Caso 2 Flashcards

(64 cards)

1
Q

defina diarreia aguda

A

a mudança do hábito
intestinal caracterizada pela ocorrência de eliminação de três ou mais evacuações menos consistentes ou líquidas” por dia, com duração de até 14 dias´´

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2
Q

Alguns autores consideram como diarreia aguda prolongada aquela que apresenta duração entre X dias, podendo indicar a necessidade de investigações

A

7 e 14

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3
Q

Após 14 dias a diarreia passa a ser chamada de

A

persistente
a qual pode ser classificada em leve, moderada
e grave, exigindo cuidado especial e monitoramento dos pacientes.

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4
Q

qual definição de diarreia crônica

A

A diarreia com duração superior a 30 dias, é denominada crônica

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5
Q

quais sintomas podem ser associados a diarreia aguda

A

Pode ocorrer simultaneamente náusea,
vômitos, febre e dor abdominal, e em alguns casos a presença de muco e sangue (disenteria),
podendo ocasionar desidratação leve, moderada ou grave

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6
Q

qual a fisiopatologia da diarreia aguda
4 mecanismos

A

mecanismo osmótico, secretor, inflamatório e de alteração da motilidade. Em algumas situações, há sobreposição ou evolução sequencial desses mecanismos, podendo a diarreia apresentar mais de uma forma clínica.
Os sintomas sistêmicos são tão mais intensos quanto maior for o potencial invasivo do patógeno. Em algumas situações, os micro-organismos podem atingir a circulação sistêmica, afetando órgãos à distância, como articulações, fígado, baço e sistema nervoso central.

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7
Q

quais as principais complicações da diarreia aguda (2)

A

Desidratação e desnutrição são as principais complicações da diarreia aguda.

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8
Q

O que é a diarreia osmótica?

A

é causada por nutrientes não absorvidos no lúmen intestinal e decorrente dos seguintes mecanismos: dano intestinal (infecções entéricas), redução da superfície absortiva (doença celíaca), redução de enzima digestiva (déficit de lactase), aumento da velocidade do trânsito intestinal e sobrecarga osmolar

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9
Q

o que é a diarreia secretória?
a secreção eletrogênica é estimulada pelo o que? e resulta em que?

A

O componente secretor caracteriza-se pelo fluxo ativo de eletrólitos e água em direção ao lúmen intestinal, resultantes da inibição de absorção neutra de NaCl nos vilos dos enterócitos e de aumento da secreção de cloreto nas células das criptas.

A secreção eletrogênica é estimulada basicamente pelas enterotoxinas produzidas por bactérias patogênicas, citocinas inflamatórias e substâncias endógenas endócrinas que resultam em aumento da concentração de AMP cíclico, GMP cíclico e/ou cálcio citosólico

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10
Q

quais fatores de risco associada a diarreia aguda?

A

desnutrição, oferta inadequada de saneamento e água potável, falha nas medidas
educacionais para a saúde devem ser considerados

Episódios repetidos podem ocasionar atraso no crescimento/desenvolvimento e déficit
nutricional

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11
Q

quais medidas para o combate da diarreia aguda

A

é prioritário ter-se ampla cobertura vacinal contra o rotavírus, implementação de medidas educativas para a comunidade,
como lavagem de mãos com sabão e higiene dos
alimentos e do domicílio, disponibilização de saneamento básico, oferta de água potável, educação familiar e oferta do soro de reidratação oral
(SRO), além do estímulo à amamentação por um
período mais prolongado. Há a necessidade de
pesquisas que abordem o microbioma e o metaboloma e a associação com a diarreia aguda,
e de novas abordagens terapêuticas

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12
Q

porque o lactente pode evacuar mais e aparentar ter diarreia?

A

O lactente em aleitamento materno exclusivo
pode evacuar mais vezes ao dia, em geral, após
as mamadas, devido ao reflexo gastrocólico. As
fezes são semilíquidas e às vezes apresentam
muco em pequena quantidade. Nesses, o ganho
de peso é adequado e não possuem outros sinais
clínicos, reforçando sua benignidade. Portanto,
em aleitamento materno exclusivo, esse padrão
de evacuação não é considerado diarreia.

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13
Q

o que é a diarreia de fome?

A

A “diarreia de fome” deve ser considerada
em determinadas populações, ocorrendo eliminação de fezes amolecidas, esverdeadas, de
pequeno volume, resultando de descamação
celular e muco intestinal em pacientes desnutridos

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14
Q

Globalmente, o X é a principal causa
de diarreia aguda, sendo o agente mais frequente de diarreia grave em crianças menores de cinco anos de idade.

