Avaliação Pré-anestésica, Risco e Prognóstico Flashcards

1
Q

A capacidade funcional pode ser expressa em termos de equivalentes metabólicos (METs), onde 1 MET é o consumo de oxigênio basal de um homem de 40 anos e 70 kg.
Na literatura perioperatória, a capacidade funcional é classificada como excelente (… METs), boa (… METs), moderada
(… METs), pobre (… METs) ou desconhecida

A

> 10

7-10

4-6

< 4

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2
Q

O risco cardíaco perioperatório está aumentado nos pacientes com capacidade funcional menor que 4 METs nas suas atividades diárias. Exemplos de atividades associadas a capacidade funcional maior que 4 METs são …

A

subir um lance de escada e realizar tarefas domésticas pesadas

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3
Q

Os antagonistas da vitamina K podem ser revertidos com … de vitamina K intravenosa ou oral, porém o efeito se dá em 6 a 12 horas. Se for necessária reversão imediata, o
tratamento deve ser feito com …

A

2,5 a 5 mg

plasma fresco ou complexo protrombínico e uma dose de vitamina K.

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4
Q

Os usuários que abusam de álcool (definidos pela OMS como aqueles que ingerem mais de … de etanol ou o equivalente a três drinks por dia) apresentam risco aumentado de …
Além disso, o álcool piora a resposta metabólica ao estresse, a função cardíaca e a resposta imune. O risco aumenta
proporcionalmente com a quantidade de álcool ingerida.
Quando a ingestão excede …de álcool, o risco aumenta de 200 a 400%.
É preciso no mínimo … semanas de abstinência para reduzir tais riscos, mas são necessárias de … semanas para que o paciente volte ao risco normal (se não tiver lesão em órgão-alvo).

A

30 g

sangramento perioperatório e infecção da ferida

cinco doses por dia ou 60 g

quatro

8 a 12

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5
Q

Mulher de 56 anos, 70 kg e 1,73 m, está no ambulatório de anestesia e será submetida a ritidoplastia. Fez uso de terapia de reposição hormonal pós-menopausa até 30 dias atrás. O exame físico encontra-se normal, embora a paciente relate sentir-se mais cansada do que o habitual durante
caminhadas nos últimos 15 dias. A opção que melhor justifica essa queixa é:

A. Diminuição do inotropismo.
B. Hiper-reatividade brônquica.
C. Comprometimento da função diastólica.
D. Aumento da resistência vascular pulmonar

A

Resposta: A
Justificativa: A contratilidade cardíaca é mais intensa em mulheres na pré‑menopausa do que em homens da mesma idade. A suspensão da terapia de reposição hormonal pós‑menopausa levou à diminuição da contratilidade miocárdica.

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6
Q

É fator de risco para complicações respiratórias no pós-operatório:

A. PaO2 < 70 mmHg .
B. PaCO2 > 50 mmHg.
C. VEF1 < 50% do previsto.
D. Albumina sérica < 3,5 g·dL-1.

A

Resposta: D

Justificativa: As complicações pulmonares pós‑operatórias ocorrem em 5 a 10% dos
pacientes submetidos a cirurgias não torácicas e em 22% dos pacientes de alto risco.
Os fatores de risco são:
- Tabagismo (> 40 maços⋅ano−1);
- Estado físico > P2;
- Idade > 70 anos;
- DPOC;
- Cirurgias do pescoço, tórax, abdome superior, aórticas ou neurológicas;
- Cirurgias com duração prevista > 2 horas;
- Anestesia geral com intubação traqueal;
- Albumina sérica < 3,5 g⋅dL−1;
- Incapacidade de andar dois quarteirões ou subir um lance de escada;
- IMC > 30 kg⋅m−2.

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7
Q

26.3 (TSA/2015) Homem de 49 anos, 175 kg e 1,60 m, com história de trombose venosa profunda há 2 anos, será submetido à cirurgia bariátrica. A profilaxia pré-operatória contra eventos tromboembólicos deverá ser feita com:

A. Heparina fracionada 40 mg·dia-1 via subcutânea.
B. Inserção profilática de filtro na veia cava inferior.
C. Heparina não fracionada 5.000 UI via subcutânea a cada 8 h.
D. Varfarina via oral a cada 8 h com ajuste do INR entre 2,0 e 3,0.

