Artroplastia do quadril Flashcards

1
Q

Quais as forças que atuam sobre o quadril?

A

↝ PESO: DO CENTRO DE GRAVIDADE DO CORPO ATÉ O CENTRO DE ROTAÇÃO DA CABEÇA
FEMORAL
↝ MUSC. ABDUTORA: BRAÇO DE ALAVANCA DA FACE LATERAL DO TROCÂNTER MAIOR AO CENTRO DA CABEÇA FEMORAL

  • ÂNGULO DOS ABDUTORES É DE 30o
  • BRAÇO DE ALAVANCA DO PESO = 2,5. BRAÇO DE ALAVANCA DOS ABDUTORES

↳ FORÇA DOS ABDUTORES = 2,5-3 X PESO CORPORAL PARA MANTER A PELVE NIVELADA - AO CAMINHAR DURANTE O APOIO MONOPODÁLICO:
↳ CARGA SOBRE A CABEÇA FEMORAL É 2,5- 3X O PESO DO CORPO (VETOR R)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual a carga do quadril?

A

APOIO MONOPODÁLICO AO ANDAR: 2,6-3,0 X PC
- LEVANTAR PESO, CORRER OU SALTAR: ATÉ 10X PC
↳ DESGASTE, SOLTURA, AFROUXAMENTO, TORÇÃO E ROMPIMENTO…

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual a classificação de DORR?

A

⇝ CLASSIFICAÇÃO DE DORR

TIPO A: “FUNIL OU TAÇA DE CHAMPANHE”
. CORTICAL ESPESSA NO AP E PERFIL
. CANAL MEDULAR ESTREITO
. JUNÇÃO METÁFISE DIÁFISE MAIS ALTA
. TÍPICO: HOMENS, JOVENS
. PERMITE BOA FIXAÇÃO COM OU SEM CIMENTO

TIPO B:
. PERDA ÓSSEA CORTICAL MEDIAL E POSTERIOR
. CANAL INTRAMEDULAR UM POUCO MAIS ALARGADO
. FORMATO DO FÊMUR NÃO É AFETADO
. FIXAÇÃO DO IMPLANTE NÃO COSTUMA SER UM PROBLEMA

TIPO C: “EM CHAMINÉ/ CILÍNDRICO”
. CORTICAIS FINAS
. CANAL MEDULAR LARGO
. JUNÇÃO METÁFISE DIÁFISE BAIXA
. MÁ QUALIDADE ÓSSEA
. TÍPICO: MULHERES MAIS VELHAS, PÓS MENOPAUSA
. CONDIÇÃO DESFAVORÁVEL PARA FIXAÇÃO DO IMPLANTE

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual a relação de transferência de estresse com a haste?

A

A TRANSFERÊNCIA DE ESTRESSE PARA O OSSO FEMORAL
↳ É DESEJÁVEL - EVITA OSTEOPENIA POR DESUSO / BLINDAGEM
↳ META: EQUILÍBRIO PARA EVITAR REABSORÇÃO
. A REABSORÇÃO GERALMENTE ESTABILIZA EM 02 ANOS
. GERA REMODELAMENTO ADAPTATIVO (LEI DE WOLFF) – PRINCIPALMENTE NOS PRIMEIROS 2 ANOS
. DEPENDE DA FORMA DO IMPLANTE, MÉTODO DE FIXAÇÃO, TAMANHO DA HASTE, MÓDULO DE ELASTICIDADE
- BAIXO MÓDULO DE ELASTICIDADE:
. ↓ CARGA SOBRE A HASTE
. ↑ CARGA SOBRE O OSSO – BOM… ESTIMULA A FORMAÇÃO ÓSSEA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a relação do diâmetro com a elasticidade?

A

SE O DIÂMETRO TRANSVERSAL FOR MUITO GRANDE → ANULA OS BENEFÍCIOS DE UM BAIXO MÓDULO DE ELASTICIDADE … HASTES COM DIÂMETROS > 13,5 MM GERAM REABSORÇÃO PROXIMAL POR AUMENTAR O MÓDULO DE ELASTICIDADE E RIGIDEZ

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais os fatores que influenciam no Stress Shielding?

