Síndromes Dispépticas Flashcards

1
Q

O que é dispepsia?

A

Dor epigástrica > 1 mês.

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2
Q

O que compõe a síndrome dispéptica?

A
  • Dispepsia.
  • Saciedade precoce.
  • Plenitude pós-prandial.
  • Azia (queimação epigástrica).
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3
Q

Quais os fatores de risco para câncer de estômago?

A
  • > 40 anos.
  • Sinais de alarme (emagrecimento, anemia, disfagia, odinofagia e massa abdominal palpável).
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4
Q

Qual o primeiro passo na investigação de um paciente com dispepsia COM > 40 anos ou fatores de risco?

A

Solicitar EDA!

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5
Q

Quais os resultados da EDA na investigação da dispepsia?

A
  • Se positiva: dispepsia orgânica (úlcera, CA, etc) → tratar causa.
  • Se negativa: dispepsia funcional → pesquisar e tratar H. pylori.
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6
Q

Qual o primeiro passo na investigação de um paciente com dispepsia < 40 anos e SEM fatores de risco?

A

Pesquisar e tratar H. pylori.

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7
Q

Como proceder se a pesquisa para H. pylori for negativa?

A
  • IBP.
  • Se falha, antidepressivos triciclicos.
  • Se falha, procinéticos (domperidona).
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8
Q

Paciente vem ao PS com queixa de queimação retroesternal e abdominal. Alega episódios de regurgitação leve. Qual o diagnóstico?

A

Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

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9
Q

Todo refluxo é patológico?

A

Não! Apenas se sintomático ou alterações endoscópicas!

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10
Q

Como ocorre a DRGE?

A

Relaxamento transitório do esfíncter esofagiano inferior NÃO relacionado a deglutição.

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11
Q

Quais os sintomas esofagianos da DRGE?

A
  • Pirose (queimação retroesternal): é específica de DRGE!
  • Regurgitação.
  • Gosto amargo na boca.
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12
Q

Quais os sintomas atípicos (extraesofagianos) da DRGE (10% dos paciente)?

A
  • Tosse (20% dos casos de tosse crônica).
  • Broncoespasmos.
  • Rouquidão.
  • Sinusite.
  • Otite média aguda.

OBS.: frequentemente não são acompanhados de sintomas esofágicos.

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13
Q

Qual o mecanismo dos sintomas atípicos na DRGE?

A
  • Microaspiração de conteúdo gástrico.
  • Reflexo vagal.
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14
Q

Qual o primeiro exame a ser feito na suspeita de DRGE?

A

Prova terapêutica com IBP dose plena 1x/dia por 4-8 semanas.

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15
Q

Quando solicitar EDA na DRGE?

A
  • Idade > 40-45 anos.
  • Sinais de alarme.
  • Sintomas refratários ao tratamento.

OBS.: sintomas atípicos NÃO SÃO INDICAÇÃO!

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16
Q

Qual a principal utilidade da EDA?

A
  • Descartar câncer.
  • Identificar complicações da DRGE (50% dos pacientes).

OBS.: EDA normal NÃO descarta refluxo (baixa sensibilidade)!

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17
Q

Qual a classificação endoscópica de refluxo de Savary-Miller?

A
  • I: erosões em apenas UMA prega longitudinal.
  • II: erosões em DUAS OU MAIS pregas, mas menos que toda a circunferência esofágica.
  • III: erosões em toda circunferência esofágica.
  • IV: úlcera ou estenose péptica.
  • V: esôfago de Barret.
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18
Q

Qual o exame padrão-ouro na DRGE?

A

pHmetria de 24h (futuramente, impedâncio-pHmetria).

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19
Q

Quais as indicações de pHmetriana DRGE?

A
  • Sintomas atípicos.
  • Antes de cirurgia antirrefluxo.
  • Sintomas refratários à terapêutica com EDA normal.
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20
Q

Quando a pHmetria é sugestiva de DRGE?

A

> 7% das medidas do pH esôfagico menores que 4,0.

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21
Q

Quando utilizar a esofagomanometria na DRGE?

A

Na escolha da técnica operatória.

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22
Q

Quais as complicações da DRGE?

A
  • Esofagite.
  • Erosões e úlceras de esôfago.
  • Estenose péptica( disfagia intermitente)
  • Esôfago de Barret.
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23
Q

A intensidade e frequência dos sintomas na DRGE têm relação com o grau de esofagite?