A

Resposta: B

Justificativa: A colocação profilática de filtro da veia cava é recomendada na cirurgia
bariátrica de pacientes com história prévia de trombose venosa profunda, evidência
de estase venosa, com história de embolia pulmonar prévia ou que apresente estado
de hipercoagulabilidade

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8
Q

Qual a conduta em relação ao paciente que usa metformina e será submetido a uma cirurgia eletiva?

A

Algumas recomendações orientam
suspender a metformina 24 a 48 horas antes do início da cirurgia, por causa do risco de acidose láctica e insuficiência renal perioperatória pelo acúmulo do fármaco. Como a evidência para tal conduta é fraca e existem evidências de que a continuação perioperatória da metformina é segura, uma conduta racional é manter a metformina em todos os pacientes com período curto de jejum, função renal normal e quando não houver uso de contraste.
Por outro lado, a metformina deveria ser suspensa quando houvesse lesão renal preexistente (taxa de filtração glomerular estimada [TFGe] < 60 mL⋅min−1 ou creatinina elevada),30 uso de contraste ou risco significativo do paciente desenvolver
lesão renal aguda (LRA). Nesses casos, a suspensão deveria ocorrer no dia da cirurgia e durante as 48 horas seguintes

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9
Q

Qual a conduta em relação ao paciente que usa uma sulfonilureia e será submetido a uma cirurgia eletiva?

A

Durante o jejum, as sulfonilureias estimulam a secreção de insulina e podem levar a hipoglicemia. Por terem meia-vida
mais longa (2 a 10 horas), recomenda-se omitir a dose do dia da cirurgia – independentemente do horário do procedimento.

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10
Q

Qual a conduta em relação ao paciente que usa uma glinida e será submetido a uma cirurgia eletiva?

A

As glinidas apresentam mecanismo de ação semelhante ao das sulfonilureias e, pelo fato de terem meia-vida curta (1 hora) e pico de ação precoce, são utilizadas para o controle
da glicemia pós-prandial, sendo a hipoglicemia com esse tipo de agente menos comum. A omissão da dose no dia da cirurgia deve ocorrer nos procedimentos feitos pela manhã. Caso a cirurgia seja no período vespertino e o paciente faça uma refeição pela manhã, a dose pré-refeição pode ser utilizada

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11
Q

Qual a conduta em relação ao paciente que usa uma tiazolidinediona e será submetido a uma cirurgia eletiva?

A

Similares à metformina, as glitazonas ou tiazolidinedionas agem por meio da sensibilização periférica à insulina. Não estão associadas à acidose láctica, embora possam estar associadas à retenção hídrica e possível piora do edema e da insuficiência cardíaca no período pós-operatório.
Os consensos não sugerem a suspensão desse fármaco no perioperatório, devendo ser utilizado no dia da cirurgia, atentando-se para a possibilidade de piora do edema e descompensação cardíaca em pacientes de risco

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12
Q

Qual a conduta em relação ao paciente que usa um inibidor da alfa-glicosidase e será submetido a uma cirurgia eletiva?

A

Os inibidores da α-glicosidase inibem as enzimas oligossacaridases e dissacaridases, reduzindo a absorção de glicose
após as refeições. No dia da cirurgia, deve-se omitir a dose desses agentes nos procedimentos feitos pela manhã. Porém, caso a cirurgia seja no período vespertino e o paciente faça uma refeição pela manhã, a dose pré-refeição pode ser utilizada,30 considerando que tais substâncias não cursam com hipoglicemia e
têm meia-vida curta

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13
Q

Qual a conduta em relação ao paciente que usa um análogo do GLP1 ou um inibidor da DPP-IV e será submetido a uma cirurgia eletiva?