A
  • SE UM MÓDULO DE ELASTICIDADE ALTO – A CARGA PASSA PELA HASTE E NÃO PELO OSSO – GERANDO O STRESS SHIELDING (OSTEOPENIA POR DESUSO)

⇝ AUMENTA A REABSORÇÃO ÓSSEA (RUIM) – (1) DIÂMETRO DA HASTE; (2) ALTO MÓDULO DE ELASTICIDADE/ RÍGIDO;

⇝ DIMINUI A REABSORÇÃO ÓSSEA (BOM) – (1) BAIXO MÓDULO DE ELASTICIDADE; (2) REVESTIMENTO POROSO; (3) DIÂMETRO MENOR DE HASTE

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual area sofre mais com stress shielding?

A

CÓRTEX MEDIAL E PROXIMAL

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual o problema de stress shielding?

A

NÃO AUMENTA COMPLICAÇÕES A MÉDIO PRAZO, PORÉM DIFICULTA REVISÃO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Em relação ao estresse, qual a relação da cimentação?

A
  • HASTES NÃO CIMENTADAS CAUSAM ESTRESSES MAIS FISIOLÓGICOS DO QUE AS CIMENTADAS
  • HASTES CILÍNDRICAS DISTALMENTE GERAM MAIOR PERDA ÓSSEA PROXIMAL (STRESS SHIELDING)
  • PACIENTES COM UMA DMO MENOR PRÉ ARTROPLASTIA TIVERAM MAIOR RISCO DE PERDA ÓSSEA PÓS ARTROPLASTIA
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Em relação a distribuição da força na região acetabular, o que o material e o tamanho interferem?

A

↳ MATERIAL

  • CÚPULA DE POLIETILENO CIMENTADA– PICO ESTRESSE NO OSSO PÉLVICO
  • CÚPULA METÁLICA REVESTIDO COM POLIETILENO – DISTRIBUEM ESSE ESTRESSE UNIFORMEMENTE
  • ESTRESSE MAIOR SE: CÚPULA DE PAREDES FINAS OU SE RETIRADO OSSO SUBCONDRAL
  • ESTRESSE MENOR SE: CÚPULA DE PAREDES ESPESSAS (> 5 MM) OU SE MANTIDO OSSO SUBCONDRAL
    … NESTE CASO: CÚPULA DE PAREDES ESPESSAS (> 5 MM) E MANUTENÇÃO DO OSSO SUBCONDRAL – MEIO TERMO MAIS ADEQUADO (REABSORÇÃO X ESTRESSE)

↳ TAMANHO – CÚPULA X ACETÁBULO PREPARADO

  • SE CÚPULA PEQUENA PARA O TAMANHO DO ACETÁBULO – ESTRESSE É TRANSFERIDO PARA HIATOS ENTRE IMPLANTE E OSSO
  • SE CÚPULA GRANDE PARA O TAMANHO DO ACETÁBULO – ESTRESSE É TRANSFERIDO PARA BORDA ACETABULAR (FRATURAS) OBS: COMPONENTES ACETABULARES NÃO CIMENTADOS NECESSITAM DO SUPORTE METÁLICO PARA A FIXAÇÃO
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais são os tipos de OFFSET?

A
  • 03 TIPOS: OFFSET VERTICAL, ANTERIOR E HORIZONTAL (TEOT)

. ALTURA (OFFSET VERTICAL)

. OFFSET MEDIAL (HORIZONTAL, OFFSET PROPRIAMENTE DITO)

. VERSÃO DO COLO FEMORAL (OFFSET ANTERIOR)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual a versão femoral?

A

. ANTEVERSÃO É IMPORTANTE PARA A ESTABILIDADE PROTÉTICA
. NORMAL DO FÊMUR: 10-15o
. É MAIS FÁCIL CONSEGUIR A VERSÃO NA PRÓTESE CIMENTADA DO QUE SEM CIMENTO (A HASTE JÁ DEVE SER INSERIDA E FRESADA NA POSIÇÃO CORRETA)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual a relação do tamanho da cabeça com ADM e luxação?

