Doenças Vasculares não Ateroscletóricas Flashcards

1
Q

QUAIS SÃO AS DOENÇAS VASCUALRES NÃO ATEROSCLETÓRICAS?

A

੦ displasia fibromuscular

੦ tromboangeíte obliterante

੦ vasculites primárias
* arterite temporal
* arterite de Takayasu
* poliarterite nodosa
* doença de Kawasaki
* doença de Behçet

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2
Q

CONCEITO DE DISPLASIA FIBROMUSCULAR

A
  • doença não aterosclerótica e não inflamatória
  • de causa desconhecida
  • artéria de médio calibre
  • renal, carótida, ilíaca, vertebral, pulmonar
  • mulheres caucasianas
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3
Q

HISTOLOGIA DA DISPLASIA FIBROMUSCULAR

A
  • fibroplasia intimal
  • fibroplasia medial (mais comum)
  • fibroplasia periadventicial
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4
Q

QUADRO CLÍNICO DA DISPLASIA FIBROMUSCULAR

A

੦ depende da artéria, grau de oclusão e circulação colateral
* renal: HAS renovascular
* carótida: AIT, AVC

੦ pode apresentar aneurismas ou dissecções

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5
Q

DX DA DISPLASIA FIBROMUSCULAR

A

੦ definitivo – histologia

੦ arteriografia: “colar de contas/pérolas”

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6
Q

CONCEITO DE TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE (DOENÇA DE LEO BUERGER)

A

੦ doença arterial inflamatória

੦ produz oclusões trombóticas de artérias de pequeno e médio calibre

੦ MMII (principalmente) e MMSS

੦ etiologia desconhecida

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7
Q

EPIDEMIO DA TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE

A

੦ 90% sexo masculino
੦ 95% 20-40 anos
੦ fumantes

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8
Q

PATOLOGIA DA TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE

A

੦ fase aguda – trombo oclusivo hipercelular

੦ fase crônica – recanalização do trombo e fibrose

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9
Q

QUADRO CLINICO DA TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE

A

੦ claudicação intermitente (panturrilha)
੦ dor de repouso
੦ lesões tróficas e gangrenas
੦ tromboflebite migratória (trombose venosa superficial que ocorre repetidamente em veias normais)
੦ associação com hiper-hidrose e Raynaud

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10
Q

DX DA TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE

A

੦ ultrassonografia com Doppler

੦ angioTC/angioRNM

੦ arteriografia – PADRÃO-OURO!!!
* obstruções abruptas
* artérias espiraladas de Martorell ou sinal do saca-rolha

**LABORATÓRIO É NORMAL

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11
Q

CRITÉRIOS DE SHIONOYA

A
  1. História de tabagismo
  2. Início antes dos 50 anos
  3. Lesões arteriais obstrutivas infrapoplíteas
  4. Envolvimento de membro superior ou presença de flebite migratória
  5. Ausência de outros fatores de risco para aterosclerose, além do tabagismo
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12
Q

TTO CLÍNICO DA TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE

A
  • interrupção do tabagismo (melhora os sintomas)
  • analgésicos
  • prostaglandinas
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13
Q

TTO CIRÚRGICO DA TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE

A
  • revascularização
  • angioplastias
  • simpatectomias -ressecção de cadeia linfática p/ ter vaso dilatação periférica
  • neurotripsia -p/ melhorar dor
  • debridamentos
  • amputações

***depende de cada caso

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14
Q

CONCEITO DE VASCULITES PRIMÁRIAS

A

੦ processos inflamatórios que leva a alteração da estruturas dos vasos

੦ isquemia variável até necrose

੦ classificação de acordo com tamanho do vaso

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15
Q

CLASSIFICAÇÃO DA VASCULITES PRIMÁRIAS

GRANDES VASOS

A

Arterite de Takayasu

Doença de Behçet

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16
Q

CLASSIFICAÇÃO DAS VASCULITES PRIMÁRIAS

VASOS MÉDIOS

A

Arterite de células gigantes
Poliarterite nodosa
Granulomatose de Wegener
Síndrome de Churg-Strauss
Poliangiite microscópica
Doença de Kawasaki
Doença de Behçet

