Obstrução Intestinal Flashcards

1
Q

Qual a classificação das obstruções intestinais quanto ao mecanismo?

A
  • Mecânicas: possuem uma barreira física bloqueando o trânsito intestinal.
  • Funcional: decorrem da redução da motilidade intestinal.
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2
Q

Qual a classificação da obstrução intestinal quanto a altura?

A
  • Alta: duodeno e jejuno.
  • Baixa: íleo e cólon.
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3
Q

O que é obstrução em alça fechada?

A
  • Oclusão simultânea em 2 pontos do intestino (ex.: obstrução de cólon com válvula ileocecal competente).
  • Aumento mais intenso da pressão intraluminal e maior risco de perfurações (principalmente no ceco).
  • Não causa vômitos!
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4
Q

Qual o quadro clínico da obstrução intestinal?

A
  • Dor abdominal em cólica (contínua se estrangulamento).
  • Parada de eliminação de flatos e fezes.
  • Distensão abdominal.
  • Vômitos biliosos e depois fecalóides.
  • Hiperperistalismo com timbre metálico (peristaltismo de luta).
  • Diarréia paradoxal.
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5
Q

Qual o principal exame físico realizado na obstrução intestinal?

A

Toque retal!

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6
Q

Como suspeitar das causas de obstrução intestinal pelo toque retal?

A
  • Ausência de gases, fezes ou massas na ampola retal: causa mecânica.
  • Presença de gases, fezes ou massas na ampola retal: causa funcional.
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7
Q

Quais as características de uma obstrução intestinal alta?

A
  • Dor e vômitos precoces (inicialmente biliosos, depois fecalóides).
  • Distensão abdominal discreta.
  • Constipação tardia.
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8
Q

Quais as características de uma obstrução intestinal baixa?

A
  • Dor e vômitos tardios (porém, já começam fecalóides).
  • Distensão abdominal exuberante.
  • Constipação precoce.
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9
Q

Quais as complicações da obstrução intestinal

A
  • Estrangulamento (isquemia de alça).
  • Perfuração intestinal (sinal de Riddler → ar fora da alça intestinal e delimitando os seus limites).
  • Alcalose metabólica hipoclorêmica (vômitos).
  • Acidose metabólica (isquemia).
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10
Q

Qual o principal exame de imagem na obstrução intestinal, devendo ser solicitado para todos os paciente?

A

Radiografia com rotina de abdome agudo (tórax, abdome em ortostase e em decúbito dorsal).

OBS.: depois da radiografia, se possível, realizar TC de abdome para identificar o ponto exato da obstrução.

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11
Q

Quais as características da radiografia de tórax na obstrução intestinal de delgado?

A
  • Diatensão moderada (< 5cm) e organizada no centro do abdome.
  • Válvulas coniventes (empilhamento se moedas).
  • Níveis hidroaéreos em degraus.
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12
Q

Quais as características da radiografia de tórax na obstrução intestinal do cólon?

A
  • Dilatações de grande monta na periferia do abdome.
  • Presença de haustrações.
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13
Q

Qual o tratamento genérico das obstruções intestinais?

A
  • Suporte clínico (1ª medida): SNG, reposição de fluidos e eletrólitos.
  • Cirurgia (obstruções totais, parciais refratárias ou estranguladas).
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14
Q

Quais as indicações de tratamento conservador na obstrução intestinal?

A
  • Obstrução funcional.
  • Obstrução parcial (ex.: bridas): observar e suporte por 24-48h.
  • Doença de Crohn.
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15
Q

Paciente de 65 anos chega ao hospital com quadro de dor abdominal, vômitos e distensão abdominal a 8 horas. Passado de apendicectomia aos 12 anos de idade. Qual o diagnóstico?

A

Obstrução intestinal por bridas (aderências).

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16
Q

Quais os fatores de risco para a obstrução intestinal por bridas?

A
  • Cirurgia abdominal e pélvica prévias (principal).
  • Infecções abdominais.
  • Presença de corpo estranho.