A

Não!

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24
Q

Paciente com DRGE há 8 anos começa a apresentar disfagia progressiva pra sólidos. EDA descartou neoplasia. Qual o diagnóstico?

A

Estenose péptica.

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25
Q

O que é o esôfago de Barret?

A

Metaplasia intestinal do esôfago, substituindo o epitélio escamoso.

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26
Q

Qual a clínica do esôfago de Barret?

A

Melhora dos sintomas de DRGE após anos com a doença.

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27
Q

Qual o dado da EDA sugere (mas não confirma nem diagnostica) esôfago de Barret?

A

Mucosa esofágica com coloração vermelho salmão.

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28
Q

Como é feito o diagnóstico de esôfago de Barret?

A

Histopatológico (presença de células colunares e caliciformes).

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29
Q

Qual o grande problema do esôfago de Barret?

A

É o principal fator de risco para adenocarcinoma de esôfago (quanto mais extenso, maior o risco).

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30
Q

Qual o tratamento da DRGE?

A
  • Medidas antirrefluxo (elevar cabeceira da cama, perder peso, parar de fumar, evitar alimentos desencadeantes e fracionar a dieta).
  • Inibidor de bomba de prótons (IBP) em dose plena 1x/dia por 4-8 semanas.
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31
Q

O que fazer no caso de recorrência dos sintomas após 8 semanas?

A

Continuar o uso sobre demanda ou crônico.

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32
Q

O que fazer nos casos sem melhora após 8 semanas?

A

Utilizar dose dobrada (2x/dia).

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33
Q

O que fazer se, mesmo com dose dobradade IBP, não haver melhora dos sintomas de DRGE?

A

Investigar outras causas (EDA, pHmetria).

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34
Q

Quais as complicações do uso crônico de IBPs?

A
  • Pólipos intestinas.
  • Deficiência de micronutrientes (ferro, vit. B12 → demência).
  • Hipergastrinemia.
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35
Q

Quais as indicações do tratamento cirúrgico da DRGE?

A
  • Alternativa ao tratamento contínuo em pacientes < 40 anos.
  • Refratariedade ao tratamento clínico (com EDA normal).
  • Intolerância aos IBPs.
  • Complicações.

OBS.: a indicação cirúrgica do Esôfago de Barret não é consensual…

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36
Q

Qual exame sempre deve ser solicitado antes da cirurgia do DRGE?

A

pHmetria de 24h.

manometria ( para avaliar se há peristalse)

  • se peristase boa: fundoplicatura total
  • se peristalse ruim fundoplicatura parcial
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37
Q

Qual a cirurgia de escolha na DRGE?

A

Fundoplicatura videolaparoscópica.

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38
Q

Quais as técnicas de fundoplicatura se manometria normal?

A

Nissen (360°) com válvula curta (é a técnica de escolha).

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39
Q

Quais as técnicas de fundoplicatura se manometria com dismotilidade esofágica?

A
  • Fundoplicatura parcial anterior: Dor (180°) e Thal (90°) com válvula longa.
  • Fundoplicatura parcial posterior: Toupet-Lind (270°) com válvula longa.

Como dói o tal do topete lindo!

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40
Q

Qual a principal complicação intraoperatória da fundoplicatura? E a pós-operatória?

A

Pneumotórax. Disfagia (síndrome pós-fundoplicatura).

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41
Q

Qual o tratamento da estenose péptica?

A

Dilatação pneumática. Não contraindica a fundoplicatura.

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42
Q

Qual o tratamento do esôfago de Barret (segundo o ACG)?

A
  • Sem displasia: EDA a cada 3-5 anos.
  • Diaplasia leve: ablação endoscópica (ou acompanhamento anual).
  • Displasiade alto grau (adenocarcinoma in situ): ablação endoscópica.
  • IBP ad eternum.
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43
Q

Qual o tratamento do esôfago de Barret (segundo o Consenso Brasileiro)?

A
  • Sem displasia: EDA com 1 anos, depois de 2/2 anos.
  • Displasia leve: biópsia de 6/6 meses, depois anual.
  • Displasia de alto grau (carcinoma in situ): esofagectomia, ou EDA de 3/3 meses.
  • IBP ad eternum.

OBS.: com o tratamento adequado, pode haver reversão do esôfago de Barret.

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44
Q

O que é hérnia de hiato?

A

Protusão do estômago acima do diafragma.

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45
Q

Qual a classificação da hérnia de hiato?

