Estrepto Flashcards

1
Q

Os patógenos

A

Streptococcus são cocos gram+ que crescem em cadeias.

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2
Q

Os patógenos - Classificação

A

Reação hemolítica no ágar-sangue

    • β - hemolise completa
    • α - hemolise incompleta
    • γ - nenhuma hemolise

Reatividade sorológica dos antígenos polissacarídeos da parede celular:

    • Estrep hemolíticos podem ser classificados Lancefield A, B,C F, G e I e podem ser formadores de colônia grande ou pequena (<0,5 mm de diâmetro).
    • β-hemolíticos do grupo A e B são os principais patogênicos.
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3
Q

Streptococcus pyogenes (grupo A)

A

Contem Lancefield A.
É a causa principalmente de INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR e da PELE;

Responsável por uma Síndrome semelhante ao choque tóxico, fascite necrosante e sequelas não supurativas como a febre reumática e GNPE.

Os humanos são o hospedeiro natural e não há nenhum reservatório animal ou ambiental. A garganta e a pele são os principais reservatórios para GAS.

Transmitido principalmente de pessoa para pessoa por contato ou por gotículas

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4
Q

Fator de virulencia do Streptococcus pyogenes (grupo A)

A

O principal fator de virulência é a proteina M. Certas manifestações estão comumente associadas a tipos M específicos, tais como M1 e M3, que estão associados às manifestações invasivas graves, como choque tóxico e fascite necrosante.

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5
Q

Epidemiologia

A

Todas infecções por estrep do grupo A tem maior incidência em crianças com menos de 10 anos.

Prevalência de pcts assintomaticos tb é mais elevada (15 a 20%) em kids do que em adultos.

Condições como: aglomeração em climas temperados durante os meses de inverno tb são associados com faringite em kids escolares e recrutas militares

Em muitas regiões temperadas do mundo, a incidencia de faringite atinge pico no inverno.

Impetigo, menos comum, atinge pico durante os meses de verão.

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6
Q

Faringite - ag etiologico

A

Principal causa: Strep do grupo A, sendo o unico agente que requer diagnóstico e tto etiológico.

OMS estima aproximadamente meio milhão de casos de febre reumática aguda em todo mundo anualmente.

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7
Q

Faringite - Manifestações clínicas

A

Fortemente sugerida por:

  1. FEBRE
  2. EXSUDATO TONSILAR
  3. LINFONODOS CERVICAIS ANTERIORES DILATADOS e MACIOS
  4. AUSÊNCIA DE TOSSE.
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8
Q

Faringite - Diagnóstico e tto

A

O tto antimicrobiano pode ser adiado por vários dias e ainda alcançar o objetivo de prevenir a febre reumática e a disseminação da dç.

Cultura da garganta é metodo diagnóstico

A quantificação de GAS da cultura da garganta não pode ser usada para diferenciar o portador da infecção.

TTO é indicado para pct com faringite que apresentar teste rápido de antigeno positivo

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9
Q

Otite média e Rinossinusite

A

GAS em 2% a 5% das culturas do ouvido médio de kids com OMA.

Estrep do grupo A é o QUARTO patógeno mais predominante que causa OMA pediatrica, depois do Strep pneumoniae, H. influenzae e Moraxella catarrhalis.

OMA por strep do grupo A está associado a risco aumetado de MASTOIDITE. Embora o risco seja pequeno (<1%) é muito maior que o da devido os outros agentes.

GAS é o agente etiológico da rinossinusite bacteriana aguda em 2% a 7% dos casos

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10
Q

Pneumonia

A

10% dos pcts com GAS invasiva apresentam pneumonia

é uma dç grave de inicio repentino, frequentemente associada a complicações locais e sistêmicas, em especial, empiema (19%), choque tóxico (32%) e morte (38%).

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11
Q

Escarlatina

A

é uma erupção eritematosa difusa que ocorre em associação com faringite mais comumente em kids de 5 a 15 anos.

