2 - Flashcards
(81 cards)
o juiz das garantias pode prorrogar a duração do inquérito, no caso de investigado preso?
segundo o CPP, art. 3º-B, § 2º?
O juiz pode prorrogar a duração do inquérito por até 15 dias, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público.
Essa prorrogação pode ocorrer uma única vez, mas o STF interpretou que pode ser mais de uma vez e que não ocorrerá o imediato relaxamento da prisão.
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CPP, art. 3º-B, § 2º: § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada
Todavia, o STF, realizando interpretação conforme a Constituição Federal, compreendeu que:
1) Poderá ser mais de uma única vez (Logo, não é apenas uma prorrogação que será admitida)
2) Não ocorrerá o imediato relaxamento da prisão
O que é NOTITIA CRIMINIS?
Conhecimento do crime pela autoridade policial
NOTITIA CRIMINIS pode ser espontânea, provocada, coercitiva ou inqualificada.
O que caracteriza a NOTITIA CRIMINIS ESPONTÂNEA?
COGNIÇÃO IMEDIATA
Conhecimento do crime pela atividade rotineira da polícia
Inclui casos onde o delegado toma conhecimento do crime por meio da imprensa.
Quando ocorre a NOTITIA CRIMINIS PROVOCADA?
Quando qualquer pessoa comunica a infração penal à autoridade policial, em que caiba ação públlica, poderá VERBALMENTE, ou por escrito, comunica la.
Conhecida como COGNIÇÃO IMEDIATA. (Delatio criminis) ou então quando a autoridade policial recebe algum ato de comunicação formal.
O que é Delatio criminis?
Comunicação de infração penal à autoridade policial por qualquer pessoa
Pode ser verbal ou por escrito.
Quais são as formas de Delatio criminis?
- Postulatória
- Simples
Postulatória envolve solicitação de abertura de inquérito, enquanto simples é apenas a comunicação do fato.
O que é COGNIÇÃO COERCITIVA?
Prisão em flagrante
Refere-se à capacidade da polícia de agir em situações de crime em andamento.
O que caracteriza a NOTITIA CRIMINIS INQUALIFICADA ou APÓCRIFA?
Denúncia anônima
Não revela a identidade do denunciante.
Qual é a diferença entre NOTITIA CRIMINIS ESPONTÂNEA e PROVOCADA?
- Espontânea: conhecimento pela rotina policial
- Provocada: comunicação por terceiros
A espontânea é resultado da atividade policial, enquanto a provocada depende de informações externas.
O que é o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO)?
Um procedimento investigativo substitutivo do inquérito policial em casos de flagrante de infrações de menor potencial ofensivo ou contravenção penal.
A pena máxima para essas infrações não ultrapassa 2 anos.
Em quais situações não será lavrado o TCO em casos de flagrante de infrações de menor potencial ofensivo?
Quando a infração for de autoria incerta ou que demandem grande complexidade será instaurado o inquérito policial, mediante portaria. E nos casos em que o autor se recusar a comparecer no juizado especial criminal será lavrado o auto de prisão em flagrante.
TCO significa Termo Circunstanciado de Ocorrência, um documento utilizado em infrações de menor potencial ofensivo.
Qual é a diferença entre a ‘prisão captura’ e a ‘prisão em flagrante’ no contexto dos crimes de menor potencial ofensivo ou contravenções?
A ‘prisão captura’ é a primeira fase da prisão em flagrante, onde o autor é encaminhado à delegacia, mas não ocorre a lavratura do auto de prisão em flagrante, resultando na ausência da prisão em flagrante do autor.
A ‘prisão captura’ é um procedimento específico que não culmina na formalização da prisão em flagrante, destacando uma particularidade no tratamento jurídico de delitos menos graves.
Qual a implicação do artigo 41 da Lei 11.340/06 em relação à lavratura de TCO nos crimes contra a mulher no contexto de violência doméstica?
O artigo 41 da Lei 11.340/06 vedou expressamente a aplicação da Lei 9.099/95, independentemente da pena cominada no preceito secundário da norma aos crimes que envolvam violência doméstica e familiar contra a mulher.
Quais elementos devem estar presentes no requerimento para a instauração do IP, quando não for de ofício?
A narração do fato com todas as circunstâncias; a individualização do indiciado; nomeação das testemunhas com indicação da profissão e residência.
A doutrina minoritária sustenta que a instauração do IP mediante requisição da autoridade judiciária não foi recepcionada pela CF, pois violaria o sistema acusatório e a garantia da imparcialidade.
Delegado pode negar requisição do Ministério Público para instauração do IP? Justifique.
Sim, as requisições devem conter dados suficientes para possibilitar à autoridade policial tomar providências investigatórias. Se a requisição for genérica, o delegado pode oficiar à autoridade requisitante, fundamentando a impossibilidade de iniciar a investigação.
A independência funcional do delegado é um aspecto importante na avaliação de requisições do Ministério Público.
a Quem pode recorrer da decisão de indeferir o requerimento de abertura de inquérito?
O chefe de polícia.
O recurso é direcionado ao chefe de polícia em caso de indeferimento.
Qual é a posição do Superior Tribunal de Justiça sobre a investigação iniciada a partir de denúncia anônima?
É possível dar início à investigação a partir de ‘denúncia anônima’, não havendo ilicitude da prova, desde que haja justa causa para tanto.
Instauração de IP baseado exclusivamente em denúncia anônima: NÃO PODE. Instauração de IP baseado em denúncia anônima + justa causa: PODE.
As providências a serem adotadas pelo delegado de polícia no curso do IP estão previstas nos artigos 6 e 7 do CPP, todavia não se trata de um rol xxxxxxxxxxxx
taxativo!
Qual é a diferença entre a condução coercitiva para fins de interrogatório e para fins de reconhecimento do investigado?
Não é possível condução coercitiva para fins de interrogatório do investigado. Todavia, pode haver condução coercitiva para fins de reconhecimento do investigado e para ouvir as testemunhas ou vítimas que já foram intimadas.
Ninguém é obrigado a colaborar com: realização de bafômetro, acareação, reconstituição dos fatos – princípio do nemo tenetur se detegere.
Os promotores e juízes podem ser identificados criminalmente em relação à identificação papiloscópica?
Não podem ser identificados criminalmente
Os promotores e juízes não podem ser indiciados.
O que gera a nulidade do ato segundo o art. 226 do CPP?
O descumprimento das formalidades exigidas para o reconhecimento de pessoas
O réu condenado deve ser absolvido, salvo se houver provas da autoria que sejam independentes.
Quando a condenação deve ser mantida, mesmo que o reconhecimento fotográfico esteja em desacordo com o procedimento do art. 226 do CPP?
Quando houver outras provas produzidas sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, independentes e suficientes
Essas provas devem lastrear o decreto condenatório.