A
  • Deslisamento (tipo I): herniação da junção esofagogástrica (é a mais comum).
  • Rolamento (tipo II): herniação do fundo gástrico (não relacionada com DRGE, mas pode ter isquemia/volvo).
  • Mista (tipo III).
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46
Q

Qual o aspécto radiográfico de uma hérnia de hiato?

A

Bulha gástrica no tórax.

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47
Q

A hérnia de hiato sempre se associa com refluxo?

A

Não! Frequentemente assintomática!

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48
Q

Qual o tratamento de DRGE associada a hérnia de hiato?

A

Tratamento clínico (medidas antirrefluxo + IBP).

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49
Q

Se falha terapêutica na DRGE associada a hérnia de hiato, qual o tratamento?

A

Histoplastia com fundoplicatura.

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50
Q

Na investigação de DRGE a pesquisa de H. pylori deu positiva, junto com gastrite enematosa. Deve-se erradicar a bactéria?

A

Não! H. pylori não tem relação com refluxo (pelo contrário, protege)!

Obs.: gastrite enematosa não quer dizer nada…

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51
Q

Paciente vem ao PS com queixa de dor epigástrica a 3 meses. Relata também empachamento e saciedade precoce. Faz uso frequente de AINES. Qual o diagnóstico?

A

Doença ulcerosa péptica (DUP)?

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52
Q

Como ocorrem as úlceras pépticas?

A

Diminuição das defesas da mucosa e aumento da acidez estomacal, levando a danos.

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53
Q

Qual o papel do H. pylori na DUP?

A
  • 1ª fase: infecção do antro, diminuindo a produção de somatostatina (células D) e aumentando a de gastrina (hipercloridria).
  • 2ª fase: pangastrite, diminuindo a secreção ácida, mas prejudicando mais a barreira mucosa (normo/​hipocloridria).
54
Q

Todo portador de H. pylori tem DUP?

A

Não! Só 10-15% (o resto é assintomático).

55
Q

Mas a H. pylori favorece a DUP?

A

Sim, 90% das úlceras duodenais e 75% das gástricas são causadas pela bactéria.

OBS.: após o H. pilory, o principal microorganismo causador de úlcera péptica é o citomegaovírus.

56
Q

Qual o papel dos AINES na DUP?

A

Redução das COX 1 e 2, diminuindo a síntese de prostaglandinas protetoras da mucosa gástrica (afeta o duodeno também!).

57
Q

Se o paciente tiver DUP, mas precisar dos AINES, qual a conduta?

A

Trocar por um inibidor de COX-2.

58
Q

Quais os fatores de risco para se desenvolver DUP?

A
  • Idade > 65 anos.
  • Úlceras prévias.
  • Uso de AINES, warfarin ou glicocorticóides.
59
Q

Qual a classificação das úlceras gástricas?

A
  • Tipo I: pequena curvatura inferior.(+comum)
  • Tipo II: corpo gástrico
  • Tipo III: pré-pilórica.
  • Tipo IV: pequena curvatura superior.
  • Tipo V: relacionada a AINES.
60
Q

Qual a classificação das úlceras quanto ao mecanismo de formação?

A
  • Hipercloridria: duodenal, tipos II e III.
  • Hipocloridria: tipos I e IV.
61
Q

Qual a clínica da DUP?

A

Síndrome dispéptica(dispepsia, azia, náuseas, plenitude pós-prandial, etc).

62
Q

Qual a clínica das úlceras duodenais?

A
  • Dor que melhora com a alimentação, mas piora 2-3h após.
  • Dor noturna (acorda o paciente).
63
Q

Qual a clínica das úlceras gástricas?

A

Dor com a alimentação.

64
Q

Qual o exame padrão-ouro no diagnóstico da DUP?

A

EDA.

65
Q

Quando solicitar EDA na DUP?

A
  • Pacientes > 40 anos.
  • Sinais de alarme.
66
Q

Qual a conduta na DUP com paciente sem indicação de EDA?

A

Pesquisar H. pylori em exames não-invasivos.

67
Q

Qual os exames não-invasivos na DUP?

A
  • Teste da uréia respiratória (melhor método).
  • Sorologia.
  • Antígeno fecal.
68
Q

Quais os exames feitos com a EDA na DUP?

A
  • Teste rápido de urease. (melhor método).
  • Histopatologia (+sensível).
  • Cultura.
69
Q

Se na endoscopia for identificada uma úlcera gástrica, qual a conduta?