A

rotavírus

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15
Q

Qual esquema vacinal para o rotavírus

A

duas doses
2 e 4 meses

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16
Q

Os X são menos prevalentes.
Apesar de poder ocorrer em adultos e crianças,
os lactentes são os mais acometidos. A transmissão é pessoa a pessoa e geralmente provocam casos de diarreia aguda leve e autolimitadas

A

astrovírus

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16
Q

Os X são os principais agentes de
surtos epidêmicos de gastroenterites virais
transmitidos por água ou alimentos, ocorrendo
em todas as faixas etárias. Também podem ser
encontrados em quadros esporádicos; e 30%
das infecções são assintomáticas.

A

norovírus

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17
Q

Os X causam com mais frequência
infecção do aparelho respiratório, mas, dependendo do sorotipo podem determinar quadros
de diarreia aguda.

A

adenovírus

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18
Q

Durante a COVID-19, doença que se manifesta após infecção pelo novo coronavírus, pode
ocorrer a infecção e replicação viral nos enterócitos, levando a danos diretos no epitélio intestinal e consequente diarreia
PORQUE?

A

Os efeitos citopáticos diretos do SARS-CoV-2, disbiose intestinal
e resposta imune aberrante desencadeados pelo
vírus resultam em aumento da permeabilidade
intestinal, o que pode exacerbar os sintomas
existentes

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19
Q

Sobre o agente infeccioso Escherichia coli
enterohemorrágica
(EHEC)
1.qual caracteristica
2.quadro clínico e 3.mecanismo de produção de diarreia

A
  1. Gado é o principal
    reservatório
  2. Enterocolite, sangue sem
    leucócitos nas fezes, colite
    hemorrágica, SHU*
  3. Lesão vilositária
    Toxina shiga 1 e 2, sendo
    a última mais tóxica
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20
Q

Sobre o agente infeccioso
Escherichia coli
enteroagregativa
(EagEC)
qual caracteristica, quadro clínico e mecanismo de produção de diarreia

A
  1. Crianças e adultos
  2. Diarreia líquida
    Persistente
    Portador assintomático
  3. Ainda não
    completamente definido
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21
Q

Sobre o agente infeccioso
Campylobacter spp.
qual caracteristica, quadro clínico e mecanismo de produção de diarreia

A
  1. Lactente, aves domésticas
    fonte de contaminação
  2. Líquida ou disenteria.
    Dor abdominal, náuseas,
    vômitos, cefaleia e dores
    musculares
  3. Invasão da mucosa,
    penetração em lâmina
    própria
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22
Q

Sobre o agente infeccioso
Shigella spp
qual caracteristica, quadro clínico e mecanismo de produção de diarreia

A
  1. S. sonei mais frequente,
    sem gravidade; S. flexineri
    endêmico em país
    em desenvolvimento;
    S. dysentaerae tipo 1 toxina
    shiga. Diarreia do viajante
  2. Secretora, enterocolite,
    SHU, febre alta, dor
    abdominal intensa
  3. Acomete intestino
    delgado e grosso.
    Toxina shiga + invasão
    celular
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23
Q

Sobre o agente infeccioso
Salmonella spp
qual caracteristica, quadro clínico e mecanismo de produção de diarreia