OBS.: é a principal causa de obstrução do delgado!

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17
Q

Po quanto tempo dura o risco de obstrução intestinal por bridas após uma cirurgia abdominal?

A

Toda a vida!!!

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18
Q

Qual o tratamento da obstrução intestinal por bridas?

A
  • Obstrução parcial (maioria): SNG, hidratação e observação por 24-48h.
  • Obstrução completa ou parcial refratária: lise das aderências.
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19
Q

Paciente de 3 dias de vida vem ao PS com vômitos biliosos após todas as mamadas. Qual o diagnóstico?

A

Atresia duodenal.

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20
Q

Qual o quadro clínico da atresia duodenal?

A
  • Vômitos biliares precoces (primeiros dias de vida) e contínuos.
  • História de polidrâmnio.
  • Outras má formações (ex.: Síndrome de Down → 30% dos casos).
  • Sinal da dupla bolha.
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21
Q

Qual o tratamento da atresia duodenal?

A

Cirurgia de urgência (duodenoduodenostomia com anastomose em diamante).

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22
Q

Quais as características da atresia jejunoileal?

A
  • Relacionada a fibrose cística.
  • Vários tipos (casca de maçã, sequencia de salsisha, banda fibrosa).
  • Diferencia-se da atresia duodenal pela distenção abdominal.
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23
Q

Paciente de 25 dias de vida da entrada no PS com quadro súbito de distensão abdominal e choro intenso. Nunca teve nenhuma intecorrência anterior. Qual o diagnóstico?

A

Volvo do intestino médio.

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24
Q

Quais as características do volvo do intestino médio?

A
  • Déficit na rotação embriológica do intestino, causando fixação anômala do ceco e ângulo de Treitz.
  • Ocorre no 1º mês de vida.
  • Quadro agudo de obstrução intestinal e vômitos biliosos súbitos em lactente previamente hígido.
  • CD.: cirurgia de Ladd.
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25
Q

Quais as características do íleo meconial?

A
  • Só ocorre em pacientes com fibrose cística (mecônio espesso e aderente).
  • Causa vômitos biliosos, distensão abdominal e não eliminação de mecônio até 48h de vida.
  • Rx.: massa no QSD em bolha de sabão ou vidro-moído.
  • CD.: enema com contraste hidrossolúvel + irrigação com N-acetilcisteína.
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26
Q

Criança de 1 ano e 7 meses chega ao pronto socorro com dor abdominal e diatensão abdominal a 6 horas. Pais alegam eliminação de fezes mucossanguinolentas e amolecidas. Ao exame físico, massa palpável em fossa ilíaca direita. Qual o diagnóstico?

A

Intussuscepção intestinal.

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27
Q

O que é intussuscepção intestinal?

A
  • Invaginação de uma alça intestinal dentro de outra.
  • Mais comum na junção ileocecal.
  • É a principal causa de obstrução intestinal em emergência abdominal em crianças.
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28
Q

Quais os fatores de risco de intussuscepção intestinal?

A
  • Idade > 3 meses e < 3 anos.
  • Sexo masculino.
  • Presença de divertículo de Meckel e tumores.
  • Vacina de rotavirus.
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29
Q

Qual a clínica da intussuscepção intestinal?

A
  • Dor abdominal (choro incontrolável).
  • Pernas de encontro ao abdome.
  • Massa palpável em salsicha.
  • Fezes em geléia de morango/framboesa (muco e sangue).
  • Vômitos e letargia (pode ser intensa).
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30
Q

Quais os achados radiográficos da intussuscepção intestinal?

A
  • Sinal do alvo.
  • Sinal da crescente.
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31
Q

Quais os achados da USG na intussuscepção intestinal?

A

Camadas sobrepostas de intestino (alça dentro da outra).

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32
Q

Qual o exame diagnóstico e terapêutico padrão-ouro da intussuscepção intestinal?

A

Enema baritado ou pneumático (sinal do crescente).

