Bócio, Nódulos e CA de Tireoide Flashcards

1
Q

Definição de bócio

A

Qualquer aumento de tamanho da tireoide

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2
Q

Volume tireoidiano normal

A

6 a 12 ml na mulher

Pode chegar a 20 ml no homem

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3
Q

Bócio atóxico

A

Produção do hormônio tireoidiano está normal ou reduzida

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4
Q

Bócio grau 0

A

Ausência de tecido tireoidiano palpável
Ou
Menor que a falange distal do polegar do examinador

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5
Q

Bócio grau Ia

A

Tireoide palpável + lobos maiores que falange distal do polegar do examinador

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6
Q

Bócio grau Ib

A

Tireoide visível à deglutição

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7
Q

Bócio grau II

A

Tireoide visível com pescoço em posição normal

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8
Q

Bócio grau III

A

Tireoide visível à distância

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9
Q

Fisiopatologia do bócio atóxico

A

Decorrente de fatores estimulantes da tireoide:
Aumento do TSH
Anticorpo anti-TSH estimulante
HCG (mola hidatiforme)

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10
Q

Ação do TSH na tireoide

A

Hipertrofia e hiperplasia do parênquima tireoidiano

Aumento da vascularização

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11
Q

Quadro clínico do bócio

A

Maioria assintomático
Dor/desconforto
Dispneia
Disfagia

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12
Q

Quadros clínicos mais graves do bócio

A

Paralisia da corda vocal
Paralisia do nervo frênico
Síndrome de Horner
Síndrome da veia cava superior

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13
Q

Tríade da síndrome de Horner

A

Ptose palpebral
Miose
Anidrose unilateral

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14
Q

Sinal de Pemberton

A

Congestão e pletora facial após elevação dos braços acima da cabeça

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15
Q

Causa mais frequente de bócio no mundo

A

Bócio endêmico

Secundária à deficiência de iodo

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16
Q

Causa mais frequente de bócio no Brasil

A

Hipotireoidismo

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17
Q

Diagnóstico de bócio

A

CLÍNICO

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18
Q

Exames complementares na avaliação de bócio atóxico

A

USG: mais sensível
Cintilo: dúvida entre tóxico e atóxico
TC ou RM: bócio mergulhante

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19
Q

Cuidado ao realizar TC em paciente com bócio

A

Excluir bócio tóxico antes de dar contraste ao paciente, devido ao fenômeno de Jod-Basedow

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20
Q

Tratamento medicamentoso do bócio

A

Supressão de TSH com LT4 (dose alta)
Muitos efeitos colaterais
Uso crônico
Não é mais utilizado

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21
Q

Tratamento do bócio endêmico

A

Reposição de iodo

Avaliar iodúria de 24 horas

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22
Q

Tratamento do bócio com radioablação (iodo-131)

A

Quantidade alta de radiação
Alto índice de recidiva
Útil em idosos
Não fazer em bócios mergulhantes com sintomas compressivos (primeiros dias de terapia causam informação, podendo piorar os sintomas)

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23
Q

Tratamento cirúrgico do bócio

A

Tireoidectomia subtotal

Avaliar comprometimento prévio de laringe e abordagem torácica

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24
Q

Indicação de tireoidectomia subtotal em bócios

A
Bócios grandes (> 150 g)
Componente subesternal
Suspeita de malignidade
Sintomas compressivos
Refratariedade aos outros tratamentos
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25
Q

Indicação relativa de tireoidectomia subtotal em bócios

A

Comprometimento estético

26
Q

Fatores de maior risco de malignidade de nódulo de tireoide

A
Sexo masculino
Extremos de idade (< 20 anos ou > 70)
Nódulo achado incidentalmente no PET-FDG
Crescimento rápido da massa cervical
Sintomas compressivos
Irradiação de cabeça e pescoço na infância
Diagnóstico prévio de CA de tireoide (tireoidectomia parcial)
HF de CA de tireoide (primeiro grau)
Síndromes de CA de tireoide
27
Q

Descrição do nódulo no exame físico

A
Tamanho
Regularidade
Consistência
Mobilidade
Aderência aos planos profundos
Linfadenopatia
28
Q

Exame físico do nódulo com maior risco de malignidade

A

Nódulos endurecidos
Aderido a planos profundos
Pouco móveis
Presença de linfonodomegalia cervical

29
Q

Exames complementares no nódulo de tireoide

A

TSH baixo > cintilografia > nódulo hipercaptante (doença de Plummer) ou hipocaptante (USG+PAAF)
TSH alto ou normal > USG+PAAF (se TSH alto, dosar antiTPO)

30
Q

Característica de maior risco de malignidade de um nódulo

A

Microcalcificações

Calcificação em casca de ovo é de baixo risco

31
Q

Exame padrão-ouro para excluir carcinoma de tireoide

A

Punção aspirativa com agulha fina (PAAF)

32
Q

Classificação de Bethesda

A

I: inconclusivo
II: benigno
III: atipia/lesão folicular indeterminada
IV: suspeita de neoplasia folicular ou de células de Hurthle
V: suspeita de carcinoma
VI: maligno

33
Q

Seguimento do paciente com nódulo

A

Não realizou PAAF:
Nódulo pouco suspeito > USG após 12 meses
Nódulos com maior suspeição > USG em 6 meses
Realizou PAAF:
Nódulo pouco suspeito > USG após 12 a 24 meses
Nódulos com maior suspeição > USG com 12 meses