O desenvolvimento da erupção requer exposição anterior a S. pyogenes e ocorre em consequência de reatividade da pele do tipo retardado a exotoxina pirogênica (eritrogênica, normalmente dos tipos A, B e C)

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12
Q

Escarlatina - Manifestações clínicas

A

Eritema difuso que clareia com compressão, com numerosas elevações papulares (1 a 2mm), dando aparência de lixa. Começa pela cabeça e pescoço e é acompanhada por palidez perioral e lingua na cor vermelha como um morango.

A erupção se expande de forma rápida e cobre o tronco, depois as extremidades e finalmente descama; as palmas das mãos e solas dos pés são normalmente poupadas

Erupção mais marcada nas pregas cutâneas das areas inguinais, axilar, antecubital e abdominal e ao redor dos pontos de pressão.

Linhas de Pastia: erupção de carater linear petequial nas fossas antecubitais e pregas auxiliares.

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13
Q

Erisipela

A

É uma infecção dérmica ou hipodérmica, aguda, não necrosante que é causada principalemente por streptococcus.

Adultos na 6ª ou 7ª decada e localiza-se nos MMII em mais de 80%;

Há predominancia nas mulheres exceto em pcts jovens

Fatores de risco: ruptura da barreira cutânea, linfedema, edema crônico ou cirurgias locais.

Intertrigo entre os dedos é a principal porta de entrada

é menos causada por strep dos grupo B, C ou G e raramente por stafilo;

A recorrencia é a principal complicação da erisipela, ocorre 20%

Reduzir as recorrências: tto de fatores predisponentes como intertrigo ou ferida entre os dedos.

Se ocorrer infecções frequentes apesar de medidas, a antibioticoterapia pode ser justificada

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14
Q

Erisipela - Manifestações clínicas

A

Placa eritematosa brilhante demarcada associada a dor, inchaço e febre;

A formação de bolhas é considerada uma complicação local da dç relativamente grave, mas frequente.

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15
Q

Celulite

A

Infecção cutânea difusa e disseminada.

As duas tem inicio subito, geralmente com febre alta e tendencia a recorrencia.

GAS tem sido considerado o principal agente da celulite, embora os strep do grupo B, C e G e o S. aureus possam ser causa

Extremidades inferiores. Linfedema e ruptura da barreira cutanea serve de local de entrada, são fatores de risco;

20-30% apresentam recidiva durante acompanhamento de 3 anos.

Hemoculturas para beta em menos de 5% dos casos

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16
Q

Celulite - Manifestações clínicas

A

Linfadenopatia regional associada e estrias linfáticas são variáveis e as complicações locais (abscessos, necrose) são mais frequentes do que na erisipelas.

Petequias e equimoses com bolhas frequentes podem se desenvolver na pele inflamada, resultando em celulite hemorrágica.

Infecção de pele mais profunda que a eri

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17
Q

Doença invasiva do Grupo Streptococcus A

A

Isolamento de GAS a partir de local esteril

GAS produz superantígenos

A dç invasiva por GAS inclui sindrome de choque tóxico e fasceíte necrotizante

S. anginosus desempenha papel significativo como reservatorio de genes de resistencia antimicrobiana, transferindo para organismo mais patogênicos como S. pneumoniae e S. pyogenes. Ambas são associadas a alta morbidade e mortalidade

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18
Q

Síndrome do Choque Tóxico

A

60% dos pcts por strepto tem hemocultura positiva

Foco de infecção tende a ser superficial, uma complicação de feridas cirurgicas ou queimaduras ou um corpo estranho

Pode originar-se de um foco desconhecido ou infecção profunda do tecido mole

As taxas de mortalidade é maior por strepto que com estafilo, relatado em até 80% quando associado com miosite

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19
Q

Síndrome do Choque Tóxico - Manifestações Clínicas

A

Hipotensão acompanhada por falência multipla de orgãos, indicada por 2 dos seguintes sinais:

    • Insuficiência renal;
    • Coagulopatia
    • Envolvimento hepático
    • Sd. do desconforto respiratório agudo
    • Exantema generalizado
    • Necrose de partes moles
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20
Q

