Quando diminuído, indica a presença de DAP e consequentemente pior cicatrização.
60
Q

Como comporta-se o ITB em pacientes diabéticos?

A
  • Os valores estão falsamente elevados devido a calcificação arterial secundária à DM.
  • Nestes pacientes, valores < 0,9 possuem piores prognósticos.
61
Q

Como interpretar os valores de ITB em relação a procedimentos reconstrutivos segundo o Nelligan?

A
  • Valores > 0,7 são considerados “aceitáveis” para a maioria das técnicas reconstrutivas.
    —> Nos pacientes diabéticos, valores aceitáveis são > 0,9
  • Valores < 0,5 indicam a necessidade de uma revascularização prévia a uma reconstrução complexa.
62
Q

Quais são as características do método de aferição de oxigenação transcutânea na avaliação de feridas de membros inferiores?

A
  • Método não invasivo com 83% de previsibilidade de fechamento da ferida e 68% em prever falha de cicatrização em um membro isquêmico.
63
Q

Quais são as os valores da oxigenação transcutânea na avaliação de feridas de membros inferiores? Como interpretá-los?

A

A hipóxia tecidual é definida quando:
- < 40 mmHg pacientes saudáveis
- < 30 mmHg indica sinais de isquemia do membros e distúrbios de cicatrização.
- < 20 mmHg em membro com ferida isquêmica não cicatrizada (crônica) indica revascularização.

64
Q

Quais situações cursam com diminuição da oxigenação transcutânea dos membros?

A
  • DAP
  • Insuficiência venosa
  • DM
  • Trauma
  • Infecção