A

INTERFERE NA ADM DO QUADRIL, NO DESGASTE DO POLIETILENO E SOLTURA DO ACETÁBULO

. CABEÇAS MAIORES AUMENTAM A RELAÇÃO CABEÇA COLO

. CABEÇA MAIOR- MAIS ESTÁVEL, MENOS LUXAÇÃO

  • QUANTO MAIOR A RELAÇÃO CABEÇA COLO – MAIOR A ADM ANTES DO COLO ENTRAR EM CONTATO COM A BORDA DO ENCAIXE

. QUANDO OCORRE TAL CONTATO A CABEÇA FEMORAL É JOGADA PARA FORA DO ENCAIXE

IMPORTANTE: SALTO: É A DISTÂNCIA QUE A CABEÇA FEMORAL DEVE PERCORRER PARA ESCAPAR DA BORDA DO POLIETILENO GERALMENTE CORRESPONDE A 1⁄2 DO DIÂMETRO DA CABEÇA (TEOT)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

A partir de qual tamanho, o colo não tem interferência na ADM?

A

A PARTIR DA CABEÇA DE TAMANHO 38MM, O ÚNICO CONTATO QUE OCORRE PASSA A SER OSSO-OSSO,

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual a conformação ideal para maior ADM?

A

COLO TRAPEZOIDAL

- CABEÇA DE DIÂMETRO MAIOR POSSÍVEL COMPATÍVEL COM O ACETÁBULO - SEM SAIA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual o material das hastes cimentadas?

A

↳ MATERIAL DA HASTE: CROMO-COBALTO (MAIORIA) – ALTA RESISTÊNCIA E MÓDULO DE ELASTICIDADE MAIOR QUE REDUZ O ESTRESSE DENTRO DO MANTO PROXIMAL DE CIMENTO ↳ FORMATO: IDEALMENTE BORDA MEDIAL LARGA E BORDA LATERAL AINDA MAIS LARGA, SEM BORDAS AFIADAS (GERAM MICROFRATURAS NO CIMENTO CAUSANDO S OLTURA)
↳ UNIÃO HASTE CIMENTO- É O PONTO CHAVE PARA O SUCESSO, GRANDE MAIORIA DAS FALHAS ESTÃO ASSOCIADAS A DESCOLAMENTO E FRATURA DO MANTO DE CIMENTO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual o tamanho da haste de o manto de cimento?

A

. DEVE OCUPAR 80% DO CANAL MEDULAR TRANSVERSALMENTE

. ESPESSURA DO MANTO DE CIMENTO: 4 MM PROXIMALMENTE E 2MM DISTALMENTE

18
Q

Quais as características das hastes não cimentadas?

A

. NECESSITAM PARA QUE OCORRA FIXAÇÃO BIOLÓGICA: ESTABILIDADE MECÂNICA IMEDIATA + CONTATO ENTRE O IMPLANTE E A SUPERFÍCIE ÓSSEA . POR ISSO O FÊMUR DEVE SER PREPARADO PARA RECEBER A HASTE
↳ MATERIAL DA HASTE: MAIS COMUNS –TITÂNIO OU CROMO COBALTO– COM SUPERFÍCIES SINTERIZADAS

19
Q

Quais as vantagens do titânio?

A

. TITÂNIO – MELHOR BIOCOMPATIBILIDADE, MAIOR FORÇA E MENOR MÓDULO DE ELASTICIDADE, NO ENTANTO, MAIS RISCO DE RACHADURAS E ENTALHES - É A MAIS INDICADA

  • A SUPERFÍCIE DE REVESTIMENTO DEVE SER RESTRITA ÀS PARTES PROXIMAIS MAIS FORTES, SENDO EVITADA EM ÁREAS DE MAIOR ESTRESSE (LATERAL) - MÓDULO DE ELASTICIDADE É 1⁄2 DO MÓDULO DE CROMO COBALTO
20
Q

Qual o processo de fabricação das hastes não cimentadas?