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17
Q

CLASSIFICAÇÃO DAS VASCULITES PRIMÁRIAS

VASOS PEQUENOS

A

Arterite de células gigantes
Púrpura de Henoch-Schoenlein
Crioglobulinemia
Angiite primária de SNC
Eritema nodoso
Livedo reticular
Doença de Behçet

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18
Q

CONCEITO E EPIDEMIO DE ARTERITE DE TAKAYASU

A

੦ arterite granulomatosa estenosante
੦ vasos de grande e médio calibre (aorta e ramos)

੦ 85% sexo feminino
੦ 30-40 anos

੦ evolução crônica (remissão x atividade)

19
Q

PATOGENIA DA ARTERITE DE TAKAYASU

A

੦ desconhecida

੦ autoimune por células T
੦ relação com M. tuberculosis
* PPD positivo ou infecção prévia

20
Q

QUADOR CLÍNICO DA FASE PRÉ-VASCULAR DA ARTERITE DE TAKAYASU

A
  • manifestações gerais
  • comprometimento vascular subclínico
21
Q

QUADOR CLÍNICO DA FASE VASCULAR DA ARTERITE DE TAKAYASU

A
  • predileção pelo arco aórtico e seus ramos (90%)
  • evolução crônica e recorrente
  • sintomas principais:
  • claudicação intermitente de MMSS (60%)
  • assimetria de pressão arterial nas extremidades
  • hipertensão renovascular
  • sopro carotídeo e subclávio
  • aneurisma de aorta
22
Q

CLASSIFICAÇÃO TOKIO - 1994

A

I
IIA
IIB
III
IV
V

** envolvimento das artérias coronária ou pulmonar deve ser indicado com C (+) ou P (+)

23
Q

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS ACR 1990 DA ARTERITE DE TAKAYASU

A
  • < 40 anos quando dx inicial
  • claudicação das extremidades
  • pulso braquial reduzido
  • gradiente pressórico entre os membros superiores > 10mmHg
  • sopro na região da aorta e/ou subclávia
  • arteriografia anormal (estenoses)

*** Pelo menos três critérios para o diagnóstico

24
Q

DX LABORATORIAL DA ARTERITE DE TAKAYASU

A
  • VHS elevado
  • proteína C elevada
  • diminuição de elementos da série vermelha
25
Q

DX DE IMAGEM DA ARTERITE DE TAKAYASU

A
  • Doppler
  • angiotomografia
  • angiorressonância
  • arteriografia
26
Q

TTO CLÍNICO DA ARTERITE DE TAKAYASU

A
  • corticosteroides
  • ciclofosfamida
  • metotrexato
  • tratamento da HAS e TB
  • uso de produtos anti-TNF (ainda em estudo)
27
Q

TTO CIRÚRGICO DA ARTERITE DE TAKAYASU

A
  • apenas como última alternativa
  • técnicas variadas e adaptadas caso a caso
  • avaliar corretamente a fase do processo inflamatório
  • intervir apenas quando doença fora de atividade
28
Q

CONCEITO DA ARTERITE TEMPORAL / ARTERITE DE HORTON

A

੦ arterite sistêmica, crônica

੦ artérias de pequeno, médio e grande calibre
* principalmente ramos da carótida, em especial as artérias oftálmica e temporal

29
Q

QUADRO CLÍNICO DA ARTERITE TEMPORAL

A

੦ cefaleia
* dois terços dos pacientes
* frontotemporal e mais raramente occipital

੦ manifestações oculares
* nistagmo, amaurose
* deficiência visual e até cegueira por neurite óptica

੦ claudicação intermitente muscular
* musculatura mastigadora
* musculatura do pescoço e língua

