AMENORREIA Flashcards

1
Q

2020 USP - SP

Paciente de 19 anos, sem antecedentes clínicos significativos, nuligesta, inicia contraceptivo hormonal oral combinado com cartela de 24 dias e pausa de 4 dias. Faz uso regular e perfeito do contraceptivo. Após 5 meses de uso, não apresenta sangramento de privação no intervalo de 4 dias após o término da cartela habitual. Qual é a condição mais provavelmente associada a esta amenorreia?

A) Atrofia endometrial.

B) Gravidez.

C) Hiperprolactinemia.

D) Bloqueio eixo hipotálamo-hipófise.

A

A

Uma paciente de 19 anos, nuligesta, utiliza perfeitamente um contraceptivo oral combinado de 24 comprimidos com pausa de 4 dias e, após 5 meses de uso, não apresenta sangramento de privação durante o período de pausa. Quando o enunciado coloca o uso “perfeito” do contraceptivo, tem como objetivo a exclusão da gravidez como condição mais provável. Não há dados no

enunciado para pensarmos em hiperprolactinemia. Por fim, o bloqueio do eixo hipotálamo-hipófise justifica a anovulação, mas não justifica a condição direta relacionada à amenorreia com o uso prolongado de uma pílula com padrão 24+4. Isso fica evidente

quando observamos que o bloqueio do eixo também ocorre em uma pílula regime 21+7 e o sangramento de privação é o resultado esperado. É a atrofia endometrial promovida pelo uso prolongado da pílula no regime 24+4 que é capaz de justificar a ausência de sangramento de privação. Resposta: letra A.

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2
Q

2020 USP - RP

Adolescente, 13 anos, queixa-se que ainda não menstruou. Relata que a irmã menstruou aos 12 anos. Nega sexarca. Não apresenta outras queixas. Exame físico: apresenta-se em bom estado geral, estatura no percentil 50, IMC 21 Kg/m², mamas estadiamento de Tanner M1 e pelos P4. Genitália externa com pequenos lábios com extensão até a metade da vulva, clitóris de 1 cm até a base, mucosa vulvar avermelhada, hímen integro, vaginometria de 7 cm. Considerando as recomendações da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, qual a melhor opção para abordagem inicial deste caso?

A) Dosar hormônio folículo estimulante.

B) Conduta expectante por mais 2 anos.

C) Realizar ultrassonografia pélvica.

D) Colher cariótipo de sangue periférico.

A

A amenorreia primária é definida como ausência de menstruação após os 15 anos de idade se caracteres sexuais secundários presentes ou 13 anos, se ausentes. Toda paciente com amenorreia primária deve ser investigada, portanto podemos excluir a

alternativa B. A avaliação inicial de amenorreia deve ser realizada por meio de história clínica e exame físico, excluir gestação se a possibilidade existir e dosagem de FSH e prolactina. A ultrassonografia pélvica pode ser útil, mas não é a primeira conduta; o cariótipo está recomendado para as pacientes com FSH aumentado. Resposta letra A.

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3
Q

2020 HNMD

Paciente de 20 anos, obesa, apresenta oligomenorréia e hirsutismo desde a puberdade. Sua avaliação laboratorial mostra prolactina, TSH e cortisol normais e, 17-hidroxiprogesterona elevada. O diagnóstico mais provável é:

A) Anovulação crônica de causa hipotalâmica.

B) Síndrome dos ovários policísticos.

C) Hiperplasia adrenal na forma tardia.

D) Tumor ovariano produtor de androgênio.

E) Síndrome de Kallman.

A

Oligomenorreia + hirsutismo pensamos logo em SOP. No entanto, o diagnóstico de SOP é de EXCLUSÃO, devendo excluir antes

hipotireoidismo, síndrome de Cushing, hiperprolactinemia, hiperplasia adrenal congênita tardia. No caso, foram excluídos os três primeiros, mas a 17-hidroxiprogesterona veio elevada, o que acontece na hiperplasia adrenal na forma tardia, em que devido à deficiência da enzima alfa hidroxilase, ocorre o acúmulo da 17-hidroxiprogesterona. Assim, resposta letra C. Video comentário: 228902

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4
Q

2020 HNMD

Paciente de 15 anos queixando-se de dor pélvica há um ano, sem menarca. Estatura e desenvolvimento de caracteres sexuais são normais para idade. Dosagens normais de prolactina e TSH. Teste de progesterona e de estrogênio negativos. Dentre as opções, a mais provável é:

A) Tumor de hipófise

B) Anovulação

C) Hímen imperfurado

D) Disgenesia Gonadal

E) Tumoração ovariana

A

Amenorreia primária após excluir hiperprolactinemia e hipotireoidismo, com teste de progesterona e de estrogênios negativos e paciente apresentando caracteres sexuais normais, devemos pensar em algo que não esteja deixando a paciente exteriorizar a menstruação, pois demos os 2 hormônios necessários para que ocorresse a descamação endometrial e não ocorreu, além de que

como ela tem os caracteres sexuais secundários normais, o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano está normal. Uma importante causa que devemos sempre lembrar é do HÍMEN IMPERFURADO ou septo vaginal transverso, em que a paciente possui o eixo

hipotálamo-hipófise-ovário normal, mas não ocorre a exteriorização da menstruação por impedindo obstrutivo, que inclusive justificaria a dor pélvica dela. Na anovulação a paciente menstruaria já com o teste da progesterona. Na disgenesia gonadal a

paciente não apresentaria caracteres sexuais secundários normais. No tumor de hipófise teríamos outras alterações, como de PRL, TSH. Assim, resposta letra C.