A

↳ REVESTIMENTO DA HASTE: PODE SER POROSA OU RUGOSA
. PODE SER: JATEAMENTO, PULVERIZAÇÃO POR PLASMA, REVESTIMENTO COM HIDROXIAPATITA
. MELHORAM A FIXAÇÃO E PERMITEM O INGROWTH OU ONGROWTH ÓSSEO
. REVESTIMENTO POROSO PARTICULAR TAMBÉM EVITA QUE PARTÍCULAS ENTREM, GERANDO OSTEÓLISE NA FACE DISTAL DA HASTE
. TÂNTALO POROSO: SEMELHANÇA COM A ESTRUTURA DO OSSO ESPONJOSO – INGROWTH RÁPIDO E EXTENSIVO SOBRE ESSE TIPO DE IMPLANTE ↳ TAMANHO DO PORO ENTRE 100 E 400 MICRÔMEROS (PARA MICROESFERAS) / PROFUNDIDADE DO PORO PARA SPRAY: 3-8 MICRÔMEROS

21
Q

Fale as características do componente acetabular cimentado?

A

. APRESENTA PAREDES ESPESSAS
. SULCOS NA CÚPULA EXTERNA PARA DISTRIBUIÇÃO UNIFORME DO CIMENTO . ANEL METÁLICO
. BOM PARA ESTOQUE ÓSSEO INADEQUADO
. MAIS FALHAS OU SOLTURAS DO QUE O NÃO CIMENTADO

22
Q

Fale as características do componente acetabular não cimentado?

A

. GERALMENTE TÊM TAMANHO DE 1-2 MM MAIOR DO QUE O ACETÁBULO FRESADO PARA AUMENTAR A PRESSÃO

. FIXADO COM PARAFUSO TRANSACETABULAR QUE GERA UM MAIOR INGROWTH PERTO DO PARAFUSO INSERIDO E ESTABILIDADE ROTACIONAL NOS 1o 45 DIAS .
POSSUI UM ESCUDO METÁLICO UTILIZADO COMO UM REVESTIMENTO MODULAR QUE ENCAIXA COM O LPW (PÓSTERO-LATERAL-WALL)

. O LPW PODE TER ANGULAÇÕES DIFERENTES PARA AUMENTAR A SOBRECOBERTURA E CORRIGIR ERROS DE ANTEVERSÃO

23
Q

Qual o melhor polietileno?

A

Crosslinked
IONIZADO COM RAIO GAMA + PROCESSO DE COZIMENTO (135o) + VITAMINA E –

REDUÇÃO DE 80-90% NO DESGASTE

24
Q

Qual a relação de atrito?

A
  • METAL-CERÂMICA- ALTO (NÃO SE USA) - METAL-METAL= 0,8
  • METAL-POLIETILENO= 0,2
  • CERÂMICA-POLIETILENO= BAIXO
  • CERÂMICA- CERÂMICA= BAIXO
  • CERÂMICA- CROSSLINKED= MELHOR, PCTES JOVENS - ARTICULAÇÃO NORMAL: 0,008-0,2
25
Q

Qual o posicionamento da prótese?

A

↝ ACETÁBULO
. ANTEVERSÃO: 15-20o
. INCLINAÇÃO LATERAL: 45o (30-50o)
. SE ANTEVERSÃO ERRÔNEA – RISCO DE LUXAÇÃO
↝ FÊMUR
. IDEAL – NEUTRO, COM ÂNGULO CERVICO DIAFISÁRIO ENTRE 120-140o
. VALGO: MELHOR DO QUE VARO MEDIALIZA E DIMINUI O OFFSET
. VARO: INACEITÁVEL
SOBRECARGA NO MATERIAL E SOLTURA PRECOCE AUMENTA O OFFSET
MARCHA DE TREDELEMBURG
- CONCEITO DE DORR: ANTEVERSÃO COMBINADA FEMORAL + ACETABULAR É DE 35o

26
Q

Como fazer o templates pré operatório?