A

Os novos fármacos incretínicos, representados pelos análogos do GLP-1 e os inibidores da enzima DPP-IV, agem aumentando a secreção de insulina após a ingestão de glicose e reduzem a secreção de glucagon. Embora não causem hipoglicemia, podem provocar retardo no esvaziamento gástrico pelo aumento do GLP-1. Por essa razão, alguns autores sugerem sua suspensão no dia do procedimento.
Por outro lado, uma recomendação recente orienta seu uso inclusive no dia da cirurgia – independentemente do horário
do procedimento

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13
Q

Conduta em relação aos inibidores do SGLT 2 na cirurgia

A

Os inibidores da proteína cotransportadora
de glicose/sódio tipo 2 (SGLT-2), presente no túbulo contorcido proximal do néfron, por levarem à glicosúria, podem gera diurese osmótica com desidratação e hipotensão arterial, sendo esses efeitos mais comuns com o uso concomitante de diuréticos. Pela falta de experiência com essas medicações, recomenda-se omitir a dose no dia da cirurgia independentemente do horário do procedimento

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14
Q

Como manejar o paciente que faz uso de Infusão contínua subcutânea de insulina (bomba) e será submetido a uma cirguria eletiva?

A

Manter infusão basal ou reduzir 20 a 30% da dose basal se houver história de hipoglicemia frequente

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15
Q

Como manejar o paciente que faz uso de Insulina de longa duração ou basal (glargina, determir) e será submetido a uma cirguria eletiva?

A

Dia anterior:
- Aplicação matinal: manter a dose
- Aplicação noturna: manter a dose ou reduzir 20 a 30% se história de hipoglicemia durante madrugada/manhã

Dia da cirurgia:
- Aplicação matinal
- Manter a dose ou reduzir 20 a 30% se houver história de hipoglicemia frequente
- Checar glicemia na admissão

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16
Q

Como manejar o paciente que faz uso de Insulina de duração intermediária (NPH) e será submetido a uma cirguria eletiva?

A

Dia anterior
- Aplicação matinal: manter a dose
- Aplicação noturna: manter
a dose ou reduzir 20 a 30% se história de hipoglicemia durante madrugada/manhã

Dia da cirurgia
- Reduzir em 50% a dose matinal*
- Checar glicemia na admissão
- Manter inalterada a dose noturna após cirurgia (se o paciente já estiver se alimentando)

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17
Q

Como manejar o paciente que faz uso de análogos de rápida ação ou insulina
de curta ação e será submetido a uma cirguria eletiva?

A

Dia anterior
- Manter a dose

Dia da cirurgia
- Não aplicar

18
Q

A presença de neuropatia autonômica provavelmente torna o período operatório de maior risco. Um paciente diabético que
exibe sinais de neuropatia autonômica, como …, tem incidência de … elevada

A

saciedade precoce, falta de sudorese, ausência de alteração na frequência de
pulso com a inspiração ou manobras ortostáticas e impotência

isquemia miocárdica indolor

19
Q

Cite 5 cirurgias não cardíacas com alto risco cardiovascular (> 5%)

A
  • Hepatectomia
  • Cirurgia de ducto biliar
  • Perfuração intestinal
  • Esofagectomias
  • Duodenopancreatectomias
  • Cistectomia total
  • Transplante hepático
  • Transplante pulmonar
  • Pneumonectomias
  • Ressecção suprarrenal
20
Q

Cite os fatores de risco cardíaco de Lee

A
  • História de angina do peito
  • História de infarto do miocárdio
  • História de insuficiência cardíaca
  • História de acidente vascular encefálico ou ataque isquêmico transitório
  • Diabetes melito requerendo tratamento com insulina
  • Disfunção renal (creatinina sérica > 170 µmol⋅L−1 ou 2 mg⋅dL−1, ou depuração de creatinina < 60 mL−1⋅min−1⋅1,73 m−2)
21
Q

Qual o valor de 1 MET?

A

O consumo de oxigênio (VO2) de um homem de 40 anos, com 70 kg e em repouso é de 3,5 mL⋅kg−1, ou o correspondente a 1 MET

22
Q

Uma revisão sistemática avaliou o uso perioperatório de
β-bloqueadores para prevenir eventos cardíacos. Em cirurgia
não cardíaca, os β-bloqueadores diminuíram as taxas de …, mas se associaram a aumento das taxas de …

A

IAM não fatais

acidente vascular encefálico (AVE), hipotensão e bradicardia

23
Q

Quais são as recomendações quanto ao uso de betabloqueadores no pré operatório?

