Carcinomas Esofágicos Flashcards

(62 cards)

1
Q

O câncer de esôfago está em qual posição das neoplasias malignas mais incidentes no Brasil?

A

Sexta posição

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2
Q

Quais os tipos histopatológicos mais comuns?

A

1) Carcinoma espinocelular (escamoso)

2) Adenocarcinoma

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3
Q

Qual o grupo mais acometido?

A

Homens >40 anos

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4
Q

Qual a proporção de incidência dos carcinomas em homens:mulheres?

A

Carcinoma espinocelular 3:1

Adenocarcinoma 15:1

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5
Q

Qual carcinoma é mais frequente em brancos?

A

Adenocarcinoma (raro em negros)

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6
Q

Qual carcinoma é mais frequente em negros?

A

Carcinoma espinocelular

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7
Q

O carcinoma espinocelular é derivado de qual epitélio?

A

Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado - escamoso (próprio do esôfago)

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8
Q

Qual a principal localização do carcinoma espinocelular?

A

Terço médio do esôfago (50%)

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9
Q

O adenocarcinoma é derivado de qual epitélio?

A

Epitélio de Barrett (metaplasia intestinal em pacientes com DRGE erosiva) - epitélio glandular

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10
Q

Quais os fatores de risco para o carcinoma espinocelular?

A

1) Tabagismo e etilismo (principais)
2) Bebidas quentes (65º)
3) Alimentos ricos em N-nitrosos (nitratos, nitrosaminas), contaminação por toxina fúngica, deficiência de selênio, zinco, molibdênio e vitaminas (vit A principalmente)
4) Acalásia, síndrome de Plummer-Vinson, estenose cáustica
5) Tilose palmar e plantar
6) Bulimia, radiação, HPV, história prévia de CA, divertículos de esôfago, doença celíaca

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11
Q

Quais os fatores de risco para o adenocarcinoma?

A

1) Presença de epitélio de Barrett (principal)
2) Tabagismo e obesidade
3) Bisfosfonados orais (alendronato) - contraindicados nos portadores de Barret

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12
Q

O etilismo é fator de risco para adenocarcinoma?

A

Não. Acredita-se que o vinho tinto possa reduzir a incidência de adenocarcinoma.

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13
Q

Quais os PRINCIPAIS fatores de risco para carcinoma espinocelular e adenocarcinoma?

A

1) CEC: tabagismo e etilismo

2) Adenocarcinoma: esofagite de refluxo com formação de epitélio de Barret

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14
Q

Quais os locais histolologicamente possíveis para formação do adenocarcinoma?

A

1) Glândulas submucosas do esôfago
2) Ilhas heterotópicas do epitélio colunar
3) Degeneração maligna do epitélio colunar metaplásico (Esôfago de Barret)

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15
Q

Carcinoma espinocelular pode ser classificado em diferentes graus de diferenciação. Quais os graus e qual o mais agressivo?

A

1) Diferenciado (75%)
2) Moderadamente diferenciado (25-75%)
3) Indiferenciado (<25%)
- O CEC indiferenciado é o mais agressivo.

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16
Q

Qual a classificação do carcinoma espinocelular quanto a localização?

A

1) Cervicais
2) Torácicos:
a. Superiores (acima da bifurcação da traqueia)
b. Médios (da carina até o ponto médio entre a carina e o hiato diafragmático)
c. Inferiores (do ponto médio ao hiato esofágico)

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17
Q

Qual a classificação utilizada para localização do adenocarcinoma?

A

Classificação de Siewert

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18
Q

Como é a classificação de Siewert?

A

1) Tumor do esôfago distal (1 cm acima da linha Z até 5 cm acima da linha Z)
2) Tumor da região da cárdia (1 cm acima da linha Z até 2 cm abaixo da linha Z)
3) Tumor subcárdico (2 cm abaixo da linha Z até 5 cm abaixo da linha Z)

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19
Q

Qual a classificação de acordo com a profundidade das lesões?

A

1) Tumores precoces: limitados à mucosa e submucosa

2) Tumores avançados: alcançam a camada muscular

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20
Q

Quais os principais sintomas nos carcinomas esofágicos?

