Complicações em cirurgia Flashcards

1
Q

Qual a definição de febre?

A

Desordem hipotalâmica da termorregulação com consequente aumento da temperatura basal (<37,2ºC).

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2
Q

Qual a patogênese da febre?

A

Agentes infecciosos (vírus, fungos e bactérias) liberam substâncias chamadas genericamente de pirogênios exógenos (PEx), que ao terem contato com linfócitos, macrófagos e monócitos estimulam a síntese e liberação, por parte destas células, de mediadores chamados pirogênios endógenos (PEd; ou citocinas pirogênicas). Os pirogênios endógenos induzem as células endoteliais hipotalâmicas a sintetizar prostaglandinas, que agem no centro regulador hipotalâmico (termostato), com a finalidade de reajustar a temperatura corporal para cima (1 a 2ºC), iniciando dessa forma o processo de conservação de calor através de três processos:
- Vasoconstrição periférica;
- Calafrios (que aumentam a geração muscular de calor);
- Termogênese não relacionada aos calafrios.

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3
Q

Quais os principais representantes dos pirogênios endógenos (PEd; ou citocinas pirogênicas)?

A
  • Interleucina 1 e 6 (IL-1 e IL-6);
  • Fator de necrose tumoral alfa (TNF);
  • Fator neutrofílico ciliar;
  • Interleucina-;
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4
Q

Qual a diferença entre febre e hipertermia?

A

Febre: Elevação da temperatura corporal consequente a desordem da termorregulação hipotalâmica.

Hipertermia: Elevação da temperatura corporal sem que haja desordem da termorregulação hipotalâmica. Ex: hipertermia maligna.

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5
Q

Se tratando do surgimento da febre em pacientes cirúrgicos, podemos dividir seu surgimento em 4 tempos, quais são eles?

A

Febre intra-operatória (principais causas: infecção preexistente e reação transfusional);
Febre nas primeiras 24h de pós-operatório;
Febre entre 24 e 48h de pós-operatório;
Febre após 72h de pós-operatório.

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6
Q

O que é a hipertermia maligna e como ela se manifesta?

A

É uma desordem autossômica dominante do músculo esquelético. Sua crise é deflagrada pela exposição a alguns bloqueadores neuromusculares despolarizantes (Ex: Succinilcolina) e a agentes inalatórios halogenados (Ex: Halotano), que irão causar uma brutal saída de Ca2+ do retículo sarcoplasmático para o citoplasma do miócito, resultando em contração muscular incessante, o que leva a aumento do metabolismo muscular (gerando calor). A alta demanda de O2 muscular não consegue ser suprida, e o metabolismo anaeróbico é ativado, provocando aumento do ácido lático e consequente acidose metabólica, seguida de morte da célula muscular esquelética. A morte do miócito traz como consequência hipercalemia (K+), hipercalcemia (Ca2+), rabdomiólise e mioglobinúria. Anormalidades no ECG e elevação da creatinoquinase também são encontradas.

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7
Q

Qual a manifestação da hipertermia maligna?

A
  • Rigidez muscular intensa (notada geralmente pela incapacidade do anestesista de abrir a boca do paciente, fenômeno ocasionado por espasmo do masseter).
  • Temperatura elevada (42ºC);
  • Acidose;
  • Taquicardia;
  • Arritmia;
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8
Q

Qual o tratamento para crise de hipertermia maligna?

A

Suspensão imediata das drogas desencadeantes;

Administração do relaxante muscular (Dantrolene 2,5 mg/kg, IV).

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9
Q

Após quanto tempo da administração da succinilcolina se pode ter início a crise de hipertermia maligna?

A

Geralmente 30 min após administração da droga. Mas a crise pode ocorrer até 24h do pós-operatório.

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10
Q

Qual a definição de hipotermia?

A

Redução da temperatura corporal central (TCC) < 35ºC.

Obs: A TCC não é aferida na axila. A TCC pode ser aferida no esôfago, membrana timpânica, bexiga e reto.

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11
Q

Como o organismo tenta combater a hipotermia?

A

O hipotálamo estimula a contratilidade muscular, elevação dos hormônios tireoidianos, cortisol e catecolaminas.

A catecolamina adrenérgica leva a vasoconstrição periférica e a hipoperfusão da pele, com objetivo de reduzir as perdas de calor por evaporação.

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12
Q

Qual é o tratamento da hipotermia?

A
  • Intubação endotraqueal com ventilação mecânica;
  • Cristalóide + aminas vasopressoras (dopamina) caso haja hipotensão;
  • Reaquecimento externo ativo. Ex: cobertores aquecidos, forced air Warming;

Em hipotermia < 28ºC está indicado o reaquecimento interno ativo. Ex: irrigação pleural ou peritoneal com solução aquecida, hemodiálise e circulação extracorpórea. Outras terapias adjuvantes são: Oxigênio umidificado aquecido, líquido intravenoso aquecido e irrigação da bexiga com salina morna.

