Problema 3 - Dor neuropática Flashcards

1
Q

definição de dor neuropática

A

dor iniciada ou causada por lesão primária ou disfunção transitória no sistema nervoso periférico e central

Um trauma na via do periférico, que vai até o cérebro recebe a nomeação de dor neuropática

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Q

Neuropatia diabética definição

A

complicações do DM que afeta os nervos periféricos (das extremidades)

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3
Q

Vias da fisiopatologia da neuropatia diabética

A

Via metabólica
Via Vascular
Via neurodegenerativa
via inflamatória

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4
Q

Explicar via metabólica da ND

A
  • glicose penetra em nervos periféricos e gera diferentes reações metabólicas, como:
  • Via do Polyol: glicose transformada em sorbitol -> acúmulo de sorbitol -> diminuição do transporte ativo de metabólitos -> reduz atividade da bomba Na/K -> acúmulo de sódio -> altera potencial de membrana -> estresse oxidativo -> diminuição da velocidade da condução nervosa -> produz alterações nos nodos de Ranvier
  • Produtos finais de glicosilação avançada (PFGA) -> altera a função de várias proteínas -> modifica componentes da regeneração axonal (laminina e fibronectina) -> estresse oxidativo -> apoptose + ativação da proteína C quinase -> produção de óxido nítrico -> lesão isquêmica nos nervos periféricos
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5
Q

Explicar via vascular da ND

A

redução do fluxo sanguíneo -> aumento da resistência vascular e diminuição da tensão de oxigênio -> espessamento da membrana basal -> edema -> proliferação endotelial -> trombo plaquetário

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6
Q

Explicar via neurodegenerativa da ND

A

declínio da insulina -> redução parcial do fator de crescimento insulina-like-1 -> diminuição da produção de proteínas na formação dos neurofilamentos e manutenção do transporte axonal -> degeneração axonal e apoptose do corpo neuronal

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7
Q

Explicar via inflamatória da ND

A

agentes pró-inflamatórios -> recrutamento de células inflamatórias -> produção de citocinas -> redução do fluxo sanguíneo -> aumento da hipóxia e isquemia do nervo periférico

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8
Q

Fatores de risco da ND

A
  • idade avançada
  • homem
  • hemoglobina glicolisada > 7
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9
Q

Quadro clínico ND

A

Sintomas sensitivos
- dormência
- formigamento
- quedas
- choques, picadas, queimação
- hiperestesia (respostas exageradas aos estímulos táteis)
- hiperalgesia (sensibilidade exagerada a estímulos dolorosos)
- hiperpatia (persistência da dor mesmo após a remoção do estímulo doloroso) - - alodínea (sensação dolorosa causada por estímulos não dolorosos)
- dor piora à noite

Sintomas motores
- fraqueza discreta de MMII
- atrofia da musculatura das extremidades de MMII e MMSS

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10
Q

Diagnóstico da ND

A
  • Teste quantitativo de sensibilidade -> paciente não sente nada com o teste de nylon
  • eletroneuromiografia
  • biópsia de nervo e de pele
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11
Q

Tratamento ND

A
  • controle glicêmico
  • Capsaicina 0,075% 4x/dia por 10 dias
  • Pregabalina 50mg/dia, podendo evoluir para 300mg/dia, dependendo da resposta do paciente ao fármaco
  • Amitriptilina 50mg/dia a noite, podendo chegar a 100mg/dia
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12
Q

Fisiopatologia neuropatia alcoólica

A
  • associação da lesão por toxinas e pelas deficiênicas nutricionais, especialmente da tiamina (vitamina B1)
  • etilistas reduzem a ingestão de nutrientes devido à diminuição do apetite
  • consumo crônico de alcool diminui a absorção de nutrientes na mucosa gastrointestinal
  • carência vitamínica + ingestão de etanol excessiva + baixo consumo proteico -> leva a degeneração axonal, comprometendo pequenas fibras que transportam estímulos álgicos na parte distal dos membros
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13
Q

Quadro clínico neuropatia alcoólica

A

Fraqueza
Dor em queimação ou lacerante
Parestesia nas mãos e pés

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14
Q

Tratamento neuropatia alcoólica

A
  • Suplementação de tiamina
  • Melhorar a nutrição
  • Cessar consumo de alcool
  • Gabapentina 300mg 1x/dia a noite, aumentar 300mg a cada 7 dias, até alcançar 1200mg dividida em 3/ao dia
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15
Q

Dor de origem central definição

A
  • A dor central resulta de anormalidades anatômicas e/ou funcionais nas vias espinotalamocorticais, estruturas do sis­tema nervoso central (SNC) diretamente envolvidas na veiculação, na integração e no processamento da informação nociceptiva e somatossensitiva no ser humano
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16
Q