Impetigo

A

É uma infecção altamente contagiosa da epiderme superficial que afeta com mais frequencia kids de 2 a 5 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade

Bolhoso ou não bolhoso (mais comum)

Geralmente cura sem cicatriz, mesmo sem tto

S. aureus é o principal agente, especialmente do bolhoso.

GAS causa pouco e é mais frequente na forma não bolhosa;

Diagn clinico que pode ser confirmado por gram e cultura que pode ser util para identificar pcts com cepas de GAS nefrogênicas durante surtos de GNPE

Transmitido por contado direto. os pcts podem transmitir para eles mesmos ou para outros ao coçar uma area infectada.

Mupirocina e acido fusidico são igualmente ou mais eficazes que os atb orais para pessoas com dç limitada.

21
Q

Fasceíte Necrotizante

A

Infecção do tec subcutâneo e da fascia que resulta em necrose com relativa preservação do musculo subjacente

Histopatologia: necrose de fascia superficial e infiltrados polimorfonucleares, bem como edema de derme reticular, gordura subcutânea e fáscia superficial.

GAS secretam proteases que pertubam o tec. do hospedeiro e exotoxinas que podem causar lesão total ou manifestações sistêmicas como resultado de uma resposta inflamatória excessiva e inapropriada, levando a uma infecção com risco de vida.

22
Q

Fasceíte Necrotizante - Manifestações clínicas

A

Achados clínicos atípicos

Unica característica que pode alertar é a dor desproporcional em relação àquela esperada no exame, mesmo para pcts que relatam trauma anterior na área.

Mais da metade dos pcts relatam uma lesão ou ferimento prévio no local da infecção.

Em adultos a maioria dos casos ocorre em pessoas com pelo menos uma dç subjacente crônica

Em kids, a dç subjacente mais frequente é uma infecção por varicela-zoster

O local primário de infecção é a extremidade inferior, depois superior, tronco e virilha ou períneo.

23
Q

Manifestações clínicas das infecções graves por GAS

A

Febre
Erupção cutânea
Vazamento capilar e subsequente hipotensão

24
Q

Fasceíte Necrotizante - TTO

A

Debridamento cirúrgico precoce

Imunoglobulina intravenosa pode ser adjuvante. Tem efeito antiinflamatorio geral

25
Q

Febre Reumática Aguda

A

Período latente de 2 a 3 semanas antes dos primeiros sinais

Febre reumática e doença cardíaca reumática afeta, aprox 20 milhões de pessoas e sejam as causas principais causas de morte cardiovascular durante as 5 primeiras decadas de vida. 350.000 mortes por ano nos paises em desenvolvimento e entre os grupos indígenas.

Surtos com potencial reumatogênico: Sorotipos M tipos 3, 5, 6, 14, 18, 19, 24 e 29

26
Q

Febre reumática - Critérios de Jones, como classificar

A

2 principais ou um principal + 2 menores juntamente com evidência de infecção estreptocócica. Coreia e cardite por si só pode indicar FR

27
Q

Febre reumática - Critérios de Jones principais

A
  1. Poliartrite migratória: uma inflamação migrante temporária das grandes articulações, geralmente começando nas pernas e migrando para cima
  2. Cardite: inflamação do musculo cardíaco, que pode se manifestar como ICC, pericardite com atrito ou um novo sopro cardíaco
  3. Nódulos subcutâneos: coleções firmes e indolores de fibras colágenas sobre os ossos ou tendões, aparecendo comumente no dorso do punho, parte externa do cotovelo e frente dos joelhos
  4. Eritema marginado: rash de longa duração que começa no tronco ou braços como máculas e dissemina-se para fora formando um anel semelhante a cobra clareando no meio. RASH NUNCA INICIA NA FACE E FICA PIOR NO CALOR
  5. Coreia de Sydenham (dança de São Vito): uma série característica de movimentos rápidos da face e dos braços sem finalidade, que ocorre em geral mais tardiamento na doença,
28
Q