34
Q

Epidemiologia do CA de tireoide

A

Maior incidência nos últimos anos, sem aumento da mortalidade
Maior parte são carcinomas diferenciados com bom prognóstico
Mulheres
20-55 anos

35
Q

Tipos histológicos de CA de tireoide

A
Carcinomas diferenciados da tireoide (90-95%):
- papilífero (85%)
- folicular (10%)
- oncocítico/células de Hurthle (5%)
Medular (5%)
Anaplásico (1%)
Outros (1%)
36
Q

Epidemiologia do carcinoma papilífero

A
Tipo histológico mais comum
Crianças e adultos
Jovens (3ª-4ª décadas)
Baixa malignidade
Crescimento lento
37
Q

Patologia do carcinoma papilífero

A

Arranjo das células foliculares tumorais em papilas
Aumento do tamanho nuclear
Invaginação do citoplasma para o núcleo
Corpos Psamomatosos e núcleos clivados com aparência de “olhos da órfã Annie”

38
Q

Variantes do carcinoma papilífero de melhor prognóstico

A

Variante clássica

Variante folicular

39
Q

Variantes do carcinoma papilífero de pior prognóstico

A
Variante colunar
Variante de células altas
Variante esclerosante difusa
Variante sólida
Variante insular
Variante trabecular
40
Q

Principais sítios de metástase à distância do carcinoma papilífero

A

Pulmões (principal)
Ossos

Papilífero = Pulmão

41
Q

Epidemiologia do carcinoma folicular

A
Segundo tipo mais comum
Mulheres
> 50 anos
Locais com deficiência de iodo
Maiores que o papilífero
42
Q

Metástases à distância do carcinoma folicular

A

Mais comuns que o papilífero

Principais sítios: pulmão e osso

43
Q

Tratamento dos carcinomas diferenciados (papilífero e folicular)

A

Tireoidectomia total (maioria dos casos) ou parcial (lobectomia+istimectomia)

44
Q

Indicação de tireoidectomia parcial nos carcinomas diferenciados

A

Idade > 45 anos + microcarcinoma papilífero (TU < 1 cm) T1aN0 unifocal
Idade < 45 anos + T1 ou T2 (4 cm) + baixo risco + sem invasão extra-tireoidiana + sem metástases

45
Q

Complicações pós-cirúrgicas

A

Hemorragia
Lesão do nervo laríngeo recorrente (unilateral - rouquidão; bilateral - insuficiência respiratória aguda)
Lesão do nervo laríngeo superior (não eleva o tom de voz)
Hipotireoidismo
Hipocalcemia

46
Q

Indicação de terapia ablativa no seguimento de carcinomas diferenciados

A

Tireoidectomia total com ressecção tumoral incompleta ou alto/intermediário risco de recidiva ou abordagem da doença recorrente

47
Q

Efeitos adversos da terapia ablativa

A

Alterações transitórias da função gonadal
Sialodenite aguda
Xerostomia e xeroftalmia
Maior risco de segundo CA (TGI, bexiga)

48
Q

Parâmetros de controle após tireoidectomia total

A

Tireoglobulina deve permanecer indetectável

Após 6-12 meses: tireoglobulina+USG cervical

49
Q

Carcinoma de células de Hurthle

A

Variedade menos diferenciada do folicular
Não capta iodo
Radioablação pouco eficaz
Pior prognóstico
Tto: tireoidectomia total + linfadenectomia

50
Q

Epidemiologia do carcinoma anaplásico

A
Muito raro
Catastrófico
50-60 anos
Mulheres
Antecedente de bócio
Mutação no gene p53
51
Q

Clínica do carcinoma anaplásico

A

Massa cervical de crescimento rápido

Sintomas compressivos: dor cervical, rouquidão, disfagia e dispneia

52
Q

Tratamento do carcinoma anaplásico

A

Paliativo

Sobrevida de 3-7 meses

53
Q

Linfoma de tireoide

A
Raro
Originário de células B
Linfoma não Hodgkin de grandes células
Resposta terapêutica boa
Primeira opção de terapia: imunoquimioterapia
54
Q

Carcinoma medular

A

Derivam das células C parafoliculares
Tumor neuroendócrino
Esporádica (75%)
Familiar (25%)

55
Q

Genética do carcinoma medular

A

Familiar: mutação germinativa no proto-oncogene RET

Esporádica: mutação somática no RET

56
Q

Carcinoma medular familiar

A

Agressivo
Multicêntrico
Bilateral
Pacientes mais jovens

57
Q

Apresentação do carcinoma medular familiar

A

Neoplasia endócrina múltipla (NEM) tipo 2A (síndrome de Sipple)
Neoplasia endócrina múltipla (NEM) tipo 2B

58
Q

NEM2A

A

Mais comum

Tríade: carcinoma medular, feocromocitoma e hiperparatireoidismo primário

59
Q

NEM2B

A

Carcinoma medular, feocromocitoma e hábito marfanoide

60
Q

Tratamento do carcinoma medular

A

Tireoidectomia total com esvaziamento linfonodal

61
Q

Seguimento pós-operatório do carcinoma medular

A

USG de pescoço + níveis séricos de calcitonina e CEA duas vezes ao ano, por 2 anos, depois anualmente se estáveis

62
Q

Abordagem profilática da neoplasia endócrina múltipla

A

NEM2A: tireoidectomia profilática antes dos 5 anos de idade
NEM2B: tireoidectomia profilática antes do primeiro ano de idade