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33
Q

Qual o tratamento da intussuscepção intestinal?

A
  • Redução hidrostática ou enema baritado (principal).
  • Se falha, instabilidade clínica ou sinais de isquemia intestinal (ex.: elevação de DHL, > 24h de evolução): cirurgia (em adultos é SEMPRE cirúrgico).

OBS.: métodos não cirúrgicos podem recorrem em 10% dos casos.

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34
Q

Paciente diagnosticado com colecistite aguda evolui com melhora súbita dos sintomas. No dia seguinte, apresenta distensão abdominal e vômitos. Qual o diagnóstico?

A

Íleo biliar.

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35
Q

O que é o íleo biliar?

A

Cálculo biliar obstruindo o íleo terminal (se no duodeno ou piloro, Síndrome de Bouveret).

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36
Q

Como é o diagnóstico de íleo biliar?

A
  • Tríade de Rigler (pneumobilia + distensão abdominal + cálculo biliar ectópico).
  • TC de abdome.
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37
Q

Qual o tratamento do íleo biliar?

A

Cirurgia (enterolitotomia + colecistectomia).

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38
Q

Qual a conduta no caso de ingestão acidental de corpo estranho?

A
  • Sem obstrução intestinal: suporte.
  • Com obstrução intestinal: endoscopia, cirurgia.

OBS.: fazer cirurgia de urgência se ingestão de objetos pontiagudos, longos (> 5cm) ou baterias.

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39
Q

O que é bezoar?

A

Massas intraluminais de materiais não digeridos.

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40
Q

Quais os tipos de bezoar?

A
  • Fitobezoar (ex.: caqui).
  • Tricobezoar (cabelo, sendo mais comum em mulheres jovens).
  • Farmacobezoar.
  • Lactobezoar (prematuros).
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41
Q

Qual o tratamento do bezoar?

A
  • Fitobezoar: dissolução química.
  • O resto: endoscopia.
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42
Q

Paciente de 50 anos vem ao PS com queixas de vômitos e dor abdominal. Alega que fez cirurgia bariátrica e perdeu 50kg em 6 meses. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome de Wilkie (síndrome da arteria mesentérica superior).

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43
Q

Quais as características da Síndrome de Wilkie?

A
  • Perda do coxin gorduroso entre a 3ª porção do duodeno e a a. mesetérica superior.
  • Ocorre em pacientes com rápida perda de peso.
  • Diagnóstico: exames contrastados.
  • Conduta: tratamento conservador. Se falha, cirurgia (duodenojejunostomia).
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44
Q

Qual a principal causa de obstrução intestinal do cólon?

A

Neoplasias colorretais.

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45
Q

Qual a clínica das neoplasias colorretais?

A
  • Emagrecimento.
  • Fezes em fita.
  • Obstrução intestinal (principalmente no colon esquerdo). - Massa no toque retal.
  • Radiografia com sinal da maçã mordida.
46
Q

Qual o tratamento das obstruções agudas por tumores colorretais?

A

Colostomia de emergência.

47
Q

Paciente de 73 anos com quadro de dor abdominal, parada de eliminação de fezes e distensão abdominal súbida há 3 horas. Radiografia mostra importante dilatação colônica a esquerda.

A

Volvo de sigmóide.

48
Q

O que é o volvo de sigmóide?

A

Torção do sigmóide sobre o proprio eixo, causando uma obstrução em alça fechada.

49
Q

Qual o quadro clínico do volvo de sigmóide?

A
  • Pacientes idosos ou com megacólon chagásico.
  • Dor abdominal.
  • Intensa distensão abdominal.

OBS.: em crianças, a principal causa de volvo é a Doença de Hirschsprung.

50
Q

Quais os achados radiográficos do volvo de sigmóide?

A
  • Sinal do grão de café ou U invertido.
  • Sinal do bico de pássaro.
51
Q

Qual o tratamento do volvo de sigmóide?

