Posicionamento do Paciente Flashcards
(42 cards)
A resposta cardiovascular ao cefaloaclive pronunciado (75° por 3 minutos) pode ser um indicador preciso da magnitude de uma perda sanguínea aguda. Havendo aumento da frequência cardíaca de mais de 25 batimentos por minuto (bpm) sem hipotensão/síncope, o déficit é de …
Se ocorrer síncope, a perda é de … ou mais.
A hipotensão sem elevação de
decúbito indica perda acima de …
9 a 14 mL/kg
20 mL/kg
20 mL/kg
O consumo de oxigênio
miocárdico … em pacientes acordados em cefalodeclive
aumenta
O uso de cefalodeclive como medida terapêutica da hipotensão é adequado?
De uma forma geral não, uma vez que pode ser contraproducente. O aumento do retorno venoso obtido irá elevar o DC transitoriamente; contudo, esse aumento de volume ativa os barorreceptores (arco aórtico/seio
carotídeo), podendo provocar rápida vasodilatação periférica,
deixando inalterado ou até reduzindo o DC, o que pode gerar
hipoperfusão orgânica
Em nível de circulação pulmonar, West e colaboradores1
identificaram três zonas clássicas de perfusão baseadas na relação entre as pressões arteriolar, alveolar e venular. Descreva a zona 1
A pressão alveolar excede a arteriolar e venular, não ocorrendo perfusão. Embora rara no pulmão normal, pode ser produzida por hipotensão pulmonar, excessiva pressão positiva ao final da expiração (PEEP, do inglês positive end-expiratory pressure) ou hiperdistensão alveolar (aumento do volume corrente durante ventilação com pressão positiva intermitente).
Em nível de circulação pulmonar, West e colaboradores1
identificaram três zonas clássicas de perfusão baseadas na relação entre as pressões arteriolar, alveolar e venular. Descreva a zona 2
A pressão arterial excede a alveolar, e esta, a venular; é encontrada nas áreas não dependentes do pulmão. A perfusão depende do gradiente pressórico alveoloarterial.
Em nível de circulação pulmonar, West e colaboradores1
identificaram três zonas clássicas de perfusão baseadas na relação entre as pressões arteriolar, alveolar e venular. Descreva a zona 3
A pressão venosa excede a alveolar. As forças hidrostáticas nas porções dependentes dos pulmões produzem congestão venosa. A perfusão dependerá da diferença entre arteríola e vênula.
- No decúbito dorsal, a circulação pulmonar é mais congesta no dorso do que subesternalmente.
Quando o paciente está em cefaloaclive, a zona 3 move-se
em direção às bases pulmorares, otimizando a relação ventilação/perfusão. Já no cefalodeclive, a zona 3 fica mais céfalica, nos ápices menos ventilados, intensificando a anormalidade daquela relação.
Como o decúbito ventral afeta a hemodinâmica do paciente?
Com o paciente deitado sobre a parede abdominal, a pressão de compressão das vísceras é transmitida para a superfície dorsal da cavidade, comprimindo vasos mesentéricos e paravertebrais, ingurgitando as veias espinhais.
Experiências em pacientes com cateter de Swan-Ganz antes e depois da posição prona evidenciaram diminuição no volume sistólico e no DC, embora apresentassem aumento de resistência na circulação sistêmica e na pulmonar. Assim, não se detectaram alterações na pressão arterial média, atrial direita ou capilar pulmonar
Cite alterações hemodinâmicas no cefaloaclive
O gradiente de pressão entre a cabeça e o coração aumenta linearmente em relação ao grau de elevação. A pressão de enchimento atrial diminui (D > E), o tônus simpático aumenta
e o parassimpático diminui. O sistema renina-angiotensina-
-aldosterona é ativado, e os rins retêm fluidos e eletrólitos. O
volume sanguíneo intratorácico diminui cerca de 500 mL, e a
resistência vascular pulmonar pode duplicar. A árvore arterial
contraída aumenta a resistência vascular sistêmica para manter níveis pressóricos, mas a capacitância venosa não se altera essencialmente.
Em pacientes em cefaloaclive, principalmente se portadores de patologia intracraniana, há risco de hipoperfusão cerebral. Cite uma forma de monitorar esse desfecho
A monitorização da profundidade anestésica, utilizando equipamentos que avaliem a condução elétrica cerebral, permite controle fidedigno da perfusão cerebral nessas condições. O índice da taxa de supressão é a principal referência. A supressão de surtos é definida como intervalos maiores de 0,5 segundo nos quais a voltagem do eletrencefalograma encontra-se abaixo de ± 5 µV nos
últimos 60 segundos. Assim, o normal é uma taxa de supressão igual a zero. Valores acima disso podem indicar sofrimento do tecido cerebral por hipofluxo sanguíneo
No cefalodeclive, a árvore vascular pulmonar recebe volume extra de cerca de 600 mL, forçando a porção dorsal do
pulmão a funcionar como zona …, diminuindo a capacidade vital (há uma relação inversa entre volume sanguíneo pulmonar e capacidade vital).
A complacência dessa área …, e a ventilação passiva redistribui o gás para as áreas subesternais, onde o volume sanguíneo é menor.
Para evitar distúrbios maiores na relação ventilação/perfusão em ventilação controlada, deve-se usar um volume corrente … do que na ventilação espontânea
3
diminui
maior
No paciente ereto, a distribuição da ventilação entre os pulmões é diferente, sendo de … para o pulmão direito e … para o esquerdo.
