2 - Síndrome Dispéptica e Disfágica Flashcards

(96 cards)

1
Q

Quais os mecanismos que permitem o refluxo esofagiano?

A
  • EEI com relaxamentos transitórios frequentes
  • EEI hipotônico
  • JEG enfraquecida
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2
Q

Qual o principal sintoma da DRGE?

A

Pirose: queimação retroesternal

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3
Q

Quais os fatores de risco pra DRGE?

A

Obesidade, hérnia de hiato, tabagismo, etilismo

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4
Q

Como é feito o diagnóstico da DRGE?

A

Clínico (pirose + regurgitação) e posso fazer prova terapêutica (IBP 4 - 8 sem) e as vezes EDA

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5
Q

A EDA normal exclui DRGE?

A

Não. A EDA alterada confirma DRGE, mas a normal não exclui: pouco sensível, mas muito específica.

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6
Q

Quando indicar EDA?

A

Risco de CA:

  • Idade > 40 – 45 anos
  • Sinais de alarme: perda peso, anemia, disfagia, odinofagia, HDA, vômitos recorrentes, adenopatia, h. familiar CA gástrico
  • História prolongada de pirose (> 5 – 10 anos)
  • Refratariedade
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7
Q

Como é o tto medicamentoso para DRGE?

A

IBP (omeprazol 20 / panto 40 / esome 40 / lanso 30) por 8 semanas, 30 min antes da 1a refeição, em jejum

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8
Q

Quais as indicações para a cirurgia antirrefluxo?

A
  1. Refratário ao tto clínico (mesmo IBP 2x)
  2. Alternativa a uso crônico de iBP
  3. Complicação: estenose, úlcera, barrett
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9
Q

Quais os exames pré-operatórios para fundoplicatura?

A
  • pHmetria 24h (padrão ouro: confirmação já que o diag. foi clínico)
  • Esofagomanometria (escolha da técnica)
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10
Q

Qual o nome da cirurgia antirrefluxo e qual sua principal técnica?

A

Fundoplicatura.

Técnica: total/de Nissen (gira o fundo 360 graus.

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11
Q

Qual a complicação da fundoplicatura total/de Nissen?

A

Síndrome pós fundoplicatura: cria um EEI hipertônico, causando disfagia por conta de estenose esofágica

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12
Q

Qual a pp. complicação das fundoplicaturas em geral?

A

Pneumotórax

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13
Q

O H. pylori deve ser erradicado na DRGE?

A

NÃO. Ele não está relacionado à DRGE.

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14
Q

Como os IBPS ajudam na DRGE?

A

Reduzem a acidez do refluxo, mas não reduzem o refluxo em si

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15
Q

Quando a pHmetria é positiva para DRGE?

A

pH < 4 em mais de 7% das medidas

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16
Q

Indicações de pHmetria

A
  • Pré-op
  • Sintomas atípicos
  • Alta suspeita com EDA normal
  • Refratários à cirurgia
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17
Q

Como ocorre o esôfago de Barett?

A

Metaplasia intestinal: transformação do epitélio escamoso em colunar (céls caliciformes)

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18
Q

O que uma EDA com “áreas de cor vermelho salmão” indica? Como confirmar?

A

Esôfago de Barrett. Diagnóstico com biópsia mostrando metaplasia intestinal.

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19
Q

O tto da DRGE previne o desenvolvimento de esôfago de Barret?

A

Não

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20
Q

Qual a conduta endoscópica para esôfago de barret sem displasia?

A

EDA 3 - 5 anos

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21
Q

Qual a conduta endoscópica para esôfago de barret com displasia de baixo grau?

A

Ablação endoscópica

ou EDA a cada 6 - 12 meses

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22
Q

Qual a conduta endoscópica para esôfago de barret com displasia de alto grau (CA in situ)?

A

Ablação endoscópica

ou EDA a cada 3 meses

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23
Q

Qual a conduta endoscópica para esôfago de barret com adenocarcinoma invasivo?

A

Ressecção com margem + linfadenectomia

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24
Q

Qual a conduta diante de uma síndrome dispéptica?

A

Fazer EDA se risco de CA, testar e tratar H. pylori.