A
  • Redução endoscópica + sigmoidectomia eletiva (padrão-ouro).
  • Se falha, instabilidade hemodinâmica ou peritonite: cirurgia de Hartmann.
  • Volvo de ceco: ileocolectomia.
52
Q

Apenas o sigmóide pode sofrer volvo?

A

Não! Estômago e ceco também!

53
Q

Quais as características do volvo de ceco?

A
  • Acomete paciente mais joves.
  • Decorre da fixação anômala do cólon.
  • Ocorre massa timpânica no abdome superior.
  • O tratamento é sempre cirúrgico (ileocolectomia direita).
54
Q

Qual o achado radiológico no volvo de ceco?

A

Dilatação do cólon direito em direção do abdome superior (formato de vírgula).

OBS.: a ponto da obstrução aponta para o QSE.

55
Q

Quais as características do volvo gástrico?

A
  • Quadro subto de dor epigástrica, vômitos pequenos e impossibilidade de passar uma SNG (tríade de Borchardt).
  • Diagnosticado por endoscopia.
  • CD.: laparotomia.
56
Q

RN vem ao PS com obstrução intestinal e vômitos a 4 dias. Ainda não eliminou mecônio. Ao examinar a ampola anal, observou saida explosiva de gases e mecônio. Qual o diagnóstico?

A

Doença de Hirschsprung (megacólon agangliônico congênito).

57
Q

Qual a causa da Doença de Hirschsprung?

A

Ausência dos plexos de Meissner e Auerbach em um segmento intestinal (geralmente reto e sigmóide).

58
Q

Qual a clínica da Doença de Hirschsprung?

A
  • Obstrução intestinal baixa.
  • Ausência de expulsão do mecônio > 48h.
  • Toque retal com saída explosiva de gases e fezes.
59
Q

Como é o diagnóstico da Doença de Hirschsprung?

A
  • Biópsia (padrão-ouro).
  • Rx com cone de transição (área estenosada e dilatada do cólon).
60
Q

Qual o tratamento da Doença de Hirschsprung?

A

Cirurgia de Swenson, Duhame, Soave ou de la Torre.

61
Q

Paciente de 82 anos proveniente de um asilo vem ao PS xcom queixas de não eliminação de fezes a 15 dias. Nega perda de peso. Ao exame, massa endurecida e móvel ao toque retal, com creptação à palpação abdominal. Qual o diagnóstico?

A

Fecaloma.

62
Q

Quais os fatores de risco para facalomas?

A
  • Idosos (principalmente institucionalizados).
  • Megacólon chagásico.
  • Doença de Hirschsprung.
63
Q

Qual a clínica dos fecalomas?

A
  • Obstrução intestinal parcial.
  • Diarréia paroxística.
  • Fecaloma palpável e móvel ao toque retal.
  • Creptação ao descomprimir a parede abdominal (sinal de Gersuny).
64
Q

Qual o tratamento dos fecalomas?

A
  • Hidratação e fratura digital do fecaloma.
  • Endoscopia.
  • Cirurgia.
65
Q

Paciente no pós-operatório de apendicectomia apresenta distensão abdominal e parada de eliminação de fezes e flatos. Toque retal com fezes. Radiografia com delgado e cólon dilatados. Qual o diagnóstico?

A

Íleo paralítico.

66
Q

O que é íleo paralítico?

A

Obstrução funcional do delgado e cólon.

67
Q

Quis as causas de íleo paralítico?

A
  • Pós-operatório (principal).
  • Drogas (opióides).
  • Distúrbios hidroeletrolíticos (principalmente hipocalemia).
  • Inflamação.

OBS.: após cirurgias, o íleo fica fisiologicamente paralisado por 24h, seguido do estômago (24-48h) e cólon (48-72h).

68
Q

Qual a clínica do íleo pralítico?

A
  • Obstrução intestinal.
  • Diminuição da peristalse e de ruídos hidroaéreos.
69
Q

Qual o achado radiográfico no íleo paralítico?