A

Biopsiar (pode ser câncer) + controle de cura após tratamento.

70
Q

Como é feito o controle de cura após erradicação do H. Pylori.

A
  • 4-6 semanas após o fim da terapia e 1 semana após suspensão do IBP.
  • Se EDA indicada: histopatologia.
  • Se EDA não indicada: teste de uréia respiratória.

OBS.: nunca fazer controle de cura com sorologia (pode ficar positiva para sempre).

71
Q

Qual o tratamento da DUP?

A
  • IBP ou antagonista H2 por 4-8 semanas.
  • Suspenser AINES.
  • Procurar e erradicar H. pylori.
72
Q

Quais as indicações de tratar H. pylori.

A
  • Paciente sintomático (dispepsia).
  • Úlceras ativas.
  • Linfoma MALT ou outros tumores gástricos.
  • História de CA gástrico em parentes de 1º grau.
  • Usuários de risco (> 65 anos, uso de anticoagulantes) crônicos de AINES.
  • Desejo do paciente.

OBS.: o grande objetivo de erradicar o H. pylori é evitar recidivas.

73
Q

Qual a terapia erradicadora do H. pylori na DUP?

A

- IBP de 12/12h + Claritromicina 500mg de 12/12h + amoxicilina 1g de 12/12h por 14 dias.

  • Pode-se acrescentar metronidazol.

OBS.: em caso de úlceras H. pylori negativas, pode-se tratar com sucralfato.

74
Q

Como proceder no caso de resistência bacteriana na DUP?

A

Trocar claritromicina por levofloxacino 500mg 1x/dia.

75
Q

Qual a classificação de Sakita na DUP?

A
  • A: úlcera ativa.
  • H: úlcera cicatrizando.
  • S: úlcera cicatrizada.
76
Q

Quais as indixações de tratamento cirúrgico na DUP?

A
  • Complicações (sangramento, perfurações ou obstruções).
  • Intratabilidade.
  • Recidiva pós-erradicação do H. pylori.
77
Q

Qual procedimento deve ser feito em todas as úlceras por hipercloridria?

A

Vagotomia (troncular, seletiva ou superseletiva) → redução do estímulo colinérgico na produção ácida.

78
Q

Quais as cirurgias na úlcera duodenal?

A
  • Vagotomia superseletiva/gástrica proximal (menos complicações, mas mais recidivas).
  • Vagotomia troncular + piloroplastia (mais usada).
  • Vagotomia troncular + antrectomia (menos recidivas, mas mais complicações).
79
Q

Qual o tratamento genérico das úlceras gástricas?

A

Retirar a úlcera (pode ser cancer…).

80
Q

Qual a cirurgia da úlcera gástrica do tipo I?

A
  • Antrectomia (gastrectomia distal) + reconstrução à Billroth I.
81
Q

Qual a cirurgia das úlceras tipo II e III?

A

Vagotomia troncular + antrectomia (gastrectomia distal) + reconstrução a Billroth I ou II.

82
Q

Qual o tratamento da úlcera gástrica do tipo IV?

A

Gastrectomia subtotal + reconstrução em Y de Roux.

83
Q

Quais as reconstruções utilizadas nas cirurgias da DUP?

A
  • Billroth I: gastroduodenostomia.
  • Billroth II: gastrojejunostomia c/ alça aferente.
  • Y de Roux: gastrojejunostomia + duodenojejunostomia.
84
Q

Paciente pós gastrectomia apresenta dor epigástrica após alimentação. Alega que só melhora após vomitar. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome da alça aferente.

85
Q

Quais as características da síndrome da alça aferente?

A
  • Só ocorre na Billroth II.
  • Decorre do acotovelamento da alça aferente.
  • Melhora com o vômito (geralmente em jato).

obs.:pode levar a deficiencia de vitamina B12

86
Q

Qual o tratamento da síndrome da alça aferente?

A

Converter em Y de Roux.

87
Q

Paciente pós-gastrectomia por úlcera vem ao PS queixando-se de dor epigástrica constante. Nega melhoras após vômito. Qual o diagnóstico?

A

Gastrite alcalina.

88
Q

Quais as características da gastrite alcalina?

A
  • Mais comum na Billroth II (mas ocorre no I tbm).
  • Decorre do refluxo de bile e secreção pancreática para o estômago.
  • Dor epigástrica contínua.
  • Não melhora após vômitos.
89
Q

Qual o tratamento da gastrite alcalina?