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25
A dispepsia funcional está relacionada a que outras doenças?
SII, gastrenterites, giardíase
26
Quais são os fatores facilitadores de agressão à mucosa gástrica?
H. pylori e AINEs
27
Como tem sido a incidência de úlcera péptica?
A incidência das úlceras pépticas diminuiu nos últimos anos devido a maior detecção e erradicação do H. pylori, sua principal causa
28
Qual a diferença clínica entre as úlceras gástrica e duodenal?
Gástrica: dispepsia piora com alimentação | Duodenal: dispepsia melhora com alimentação
29
Quais são as úlceras hiperclorídricas?
2 e 3
30
Quais são as úlceras hipoclorídricas?
1 e 4
31
Onde fica a úlcera tipo 1?
Pequena curvatura baixa
32
Qual a úlcera que fica no corpo gástrico?
2
33
Onde fica a úlcera tipo 3?
Pré-pilórica
34
Qual a úlcera que fica na pequena curvatura alta?
4
35
Em quem ocorre a úlcera de Curling?
Vítimas de queimaduras graves
36
Em quem ocorre a Úlcera de Cushing?
Em pcnt com doença do SNC ou TCE
37
Onde ocorre a Úlcera de Cameron?
Interior de hérnia de hiato
38
O que sempre devemos fazer diante do achado de úlcera na EDA?
Pesquisar H. pylori
39
Por que devemos erradicar o H. pylori?
Para reduzir a recorrência da úlcera
40
Como fazemos o diagnóstico do H. pylori em quem fez e em quem não fez EDA?
Pela EDA: através do teste rápido da urease ou histologia | Paciente que não precisou de EDA: urease respiratória
41
Como é o tto do H. pylori?
Claritromicina + Amoxi + Omeprazol 14 d
42
Como é feito o controle de cura da úlcera e do H. pylori?
- Repetir EDA com hitopatológico depois do fim do tto (4 - 8/8 - 12 sem após) - Sem EDA: ureia respiratória
43
Quais são as indicações para o tto cirúrgico da úlcera péptica?
Refratariedade, recidiva ou complicações
44
Qual o melhor tto cirúrgico para as úlceras hiperclorídricas?
Vagotomia troncular + Antrectomia + Reconstrução em billroth 1 ou 2
45
Qual o tto cirúrgico das úlceras hipoclorídricas?
Antrectomia ou Gastrectomia subtotal + Reconstrução em B1 (tipo 1) ou Y de Roux (tipo 4)
46
Paciente pós antrectomia com reconstrução do trânsito se alimenta e, 15 - 20 min depois, começa a apresentar dor, náusea, diarreia, taquicardia, palpitação, rubor. Qual o diagnóstico e por que acontece?
Dumping precoce. Acontece devido ao influxo de grande quantidade de alimento de uma vez só ao duodeno, já que não tem mais piloro (antrectomia) ou ele está alargado (piloroplastia).
47
Paciente pós antrectomia com reconstrução do trânsito se alimenta e, 2 - 3 horas depois apresenta hipoglicemia. Qual o diagnóstico e por que acontece?
Dumping tardio. Acontece por causa da chegada rápida de carboidratos no duodeno, que vai gerar um pico de insulina, e depois que a comida for absorvida ainda vai ter insulina, levando a hipoglicemia.
48
Paciente pós antrectomia com reconstrução do trânsito em Billroth com dor contínua, sem melhora com vômitos, que são bilosos. Qual o diagnóstico e por que acontece?
Gastrite Alcalina. Vai ter refluxo das secreções alcalinas do duodeno (os sucos biliar e pancreático), já que não tem mais piloro, ao estômago, que não está acostumado a receber isso, causando gastrite. Acontece em BI ou II.
49
Paciente pós antrectomia com reconstrução do trânsito em Billroth II com dor contínua que melhora com vômitos bilosos e em jato. Qual o diagnóstico e tto?
Síndrome da alça aferente. Só acontece em BII. Tto: Y de Roux
50
Qual a suspeita diagnóstica diante do sinal de joubert no exame físico e como confirma-la?
Perfuração de víscera oca, normalmente por úlcera péptica perfurada. Confirmado por RAA.
51
Qual o tto para úlcera perfurada?
Ulcerorrafia + proteção do omento com procedimento de Graham
52
O que é a síndrome de Zollinger Ellison?
Úlcera péptica por causa de gastrinoma (tumor de céls pancreáticas não beta) hiperssecretor de gastrina
53
Como suspeitar da síndrome de Zollinger Ellison?
Tudo que é esquisito pra uma úlcera: locais incomuns, refratária ao tto, não associada ao H. pylori ou AINE, complicações frequentes, múltiplas, em boca anastomótica após cirurgia, diarreia, esteatorreia
54
Como diagnosticar síndrome de Zollinger Ellison?
- Medir gastrina sérica em jejum: aumentada - Estimulação com secretina: vai aumentar gastrina - Localizar gastrinoma
55
A qual outra síndrome está associado o gastrinoma?
NEM 1: Sd. de Werner - Os 3 P's: | Pâncreas (Gastrinoma), Pituitária (Prolactinoma) e Paratireoide (Hiperpara)
56
O que hernia na hérnia de hiato por deslizamento (tipo 1)?
Só a JEG
57
O que hernia na hérnia de hiato paraesofágica (por rolamento - tipo 2)?
Só o fundo gástrico
58
O que hernia na hérnia de hiato mista (tipo 3)?