A
  • O medicamento deve ser mantido nos pacientes que usam β-bloqueador por outros motivos (p. ex., hipertensão, angina, insuficiência cardíaca congestiva)
  • Sua utilização deve seguir sempre as indicações clínicas
  • O uso deve ser titulado, em baixas doses e iniciado no pré-operatório (de 2-45 dias)
  • Os medicamentos estão indicados em pacientes de alto risco para doença cardíaca isquêmica, com dois ou mais fatores de Lee e submetidos a cirurgias de risco intermediário ou alto
  • Seu emprego está indicado em cirurgia vascular com dois ou mais fatores de Lee, em cirurgia vascular com alto risco para doença cardíaca, ou testes positivos para isquemia
24
Q

Quais são as recomendações para manejo do paciente com DRC dialítica que será submetido a uma cirugia?

A
  • Dialisar no dia anterior ao da cirurgia (no dia da cirurgia, a diálise deve ser feita sem heparina)
  • Caso seja realizada diálise com heparina, deve-se observar um intervalo de pelo menos 4 horas para normalizar a coagulação (se a espera não for possível, usar protamina)
  • Realizar avaliação laboratorial geral (eletrólitos, glicemia, ureia, creatinina, cálcio, fósforo, magnésio, albumina, hemograma completo e coagulação, entre outros)
  • Descontinuar inibidores da ECA e diuréticos (reiniciar no pósoperatório imediato sempre que possível)
  • Pesar o paciente (a referência é obter o peso seco do paciente antes da cirurgia)
  • Avaliar a anemia (eritropoetina)
  • Vigiar sangramentos pós-operatórios (disfunção plaquetária)
  • Em cirurgias de grande porte, evitar diálise com heparina por 24 a 48 h (risco de sangramento)
  • Avaliar a taxa de catabolismo proteico e a concentração de
    albumina
25
Q

Cite contraindicações para cirurgia eletiva em pacientes com doença hepática

A
  • Hepatite alcoólica aguda
  • Hepatite viral aguda
  • Cirrose classe C de Child
  • Insuficiência hepática fulminante
  • Hepatite crônica grave
  • Coagulopatia grave (prolongamento do tempo de protrombina > 3 segundos, independentemente da administração de vitamina K; contagem de plaquetas < 50.000/mm3)
  • Complicações extra-hepáticas graves:
    – Insuficiência renal aguda
    – Miocardiopatia, insuficiência cardíaca
    – Hipoxemia
26
Q

Foi sugerido que os pacientes com uma pontuação MELD
inferior a … podem ser submetidos à cirurgia eletiva, aqueles
com MELD entre … devem ser submetidos à cirurgia eletiva com cautela e aqueles com escore MELD … não devem
ser submetidos à cirurgia eletiva

A

10

10 e 15

> 15

27
Q

Os pacientes com icterícia obstrutiva têm risco aumentado para várias complicações perioperatórias, cite 5

A
  • Infecções
  • Úlceras de estresse
  • Coagulação intravascular disseminada
  • Deiscência de anastomose
  • Insuficiência renal
28
Q

Cite 5 cuidados que se deve ter em pacientes cirróticos que serão submetidos a cirurgia

A
  • Em pacientes com um tempo de protrombina elevado, o objetivo razoável é a correção com vitamina K e plasma fresco congelado para atingir um tempo de protrombina até três segundos acima do normal antes da cirurgia.
  • O tempo de sangramento prolongado pode ser tratado com
    desmopressina (DDAVP).
  • A otimização da técnica cirúrgica e a manutenção de baixa pressão venosa central podem reduzir a perda de sangue.
  • A ascite deve ser tratada rigorosamente para reduzir a chance de deiscência da ferida e herniação da parede abdominal.
  • As alterações eletrolíticas, em particular hipocalemia e alcalose metabólica, devem ser corrigidas, para reduzir a possibilidade de arritmias cardíacas e encefalopatia hepática.
  • Os pacientes com cirrose são, muitas, vezes desnutridos. O suporte nutricional perioperatório pode reduzir as complicações pós-operatórias e a mortalidade a curto prazo.
  • A suplementação de vitaminas lipossolúveis A, D, E e K pode ser necessária.
29
Q