A

RX AP COM 15-20o DE ROTAÇÃO INTERNA

↝ 1o PASSO: LINHA NO NÍVEL DAS TUBEROSIDADES ESQUIAIS E PARALELA A ELAS INTERSECTANDO O TROCÂNTER MENOR DE CADA LADO -> COMPARAR OS DOIS PONTOS E VERIFICAR O ENCURTAMENTO DO MEMBRO
↝ 2o PASSO: COLOCAR O GABARITO DE SOBREPOSIÇÃO ACETABULAR: VER QUAL TAMANHO É O MAIS ADEQUADO SEM RETIRADA EXCESSIVA DO OSSO SUBCONDRAL . A POSIÇÃO MEDIAL DO GABARITO DEVE ESTAR SOBRE A “GOTA DE LÁGRIMA” E A PARTE INFERIOR NO NÍVEL DO FORAME OBTURADOR
. MARCAR O CENTRO DO COMPONENTE ACETABULAR QUE SERÁ O NOVO CENTRO DO ACETÁBULO
↝ 3o PASSO: COLOCAR O GABARITO SOBRE O FÊMUR E AVALIAR QUAL SE ENCAIXA MAIS PRECISAMENTE AO CONTORNO DO CANAL PROXIMAL . LEVAR EM CONSIDERAÇÃO A MANTA DE CIMENTO EM CASO DE CIMENTADAS
↝ 4o PASSO: ACHAR O COMPRIMENTO DE COLO IDEAL PARA RESTAURAR O OFFSET DO FÊMUR
. SE NÃO TIVER ENCURTAMENTO O CENTRO DA CABEÇA DEVE CORRESPONDER AO CENTRO DO ACETÁBULO
. SE HOUVER DISCREPÂNCIA DEVE SE ADICIONAR A DISTÂNCIA DA DISCREPÂNCIA AO CENTRO DO ACETÁBULO MARCADO ANTERIORMENTE
↝ 5o PASSO: MARCAR NO NÍVEL DE RESSECÇÃO DO COLO
↝ 6o PASSO: CONFERIR COM O LADO CONTRALATERAL CASO NÃO TENHA DEFORMIDADES

27
Q

Qual o indice de DOSSICK?

A

⇝ ÍNDICE DE DORR (DOSSICK) = (RELAÇÃO CALCAR-CANAL) DIÂMETRO DO CANAL 10 CM ABAIXO DO TROCÂNTER MENOR (A)
DIÂMETRO DO A 3 CM DO TROCÂNTER MENOR (B) - TIPO A: < 0,5 – PRÓTESE SEM CIMENTO
- TIPO B: DE 0,5 ATÉ 0,75 - INTERMEDIÁRIO
- TIPO C: > 0,75 – QUALIDADE RUIM – CIMENTADO ATENÇÃO: É O CANAL DISTAL/ PROXIMAL
ATENÇÃO – SE A DIFERENÇA DO DIÂMETRO DO CANAL NO AP
E PERFIL FOR MAIOR DO QUE 4 MM – NÃO INDICAR HASTE SEM CIMENTO CILÍNDRICA POIS HAVERÁ NECESSIDADE DE FRESAR MUITO O CANAL PARA EQUALIZAR GERANDO DOR NO PÓS OPERATÓRIO
DORR C – DE CIMENTO

28
Q

Como fazer o cimento da Prótese cimentada?

A

↝ CIMENTO: POLMETILMETACRILATO . NÃO TEM PROPRIEDADE ADESIVA
. PREENCHE ESPAÇO E CRIA UMA TRANSMISSÃO DE CARGA HOMOGÊNEA ↝ COMPLICAÇÕES/ DESVANTAGENS
- NA CIMENTAÇÃO:
. HIPOTENSÃO
. TROMBOEMBOLIA GASOSA E/OU GORDUROSA NA CIMENTAÇÃO
- PÓS OPERATÓRIA
. SOLTURA (2X MAIS FREQUENTE NO COMPONENTE ACETABULAR)
. “DOENÇA DO CIMENTO” – NA VERDADE É DOENÇA DO POLIETILENO
O POLIETILENO PRODUZ DEBRIS COM O DESGASTE QUE GERAM REAÇÃO INFLAMATÓRIA NA INTERFACE CIMENTO OSSO, EVOLUINDO COM OSTEÓLISE E SOLTURA
- BOLHAS PREJUDICAM A CIMENTAÇÃO E GERAM SOLTURA, POR ISSO A EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE CIMENTAÇÃO
- CIMENTAÇÃO DEVE SER UNIFORME: 2MM NO FÊMUR DISTAL E 4 MM NO PROXIMAL
- NO ACETÁBULO: MANTO DE CIMENTO DE 2-5 MM COM DISTRIBUIÇÃO UNIFORME, O CONTATO DO COMPONENTE DIRETAMENTE COM O OSSO FAVORECE A SOLTURA

29
Q

Quais as vantagens da prótese cimentada?