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5
Q

2020 UFRJ

Paciente com 35 anos, usou contraceptivos orais combinados dos 25 aos 30 anos. Na consulta refere quadro de irregularidade menstrual que se iniciou há 2 anos. Exames laboratoriais: FSH= 82,5mUI/mL; hormônio anti-mulleriano < 0,01ng/mL. A hipótese diagnóstica mais provável, para esta paciente, é:

A) síndrome dos ovários policísticos

B) síndrome de Swyer

C) insuficiência ovariana prematura

D) amenorreia funcional pós pílula

A

Uma paciente de 35 anos, queixa-se de irregularidade menstrual há 2 anos e apresenta um FSH de 82,5mUI/ml e um HAM < 0,01ng/ml.

Nossa principal suspeita diagnóstica é uma insuficiência ovariana prematura (IOP) que aquela que acontece antes dos 40 anos. O principal exame para caracterização da IOP é a dosagem plasmática do FSH, com ponto de corte de 40 mUI/L que não é

consensual. A European Society of Embriology and Human Reproduction (ESHRE) considera um FSH maior que 25 mUI/L. Convém lembrar que devem ser obtidas dosagens em dois momentos distintos, com intervalo de pelo menos quatro semanas.

Portanto, o FSH bastante elevado fala a favor de uma insuficiência ovariana prematura, uma vez que a função ovariana está sendo mantida de forma irregular e às custas de um grande estímulo hipofisário.

O hormônio antimülleriano (HAM) avalia a reserva funcional ovariana da paciente que, nesse caso, encontra-se extremamente

baixa, confirmando a hipótese. Vale lembrar que o ponto de corte do HAM < 1,0 ng/ml equivale a uma reserva ovariana diminuída. Resposta: letra C.

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6
Q

2020 HNMD

Na investigação de amenorréia, assinale a afirmativa correta sobre o teste de progesterona oral positivo: I- Não há obstrução da drenagem do fluxo. II- Há ausência de útero. III- Há estrogênio circulante. IV- Os níveis de progesterona estão normais. V- A anovulação está descartada.

A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

B) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.

C) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

D) Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas.

E) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

A

Teste da progesterona é o seguinte: dou progesterona por 10 dias e suspendo, em até 7 dias a paciente deve menstruar. Se ela tem estímulo estrogênico adequado e a anatomia da paciente está normal (útero, endométrio ok), ela vai menstruar. Caso tenha um impedimento obstrutivo como ausência de útero, hímen imperfurado, septo vaginal transverso, ela não irá menstruar, assim

como se não tiver produção de estrogênio normal. Ou seja, ela só não menstruava porque faltava a progesterona, que a paciente não estava produzindo pois não estava ovulando.

Assim, se o teste da progesterona deu positivo, é porque não há obstrução da drenagem do fluxo, há PRESENÇA de útero, há estrogênio circulante normal mas NÃO há progesterona normal. Logo, afirmativas corretas apenas I e III, resposta letra C.

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7
Q

2020 UERJ

Paciente em amenorreia secundária é submetida ao teste de estrogênio e progesterona que não resultou em sangramento. Nesse caso, a possível causa da amenorreia é a síndrome de:

A) Asherman

B) Kallmann

C) Sheehan

D) Cushing

A
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8
Q

2020 UERJ

Paciente de 16 anos, com estatura normal e presença de pelos pubianos e axilares, refere nunca ter menstruado. Ao exame físico, identifica-se apenas o terço final da vagina. Ao exame de imagem, verifica-se útero ausente com ovários tópicos e de volume normal. O cariótipo é 46XX. A classificação desse distúrbio de disfunção sexual e a terapia mais indicada nesse caso, respectivamente, são:

A) síndrome de Swyer / orquidopexia

B) Síndrome de Klinefelter / orquidopexia.

C) Síndrome de Morris / neovaginoplastia.

D) Síndrome de Rokistansky / neovaginoplastia.

A

Uma paciente de 16 anos apresenta quadro de amenorreia primária, com genótipo e fenótipo femininos - 46 XX e ovários presentes e funcionantes. Ao exame, não foram identificados o útero nem os dois terços superiores da vagina, observando uma vagina curta. Dessa forma, temos que pensar no diagnóstico de Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser, síndrome clínica caracterizada por uma malformação dos ductos de Müller. O tratamento consiste na confecção de uma neovagina. Resposta: Letra D.

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9
Q

2020 SES - RJ

Em paciente com resultado negativo para os testes de estrogênio e progesterona, uma das causas de amenorreia é:

A) Adenoma hipofisário.