A

Distensão do íleo e cólon.

70
Q

Qual o tratamento do íleo paralítico?

A

Suporte (SNG, corrigir distúrbios hidroeletrolíticos, suspender opióides, dieta zero, etc).

se Ileo paralitico PROLONGADO e debito em SNG alto: realizar nutrição parenteral!!

71
Q

Paciente na UTI por sepse devido a uma trauma abdominal contaminado apresenta distensão abdominal e vômitos. Radiografia evidencia dilatação do cólon. Toque retal com fezes. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome de Ogilvie (pseudo-obstrução colônica aguda).

72
Q

Quais as causas da Síndrome de Ogilvie?

A
  • Trauma.
  • Sepse.
  • Doenças cardíacas e renais.
73
Q

Qual a clínica da Síndrome de Ogilvie?

A
  • Obstrução intestinal.
  • Peristalse e ruidos hidroaéreos presentes.
74
Q

Quais os achados radiográficos da Síndrome de Ogilvie?

A

Dilatação apenas do cólon (epecialmente ceco e cólon direito).

75
Q

Qual o tratamento da Síndrome de Ogilvie?

A
  • Suporte (SNG, hidratação, etc).
  • Neostigmina.
  • Descompressão colonoscópica.
  • Se falha ou grandes dilatações: cirrurgia.
76
Q

Quais as camadas do abdome?

A
  • Pele.
  • Tecido celular subcutâneo (fáscia de Camper e Scarpa).
  • Aponeurose do m. obliquo externo (forma o ligamento inguinal).
  • Músculos obliquo externo, interno e transverso do abdome).
  • Fáscia transversalis.
  • Peritônio parietal.
77
Q

Quais os limites do canal inguinal?

A
  • Superior: borda arqueada dos músculos oblíquo externo e transverso.
  • Anterior: aponeurose do músculo oblíquo externo.
  • Inferior: ligamento inguinal e lacunar.
  • Posterior: fáscia transversar e tendão conjunto dos músculos obliquo interno e transverso do abdome.
78
Q

Quais estruturas passam no canal inguinal?

A
  • Homens: funículo espermático (m. cremáster, plexo pampiniforme, ducto deferente, a. e v. espermática, n. Ileoinguinal e genitofemoral e conduto peritoneovaginal).
  • Mulheres: ligamento redondo.
79
Q

Quais os limites anatômicos do triangulo de Hesselbach?

A
  • Inferior: ligamento inguinal.
  • Medial: bainha do m. reto do abdome.
  • Lateral: vasos epigástricos inferiores.
80
Q

Quais as hérnias mais comuns?

A

Inguinais (80%).

OBS.: é mais comum em todos os sexos e idades.

81
Q

Quais as características das hérnias inguinais indiretas?

A
  • São as mais comuns.
  • Formadas pela patência do conduto peritoniovaginal.
  • A maioria é congênita (mais comum em jovens).
  • Passam pelo anel inguinal interno.
82
Q

Quais as características das hérnias inguinais diretas?

A
  • Decorrem de uma fragilidade da parede posterior do abdome, principalmente no triangulo de Hesselbach.
  • Não passam pelo anel inguinal interno.
  • São condições adquiridas (mais comum em idosos).
83
Q

Qual o ponto de referência anatômico para diferenciar as hérnias inguinais diretas e indiretas?

A

Vasos epigástricos inferiores!

  • Medial: hérnia inguinal direta.
  • Lateral: hérnia inguinal indireta.
84
Q

Qual a clínica das hérnias inguinais?

A
  • Sensassão de peso e abaulamento redutível na região da virilha (+ a direita).
  • Dor vaga (se intensa e abdominal = complicações).
  • 20% são bilaterais.
85
Q

Como diferenciar as hérnias inguinais pelo exame físico.

A

Colocar o dedo no canal inguinal do paciente fazendo manobra de valsalva. Se massa na ponta do dedo, hérnia inguinal indireta. Se na polpa do dedo, hérnia inguinal direta.