A

1) Disfagia progressiva sólidos -> líquidos (quando obstrução >= 50%)
2) Perda ponderal importante
3) Hematêmese, melena, anemia (+ comum no AC)

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21
Q

Quais os sintomas nos estágios precoces?

A

Inespecíficos: assintomático ou sintomas de DRGE

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22
Q

Quais os sintomas nos estágios avançados?

A

1) Tosse com expectoração produtiva (fístula esôfago-brônquica e/ou aspiração)
2) Dor torácica e rouquidão (invasão dos Nn. laríngeos)

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23
Q

O que icterícia e dispneia indicam nesses pacientes?

A

Doença extremamente avançada!

1) Infiltração hepática metastática
2) Infiltração pulmonar metastática

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24
Q

Qual o exame de escolha para diagnóstico de carcinoma esofágico?

A

EDA com biópsia e escovados (citologia) da área afetada

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25
Quais exames são úteis no diagnóstico de carcinomas esofágicos?
Esofagografia baritada em análise conjunta com EDA com biópsia e escovados (citologia)
26
Pelo aspecto endoscópico, como o carcinoma esofágico pode ser classificado?
1) Polipoide exofítico (60% dos casos) 2) Escavado ou ulcerado (25% dos casos) 3) Plano ou infiltrativo (15% dos casos)
27
Qual sinal é visto pela esofagografia baritada no carcinoma esofágico?
Sinal da maçã mordida ou sinal do degrau
28
Qual a importância da ausência da serosa no esôfago nos carcinomas esofágicos?
A ausência de serosa facilita a disseminação para linfonodos regionais e para órgãos adjacentes
29
Onde ocorre a invasão dos tumores dos dois terços superiores do esôfago?
Árvore traqueobrônquica, aorta e nervo laríngeo recorrente
30
Onde ocorre a invasão dos tumores do terço inferior do esôfago?
Diafragma, pericárdio e estômago
31
Quais as metástases à distancia mais importantes nos carcinomas esofágicos?
Fígado e pulmão
32
Em qual escala se baseia o estadiamento dos tumores de esôfago?
TNM (AJCC)
33
Quais os melhores exames para o estadiamento do tumor esofágico?
USG endoscópico (T e N), TC com contraste (T, N e M), PET-Scan (metástases à distância)
34
Qual a utilidade da cromoscopia?
Avaliar se há infiltrações em lesões que aparentemente são "precoces"
35
Qual a sequência de estadiamento?
1) Diagnóstico por EDA com biópsia (precedida ou não da esofagografia baritada) 2) TC toracoabdominal (avaliação de metástases a distância) - PET-Scan pode ser realizado ou não 3) USG endoscópico (avaliação de linfonodo na ausência de metástases à distância) 4) Laparoscopia exploradora: opcional; indicado para pesquisa de carcinomatose (disseminação peritoneal)
36
O que é a classificação TNM?
T: tumor primário (invasão tecidual) N: linfonodos (número de linfonodos acometidos) M: metástase a distância
37
Quais são os parâmetros de T na classificação TNM?
TX: não pode ser avaliado T0: não há evidência de tumor primário Tis: displasia de alto grau T1 T1a: invasão da lâmina própria ou muscular da mucosa T1b: invasão da submucosa T2: invasão da muscular própria T3: invasão da adventícia (sem penetrar órgãos adjacentes) T4 T4a: tumor ressecável com invasão de pleura, pericárdio ou diafragma T4b: tumor irressecável com invasão de aorta, corpos vertebrais ou traqueia
38
Quais os parâmetros de N na classificação TNM?
``` NX: não pode ser avaliado N0: ausência de envolvimento linfonodal N1: 1-2 linfonodos acometidos N2: 3-6 linfonodos acometidos N3: >= 7 linfonodos acometidos ```
39
Quais os parâmetros de M na classificação TNM?
M0: ausência de metástases à distância M1: presença de metástase à distância