B) Sinéquia intrauterina.

C) Hipotireoidismo.

D) Anovulação.

A

A questão deseja saber qual das alternativas representa uma das causas de amenorreia em paciente com resultado negativo para os testes de estrogênio e progesterona.

A mimetização de um ciclo com estrogênio e progesterona exógenos visa examinar a resposta endometrial e avaliar a patência do trato de saída.

A falta de resposta ao ciclo artificial atesta alteração no compartimento I, ou seja, direciona para causas uterovaginais. Dentre as

apresentadas nas alternativas, apenas a sinéquia intrauterina seria compatível com um resultado negativo do teste mencionado. No entanto, convém advertir que mulheres com aderências uterovaginais podem apresentar algum grau de sangramento de privação, o que torna a avaliação da cavidade endometrial essencial na definição diagnóstica, mesmo em mulheres com teste positivo.

Resposta: letra B.

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10
Q

2020 FJG

A deficiência enzimática mais frequentemente relacionada ao pseudo-hermafroditismo feminino é da:

A) 17-alfa hidroxilase

B) 17-beta hidroxilase

C) 21-hidroxilase

D) 20-desmolase

A

A questão deseja saber qual é a deficiência enzimática que mais frequentemente se relaciona ao pseudo-hermafroditismo feminino.

O pseudo-hermafroditismo caracteriza-se pela discrepância entre o sexo gonádico e a genitália externa. Pode ser masculino ou feminino, dependendo da gônada ser testículo ou ovário, respectivamente.

No pseudo-hermafroditismo feminino, as gônadas são ovários (XX), a genitália interna é feminina, mas a genitália externa apresenta maior ou menor grau de masculinização, denotando ação androgênica. Ele geralmente resulta da hiperplasia suprarrenal congênita (HSRC) por deficiência de 21-hidroxilase – confirmada por 17-OH-progesterona elevada, maior do que 200

ng/dl e S-DHEA normal – que é a causa mais frequente de genitália ambígua no recém-nascido. O excesso de androgênios leva ao desenvolvimento de genitália ambígua.

Como a deficiência de 21-hidroxilase é responsável por mais de 90% dos casos de HSRC, ela é a que mais comumente se associa ao pseudo-hermafroditismo feminino. Resposta: letra C.

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11
Q

2020 HSJC - SP São causas de galactorreia em mulheres jovens:

A) excesso de estrogênios, hipotireoidismo, gravidez.

B) microprolactinomas, excesso de dopamina, uso de anticonvulsivantes.

C) ectasia ductal, hipoestrogenismo, uso de contraceptivos hormonais combinados.

D) uso de contraceptivos de progesterona, adenoma hipofisário, falência ovariana prematura.

A

Vamos analisar as afirmativas sobre galactorreia. Letra A: correta. O hiperestrogenismo pode levar à hiperplasia lactotrófica e o hipotireoidismo pode estar associado à

hiperprolactinemia, causando galactorreia. Na gestação, também ocorre aumento da prolactina sérica para que ocorra a amamentação.

Letra B: incorreta. Os microprolactinomas e anticonvulsivantes podem ser causa de hiperprolactinemia e galactorreia, porém o excesso de dopamina não. Lembre-se que tratamos a hiperprolactinemia com agonistas dopaminérgicos.

Letra C: incorreta. A ectasia ductal pode ser causa de galactorreia, mas o hipoestrogenismo e os contraceptivos orais não. Letra D: incorreta. A falência ovariana prematura não é causa de galactorreia. Resposta: letra A.

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12
Q

2020 UNIRIO

A paciente RPM de 25 anos recebeu o diagnóstico de malformação dos ductos genitais, sendo a mesma portadora de agenesia mulleriana ou síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser. Em relação as anomalias mullerianas marque a opção correta.

A) As mulheres com ausência congênita de colo uterino geralmente apresentam vagina normal.

B) As mulheres com agenesia mulleriana clássica apresentam vagina com 2,5 a 5 cm de profundidade, ausência de útero, colo e porção superior da vagina.

C) Em 1/3 das mulheres com agenesia mulleriana os ovários estão ausentes.

D) O útero unicorno é sempre acompanhado de corno uterino rudimentar podendo ser comunicante ou não, com endométrio funcionante ou não.

E) Tem-se defendido a reconstrução cirúrgica de útero bicorno em mulheres com vários abortamentos espontâneos e nas quais não se tenha identificado outras causas através da técnica de metroplastia de Mc Indoe.

A

»

A Síndrome de Rokitansky está relacionada com malformações dos ductos paramesonéfricos havendo ausência de útero (ou útero rudimentar), trompas e terço superior da vagina. O cariótipo é feminino (46 XX), os ovários são normais e, portanto, o

desenvolvimento sexual secundário é completo. Clinicamente é uma mulher com quadro de amenorreia primária, característica sexual secundária desenvolvida, vagina em fundo cego e ausência de útero. A malformação pode vir acompanhada de anomalia renal. Resposta: letra D.

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13
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14
Q
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15
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17
Q
A