JEG + fundo gástrico
59
O que hernia na hérnia de hiato tipo 4?
Estômago + outros órgãos
60
Para que área torácica ocorre a herniação na hérnia de hiato?
Mediastino posterior
61
Qual o principal sintoma da disfagia de transferência e os principais grupos de doenças causadoras?
Engasgo. Doenças musculares e neurológicas.
62
Qual o principal sintoma da disfagia de condução e os principais grupos de doenças causadoras?
Entalo. Obstrução mecânica ou distúrbio motor.
63
Onde se forma o divertículo de Zenker?
No triângulo de Killian
64
Quais são os músculos formadores do triângulo de Killian?
Crico e tireofaríngeo
65
Qual o mecanismo de formação do divertículo de Zenker?
É por pulsão.
66
O divertículo de Zenker é um divertículo verdadeiro ou falso?
Falso (formado apenas por mucosa e submucosa).
67
Qual o padrão ouro para diagnóstico do divertículo de Zenker?
Esofagografia baritada (imagem em adição no 1/3 superior do esôfago)
68
Quais as complicações da miotomia e diverticulectomia endoscópicas para tto do divertículo de Zenker?
Abscesso cervical | Perfuração esofágica
69
O divertículo médio esofágico é causado por qual mecanismo? E por quais doenças?
Tração. Causado por linfonodos inflamados ou infecções fibrosantes (puxam o esôfago).
70
O divertículo médio esofágico é um divertículo verdadeiro ou falso?
Verdadeiro.
71
Quais as duas principais causas de acalásia?
Idiopática e Doença de Chagas
72
Qual o sinal clássico da acalasia na esofagografia baritada?
Sinal do bico de pato ou sinal da vela
73
Qual o exame padrão ouro para diagnóstico de acalasia e outros distúrbios motores do esôfago?
Esofagomanometria
74
Quais exames devemos fazer no fluxo diagnóstico de acalasia?
Esofagografia baritada, EDA (afastar CA) e esofagomanometria
75
Qual o achado mais importante da acalasia na esofagomanometria?
O o não relaxamento do EEI
76
Qual a dilatação do esôfago Mascarenhas 1 e seu tto?
< 4 cm | Tto conservador: nitrato, BCC, sildenafil, botox ou dilatação endoscópica
77
Qual a dilatação do esôfago Mascarenhas 2 e seu tto?
4 - 7 cm | Dilatação endoscópica
78
Qual a dilatação do esôfago Mascarenhas 3 e seu tto?
7 - 10 cm | Cardiomiotomia a Heller + Fundoplicatura (evitar refluxo)
79
Qual a dilatação do esôfago Mascarenhas 4 e seu tto?
> 10 cm | Esofagectomia
80
Qual o tto mais duradouro para acalasia?
Miotomia de Heller
81
Qual o achado típico do espasmo esofagiano difuso na esofagografia?
Esôfago em saca-rolhas ou em contas de rosário
82
O que sugere uma esofagomanometria com contrações simultâneas de amplitude > 120 mmHg?
Espasmo esofagiano difuso
83
O que sugere uma esofagomanometria com contrações simultâneas de amplitude > 400 mmHg e onda peristáltica > 4 seg?
Esôfago em quebra nozes
84
Qual a principal causa de perfuração esofágica?
Lesões iatrogênicas (EDA, SNG...)
85
Paciente com história de vômitos de repetição se apresenta com dor cervical, enfisema subcutâneo e dor retroesternal pleurítica. Qual o provável diagnóstico?
Síndrome de Boerhaave: ruptura esofágica espontânea
86
Paciente idoso com disfagia, massa palpável que some quando comprime, halitose e regurgitação. Qual o diagnóstico?
Divertículo de Zenker
87
Paciente com divertículo de Zenker se apresenta instável após passagem de SNG. O que aconteceu?
Perfuração esofágica pela SNG
88
Paciente com regurgitação, disfagia e perda de peso. Quais as 2 principais hipóteses?
Acalasia e CA de esôfago.
89
Paciente com precordialgia e disfagia. Quais as 2 principais hipóteses (excluindo causa cardíaca)?
Espasmo esofagiano difuso e esôfago em quebra nozes
90
Paciente após ida a churrascaria se apresenta incapaz de se alimentar, com sensação de "entalo". Qual o diagnóstico?
Anel de Schatzki: "Sd. de Steakhouse"
91
Paciente atópico, com disfagia de condução e pirose refratária ao uso de IBP. Na EDA encontramos anéis mucosos e pápulas esbranquiçadas. Qual o diagnóstico e tto? O que podemos encontrar no exame de sangue?
Diag: esofagite eosinofílica Tto: corticoide oral em puff Exame: eosinofilia e aumento de IgE
92
A esofagite eosinofílica é mais comum em que grupo de pessoas? Evolui para CA?
Crianças e jovens atópicos, pp. homens. Não parece evoluir para CA.
93
Se ocorrer fibroestenose devido a esofagite eosinofílica, pode fazer dilatação endoscópica?
Sim
94
Qual a cirurgia indicada para DRGE com esofagomanometria normal?
Fundoplicatura total (a Nissen)
95
Qual o tto cirurgico para DRGE com esofagomanometria mostrando dismotilidade?
Fundoplicatura parcial
96
Com a diminuição da incidência de H. pylori, qual o agente que mais se correlaciona com a doença ulcerosa péptica?
1º: Cytomegalovírus; 2º: HSV.