Valvopatias Flashcards
(37 cards)
Valvopatia aórtica:
idade de acometimento mais comum
Valvopatia aórtica
Apresentação bimodal
- Jovens: reumática e bicúspide
- Idosos: senil calcifica (aterosclerose)
Estenose Mitral
Causas
Causas:
- Sequela reumática: é a principal. Aumento da espessura das cúspides => fusão das comissuras
- Congênita, Endocardite, Doenças infiltrativas (mucopolissacaridoses), LES, AR, Estados serotoninérgicos (sd. Carcinoide)
Estenose Mitral
Consequencias
Consequências:
- Aumento das pressões atriais
- Aumento da PCP (congestão pulmonar)
- Hipertensão pulmonar secundária
“A EM protege o VE”
Estenose Mitral
Quais os principais marcadores de mau prognostico
Marcadores de Mau prognóstico
Sintomas
Presença de FA
Hipertensão pulmonar
- Uma vez atingidos níveis muito elevados de pressão sistólica de artéria pulmonar (PSAP acima de 80 mmHg), a sobrevida média reduz-se para 2,4 anos.
Estenose Mitral
Caracteristicas do Exame Físico
Exame Físico:
Fácies Mitral
B1 hiperfonética
B2 hiperfonética (componente P2). Hipertensão pulmonar à B2 hiperfonética.
Ruflar diastólico em foco mitral (reforço pré-sistólico)
- Melhor auscultado com a campânula do estetoscópio / Posição e Pachòn
Estalido de abertura: ao fim da fase de relaxamento isovolumétrico. Com a estenose mitral a pressão no AE já é alta logo no inicio. Neste caso, não precisa que o VE se relaxe muito para a valva abrir. Logo, a valva é aberta mais precocemente. Intervalo mais curto = doença mais grave.
Estenose Mitral
ECG
ECG:
- SAE => onda P > 120 ms, + entalhe (onda P mitrale) na derivação D2, com intervalo entre os componentes atriais direito e esquerdo de 40 ms e onda P com componente negativo aumentado (final lento e profundo) na derivação V1. A área da fase negativa de pelo menos 0,04 mm/s, ou igual ou superior a 1 mm2, constitui o índice de Morris, que apresenta melhor sensibilidade que a duração isolada.
- Desvio do eixo para direita
- Sinais de aumento das câmaras direitas
- FA
Estenose Mitral
Rx Torax
Rx tórax:
- Aumento do AE
- Dilatação da artéria pulmonar e das cavidades direitas
- Congestão pulmonar
Estenose Mitral
Qual a finalidade do TE?
TE:
- Avaliação da capacidade funcional
- Indivíduos com sintomas duvidosos.
Estenose Mitral
Características EcoTT
Condições que podem estar associadas?
EcoTT com doppler
- Confirma o diagnóstico
- Avaliação da gravidade anatômica e funcional
Raiz da Ao normalmente tem relação 1:1 com AE
Avaliação de área valvar: PHT e Planimetria
- PHT: observa o tempo que o AE se esvazia => estima a área.
- Planimetria: é o padrão ouro. As vezes é difícil de fazer.
Abertura em cúpula, em domo ou aspecto de bastão de hóquei => achados típicos da estenose mitral reumática.
Gradiente diastólico máximo/médio: diferença entre pressão AE-VE durante a diástole. Se muito grande, pode sugerir estenose.
Condições associadas:
- Trombos atriais
- Presenta de ITric
Estenose Mitral
Classificação pela gravidade (EcoTT)
Lesão:
- Discreta: > 1,5 cm² / gradiente < 5
- Moderada: 1-1,5 / 5-10
- Importante: < 1,0 / > 10
O que o escore de Wilkins avalia?
Escore de Wilkins => avalia (MECA)
- Calcificação
- Aparelho subvalvar – é o principal
- Mobilidade
- Espessamento
Estenose Mitral
EcoTE - quando pedir?
Eco Transesofágico
Quando pedir?
- Quantificar insuficiência mitral
- Suspeita de trombo atrial (histórico de FA / evento embólico prévio)
- EcoTT inadequado
- Durante procedimento (IIa) – valvoplastia mitral percutânea
Estenose Mitral
CATE - quando pedir?
Cateterismo: quando há discrepância entre as medidas ecocardiográficas e a situação clínica do paciente.
- Suspeita de DAC
- Presença de fatores de risco: Homens > 40 anos; mulheres após menopausa; mais de um FR coronariano
- Pacientes de menor risco = Angiotomografia de coronárias
Estenose Mitral
Tratamento Medicamentoso
Tratamento Farmacológico
Apenas aliviar sintomas
Não há efeitos sobre a obstrução!