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13
Q

Qual é a definição de seroma?

A

Acúmulo de soro e linfa no tecido celular subcutâneo, decorrente de lesão de pequenos canais linfáticos.

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14
Q

Como se manifesta o seroma?

A

Abaulamento indolor e sem sinais flogísticos da ferida operatória com eventual drenagem de líquido claro.

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15
Q

Como se trata o seroma?

A

Aspiração com agulha calibrosa + curativo compressivo, na tentativa de obliterar os linfáticos. Obs: Na prática se realiza expressão da FO para drenagem da secreção serosa + curativo compressivo.

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16
Q

Como prevenir a formação do seroma?

A

Utilizando drenos de sucção (os principais são Portovac e Hemovac). Principalmente em áreas de potencial espaço morto deixado pela linfadenectomia e em sítios de extenso descolamento tecidual cirúrgico.

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17
Q

O que é o hematoma?

A

É o acúmulo de sangue ou coágulo no tecido subcutâneo, decorrente de hemostasia inadequada (falha na técnica cirúrgica ou de coagulação).

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18
Q

Como se manifesta o hematoma de ferida operatória?

A

Presença de edema com coloração arroxeada da pele, com saída de secreção vermelho vinho. Pode haver dor local.

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19
Q

Porque os hematomas são mais preocupantes que os seromas?

A

Por oferecem risco de infecção secundária, uma vez que sangue é meio de cultura.

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20
Q

O que é a deiscência de ferida operatória (ou deiscência aponeurótica)?

A

É a separação dos folhetos músculo-aponeuróticos.

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21
Q

Quais as complicações da deiscência aponeurótica?

A

Hérnia incisional (deiscência aponeurótica parcial e pequena);

Evisceração (deiscência aponeurótica completa e ampla).

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22
Q

Quais os fatores associados a deiscência aponeurótica?

A
  • Técnica cirúrgica incorreta no fechamento de aponeurose e fáscias (suturas muito próximas das bordas da ferida, muito distantes umas das outras e sob muita tensão);
  • Infecção intra-abdominal ou de FO;
  • Hematoma e/ou seroma;
  • Pressão intra-abdominal elevada;
  • Obesidade;
  • Uso crônico de glicocorticóide;
  • Desnutrição (hipoproteinemia interfere no processo cicatricial);
  • Doença crônica (Uremia, DM).

Obs.: Pct em nutrição parenteral total ou com fístulas gastroduodenais precisam de suplementação de zinco.

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23
Q

Quais as recomendações no fechamento do plano profundo para evitar a deiscência aponeurótica?

A
  • Fio monofilamentar e inabsorvível. Ex: polipropileno (prolene);
  • Sutura preferencialmente contínua com distância de 1-1,5 cm entre os pontos e com ancoragem de 2 cm da borda da ferida operatória.
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24
Q

Como se diagnostica a deiscência aponeurótica?

A
  • Abaulamento da ferida operatória;
  • Dor local;
  • Grande quantidade de secreção rósea (‘‘água de carne’’) ou sanguinolenta.
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25
Q

Qual a diferença entre herniação, evisceração e eventração?

A
  • Herniação: A víscera não ultrapassa o peritônio;
  • Eventração: A víscera ultrapassa o peritônio mas não a pele
  • Evisceração: A víscera ultrapassa o peritônio e a pele, ficando exposta;
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25
Q

Qual o tratamento para deiscência aponeurótica?

A

Tratamento cirúrgico.

Obs.: Evisceração constitui uma emergência cirúrgica.

26
Q

Qual a definição de infecção de sítio cirúrgico (ISC)?

A

É a infecção que ocorre na incisão cirúrgica ou nos tecidos manipulados durante a operação, surgida em até 30 dias ou até 1 ano no caso de colocação de prótese.

27
Q

Como são classificadas as infecçõesde sítio cirúgico (ISC)?

A
  • ISC incisional superficial: Acomete apenas pele e/ou tecido celular subcutâneo;
  • ISC profunda: Acomete fáscia e músculos;
  • ISC de órgãos ou cavidade: Acomete órgão ou região manipulada na cirurgia.
28
Q

Quais as principais condições envolvidas com surgimento de ISC?

A
  • Idade avançada;
  • Desnutrição;
  • DM;
  • Obesidade grau 3;
  • Imunossupressão
  • Infecção urinária ou pulmonar.
29
Q

De modo geral, no que consiste o tratamento da ISC?