40
Qual a sobrevida em 5 anos de um paciente com carcinoma esofágico de acordo com o estadiamento final (clínico + cirúrgico)?
1) Estágio 1: 60% 2) Estágio 2: 30% 3) Estágio 3: 20% 4) Estágio 4: 4%
41
Em qual pacientes pode ser tentada a cirurgia curativa?
Pacientes com razoável estado geral (nutridos, com albumina próxima do normal), sem comorbidades preocupantes (cardiopatia, pneumopatia, hepatopatia e nefropatia), com ausência de metástase a distância (incluindo linfonodos) e ausência de um T4 irressecável (T4b)
42
Em qual pacientes pode ser tentada a ressecção endoscópica da lesão?
Pacientes no estágio T1 sem metástases (CA de esôfago precoce) com elevado risco cirúrgico
43
Qual a principal estratégia cirúrgica curativa?
Esofagectomia + linfadenectomia regional com margens de segurança de pelo menos 8 cm
44
Como deve ser feita a reconstrução do trânsito em um paciente com esofagectomia?
Sempre que possível com o estômago
45
Qual a indicação para interposição do cólon?
Pacientes com gastrectomia total ou parcial prévia ou quando o tumor alcança o estômago
46
Qual via para alimentação enteral deve ser utilizada no pós-operatório?
Jejunostomia
47
No pré-operatório, o que deve ser feito com pacientes desnutridos por disfagia?
Dilatar a estenose com implantação endoscópica de um stent esofagiano e inserir um cateter de Dobb-hoff para garantir um aporte nutricional de pelo menos 2.000kcal/dia, postergando a cirurgia até a melhora nutricional
48
Quais pacientes encontram-se em risco muito elevado de complicações pós-cirúrgicas e qual a principal complicação?
Indivíduos com perda ponderal >10% do peso habitual e pacientes com níveis séricos de albumina <3,4 g/dL. A principal complicação é deiscência de anastomoses.
49
Quais as técnicas mais utilizadas para esofagectomia pelos cirurgiões torácicos?
1) Esofagectomia transtorácica | 2) Esofagectomia trans-hiatal
50
Quais as principais complicações da esofagectomia transtorácica?
1) Deiscência de anastomose intratorácica: mediastinite, sepse grave e óbito em 50% dos casos 2) Esofagite de refluxo (remanescente esofágico)
51
Quais as principais desvantagens da esofagectomia trans-hiatal?
1) Risco de hemorragia mediastinal incontrolável no peroperatório 2) Incapacidade de realizar a ressecção completa dos linfonodos mediastínicos
52
Quais as principais vantagens da esofagectomia trans-hiatal?
1) Evita-se toracotomia 2) Evita-se anastomose intratorácica 3) Reduz chance de refluxo gastroesofágico 4) Mortalidade peroperatória menor
53
Qual a principal função da radioterapia?
Controle local do tumor
54
Qual a principal função da quimioterapia?
Controle da disseminação linfática locorregional do tumor
55
A radioterapia e quimioterapia isoladas aumentam a sobrevida do paciente?
Não.
56
A radioquimioterapia neoadjuvante aumenta a sobrevida do paciente?
Sim
57
Para quem está indicada a radioquimioterapia neoadjuvante?
Principalmente para estágios IIA, IIB e III (T3, T4, N+)
58
Qual carcinoma responde melhor à radioquimioterapia?
Carcinoma espinocelular
59
Para quem está indicada a terapia paliativa?
Pacientes com tumor irressecável
60
Como pode ser feita a terapia paliativa?
1) Dilatadores esofágicos ou stents 2) Terapia fotodinâmica 3) Radioterapia Nos casos mais difíceis ou refratários: 1) Gastrostomia ou jejunostomia podem ser necessárias
61
Quais as principais contraindicações da radioterapia?
Fístula esôfago-traqueal ou esôfago-brônquica (deve-se colocar 2 stents: no esôfago e na árvore brônquica)
62
Segundo a AJCC, qual a conduta deve ser tomada de acordo com os estágios do carcinoma?
Cirurgia: estágios I a III Radioquimioterapia: estágios 4