A
  • Converter em Y de Roux.
  • Colecistiramina (paliativo).
90
Q

Paciente pós-gastrectomia vem ao PS com queixa de dor abdominal, sudorese, taquicardia e náuseas logo após a alimentação. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome dumping.

91
Q

Como ocorre a síndrome de dumping?

A
  • Rápido esvaziamento gástrico, causando distensão duodenal com o alimento osmoticamente ativo.
  • Mais comum na Billroth II.
92
Q

Quais os sintomas da síndrome dumping precoce?

A
  • Gastrointestinais: dor abdominal, náuseas, vômitos e diarréia.
  • Vasomotores: taquicardia, sudorese, tontura e palpitação.
  • Ocorre 15-30 minutos após alimentação.
93
Q

Quais os sintomas da síndrome dumping tardio?

A

Hipoglicemia após 3h da refeição (devido à rápida chegada de carboidratos e gorduras no duodeno).

94
Q

Qual o tratamento da síndrome de dumping?

A
  • Fracionar as refeições.
  • Deitar após se alimentar.
  • Evitar carboidratos refinados.
95
Q

Quais as outras complicações pós-gastrectomia?

A
  • Má absorção.
  • Neoplasia (15x mais chances).
  • Síndrome do antro retido: permanência de mucosa antral no coto duodenal, sexretando gastrina e causando recidivas ulcerosas.

OBS.: piloroplastia + vagotomia troncular é a que mais causa diarréia.

96
Q

Quais as complicações agudas da DUP?

A
  • Sangramento.
  • Perfuração.
  • Obstrução.
97
Q

Qual a complicação mais comum na DUP?

A

Sangramento (15-20%).

98
Q

Qual é o principal local de sangramento na DUP?

A

Parede posterior do duodeno (a. gastroduodenal e pancreatoduodenal superior posterior).

99
Q

Qual o quadro clínico do sangramento na DUP?

A

Hemorragia digestiva alta (hematêmese, melena) súbita.

100
Q

Qual a primeira conduta no sangramento na DUP?

A

Estabilização hemodinâmica + IBP + cateter nasogástrico.

101
Q

Após a estabilização, qual o próximo passo no sangramento da DUP?

A

EDA.

102
Q

Qual a classificação endoscópica de Forrest na DUP?

A
  • Forrest I (hemorragia ativa): A (arterial) e B (babando).
  • Forrest II (sinais de hemorragia recente): A (vaso visível), B (coágulo) e C (hematina).
  • Forrest III: base clara, sem sangramento.
103
Q

Quais as chances de sangramento pela classificação de Forrest na DUP?

A
  • Forrest I: 90%.
  • Forrest II: 50% (A), 30% (B) e 10% (C).
  • Forrest III: < 5%.
104
Q

Qual a terapia endoscópica no sangramento na DUP?

A
  • Adrenalina + termocoagulação ou hemoclips (sempre terapia dupla!).
  • Só fazer se Forrest I, IIa ou IIb.

OBS.: na classificação de Forrest IIb, recomenda-se retirar o coágulo para avaliação.

105
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico no sangramento da DUP?

A
  • Instabilidade hemodinâmica.
  • Sangramento com necessidade de > 3CH/dia.
  • Falha na 2ª tentativa de EDA.
106
Q

Quais as cirurgias no sangramento da DUP?

A
  • Duodeno: pilorotomia + ulcerorrafia + piloroplastia + vagotomia troncular.
  • Gástrica: ulcerorrafia (se instável) ou igual a cirurgia eletiva (se estável).
107
Q

Qual a segunda complicação mais comum na DUP?

A

Perfuração (nas gástricas é a primeira!).

108
Q

Qual o local de mais perduração na DUP?

A

Parede anterior do duodeno.

109
Q

Quais as formas de perfuração na DUP?

A
  • Perduração livre: peritonite e pneumoperitônio.
  • Perfuração tamponada: formação de fístulas.
  • Úlcera penetrante/tenebrante: tamponada pelo pâncreas.
110
Q

Qual o quadro clínico da perfuração na DUP?

A
  • Dor abdominal súbita.
  • Defesa abdominal.
  • Sinal de Jobert (timpanismo em hipocôndrio direito).
  • Hipotensão, taquicardia e taquipnéia.
111
Q

Como é feito o diagnóstico de perfuração na DUP?