Cite 5 fatores de risco relacionados ao paciente para complicações pulmonares pós-operatórias

A
  • Idade avançada (acima 60 anos)
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica
  • Estado físico (classificação da ASA)
  • Hábito de fumar
  • Morbidade cardíaca (insuficiência cardíaca congestiva)
  • Hipoalbuminemia < 3,5 g⋅dL-1
  • Dependência funcional
  • Hipercapnia: PaCO2 > 45 mmHg
30
Q

Cite 5 fatores de risco relacionados ao procedime to cirúrgico para complicações pulmonares pós-operatórias

A
  • Local da cirurgia: especialmente abdominal, torácica, neurocirúrgica, de cabeça e pescoço, vascular e de emergência
  • Técnica anestésica (anestesia geral – uso de relaxante muscular de longa duração)
  • Duração da cirurgia (acima de 3-4 h)
  • Reversão incompleta do bloqueio neuromuscular
  • Cirurgia de urgência
31
Q

Cite estratégias para redução do risco pulmonar

A
  • Parar de fumar por pelo menos 8 semanas antes da cirurgia
  • Reduzir o peso (índice de massa corporal – IMC > 27 kg⋅m−2)
  • Limitar o tempo cirúrgico para menos de 3h
  • Controlar diligentemente a dor no pós-operatório
  • Utilizar analgesia peridural sempre que possível
  • Iniciar mobilização precoce
  • Realizar recrutamento das vias aéreas
  • Realizar fisioterapia, inspiração profunda, respiração com pressão positiva intermitente, pressão positiva contínua nas via aéreas
  • Sempre que possível empregar anestesia neuroaxial
  • Prevenir tromboembolia pulmonar
  • Usar relaxantes musculares de curta duração; ao final, reverter completamente o bloqueio neuromuscular
  • Evitar sonda nasogástrica
  • Na cirurgia pulmonar, usar anestesia inalatória em vez de venosa
  • Na cirurgia bariátrica, preferir técnica laparoscópica em vez de aberta
32
Q

Indicações de Rx de tórax no pré-operatório

A
  • Pacientes tabagistas, portadores de DPOC, cardiopatas, candidatos a cirurgia torácica
  • Portadores de doença pulmonar com piora dos sintomas, ou agudização nos últimos 6 meses
  • Suspeita de infecção pulmonar ativa
  • Infecção recente em resolução
  • Extremos de idade
  • Pacientes com doença cardíaca instável
33
Q

Homem de 45 anos e 82 kg apresenta feocromocitoma e será submetido a adrenalectomia videolaparoscópica. Durante o preparo pré-operatório com o uso de fenoxibenzamina apresentou episódio de hipoglicemia. Qual é o mecanismo que explica esse efeito do fármaco?
A. Inibição da gliconeogênese.
B.) Redução da resistência insulínica.
C. Redução na liberação de glucagon.
D. Bloqueio da ação inibidora da adrenalina na secreção de insulina.

A

Resposta: D

Justificativa: A fenoxibenzamina é um bloqueador alfa‑adrenérgico não seletivo que faz ligação covalente com os receptores alfa‑adrenérgicos. O bloqueio nos
receptores alfa‑1 pós‑sinápticos é mais intenso que nos receptores alfa‑2. Os seus efeitos cardiovasculares mais importantes são os decorrentes da redução da pressão
arterial sistêmica e a possibilidade de restaurar a volemia dos pacientes tratados. Entre os efeitos não cardiovasculares, chama a atenção o impedimento da ação inibidora da adrenalina na secreção de insulina, podendo levar à hipoglicemia, principalmente nos pacientes que possuem intolerância à glicose