Febre reumática - Critérios de Jones menores

A
  1. Febre
  2. Artralgia: dor nas articulações sem inchaço
  3. VHS ou PCR aumentados
  4. Leucocitose
  5. ECG mostrando características de bloqueio cardíaco, tais como um intervalo PR prolongado
  6. Evidência de apoio de infecção estreptocócica: titulo de ASLO ou anti-DNAse B elevado ou elevando-se
  7. Episódio anterior de FR ou dç cardíaca inativa
29
Q

Profilaxia FR

A

Primária - identificação apropriada e atb adequado para tonsilofaringite por GAS.

Penicilina é o tto de escolha. Para alergicos a penicilina: cefalosporinas, clindamicina oral ou macrolídeos.

Crise de febre reumática está em alto risco de desenvolver recorrências depois de subsequente faringite estreptocócica por GAS e precisa de profilaxia antimicrobiana contínua para prevenir tais recorrências (prevenção secundária).

A duração da profilaxia recomendada depende do número de crises anteriores, do tempo desde a última crise, do risco de exposição à infecção estreptocócica, da idade do paciente, e da presença ou ausência de envolvimento cardíaco.

Penicilina é o agente de escolha para profilaxia secundária, mas Sulfadiazina ou um macrolídeo são alternativas aceitáveis para alérgicos à penicilina.

30
Q

Artrite Reativa Pós-Estreptocócica

A

pcts com artrite após infecção estreptocócica, mas que não cumpriu criterios de Jones para FR

Tem mais chance de acontecer em até 10 dias após a infecção, simétrica e não-migratória, durando mais que 3 semanas, e com resposta pobre à aspirina ou outros AINEs.

Achados periarticulares, como tenossinovite tem sido descritos

não mais que metade desses pacientes tiveram estreptococos isolados em cultura de garganta

Se doença valvar for detectada, o paciente deve ser classificado como tendo tido febre reumática aguda e deve continuar a receber profilaxia secundária.

31
Q

GNPE

A

Tempo decorrido entre a infecção e o inicio dos sintomas é de 1 a 3 semanas após uma infecção de garganta e de 3 a 6 semanas após infecção cutânea.

Episodios epidemicos tendem a ocorrer em áreas altamente povoadas, onde condições de higiene ruins, desnutrição, anemia e parasitas são comuns e os episódios são separados por períodos de 5 a 7 anos em certas comunidades.

Mais comum em crianças e adultos jovens. Homens mais afetados que mulheres, 2:1.

GNPE raramente atinge o mesmo individuo 2x.

Desnecessário prevenção secundária.

Prognóstico: poucos pcts tem lesão incial tão grave que ocorre insuficiencia renal persistente ou progressão para insuficiência renal. Na maioria dos pcts, a regressão histológica é a regra e o prognostico final é bom.

32
Q

GNPE - Manifestações clínicas

A
  1. Edema
  2. hematúria
  3. proteinúria
  4. HAS
33
Q

GNPE - cepas

A

Cepas nefrogênicas: M 1, 2, 4, 12, 18, 25, 49, 55, 57 e 60

Pele: 49, 55, 57 e 60

Faringite: 12. Climas mais frios.
Impetigo: 49. Climas mais quentes.

34
Q

GNPE - Diagnóstico por Teste de Anticorpo Estreptocócico

A

Refletem eventos imunológicos passados e não presentes

Titulos aumentados ou crescentes de anticorpo anti-estreptocócico fornecem confirmação confiável de infecção estreptocócica recente e são valiosas para identificar infecção estreptocócica passada em paciente com suspeita de FR

ASLO: obtido primeiro, se resultado não for elevado pode-se realizar anti-DNAse.

ASLO começa a subir em aproximadamente 1 semana e tem seu pico em 3-6 semanas depois da infecção.

anti-DNAse começa a subir 1-2 semanas e tem seu pico em 6-8 semanas.