OBS.: para o diagnóstico de hernias inguinais recidivadas, é preciso solicitar exames de imagem (a clínica NÃO é o suficiente).

86
Q

Qual a classificação de Nyhus para as hérnias da região da virilha?

A
  • Tipo I: hérnia inguinal indireta com anel inguinal interno normal.
  • Tipo II: hérnia inguinal indireta com anel inguinal interno alargado.
  • Tipo III: destruição da parede posterior (fáscia transversalis), podendo ser direta (A), indireta com anel inguinal interno destruido (B) ou femoral (C).
  • Tipo IV: hérnia recidivante, podendo ser direta (A), indireta (B), femoral (C) ou mista (D).
87
Q

Quais as técnicas cirúrgicas eletivas anteriores das hérnias inguinais redutíveis (tanto diretas quanto indiretas)?

A
  • Lichtenstein (padrão-ouro): tela de propileno tension-free (TF) no ligamento inguinal.
  • Shouldice: superposição dos planos musculares.
  • Bassini: sutura do tendão conjunto com o ligamento inguinal. É a que mais tem recidiva.
  • Zimmerman: estreitamento do anel inguinal interno.
  • Stoppa (TF): tela gigante no espaço pré-peritoneal (hérnias bilaterais).
88
Q

Quais as técnicas cirúrgicas eletivas posteriores das hérnias inguinais redutíveis?

A
  • Videolaparoscopia via extraperitoneal total (TEP) ou transabdominal pré-peritoneal (TAPP).
  • Mais adequadas para hérnias bilaterais ou recidivantes (inclusive femorais).

OBS.: as técnicas endoscópicas colocam uma tela cobrindo todo o orifício miopectíneo de Fruchaud (ponto de maior fragilidade da parede abdominal).

89
Q

Como devem ser as telas nas cirurgias de hérnia inguinal?

A
  • Macroporosas (melhor migração de macrófagos e fibroblastos).
  • Fixadas com fios de sutura monofilamentares.
  • Maior que o orifício herniário.
90
Q

Quais os pontos anatômicos de fixação da tela na técnica de Lichenstein?

A
  • Superior: músculo oblíquo interno.
  • Inferior: ligamento inguinal.
91
Q

Quais as complicações das hérnias inguinais?

A
  • Encarceramento.
  • Estrangulamento.
  • Trombose de plexo pampiniforme (pós-operatório): leva a orquite isquêmica e atrofia testicular. CD.: suporte.
  • Dor crônica (pós-operatório).
92
Q

Quais os sinais de estrangulamento de uma hérnia inguinal?

A
  • Encarceramento > 6-8h.
  • Obstrução intestinal.
  • Irritação peritoneal.
  • Flogose em região inguinal.
93
Q

Quais o tratamento de emergência nas hérnias inguinais?

A
  • Encarceramento: redução manual (manobra de Taxe) + cirurgia eletiva posterior.
  • Estrangulamento ou irredutíveis: inguinotonia + avaliar alças intestinais (NÃO utilizar telas pelo risco de infecção).

OBS.: se a hérnia encarcerada reduzir na indução anestésica, realizar laparotomia.

94
Q

Quando operar uma hérnia inguinal na infância?

A
  • Sempre e o mais precoce possível (alta chance de encarceramento).
  • NÃO utilizar telas!
95
Q

Quais as características das hérnis femorais?

A
  • Passam pelo canal femoral (abaixo do ligamento inguinal).
  • Mais comum em mulheres obesas.
  • São as com maior risco de encarceramento.
  • Apresentam abaulamento na região da coxa.
96
Q

Qual o tratamento das hérnias femorais?

A

Cirurgia de McVay (sutura do tendão conjunto com o ligameto de Cooper, obliterando o canal femoral).

97
Q

Quais outras as hérnias da região da virília?