A
  1. Mais de 2000 sorotipos,
    lactentes idosos e
    imunocomprometidos
    Animais são reservatórios
  2. Diarreia, náuseas, vômitos,
    dor abdominal, febre
    moderada
  3. Invasão de mucosa,
    Infecção sistêmica
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24
Sobre o agente infeccioso Yersinia enterocolitica qual caracteristica, quadro clínico e mecanismo de produção de diarreia
1. País de clima frio Suínos são reservatórios, ingestão de água e alimentos contaminado ou de forma direta por transfusão de sangue. Pode sobreviver em alimentos congelados acentuado tropismo pelo sistema linfático. Íleo terminal e tecido linfoide – alvos 2. Enterocolite, linfadenite mesentérica e inflamação do íleo. Pode mimetizar apendicite aguda. Pode também causar bacteremia com focos de metástases Febre, diarreia, dor abdominal. Pode ter leucócitos e mais raramente sangue 3. Invasão de mucosa
25
Sobre o agente infeccioso Aeromonas qual caracteristica, quadro clínico e mecanismo de produção de diarreia
1. Aquática. Ingestão de água e alimentos contaminados. 2. Diarreia secretora 3. Enterotoxina, citotoxina, hemolisinas e proteases
26
Sobre o agente infeccioso Plesiomonas qual caracteristica, quadro clínico e mecanismo de produção de diarreia
1. Águas não tratadas usadas para beber, lavar alimentos consumidos crus e para recreação 2. Diarreia líquida, febre, calafrios, náusea e vômitos. Casos graves – disenteria 3. Enterotoxina termolábil, aumenta a secreção do tubo digestório
27
Sobre o agente infeccioso Vibrio cholerae qual caracteristica, quadro clínico e mecanismo de produção de diarreia
1. Início abrupto 2. Vômitos e diarreia líquida semelhante a água de arroz. Levando a desidratação e até choque hipovolêmico 3. Enterotoxina termolábil, aumento da secreção do sistema digestório
28
Sobre o agente infeccioso Clostridium difficille qual caracteristica, quadro clínico e mecanismo de produção de diarreia
1. e Uso prévio de antibiótico, diarreia nosocomial 2. Diarreia líquida ou disenteria 3. Diarreia secretora, Colite pseudomembranosa
29
quais recomendações acerca dos exames laboratoriais?
*Os exames laboratoriais não são indicados nos quadros leves, mas podem ser úteis nos casos moderados de difícil abordagem ou nos quadros graves* Devem preferencialmente ser colhidos após o paciente receber volume de expansão, pois ao contrário, a hemoconcentração presente na desidratação pode levar à interpretação errônea dos resultados O leucograma pode mostrar leucocitose com desvio à esquerda. Pode ser necessária a solicitação dos seguintes exames: ionograma; gasometria; pesquisa de leucócitos, sangue, parasitos e substâncias redutoras nas fezes O diagnóstico das causas etiológicas pode ser realizado por exames parasitológicos de fezes, coprocultura e pesquisa de vírus Em casos de surto, os profissionais de saúde são orientados a solicitar à equipe de vigilância epidemiológica do município para coleta de amostras A solicitação de exames laboratoriais não é necessária como rotina para o tratamento da diarreia aguda, habitualmente autolimitada, ficando reservada para os casos de evolução atípica, grave ou arrastada, presença de sangue nas fezes, lactentes menores de 4 meses e os pacientes imunodeprimidos
30
quais as manifestações clínicas e decisão do tipo de tratamento segundo a presença ou gravidade de desidratação SEGUIR: OBSERVE (5) EXPLORE (3) DECIDA TRATE o que vê em cada?
Observe: estado geral olhos sede lágrimas boca/língua explore: Sinal da prega abdominal Pulso Perda de peso
31
quais as manifestações clínicas e decisão do tipo de tratamento segundo a presença ou gravidade de desidratação SEGUIR: OBSERVE (5) EXPLORE (3) DECIDA TRATE COMO É A MANIFESTAÇÃO NO PLANO A?
OBSERVE estado geral: ativo, alerta olhos: sem alteração sede: sem sede lágrimas: presentes boca/língua: úmida EXPLORE Sinal da prega abdominal: Desaparece imediatamente Pulso: cheio Perda de peso: sem perda Decida: SEM SINAIS DE HIDRATAÇÃO TRATE: PLANO A
32
quais as manifestações clínicas e decisão do tipo de tratamento segundo a presença ou gravidade de desidratação SEGUIR: OBSERVE (5) EXPLORE (3) DECIDA TRATE COMO É A MANIFESTAÇÃO NO PLANO B?
OBSERVE estado geral: irritado, intraquilo olhos: fundos sede: sedento, bebe rápido e avidamente lágrimas: ausentes boca/língua: seca ou levemente seca EXPLORE Sinal da prega abdominal: Desaparece lentamente Pulso: cheio Perda de peso: até 10% Decida: Se apresentar dois ou mais sinais: COM DESIDRATAÇÃO TRATE: PLANO B
33
quais as manifestações clínicas e decisão do tipo de tratamento segundo a presença ou gravidade de desidratação SEGUIR: OBSERVE (5) EXPLORE (3) DECIDA TRATE COMO É A MANIFESTAÇÃO NO PLANO C?
OBSERVE estado geral: comatoso, hipotônico, letárgico ou incosciente olhos: fundos sede: não é capaz de beber lágrimas: ausentes boca/língua: muito seca EXPLORE Sinal da prega abdominal: Desaparece muito lentamente Pulso: fraco ou ausente Perda de peso: acima de 10% Decida: Se apresentar dois ou mais sinais sendo ao menos um destacado com asterisco (*): DESIDRATAÇÃO GRAVE TRATE: PLANO C