30
Q

DX LABORATORIAL DA ARTERITE TEMPORAL

A
  • diminuição de hemácias + hiperplaquetemia
  • VHS elevado
  • reagentes de fase aguda elevados
    › alfa-2-globulina, complemento, fibrinogênio
  • CPK elevada
  • fosfatase alcalina elevada (eventualmente)
  • FAN e fator reumatoide frequentemente normais

**biópsia da artéria temporal fecha o dx

31
Q

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO COLÉGIO AMERICANO DE REUMATOLOGIA DA ARTERITE TEMPORAL

A

੦ idade ≥ 50 anos
੦ cefaleia
੦ modificações na forma da artéria temporal
੦ VHS ≥ 50 mm na primeira hora
੦ biópsia de artéria temporal: predominância de
células mononucleares ou inflamação granulomatosa (células gigantes multinucleadas)

32
Q

TTO DA FASE AGUDA DA ARTERITE TEMPORAL

A
  • corticosteroides em dose alta (prednisona 45 a 80 mg/dia)
  • drogas imunossupressoras
  • casos rebeldes
33
Q

TTO DA FASE CRÔNICA DA ARTERITE TEMPORAL

A
  • uso prolongado de corticoides em dose baixa
  • AINH
  • tratamento de complicações remanescentes
  • vigilância de recidivas
34
Q

CONCEITO DE POLIARTERITE NODOSA

A

੦ vasculite necrosante sistêmica grave
੦ artérias pequenas e médias
੦ homens a partir de 45 anos

੦ clássico: inflamação e necrose de artérias musculares de médio calibre

੦ aneurismas de até 1 cm ao longo das artérias lesadas
੦ acomete vasos brônquicos, mas preserva artérias pulmonares

35
Q

DX DA POLIARTERITE NODOSA

A

੦ definitivo: biópsia

੦ arteriografia
* aneurismas

36
Q

TTO DA POLIARTERITE NODOSA

A

੦ corticoterapia
੦ imunossupressores
੦ controle pressórico

37
Q

CONCEITO DE DOENÇA DE KAWASAKI

A

੦ doença aguda, febril e exantemática
੦ origem desconhecida
੦ sexo masculino < 5 anos
੦ japoneses e descendentes

੦ arterite necrosante de pequenas e médias
artérias
੦ coronárias frequentemente acometidas

੦ autolimitada

38
Q

DX DA DOENÇA DE KAWASAKI

A

੦ presença entre 5 e 6 critérios
੦ febre alta aguda por 5 dias ou mais
੦ hiperemia de conjuntivas
੦ alterações de cavidade oral
* eritema, secura
੦ alterações de extremidades
* rubor/edema, descamação periungueal
੦ exantema eritematoso polimorfo
* extremidades para tronco
* duração de pelo menos 1 semana
੦ aumento não supurado dos linfonodos cervicais

39
Q

TTO DA DOENÇA DE KAWASAKI

A

੦ AINH
੦ imunoglobulina intravenosa
੦ drogas vasodilatadoras
੦ trombolíticos e anticoagulantes

40
Q

CONCEITO DA DOENÇA DE BEHÇET

A

੦ vasculite multissistêmicacrônica
੦ etiologia desconhecida
੦ autoimune com componente genético
੦ relacionada ao HLA-B51

41
Q

QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA DE BEHÇET

A

aftas orais, úlceras genitais, uveíte

42
Q

PATOGENIA DA DOENÇA DE BEHÇET

A

੦ comprometimento vascular
੦ oclusões venosas (mais comum)

੦ aneurismas
* artéria pulmonar e aorta
੦ oclusões arteriais
੦ vasculite

43
Q

DX DA DOENÇA DE BEHÇET

A

੦ não há teste diagnóstico definitivo
੦ presença do gene HLA-B51 – sugere

44
Q

TTO DA DOENÇA DE BEHÇET

A

੦ imunossupressão
੦ colchicina
੦ alfainterferona
੦ infliximabe (úlceras genitais rebeldes)
੦ anticoagulantes (eventos trombóticos)