Titulos elevados de ambos podem persistir por meses

níveis normais desses anti-corpos são maiores entre crianças em idade escolar do que em adultos.

Amostras sequenciais definem infecção com mais precisão, permitindo cor-relação do aumento do título com confirmação temporal de aquisição de estreptococos

35
Q

GNPE - TTO

A

1ª escolha: penicilina e cefalosporina

2ª escolha: macrolídeos

Clindamicina é escolha para faringite crônica recorrente

Mecanismos primários de resistência aos macrolídeos:

    • Efluxo: codificado por mefA. Sensíveis a Clindamicina.
    • Modificação do alvo causado por metilação ribossomal: codificado por ermB (resistente a clindamicina) ou ermA (induzível que requer exposição a um indutor macrolídeo antes da resistência a clindamicina se tornar evidente).

Infecções cutâneas e de tecidos moles em adultos: Fluoroquinolonas

Resistência a tetraciclina em GAS é bastante comum.

Trimetoprim-sulfametoxazol não é ativo contra GAS

36
Q

Streptococcus agalactiae (estreptococos do grupo B) - Epidemiologia

A

Mastite em vacas

Morbidades materna e perinatal significativas, bacteriúria assintomátiva na gravidez, infecção do trato urinário e outras infecções em não gravidas.

Virulência relacionada com a toxina polissacarídica que ele produz.

Imunidade é mediada por anticorpos ao polissacarídeo capsular e específica do sorótipo (Ia, Ib, Ic, II, III, IV, V VI, VII e VIII)

37
Q

Dç Estreptocócica do Grupo B Neonatal

A

GBS colonizaa os tratos vaginal e gastrintestinal em mulheres saudáveis, com taxas de portadores variando de 15 a 45%.

Neonatos podem adquirir o organismo verticalmente no útero ou durante o parto.

Taxa de transmissão é de 50%, apenas 1 a 2% dos neonatos colonizados desenvolvem a dç invasiva.

A dç é dividida em precoce e tardia.

Sepse neonatal por GBS manifesta-se 24h após o parto, mas pode se tornar aparente até 7 dias depois.

Pneumonia bac é comum e meningite é menos provável

Sepse neonatal tardia é definida como uma infecção que se manifesta entre a primeira semana pós-parto e 3 meses, comumente envolve GBS sorótipo III, normalmente caracterizada por bacteriemia e meningite

38
Q

Dç Estreptocócica do Grupo B Neonatal - Prevenção

A

Profilaxia antimicrobiana:

    • intraparto em mulheres a termo com evidência de cultura de infecção vaginal ou retal por GBS
    • mulheres sem status de GBS dando luz antes de 37 semnas com ruptura prematura das membranas ou febre intraparto.

Abordagem inicial: penicilina ou ampicilina.

GBS não são sensíveis a clindamicina e macrolídeos;

Mulheres

39
Q

Dç Invasiva por Estreptococos do Grupo B

A

Rara em adultos saudáveis e está quase sempre associada com anormalidades subjacentes (DM e malignidade são os.

Bacteremia com uma fonte desconhecida é responsável por aproximadamente 25% de todos os casos de doença invasiva por GBS.

ITU são uma manifestação e observada em mulheres gravidas ou não gravidas

Outras infecções: pneumonia, infecções cutânea e dos tecidos moles, artrite séptica, osteomielite, meningite, peritonite e endo-oftalmite.

É uma causa importante de dç e morte de idosos e é ainda mais frequente entre residentes de asilos, possivelmente por causa de condições concomitantes, como idade avançada, DM, cirrose e derrame que são fatores de risco para infecção por GBS.

Taxa de letalidade de 13% em > 65a. Sorotipo V em adultos, associado a taxas elevadas de resistencia a atb.

TTO com beta-lactâmicos

40
Q

Streptococcus dysgalactiae subespecie equisimilis (estreptococos humanos dos grupos C E D

A

Infecções são transmitidas de uma pessoa para outra.

Não foi relatado reservatório animal para essas cepas.