Dor de origem central fisiopato

A
  • Lesão das vias discriminativas somatossensitivas espi­notalâmicas -> As disfunções da sensibilidade térmica decorreriam de lesões em estruturas es­pecializadas para a percepção da temperatura e da dor, como na lâmina I do corno posterior da medula espinal
  • Desaferentação e hipersensibilidade -> nú­cleo ventral lateral do tálamo quando compro­metido, geraria as reações exageradas, espontâneas e persistentes, características da síndrome talâmica.
  • Atividade talâmica espontânea e desinibição reticular talâmica -> O tálamo pode gerar dor, mesmo quando privado de aferências e eferências espinais
  • Hiperatividade glutamatérgica e hipoatividade gabaér­gica -> desequilíbrio entre a atividade glutamatérgica e as unidades gabaérgicas
17
Q

Dor de origem central quadro clínico

A
  • A dor central acomete geralmente amplas áreas corporais, como todo um hemicorpo
  • Pode, contudo, limitar-se a segmentos restritos, como a mão ou o pé
  • A localização das lesões determina a localização da dor.
  • dor em queimação, choques, formigamento, dor fria e ardência
  • dor geralmente contínua, com intensidade estável ou - - flutuante e a instalação é comumente insidiosa
  • Parestesia, disestesia, hipoestesia e alodinia
18
Q

Neuralgia pós-herpética definição

A

dor persistente por mais de 3 meses após a resolução das lesões de pele observadas no herpes-zóster

19
Q

Neuralgia pós-herpética fisiopatologia

A
  • Ao reativar a replicação, causa lesão no SNC e SNP ao migrar pelos nervos até a pele, gerando dor, erupção e eritema
  • No gânglio da raiz dorsal observa-se inflamação, necrose hemorrágica e perda neural, sobretudo de fibras C
  • Há brotamento de fibras A-beta no local das conexões aferentes das fibras C, ampliando o campo receptivo do neurônio e facilitando a interpretação de estímulos mecânicos periféricos inócuos como agressivos, fenômeno conhecido como alodínea mecânica

O processo de sinalização normal do sistema nervoso está alterado na NPH

perda de neurônios gabaérgicos e a lesão nos elementos que compõem o sistema inibitório descendente da dor contribuem para um aumento da sensibilidade na área afetada

20
Q

Neuralgia pós-herpética quadro clínico

A
  • A dor pode ser constante ou intermitente
  • ter como relato dor tipo queimação, dor latejante, dor cortante, dor penetrante ou dor em choque
  • alodínea
  • hiperalgesia
  • hiperestesia

Ao exame físico evidenciam-se áreas de hiperpigmentação, hipopigmentação ou cicatrizes nos dermátomos afetados previamente pelo HZ. Vermelhidão e tonali- dade acastanhada

21
Q

Mecanismos da neuropatia diabética

A
  • hiperglicemia/acumulo de sorbitol e frutose
  • inibição da bomba Na/K/ATPase com retenção de Na, edema da bainha de mielina e degeneração nervosa
  • presença de anticorpos neuronais
  • insuficiência microvascular nos vasos do endoneuro ou epineuro
  • formação de radicais livres e falta de NGF
22
Q

Mecanismos fisiológicos da neuropatia diabética

A
  • polineuropatia simétrica distal
  • desmielinizacao e degeneração axonal
  • redução de fibras mielinizadas finas e amielinicas
  • formação de broto em fibras amielinicas
23
Q

Diagnóstico neuropatia alcoólica

A
  • exames laboratoriais:
  • Tiamina/B1, B6 e B12
  • ácido fólico
  • gama-GT
  • questionário CAGE -> investiga o papel que a bebida alcoólica tem na vida do paciente
24
Q

Diagnóstico dor central

A
  • diagnostico clinico
  • dor de caráter neuropático, associado a sinais neurológicos que indiquem lesão do SNC
  • exames de imagem, TC e RM podem demonstrar lesões no SNC relacionadas a dor central
25
Q

Tratamento dor central

A
  • Gabapentina 300mg/dia, tomar 1 comprimido ao dia por 7 dias
  • Amitriptilina 50mg/dia
26
Q

Neuralgia pós-herpética diagnostico

A
  • histórico de herpes-zoster
  • dor persistente no dermátomo acometido
  • o diagnostico definitivo exige avaliação sorológica com a presença do DNA do virus ou anticorpo anti-VZV no liquor
27
Q

Neuralgia pos-herpética tratamento

A
  • Lidocaína 5% pomada, passar de 8/8h no local da dor e ao redor por 10 dias
  • Gabapentina 300mg/dia por 7 dias, aumentando a dose ate 1200mg fracionada em 3/dia