No decúbito lateral, observa-se … de 8 a 10% no volume minuto do pulmão inferior, dependente, havendo simultaneamente … da captação de oxigênio
54%
46%
um aumento
aumento
No decúbito dorsal, a redução da capacidade residual funcional chega a … e favorece o desenvolvimento de …, por um mecanismo de instabilidade da estrutura alveolar, que quase chega ao colapso
10%
atelectasia
Quais são os nervos periféricos mais comumente lesados no contexto da anestesia?
- Nervo ulnar (28%)
- Nervos do plexo braquial (20%)
- Nervos da raiz lombossacral (16%)
- Nervos da medula espinhal (13%)
Cite fatores associados ao paciente que são predisponentes para lesão de nervo periférico
- Indivíduo magro ou obeso
- Sexo masculino
- Idade avançada
- História de doença vascular, diabetes, tabagismo
- Hipotensão, hipovolemia, desidratação
- Coagulopatia ou presença de hematoma próximo do nervo
- Infecção/presença de abscesso próximo do nervo
- Neuropatia generalizada preexistente
- Predisposição hereditária
- Anomalia estrutural/anomalia congênita (p. ex., constrição na saída torácica ou sulco condilar, ou estreitamento do espaço articular)
- Hipotermia
Cite fatores associados à anestesia que são predisponentes para lesão de nervo periférico
- Lesão direta durante anestesia regional
- Proteção inadequada da posição
- Posicionamento não preconizado
Como prevenir lesões causadas no plexo braquial pelo mal posicionamento?
- Evitar alongamento ou compressão direta no pescoço ou na axila e cintas ou anteparos de ombro para apoiar a posição de Trendelenburg.
- Minimizar abdução do ombro (para menos de 90°) e
evitar rotação externa. - Evitar rotação e flexão do pescoço para o lado oposto.
- Manter a cabeça em uma posição neutra
Qual tipo de posicionamento cirúrgico está mais associado à lesão do nervo fibular comum? Cite formas de prevenir essa lesão
Litotomia ou decúbito lateral
- Utilizar acolchoamento na região lateral da fíbula superior.
- Evitar posição extrema de litotomia.
- Evitar procedimentos prolongados (> 2 horas) na posição de litotomia
CIte medidas posicionais para prevenir lesão do nervo ulnar
- Utilizar preenchimento do cotovelo e manter a supinação do antebraço.
- Evitar extensão do cotovelo e flexão extrema
Como preparar a posição supina curvada ou cadeira de gramado (praia)?
É estabelecida pelo arranjo da superfície da mesa cirúrgica para que a dobradiça tronco-coxa esteja angulada cerca de 15° e a dobradiça coxa-joelho esteja angulada de forma similar mas na direção oposta
Descreva a posição de litotomia padrão
o paciente deita em decúbito dorsal, em geral com um ou ambos os braços estendidos lateralmente em um ângulo inferior a 90° nos suportes de braço. Cada extremidade inferior é flexionada no quadril e joelho, e ambos os membros são simultaneamente elevados e separados para que o períneo se torne acessível ao cirurgião. Para
muitos procedimentos ginecológicos e urológicos, as coxas do paciente são flexionadas cerca de 90° sobre o tronco, e os joelhos são dobrados o suficiente para manter a parte inferior das pernas quase paralelas ao chão
Ao término da cirurgia, como desfazer de forma adequada a posição de litotomia
Quando as pernas estão prestes a ser abaixadas para a posição supina original no final do procedimento, elas devem primeiro ser reunidas com os joelhos e tornozelos no plano sagital e depois abaixadas lentamente e ao mesmo tempo para a mesa. Isso minimiza o estresse de torção na coluna lombar, o que ocorreria se cada perna fosse abaixada de forma independente. Isso também permite a gradual acomodação na capacitância circula
Descreva a posição de litotomia baixa e cite indicações
Para a maioria dos procedimentos urológicos e para os procedimentos que necessitam de acesso simultâneo ao abdômen e ao períneo, o grau de elevação da coxa em posição de litotomia é limitado a aproximadamente 30 a 45°. Isso reduz os gradientes de perfusão das extremidades inferiores e melhora o acesso dos membros da equipe de cirurgia ao campo perineal, os quais se posicionarão na lateral de qualquer uma das pernas
O emprego de uma variedade de coxins (p. ex., espuma ou gel) para proteção pode dispersar o ponto de pressão. Além de minimizarem a possibilidade de isquemia e compressão da pele e dos tecidos moles, também são benéficos na redução de neuropatias periféricas no período perioperatório
V ou F
F
O emprego de uma variedade de coxins (p. ex., espuma ou gel) para proteção pode dispersar o ponto de pressão. Contudo, embora minimizem a possibilidade de isquemia e compressão da pele e dos tecidos moles, há poucas evidências científicas apontando que sua utilização seja benéfica na redução de neuropatias periféricas no período perioperatório
O músculo serrátil anterior (superior direito) é
suprido exclusivamente pelo nervo … que se ramifica imediatamente de …
Emergindo nas costelas laterais e inserindo-se na superfície profunda da escápula, o músculo mantém a cintura
escapular próxima do arcabouço costal dorsal. A paralisia do referido nervo permite protrusão dorsal da escápula
torácico longo
C5, C6, C7 e, às vezes, C8