A
  • TC de abdome.
  • Radiografia (pneumoperitônio).
112
Q

Qual o tratamento da perfuração na DUP?

A
  • Se instáveis ou peritonite (+ comum): ulcerorrafia + patch de omento (tampão de Graham)(ou enxerto seroso)
  • Se estáveis e < 24h; cronica: vagotomia troncular + piloroplastia (duodenal) ou igual a eletiva (gástrica).

OBS.: o patch de omento é mais eficaz em úlceras < 2cm.

113
Q

Quais as úlceras que mais causam obstrução na DUP?

A

Úlceras duodenais e gástricas do tipo II e III.

114
Q

Qual a clínica na obstrução da DUP?

A
  • Vômitos de repetição.
  • Alcalose metabólica hipoclorêmica.
115
Q

Como é feito o diagnóstico na obstrução da DUP?

A

EDA.

116
Q

Qual o tratamento na obstrução da DUP?

A
  • Obstrução aguda: hidratação + IBP + correção dos distúrbios ácido-base.
  • Obstrução crônica: cirurgia.
117
Q

Quais outros tipos de úlcera na na obstrução da DUP?

A
  • Curling: vítimia de queimaduras graves.
  • Cushing: decorre de doenças ou traumatismos no SNC.
  • Cameron: no interior de uma hérnia de hiato.
118
Q

Paciente vem ao PS com queixas de dispepsia.Pesquisa de H. pylori negativa e sem uso de AINES. EDA revela multiplas úlceras, incluindo a porção distal do duodeno. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome de Zollinger-Ellisson.

119
Q

Qual a causa da síndrome de Zollinger-Ellison?

A

Gastrinoma.

OBS.: a somatostatina regula a produção de gastrina (reduz a acidez gástrica).

120
Q

Onde se localiza o gastrinoma na síndrome de Zollinger-Ellison?

A

Trígono do gastrinoma/de Pássaro (90%): duodeno, pâncreas e colédoco.

121
Q

Como suspeitar de síndrome de Zollinger-Ellison?

A
  • Úlceras múltiplas e em locais atípicos (2º segmento do duodeno).
  • Úlceras refratárias ao tratamento.
  • Ausência de H. pylori e AINES.
122
Q

Qual a clínica da síndrome de Zollinger-Ellison?

A
  • Síndrome dispéptica.
  • Refluxo (secreção gástrica excessivamente ácida).
  • diarréia e esteatorréia.
123
Q

Qual a doença relacionada com a síndrome de Zollinger-Ellison?

A

Neoplasia endócrina múltipla do tipo 1 (NEM-1)

- Hiperparatireoidismo.

  • Tumor endócrino de pâncreas (gastrinoma é o mais comum).
  • Adenoma hipofisário (prolactinoma é o mais comum).

OBS.: é a doença dos 3PsPituitária, Paratireóide e Pâncreas.

124
Q

Cono é o diagnóstico da síndrome de Zollinger-Ellison?

A
  • Gastrina sérica > 150-200 (frequentemente > 1000).
  • pH estomacal < 3.
  • Teste de estumulação da gastrina > 200.
125
Q

Como localizar, após diagnóstico, o tumor na síndrome de Zollinger-Ellison?

A
  • USG endoscópico.
  • Cintilografia.
126
Q

Qual o tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison?

A
  • IBP em dose tripla.
  • Ressecção cirúrgica do tumor.
  • Controlar crescimento tu oral (QT, IFN-alfa).
127
Q

O que é a Doença de Ménetriér?

A

Presença de pregas gástricas tortuosas e volumosas (gastrite hipertrófica gigante).

128
Q

Qual o quadro clínico da Doença de Ménetriér?

A
  • Síndrome dispéptica.
  • Hemorragia digestiva alta.
  • Proteinúria e edema.
  • Hipocloridria.
129
Q

O que é dispepsia funcional?

A

Síndrome dispéptica com EDA normal (é a principal causa de dispepsia).

130
Q

Quais as condições relacionadas à dispepsia funcional?

A
  • Síndrome do intestino irritável.
  • Gastroenterite aguda.
  • Infecção por giardia.
131
Q

Qual a conduta na dispepsia funcional?

A
  • Pesquisar e tratar H. pylori.
  • Se negativa ou falha: IBP.
  • Se falha: antidepressivos tricíclicos.
  • Se falha: procinéticos.