34
Q

Mulher de 24 anos, 78 kg e 1,65 m, G1 P0 A0, com história
de insuficiência cardíaca congestiva, fraqueza muscular proximal e lesão pulmonar restritiva à espirometria. Encaminhada para cesariana com 36 semanas de gestação. Realizada indução em sequência rápida com
fentanil, propofol e succinilcolina. Logo após a confirmação da intubação traqueal, o paciente evoluiu com dificuldade de ventilação por rigidez muscular e parada cardiorrespiratória. A causa implícita mais provável desse evento é a:
A. Miastenia gravis.
B. Distrofia miotônica.
C. Síndrome de Lambert-Eaton.
D. Distrofia muscular de Duchenne

A

Resposta: B

Justificativa: Distrofia miotônica é membro de um grupo diverso de distúrbios músculo esquelético hereditários. É geralmente agravada durante a gravidez, e está associada com insuficiência cardíaca e doença pulmonar restritiva. A administração de succinilcolina nesses pacientes pode levar a parada cardíaca hipercalêmica e espasmo muscular tão grave que a ventilação pode ser impossível. Agentes bloqueadores neuromusculares adespolarizantes não previnem ou tratam o espasmo muscular na miotonia, pois a lesão patológica é a nível da membrana muscular. Os pacientes com miastenia gravis são resistentes aos efeitos da succinilcolina, devido à
diminuição do número de receptores de acetilcolina. Duchenne é a distrofia muscular mais comum, é recessiva ligada ao sexo, afeta os homens, no entanto, as mulheres
podem apresentar sintomas da doença.

35
Q

Mulher de 32 anos, 68 kg e 1,60 m com feocromocitoma
será submetida à adrenalectomia videolaparoscópica. Vem em uso regular de prazosin com relato de hipotensão postural. Após a indução anestésica, a paciente cursa com hipotensão significativa e exantema em torso. O anestesiologista administra vasopressina venosa. A escolha
dessa medicação em oposição à adrenalina nessa situação visa limitar o risco de:
A. Edema agudo de pulmão.
B. Exacerbação da hipotensão.
C. Reações de hipersensibilidade tardia.
D. Ativação mastocitária não imunológica

A

Resposta: B

Justificativa: O prazosin é um potente bloqueador seletivo α1 adrenérgico capaz de antagonizar os efeitos vasoconstrictores da adrenalina. Seu principal efeito
adverso é a ocorrência de hipotensão postural ao antagonizar a resposta hipertensora evocada por substância agonistas α1 adrenérgicas endógenas. Da mesma forma,
os efeitos farmacológicos da administração de simpaticomiméticos α1 exógenos costumam estar atenuados ou mesmo bloqueados após o uso desta medicação.
Nestas situações, o agonismo β2 induzido pela administração exógena de adrenalina não contrabalanceado pela ação α1 agonista pode se manifestar pela ocorrência de hipotensão grave e taquicardia.

36
Q

No paciente portador de hipertensão arterial sistêmica:

A. Flutuações hemodinâmicas no perioperatório não têm
relação com a taxa de complicações pós-operatórias.
B. A normalização imediata pré-operatória da pressão arterial reduz a taxa de complicações pós-operatórias.
C. Flutuações hemodinâmicas perioperatórias ocorrem menos frequentemente entre os bem controlados que entre os não tratados.
D. Postergar a cirurgia nos indivíduos com pressão sistólica > 180 mmHg e diastólica > 110 mmHg é baseada em evidências sólidas de
literatura.

A

6 Resposta: C
Justificativa: Embora a HAS seja um preditor de morbidade pós‑operatória, os dados sobre o impacto de seu controle pré‑operatório no risco perioperatório são conflitantes. Estudos recentes mostram que a realização da cirurgia em indivíduos com sistólica > 180 mmHg e diastólica > 110mmHg sem outras morbidades cardíacas ou lesão em órgãos alvo não está associada a um aumento do risco
pós‑operatório. Até que melhores evidências surjam, o cuidado perioperatório dos pacientes portadores de HAS deve se basear em três regras gerais: (1) o paciente deve
ser educado quanto aos benefícios a longo prazo do controle da pressão arterial; (2) flutuações hemodinâmicas perioperatórias são mais frequentes entre os indivíduos
que apresentam um controle ruim da hipertensão que entre aqueles que estão bem medicados e (3) flutuações hemodinâmicas no perioperatório estão associadas a
maior morbidade cardiovascular

37
Q

No índice de Lee, quais são as cirurgias consideradas de alto risco?