Afeta população adulta, adquiridas na comunidade e e pessoas com condições médicas subjacentes.

Taxa de mortalidade de 8-21%

Manifesta-se basicamente como infecção cutânea e dos tecidos moles nos pcts mais velhos

Faringite em adultos e epidemia de faringite em kids.

TTO: penicilina e cefalosporinas. Resistencia a eritromicina e tetraciclina

41
Q

Estreptococos do grupo viridans - Grupo do Streptococcus anginosus (grupo Streptococcus milleri)

A

S. anginosus incluem 3 especies:

    • S. anginosus (varios sitios)
    • S. constellatus (varios sitios)
    • S. intermedius (tropismo por cerebro e figado)

imoveis, anaeróbios facultativos que demonstram padrões de hemólise variável no agar de sangue.

Aglomerações pequenas

Cheiro de caramelo é util, mas não é sensivel o suficiente para screening

Faz parte da flora da cavidade oral e TGI, porem são capazes de causar abscessos e infecções sistemicaas, diferentemente do pyogenes e agalactiae.

Não causam tanto endocardite como os outros strep viridans

polimicrobial em 1/3 dos casos de cirurgias de grande porte ou procedimentos do trato digestivo ou respiratorio.

Altamente suscetíveis a beta-lactâmicos

42
Q

Estreptococos do grupo viridans - Grupo do Streptococcus anginosus (grupo Streptococcus milleri) - Infecção do tórax

A

Infecções torácicas: pleural

O empiema geralmente requer toracotomia

Geralmente empiema loculado que não podem ser conduzidos por dreno e nem por antibioticoterapia

75% requer cirurgia

Apresentação da dç pleural em estágios:

  1. Efusões exsudativas;
  2. Coleções fibrinopurulentas - pode ser dissecado por toracoscopia sem muito esforço;
  3. Loculações organizadas.
43
Q

Estreptococos do grupo viridans - Grupo do Streptococcus anginosus (grupo Streptococcus milleri) - TTO

A

Membros do grupo S. anginosus são altamente suscetíveis a agentes β-lactâmicos. As concentrações mínimas inibitórias (MICs) para a penicilina G é usualmente 0.125 mcg/mL ou menos, raramente cepas apresentam MIC com penicilina G maior que 4mcg/mL.

Cepas penicilina-intermediada ou resistentes já alteraram as PBP, estes são mais prováveis serem S. anginosus ou S. intermedius do que S. constellatus.

Vancomicina é uma escolha apropriada para pacientes alérgicos a penicilina.

Uma cefalosporina de terceira geração IV é recomendada para abcesso cerebral e bacteremia causada por membros do grupo S. anginosus.

Os MICs das quinolonas se apresentam altos, mas suscetíveis; a resistência se desenvolve facilmente, logo, as quinolonas não são apropriadas para serem antimicrobianos de primeira escolha.

Resistência a macrolídeos apresenta-se emergindo entre o grupo S. anginosus. As maiorias das cepas do grupo S. anginosus são resistentes a aminoglicosídeos.

Sulfonamidas não apresentam atividade contra o grupo S. anginosus.

S. anginosus transfere resistência a diferentes traços a mais organismos patogênicos, como S. penumoniae e S. pyogenes.

44
Q

Outros grupos strepcocci viridans (VGS)

A
  1. endocardite subaguda bacteriana;
  2. infecções relacionadas ao cateter;
  3. neutropenia relacionada a infecção hematogênica;
  4. infecções purulentas, abdominais, hepatobiliares, cerebrais ou dentárias.

A resistência é elevada nos Streptococci viridianos como um grupo.

A resistência a penicilina é de 30% a 50% em cepas localizadas em pacientes na América do Norte.

S. mitis e S. oralis são as cepas mais comuns encontradas em hemocultura de pacientes com câncer e são comumente resisten-tes a β-Lactâmicos.

S. sanguinis, S. oralis e S. gordonii, em ordem decrescente, são as cepas mais comuns isoladas de hemoculturas em pacientes com endocardite.