A
  • Abertura dos pontos;
  • Irrigação diária com soro fisiológico à 0,9%;
  • Desbridamento do tecido desvitalizado ou necrótico;
  • Drenagem de coleção purulenta;
  • Abordagem a perfurações;
  • Antibioticoterapia.
30
Q

A presença de crepitações na FO indica o que?

A

Fasciíte necrosante.

31
Q

O que é a deiscência de anastomose?

A

É a descontinuidade parcial em algum ponto de uma anastomose em cirurgia do aparelho digestivo, com consequente extravasamento de conteúdo do lúmen gastrointestinal para a cavidade abdominal.

32
Q

Como se manifesta clinicamente a deiscência anastomótica?

A

Dor;
Distensão abdominal;
Febre;
Sepse;
Íleo paralítico.

33
Q

Qual o tratamento de abscesso intra-abdominal?

A

Depende do nº de abscessos e de sua localização:

Múltiplos abscessos: Drenagem aberta;

Abscessos localizados: Drenagem percutânea guiada por USG ou TC;

Abscesso em pelve: Drenagem transretal ou transvaginal.

34
Q

Qual a definição de fístula?

A

É a comunicação entre duas superfícies epiteliais, sendo que uma delas obrigatoriamente deve ser um órgão ou víscera.

35
Q

Qual a principal causa de formação de fístula?

A

Deiscência de anastomose.

36
Q

Qual a classificação das fístulas, do ponto de vista fisiológico?

A
  • Fístula de alto débito: > 500 ml/24h;
  • Fístula de médio débito: 200 a 500 ml/24h;
  • Fístula de baixo débito < 200 ml/24h.
37
Q

Qual o local com maior incidência de formação de fístula de alto débito?

A

Íleo

38
Q

Quais as consequências metabólicas e eletrolíticas da fístula?

A

Depende do conteúdo das fístulas. Fístulas gastrointestinais apresentam perda de K+ , H+, suco pancreático (HCO3- e Na+).

Nesse caso o paciente irá apresentar desidratação, com hiponatremia, hipocalemia e com tendência à acidose metabólica (pela perda de HCO3-).

39
Q

Qual a taxa de fechamento espontâneo das fístulas?

A

40 a 80%

40
Q

Qual o tratamento em pacientes com fístula?

A
  • Reposição hídrica;
  • Correção eletrolítica;
  • Controle da sepse com antibiótico;
  • Dieta enteral zero (para diminuir as secreções do TGI);
  • Suporte nutricional parenteral;
  • IBP para reduzir a acidez do débito da fístula;
  • Análogos da somatostatina (ex: octreotide): Ajuda a reduzir as secreções gastrointestinais reduzindo o débito da fístula.
41
Q

Qual a explicação para a atonia intestinal pós-operatória?

A
  • Perda temporaria do estímulo do marca-passo intestinal (presente no duodeno) no coto diseção a secção.
  • Estímulos aferentes da região manipulada ativam, reflexamente, o componente simpático do sistema nervoso autônomo, promovendo ‘‘paralisia geral’’ no trato gastrointestinal. A anestesia epidural bloqueia as vias aferentes nociceptivas e com isso diminui a intensidade da dismotilidade intestinal.
  • As alças mais manipuladas se tornam proporcionalmente mais infiltradas por neutrófilos, provocando disfunção muscular.
42
Q

Quais as causas funcionais de obstrução intestinal precoce (até 30 dias do pós-cirúrgico)?

A
  • Íleo pós-operatório: Adinamia intestinal consequente ao trauma anestésico-cirúrgico. Se resolve em 2 a 4 dias.
  • Íleo adinâmico (ou íleo paralítico): É o somatório da resposta ao trauma anestésico-cirúrgico + outro fator precipitante (pancreatite, infecção intra-abdominal, hemorragia e anormalidade eletrolíticas).
43
Q

Qual a principal causa de obstrução intestinal mecânica?

A

Bridas (aderências)

44
Q

Qual a manifestação clínica da obstrução intestinal?

A
  • Vômito;
  • Distensão abdominal;
  • Cólica
45
Q

Qual a característica do vômito nas obstruções intestinais alta e baixa?

A

Obstrução intestinal alta: Vômito biliosos;
Obstrução intestinal baixa (ileal): Vômitos fecalóides.

46
Q

Qual exame de imagem possibilita diferenciar obstrução intestinal mecânica de íleo adinâmico (obstrução intestinal funcional)?

A

TC de abdome.

47
Q

Qual o principal agente pró-cinético utilizado no tratamento da obstrução intestinal funcional?

