CAP 2 Flashcards
(22 cards)
Quais são os dois postulados da economia clássica?
1 - O salário é igual ao produto marginal do trabalho.
Exemplo: Se um trabalhador produz 10 unidades extras e cada unidade vale R$5, o salário dele é R$50.
2 - A utilidade do salário é igual à desutilidade marginal do trabalho.
Exemplo: Se trabalhar uma hora extra cansa muito, o trabalhador só aceita se o salário aumentar o suficiente para compensar esse cansaço.
Tipos de desemprego segundo a economia clássica:
Desemprego friccional: troca de emprego.
Desemprego voluntário: recusa de salário.
Exemplo: Pessoa que sai do emprego para procurar outro melhor (friccional); trabalhador que rejeita oferta porque acha o salário baixo (voluntário).
Qual a crítica de Keynes ao segundo postulado?
Trabalhadores reagem mais a cortes no salário nominal do que no real (ilusão monetária).
Exemplo: Salário cai de R$1000 para R$900 (nominal), trabalhador se sente prejudicado mesmo que preços caiam e poder de compra se mantenha.
Crítica à Lei de Say (Oferta cria sua própria procura)
Nem toda poupança vira investimento; demanda pode ser insuficiente.
Exemplo: Pessoas guardam dinheiro e não gastam, então fábricas vendem menos e demitem.
As Três Hipóteses Centrais da Teoria Clássica e sua fragilidade
Salário real = desutilidade marginal.
Não existe desemprego involuntário.
Oferta gera sua própria procura.
Para os clássicos como isso funciona? por que eles não se não se preocupa, com a determinação do nível de emprego ou do produto?
Para os clássicos, o nível de emprego e de produto é determinado automaticamente pelo funcionamento livre do mercado. Eles acreditam que os salários e preços se ajustam rapidamente, garantindo o pleno emprego. Por isso, não se preocupam com a determinação do nível de emprego ou do produto — consideram que a economia sempre tende ao equilíbrio natural, onde todos os recursos disponíveis são utilizados. A preocupação deles é apenas com o crescimento de longo prazo.
Por que keynes quer explicar a flutuação do emprego?
Keynes se distancia dessa abordagem porque viveu o contexto da Grande Depressão, onde havia elevado desemprego. Para ele, não era mais aceitável afirmar que os mercados, por si só, garantiam o pleno emprego. Daí seu objetivo: explicar por que a economia pode funcionar abaixo do pleno emprego.
Quais são os dois postulados da Teoria Clássica econômica
O postulado do pleno emprego dos fatores de produção
Significado: A economia tende naturalmente ao pleno emprego dos recursos, especialmente da força de trabalho.
Implicação: Se houver desemprego, ele é considerado voluntário ou transitório, pois os salários se ajustam livremente. Assim, se houver excesso de oferta de trabalho, os salários cairão até que todos estejam empregados.
- A Lei de Say (ou Lei dos Mercados)
Enunciado clássico: “A oferta cria sua própria demanda.”
Significado: Tudo o que é produzido será vendido, porque a produção gera renda suficiente para comprar todos os bens produzidos.
Implicação: Não há possibilidade de excesso generalizado de produção (ou crise de superprodução). As recessões são vistas como desequilíbrios temporários, causados por fatores externos ou imperfeições no mercado.
O que afirma a Lei de Say?
A Lei de Say afirma que “a oferta cria sua própria demanda”. Isso significa que tudo o que é produzido gera renda suficiente para comprar os próprios bens produzidos. Ou seja, não haveria excesso de produção ou crises de demanda generalizada na economia.
Como a Lei de Say vê o papel do trabalhador?
O trabalhador trabalha para consumir. Ao oferecer trabalho, ele gera produto, recebe salário e esse salário vira demanda por outros bens.
Qual a crítica à Lei de Say feita por Keynes?
Keynes disse que nem toda oferta gera demanda automaticamente. Pode haver falta de consumo, crises e desemprego, mesmo com produção disponível.
O que é produtividade marginal do trabalho (PML)?
É o quanto a produção aumenta ao contratar um trabalhador adicional.
Qual a condição para o empregador contratar alguém, segundo a teoria clássica?
O salário real pago deve ser igual à produtividade marginal gerada pelo trabalhador.
Como se comporta a curva de demanda por trabalho?
Ela é descendente: quanto maior o salário real, menor a quantidade de trabalho demandada.
O que Vigou/Pigou autor da época afirmava?
Afirmava que o desemprego era voluntário.
Para ele, o desemprego só existia porque os trabalhadores não aceitavam salários nominais menores (devido à atuação de sindicatos, acordos coletivos etc).
Assim, os salários se tornavam rígidos para baixo, impedindo o equilíbrio no mercado de trabalho.
O que significa “salário rígido para baixo”
Significa que, mesmo em crises, os salários nominais não caem facilmente por causa de sindicatos, leis ou resistência dos próprios trabalhadores.
Por que os economistas clássicos diziam que o desemprego era voluntário?
Porque achavam que os trabalhadores não aceitavam salários menores. Se aceitassem, o mercado se ajustaria e não haveria desemprego.
Qual a crítica de Keynes a essa ideia de desemprego voluntário?
Keynes argumentou que o desemprego pode ser involuntário, pois os salários não caem automaticamente e a demanda pode ser insuficiente para manter todos empregados.
Por que Keynes critica a explicação de Pigou sobre os efeitos da queda do salário real no mercado de trabalho? Dê um exemplo.
Keynes critica Pigou porque, na prática, a queda do salário real (causada por inflação com salário nominal fixo) não reduz a oferta de trabalho como a teoria clássica prevê. Mesmo com perda de poder de compra, os trabalhadores continuam oferecendo sua força de trabalho, pois precisam manter a renda e não percebem de imediato a redução real. Exemplo: um trabalhador que continua no emprego mesmo após uma inflação de 10% corroer seu salário nominal de R$ 2.000.
Fórmula importante:
Salário real = Salário nominal ÷ Nível de preços
Conclusões-chave:
A teoria clássica funciona bem na lógica e na matemática, mas falha ao descrever o mundo real.
Keynes defende que a análise clássica não dá conta do desemprego involuntário e ignora os efeitos da variação de preços reais na decisão de ofertar trabalho.
O mercado de trabalho não se ajusta automaticamente apenas com base nos salários, como dizia a escola clássica.