A
  • cirurgia vascular suprainguinal
  • cirurgia intraperitoneal
  • cirurgia intratorácica
38
Q

Cite 7 fatores de risco pré-operatórios para a occorrência de delirium no perioperatório

A
  • Idade superior a 65 anos
  • Déficit visual ou auditivo
  • Comprometimento cognitivo preexistente
  • Doença grave (p. ex., admissão na UTI)
  • Infecção
  • Depressão
  • Abuso de álcool
  • Fratura de quadril atual
  • Insuficiência renal
  • Anemia
  • Nutrição deficiente
  • Capacidade funcional ruim
  • Mobilidade limitada
  • Lesão não intencional (p. ex., queda)
  • Polifarmácia
  • Procedimentos da aorta
  • Fragilidade
39
Q

Cite 7 fatores de risco intra e pós-operatórios para a ocorrência de delirium no perioperatório

A
  • Infecção
  • Estresse cirúrgico
  • Complicações cardiopulmonares
  • Complicações dos procedimentos
  • Controle inadequado da dor
  • Privação de sono
  • Condições adquiridas durante a internação
  • Toxicidade medicamentosa
  • Novas úlceras por pressão
  • Subnutrição
  • Uso de medicamentos controlados
  • Uso regular de mais de três medicamentos
  • Tratamentos inapropriados
  • Uso de sonda vesical
40
Q

Cite 7 preditores de dificuldade de laringoscopia direta

A
  • Abertura labial limitada
  • Protrusão mandibular limitada
  • Arcada dentária estreita
  • Distância tireomentoniana diminuída
  • Classe de Mallampati 3 ou 4
  • Complacência submandibular diminuída
  • Distância esternomentoniana diminuída
  • Extensão da cabeça e pescoço limitada
  • Aumento da circunferência do pescoço
41
Q

Cite 7 preditores de dificuldade de ventilação por máscara facial

A
  • Alto índice de massa corporal ou obesidade
  • Idade avançada
  • Sexo masculino
  • Protrusão mandibular limitada
  • Distância tireomentoniana diminuída
  • Classe de Mallampati 3 e 4
  • Presença de barba
  • Falta de dentes
  • História de roncos ou apneia obstrutiva do sono
  • História de irradiação na região cervical
42
Q

Cite 7 preditores de dificuldade de uso de dispositivos supraglóticos

A
  • Abertura bucal reduzida
  • Patologia supra ou extraglótica (hipertrofia de tonsila lingual, radiação prévia no pescoço)
  • Patologias glóticas ou subglóticas
  • Deformidade que impeça a flexão cervical
  • Aplicação de pressão cricoide
  • Sexo masculino
  • Aumento do índice de massa corporal
  • Mau estado de conservação dos dentes
  • Movimento da mesa cirúrgica
43
Q

De acordo com as diretrizes da American Heart Association
e do American College of Cardiology para avaliação cardiovascular perioperatória do paciente submetido a cirurgias não cardíacas, é considerada
cirurgia de risco cardíaco elevado:

A. Duodenopancreatectomia.
B. Enxerto ilíaco-femoral esquerdo.
C. Lobectomia pulmonar superior direita.
D. Artroplastia total do quadril esquerdo

A

Resposta: B

Justificativa: De acordo com os guidelines da American Heart Association e do American College of Cardiology para avaliação cardiovascular perioperatória em cirurgias
não cardíacas, são consideradas cirurgias de risco cardíaco:

1) elevado (mortalidade maior que 5%): as cirurgias de aorta e as cirurgias vasculares maiores e periféricas.

2) intermediário (mortalidade entre 1‑5%): cirurgias intraperitoneais, intratorácicas, endarterectomia de carótida, cabeça e pescoço, ortopédicas e de próstata.

3) baixo risco (mortalidade menor que 1%): procedimentos endoscópicos, de superfície, catarata, mama e cirurgias ambulatoriais.