A

VANTAGEM

  • FIXAÇÃO RÍGIDA IMEDIATA
  • ADEQUADO PARA PACIENTES OSTEOPORÓTICOS (DORR C) – CRIA INTERFACE MAIS ADEQUADA E MELHOR TRANSMISSÃO DE CARGA - MÓDULO DE ELASTICIDADE DO CIMENTO APROX. MÓDULO DE ELASTICIDADE DO OSSO
  • MENOR ÍNDICE DE FRATURAS INTRAOPERATÓRIAS
  • MENOS STRESS SHIELDING
  • MENOS TIGH PAIN (DOR NA COXA PROXIMAL
30
Q

Quais as vantagens e desvantagens da prótese NÃO cimentada?

A

↝ VANTAGEM
. MENOR RISCO DE EMBOLIA (CIMENTAÇÃO TEM 93% MAIS CHANCE, MAIORIA SUBCLÍNICA) . MAIS RÁPIDA
. MENOS HIPOTENSÃO
↝ DESVANTAGEM
. RISCO DE MIGRAÇÃO DO IMPLANTE
. PARA CARGA PRECOCE, TER CERTEZA DE UM BOOM PRESSFIT . MAIS RISCO DE FRATURA INTRAOPERATÓRIA
 COMPARAÇÃO: CIMENTADA X NÃO CIMENTADA
- CONTROVERSO – CAUTELA NA ORAL
. 55 A 75 ANOS = NÃO-CIMENTADA TEM RESULTADO SUPERIOR . >75 ANOS = RESULTADOS EQUIVALENTES

31
Q

Como traçar os QUADRANTES DE WASIELEVISKY?

A

1o LINHA: EIAS, PASSANDO PELO CENTRO DO ACETÁBULO EM DIREÇÃO AO TÚBER 2o LINHA: PERPENDICULAR A PRIMEIRA SAINDO DO CENTRO DO ACETÁBULO

32
Q

Quais as estruturas em risco em cada quadrante de WASIELEVISKY?

A
  • ANTERO-SUPERIOR: VASOS ILÍACOS (EXTERNO)
  • ANTERO-INFERIOR: VASOS E N. OBTURATÓRIO
  • PÓSTERO SUPERIOR: REGIÃO DE SEGURANÇA – VASOS GLÚTEOS SUPERIORES
    (PARAFUSOS DE 30-35)
  • PÓSTERO- INFERIOR: N. CIÁTICO E VASOS GLÚTEOS (2o MELHOR- COLOCAR PARAFUSO MENOR- 20-25)
33
Q

Qual a particularidade que temos de profusão acetabular/otto-pelvis?

A

. PRIMÁRIA (OTTO PELVE): MULHER, JOVEM, BILATERAL, CAUSA DOR E LIMITAÇÃO EM UMA IDADE MAIS JOVEM . SECUNDÁRIA: ARTRITE SÉPTICA, PAGET, AR, EA, MARFAN – MAIS VELHAS
. COLOCAR CENTRO DO QUADRIL EM POSIÇÃO ANATÔMICA
. PERIFERIA INTACTA DO ACETÁBULO DEVE SER USADA COMO SUPORTE P/ COMPONENTE
. DEFEITO MEDIAL DEVE SER PREENCHIDO (DE PREFERÊNCIA COM ENXERTO)

34
Q

Qual a relação de displasia do quadril com artroplastia?

A

. QUADRIS DISPLÁSICOS TENDEM A MIGRAR CADA VEZ MAIS PROXIMALMENTE
. FORMAÇÃO DE UM NEOACETÁBULO

  • NAS CROWE TIPO 3-4 PRECISA ALONGAR MUITO O MEMBRO PARA REALIZAR A ARTROPLASTIA
    (MUITO ENCURTADO)
  • ESSE ALONGAMENTO PÕE EM RISCO - NERVO CIÁTICO (TEOT)
  • MUSCULATURA QUE MAIS IMPEDE O ALONGAMENTO: MÚSCULOS DO JARRETE E RETO FEMORAL - SOLUÇÃO: OSTEOTOMIA METAFISÁRIA DE ENCURTAMENTO DE 2-3 CM SUBTROCANTÉRICA
35
Q

Qual a classificação para displasia do quadril em relação a migração superior do fêmur?