- Enquanto espera a correção e/ou controle das complicações (ex: FA)
- Não postergar o tratamento intervencionista
Estenose Mitral
Qual o tripé da EM?
Tripé da estenose mitral:
1) Controle FC
- Qualquer BB, bloqueador de canal de cálcio, digitálicos
2) Volemia: controle da congestão pulmonar
- Diuréticos de alça
- Poupadores de potássio
3) Anticoagulação
- Antagonistas da Vitamina K: Marevan ou marcoumar. São as drogas de eleição
- 2ª opção (exceção): AAS
- Novos anticoagulantes: estudos comprovaram que são “não-inferiores”. Mas não superiores. Não há estudo que pegou só paciente valvar pra confirmar superioridade.
Em pacientes com próteses mecânicas, foi observado aumento da mortalidade e o estudo interrompido. Prótese não se usa novos anticoagulantes!
Quando anticoagular?
- Embolia prévia
- Trombo atrial
- FA
- Átrio > 55mm + contraste espontâneo
Obs: + AAS = pcts em anticoagulação plena adequada com novo evento embólico.
Estenose Mitral
Quando anticoagular?
E sobre os novos anti-coagulantes?
- Novos anticoagulantes: estudos comprovaram que são “não-inferiores”. Mas não superiores. Não há estudo que pegou só paciente valvar pra confirmar superioridade.
Em pacientes com próteses mecânicas, foi observado aumento da mortalidade e o estudo interrompido. Prótese não se usa novos anticoagulantes!
Quando anticoagular?
- Embolia prévia
- Trombo atrial
- FA
- Átrio > 55mm + contraste espontâneo
Obs: + AAS = pcts em anticoagulação plena adequada com novo evento embólico.
Estenose Mitral
Quais os tipos de tratamento intervencionista?
Tratamento intervencionista
1) Valvoplastia mitral percutânea
2) Comissurotomia cirúrgica
3) Substituição valvar (próteses)
Estenose Mitral
Valvoplastia mitral percutânea (VMP)
- Indicações
- Principais complicações
- Escore de Wilkins
- Principais contraindicações
- Critérios de sucesso
1) Valvoplastia mitral percutânea (VMP)
Indicações:
- Sintomáticos: todos que não tenham contraindicação
- Assintomáticos: PSAP > 50 repouso / PSAP > 60 esforço
Principais complicações
- AVEs (0,5-1%)
- Tamponamento cardíaco (0,7-1%)
- IMi importante (0,9-2%)
Mortalidade é baixa (< 0,5%)
Escore de Wilkins
- 4-8: VMP
- 8-12: dúvida
- > 12 = cirurgia
Principais contraindicações
- IMi moderada a importante
- Trombo atrial esquerdo
- Wilkins desfavorável (> 8pts)
- Tratamento cirúrgico (outra valvopatia/DAC)
Critérios de sucesso
- Redução 50-60% do gradiente
- Área valvar > 1,5cm²
- PCP < 18 mmHg
Estenose Mitral
Comissurotomia Cirúrgica
Quando fazer?
2) Comissurotomia cirúrgica
Fazer sempre que possível, quando VMP não for possível (CI)
Reestabelecer a área valvar
- Secção da fusão comissural
- Secção da fusão dos mm. Papilares
Estenose Mitral
Troca Valvar
Quando fazer?
3) Troca valvar (PB ou Mecânica)
Pacientes sintomáticos CFIII e IV
Contraindicações à VMCB (valvoplastia mitral por cateter balão)
- Anatomia valvar desfavorável
– Wilkins > 8
– Calcificação
– Comprometimento do Ap subvalvar
- Dupla lesão mitral (IMi mod a importante)
- Trombo AE persistente (após ACO)
Valvopatia tricúspide ou aórtica significativa
Possível benefício da cirurgia:
Pacientes com estenose mitral Mod a Importante
- Eventos embólicos apesar de ACO
- Assintomático/dispneia (NYIHA I e II) => sem anatomia favorável à VMCB / HP grave (PSAP > 80)
Fluxograma EM Importante
Paciente Assintomático

Fluxograma EM Importante
Paciente Sintomático

Trombose de Prótese Sintomática
Cirurgia de Urgência
Lesões orovalvares que apresentam pior evolução clínica na gestação
Estenose Aórtica
e
Estenose Mitral