A

Eritromicina, pois age aumentando a motilidade gastrointestinal

48
Q

Qual a principal causa de morte em idosos após cirurgias não cardíacas?

A

IAM

49
Q

Após um IAM, quanto tempo depois já se pode realizar cirurgias eletivas?

A

4 a 6 semanas

50
Q

Qual a taxa de complicações respiratórias em pacientes cirúrgicos e sua relação com óbitos?

A

As complicações respiratórias correspondem a 25% e 25% dos óbitos em cirurgia ocorrem por complicações respiratórias.

51
Q

Quais as situações em que a prova de função respiratória (espirometria) está indicada na avaliação pré-operatória?

A
  • Carga tabágica alta;
  • Necessidade de O2;
  • Histórico de ressecção pulmonar;
  • Idosos desnutridos;
  • Asmáticos em uso de medicações.
52
Q

Como prever o risco de complicação pulmonar em pacientes cirúrgicos através do resultado da espirometria?

A

Volume expiratório forçado no 1º segundo (VEF1) > 2 litros provavelmente não terão problema; Já pacientes com redução de 50% estão mais propensos a complicações pulmonares.

53
Q

Qual a causa pulmonar mais comum que está envolvida com o aparecimento de febre nas primeiras 72h de pós-operatório?

A

Atelectasia (colapso alveolar segmentar);

54
Q

Quais os riscos trazidos pela atelectasia?

A

O colapso alveolar (atelectasia) gera diminuição do clareamento das secreções do parênquima pulmonar acometido, com crescimento bacteriano e risco de pneumonia nosocomial (geralmente no 5º dia de pós-operatório) que se manifesta por febre + tosse + raio-x com infiltrado alveolar.

55
Q

Como se chama a síndrome causada pela broncoaspiração de conteúdo gástrico que gera queimadura química e processo inflamatório agudo da via aérea?

A

Síndrome de Mendelson

56
Q

Qual o escore utilizado para estimar o risco de tromboembolismo venoso (TVP e/ou TEP) em procedimentos cirúrgicos?

A

Escore de Caprini modificado.

Escore de Caprini zero: Muito baixo risco;
Escore de Caprini 1 a 2 pontos: Baixo risco;
Escore de Caprini 3 a 4 pontos: Risco moderado;
Escore de Caprini 5 pontos Alto risco.

57
Q

Quais as principais causas responsáveis pela broncoaspiração?

A
  • Rebaixamento do nível de consciência com reflexo laríngeo prejudicado;
  • Relaxamento inadequado do EEI;
  • Ausência de jejum no pós-operatório;
  • Obstrução intestinal;
  • Trauma;
  • Gastroparesia diabética;
  • Cirurgia de emergência;
  • Permanência de sonda nasogástrica.
58
Q

Qual é a clínica do paciente com pneumunite aspirativa (broncoaspiração)?

A

Vômitos seguidos de dispneia (leve ou intensa) + sibilância + tosse. Pode haver estertores finos. Raio-X apresenta infiltrado bilateral.

59
Q

Como proceder em caso de broncoaspiração?

A
  • Ventilação com pressão positiva através de tubo orotraqueal
    +
  • Aspiração de via aérea (para retirada de material particulado)
    +
  • Antibioticoterapia (como nem toda pneumonite química evolui para pneumonia bacteriana, apenas os pacientes com maior risco de colonização gástrica por bactérias gram-negativas tem recomendação imediata de fazê-lo). São eles:
    Uso de antagonista H2, gastrite atrófica e obstrução intestinal.
60
Q

Quais as principais causas de edema pulmonar no perioperatório?

A
  • Administração excessiva de líquido (Iatrogenia);
  • Disfunção do ventrículo esquerdo (VE) secundário a IAM anterior.
61
Q

Qual o tratamento para edema pulmonar?

A

O2 suplementar + diuréticos + vasopressor.

Caso o tratamento inicial não surta efeito ou se houver evolução para insuficiência respiratória deve-se partir para intubação com ventilação mecânica.

62
Q

Qual a definição de SDRA?

A
  • Insuficiência respiratória hipoxêmica;
  • Relação P/F menor que 300 mmHg.
  • Raio-x com Infiltrado pulmonar bilateral

Obs: Obrigatoriamente esse distúrbio não pode ser consequência de sobrecarga de volume ou de insuficiência cardíaca.

63
Q

Qual o tratamento da SDRA?

A

Ventilação mecânica invasiva (VMI) com modo controlado a volume (volume-control ventilation) até regressão do processo inflamatório.

Utiliza-se o menor nível de PEEP, suficiente para manter PaO2 > 55 ou SatO2 > 88% e FiO2< 60 mmHg.

Intervenção na condição de base (pneumonia, sepse, trauma etc).