45
Q

Estreptococs zoonóticos - Streptococcus suis

A

Patógeno dos porcos que pode causar infecção grave nos humanos.

Pode se manifestar como meningite, artrite e septicemia.

O sorotipo mais frequentemente identificado em humanos é o 2 (grupo R).

Países nos quais criar porcos é comum

Idade média do pct é de 47 a 55 anos e quase total ausência de crianças.

Mais em homens que em mulheres, numa proporção de 3,5:1 a 6,5:1, dç ocupacional

Período de incubação de horas a 14 dias (média de 2,2d). Quando curto indica entrada direta na corrente sanguinea atraves de ferida na pele.

Fatores predisponentes: esplenectomia, DM, alcoolismo, malinignidade e dçs cardiacas estruturais

Suscetível a penicilina, ceftriaxona e vancomicina.

Resistência à tetraciclina, eritomicina e cloranfenicol (gentamicina, trimetoprin-sulfametoxazol).

Pode haver papel na utilização de dexametasona como tto adjuvante para reduzir a mortalidade e melhorar prognóstico da meningite bacteriana

Prevenção: uso de luvas durante os processamento de carne de porco e cozimento completo da carne de porco. NÃO TEM VACINA

46
Q

Estreptococs zoonóticos - S. canis

A

Antigeno G do grupo Lancefield

Foi isolado dos animais, mais frequentemente cães.

O isolamento de S. canis de um ser humano com sepse foi relatado em 1997.

Também foi em gatos, botos, vacas, ratos, ratos e coelhos.

Em cães saudáveis é encontrado como flora comensal da pele, orofaringe, trato gastrointestinal e ânus.

Casos raros de infecção por S. canis em humanos têm sido relatados na literatura.

Resistência à eritromicina e tetraciclina é comum.

No laboratório clínico, os estreptococos do grupo G geralmente não são identificados ao nível da espécie. Testes laboratoriais só recentemente foram capazes de identificar o S. canis com precisão. Portanto, a verdadeira incidência de infecção por S. canis é desconhecida.

47
Q

Estreptococs zoonóticos - S. bovis

A

Causando até 11 a 14% de todos os casos de endocardite e 24% das endocardites es-treptocócicas.

Os isolados do grupo S. bovis de infecções nos humanos dividem-se em três biotipos, designados biotipo I, biotipo II/1 e biotipo II/2.

A maioria dos isolados de endocardite por S. bovis pertence ao biotipo I, para o qual uma reclassificação como Streptococcus gallolyticus subespécie gallolyticus foi proposta recentemente.

O trato intestinal humano é um reservatório importante de ce-pas do grupo S. bovis com uma taxa de portador relatada de cerca de 10%.

Forte associação entre a presença de malignidade ou lesões pré-malignas nos tratos gastrintestinais de pacientes e isolação de S. bovis como agente causador de bacteremia ou endocardite.

48
Q

Estreptococs zoonóticos - S. iniae

A

É um estreptococo β-hemolítico sem antígeno de um grupo.

É um patógeno importante dos peixes em muitas regiões do mundo.

Infecções em humanos associadas à manipulação e ao preparo de peixes infectados.

As primeiras infecções em humanos foram relatadas em 1996.

A maioria das infecções foi em pessoas de ascen-dência asiática, que são mais idosas e comumente apresentando condições subjacentes, como DM, doença cardíaca reumática crônica, cirrose ou outras condições.

Peixes portadores estão implicados na transmissão peixe a peixe e esses portadores podem ser responsáveis pelas infecções humanas, pois peixes com sinais claros de doença não são comercializáveis.

Lesões nos tecidos moles que ocorrem durante o preparo de peixe fresco em merca-dos e feiras geralmente resultam em celulite bacteriêmica das mãos, seguida por uma ou mais das seguintes condições: endocardite, meningite, artrite, sepse, pneumonia, osteomielite e choque tóxico.

O S. iniae é suscetível à penicilina e a outros antimicrobianos.