A
  • Richter: pinçamento da borda antimesentérica do intestino (isquemia sem obstrução) → mais comum em hérnias femorais.
  • Littré: hérnia com um divertículo de Meckel.
  • Amyand: hérnia inguinal com o apêndice vermiforme (se femoral, Garangeot).
  • Pantalona: hérnia com componente direto e indireto.
  • Delizamento: hérnia formada por vísceras (ex.: bexiga, ceco).
98
Q

Qual a clínica das hérnias umbilicais?

A
  • Abaulamento na região umbilical.
  • Mais comuns em mulheres.
  • Em crianças, são hérnias congênitas. Já em adultos, adquiridas (ex.: gravidez, obesidade).
99
Q

Qual a conduta na hérnia umbilical em crianças?

A
  • Expectante até os 4-6 anos de idade (fechamento em 80% dos casos).
  • Cirurgia se: idade > 4-6 anos, hérnias > 2 cm, presença de DVP e concomitância com hérnia inguinal.
100
Q

Qual a conduta na hérnia umbilical em adultos?

A
  • Expectante.
  • Operar se grande anel herniária, sintomática ou encarceramento.
101
Q

O que é hérnia incisional?

A

Hérnias que ocorrem em locais de incisão cirúrgica.

102
Q

Quais os fatores de risco para hérnia incisional?

A
  • Infecção (principal).
  • Obesidade.
  • Corricóides.
  • Desnutrição (hipoalbuminemia, anemia).
  • Diabetes.
103
Q

Qual o tratamento das hérnias incisionais?

A
  • Defeitos < 2cm: rafia simples.
  • Defeitos > 2cm: colocação de telas de polipropileno underlay (River-Stoppa) ou onlay, todas visando aproximar as bordas de forma tensio free.

OBS.: se perda de domínio, deve-se expandir a cavidade abdominal.

104
Q

Quais as complicações das hérnias incisionais de grande monta?

A
  • Disfunção respiratória (alteração na parede abdominal): sempre avaliar no pré-operatório!
  • Hipertensão intra-abddominal (quando retorna as víceras na cirurgia): avaliar pela pressão intravesical.
105
Q

O que é hérnia de Spieghel?

A

Herniação de conteudo abdominal entre a borda do m. reto abdominal e a linha semilunar.

106
Q

O que é hérnia epigástrica?

A
  • Herniação por defeitos na fusão das aponeuroses musculares da linha média.
  • Mais comum em homens.
  • Causam dor desproporcional ao tamanho da hérnia (encarceramento da gordura pré-peritoneal).
107
Q

Onde ocorrem as hérnias lombares?

A
  • Grynfelt (+ comum): trígono lombar superior (12ª costela, musculatura paravertebral e m. obliquo interno).
  • Petit: trígono lombar inferior (crista ilíaca, latíssimo do dorso e m. obliquo externo).
  • Geralmente não encarceram.
108
Q

O que são hérnias obturadoras?

A
  • Herniação de estruturas devido à fraqueza da membrana obturadora.
  • Mais comum em mulheres.
109
Q

Qual a clínica da hérnia obturadora?

A
  • Dor na face interna da coxa (sinal de Howship-Romberg).
  • Compressão do feixe vasculinervoso obturarório.
  • Obstruções frequentes.
110
Q

Qual a conduta na hérnia obturadora?

A

Cirurgia.

111
Q

Quais as características da hérnia perineal?

A
  • Herniação pelo diafragma pélvico.
  • Defeitos no trígono urogenital e fossa ísquio-retal.
  • Clínica: massa perineal, retenção urinária, dificuldade para sentar.
  • Raramente encarceram.
  • CD.: cirurgia de Miles.
112
Q

Qual a conduta em casos de ingestão de moeda, bateria, imã ou perfurocortante?

A

- Moeda: EDA em ate 24h (esôfago) e em até 3 dias (estômago).

- Bateria, imã ou perfurocortante: EDA de URGÊNCIA (até 24h).

OBS.: na radiografia, moedas aparecem com halo simples, e baterias, com halo duplo.