A

↝ CLASSIFICAÇÃO DE CROWE (MIGRAÇÃO PROXIMAL DO FÊMUR)

  • NA PROJEÇÃO AP
  • RAZÃO: JUNÇÃO ENTRE A CABEÇA-COLO MEDIAL E A INTERLINHA ENTRE AS “GOTAS DE LÁGRIMA” (DO LADO ACOMETIDO) ÷ DIÂMETRO VERTICAL DA CABEÇA CONTRALATERAL CAMPBELL - SE DISPLÁSICO DOS DOIS LADOS: CONSIDERAR 20% DA ALTURA DA PELVE (ALTURA DA PELVE, LINHA VERDE PONTILHADA)
  • TIPO I – MIGRAÇÃO SUPERIOR <50%
  • TIPO II – MIGRAÇÃO PROXIMAL DE 50-75% - TIPO III – MIGRAÇÃO PROXIMAL 75-100%
  • TIPO IV – MIGRAÇÃO PROXIMAL >100%
36
Q

Quais as complicações da artroplastia do quadril?

A

->MORTALIDADE
PÓS OPERATÓRIA 0,33% PARA ATQ PRIMÁRIA E 0,84% PARA REVISÃO
. MAIOR RISCO EM: > 70 ANOS, HOMENS, COMORBIDADES PRÉ-EXISTENTES

  • > HEMATOMA
  • > OSSIFICAÇÃO HETEROTÓPICA
37
Q

Quais as características da ossificação heterotopia pros ATQ?

A
  • MAIS COMUM EM HOMENS COM OSTEOARTROSE GRAVE OU PÓS TRAUMÁTICA, PRINCIPALMENTE SE VIA ANTERIOR (1o) E ÂNTERO-LATERAL . VIA DE ACESSO ANTERIOR E ANTEROLATERAL: MAIS RISCO PARA OSSIFICAÇÃO HETEROTÓPICA DO QUE AS POSTERIORES E LATERAIS
    . MAIORIA ASSINTOMÁTICA (LIMITAÇÃO DE ADM E DOR EM III-IV, MAS, RARO)
    . SEM DIFERENÇA ENTRE CIMENTADA OU NÃO CIMENTADA
    . COMEÇA A APARECER NA 3o-4o SEMANA, MAS, O OSSO AMADURECE EM 1-2 ANOS (10%)
    . FATOR DE RISCO: SEXO MASCULINO, ARTRITE HIPERTRÓFICA, OSTEOFITOSE HIPERTRÓFICA, USO DE O2, ESPONDILITE ANQUILOSANTE, PAGET
38
Q

Qual a via mais comum para ossificação?

A

Anterior e anterolateral?

39
Q

Qual a classificação de ossificação heterotopia?

A

→CLASSIFICAÇÃO DE BROOKERS

↝ GRAU 1- ILHAS DE OSSO NOS TECIDOS MOLES

↝ GRAU 2 – OSSIFICAÇÃO NO FÊMUR PROXIMAL OU NA PELVE COM > 01 CM ENTRE AS SUPERFÍCIES

↝ GRAU 3- OSSIFICAÇÃO NO FÊMUR PROXIMAL OU NA PELVE COM < 01 CM ENTRE AS SUPERFÍCIES

↝ GRAU 4 – ANQUILOSE

→ PROFILAXIA
. INDICADO EM CASOS DE ALTO RISCO: AINES (INDOMETACINA + RADIAÇÃO PRÉ E PÓS OPERATÓRIAS DE 500 cGy

40
Q

Como impedir hematoma no pós op?

A

. FATOR MAIS IMPORTANTE PARA EVITAR: HEMOSTASIA INTRAOPERATÓRIA
. FONTES: VASOS OBTURADOR, 1 o RAMO PERFURANTE DA FEMORAL PROFUNDA NA INSERÇÃO NO GLÚTEO MÁXIMO, VASOS GLÚTEOS SUPERIORES E INFERIORES