34
Como é feito o diagnóstico da diarreia aguda?
eminentemente clínico, com história detalhada avaliando duração da diarreia, característica das fezes, número de evacuações por dia e sintomas associados (vômitos, febre, apetite, sede), história epidemiológica e patológica pregressa e medicamentos em uso. exame físico deverá ser completo, incluindo avaliação nutricional, já que a desnutrição é fator de risco para quadros mais graves e evolução para diarreia persistente. Deve-se lembrar também que a diarreia, principalmente no lactente, pode acompanhar quadros de pneumonia, otite média, infecção do trato urinário, meningite e septicemia bacteriana.
35
Qual apresentação clínica da APLV e sua característica de evacuação
ocorrem, com frequência, no primeiro ano de vida, especialmente nos primeiros 6 meses O leite, primeiro alimento introduzido na dieta do lactente, é o principal alimento responsável pelas AA nos primeiros 2 anos de vida. As caseínas e a beta-lactoglobulina são as proteínas mais envolvidas nesse processo. Suas diferenças estruturais refletem-se na história natural da doença: indivíduos com maior sensibilidade às caseínas apresentam persistência mais prolongada da alergia em relação àqueles mais sensíveis às proteínas do soro (beta-lactoglobulina, alfa-lactoalbumina, albumina sérica bovina, lactoferrina). A presença de muco e sangue provém das afecções do colo, podendo ser decorrentes de processos infecciosos, parasitários, alérgicos ou inflamatórios. DIARREIA CRÔNICA
36
Qual apresentação clínica da doença celíaca e sua característica de evacuação
As manifestações clínicas da DC são decorrentes do somatório de inflamação na mucosa intestinal, carência nutricional secundária à má absorção e resposta autoimune. A apresentação clínica mais evidente, conhecida como forma atípica, ou não clássica, ocorre em qualquer idade e se apresenta com um ou poucos sinais e/ou sintomas, que podem ser intestinais (Quadro 1), - Diarreia crônica ou intermitente - Dor abdominal crônica - Distensão abdominal - Constipação intestinal crônica refratária ao tratamento DIARREIA CRONICA: São comuns perdas proteicas na doença celíaca Fezes oleosas, claras, volumosas e de odor pútrido
37
Qual apresentação clínica da intolerância a lactose e sua característica de evacuação Qual tipo da diarreia?
DIARREIA CRÔNICA A má absorção de carboidrato mais comum é a intolerância à lactose decorrente da redução da atividade lactásica nas microvilosidades do epitélio intestinal A redução enzimática inicia-se, na maioria das vezes, a partir da faixa etária escolar, porém 20% dos casos são descritos em pré-escolares. O gene responsável pela hipolactasia se encontra no cromossomo 2(2q 21-22), e as mutações são identificadas como C/T-13910 e G/A-22018. A intolerância à lactose pode ser adquirida, relacionada às lesões da mucosa do intestino delgado secundárias às gastroenterites aguda e persistente, que determinam lesões ultraestruturais do epitélio intestinal, com redução significativa da concentração de lactase. A lactose não completamente hidrolisada é fermentada pelas bactérias colônicas, resultando na produção de ácidos orgânicos, butirato e gases voláteis. As fezes são ácidas e provocam assaduras de difícil controle em lactentes. Há, ainda, raros casos em que se constata diarreia osmolar por déficit da enzima sacarase-isomaltase, após a ingestão de sucos açucarados. Fezes líquidas, volumosas e de odor ácido são frequentes nas diarreias osmolares, por má absorção de carboidratos.
38
No que consiste o plano A? onde é realizado? 5 pontos O que se administra nessa fase?
Consiste em cinco etapas direcionadas ao paciente hidratado para *realizar no domicílio:* - Aumento da ingestão de água e outros líquidos incluindo SRO, principalmente após cada episódio de diarreia, pois dessa forma evita-se a desidratação; não utilizar refrigerantes e de preferência não adoçar chás ou sucos; - Manutenção da alimentação habitual; continuidade do aleitamento materno - Retorno do paciente ao serviço, caso não melhore em dois dias ou apresente piora da diarreia, vômitos repetidos, muita sede, recusa de alimentos, sangue nas fezes ou diminuição da diurese; - Orientação sistemática do paciente/responsável/acompanhante para reconhecer os sinais de desidratação; preparar adequadamente e administrar a SRO e praticar ações de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos); - Administração de zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias (até os 6 meses de idade 10mg/dia e em maiores de 6 meses até os 5 anos de idade 20mg/dia)
39
PLANO A Segundo a OMS é importante orientar que se houver aparecimento dos sinais de alerta apresentados no quadro 4 o paciente deve ser reavaliado na unidade de saúde QUAIS SINAIS DE ALERTA? 7
Não melhora em dois dias Aumento da frequência e/ou do volume da diarreia Vômitos repetidos Sangue nas fezes Diminuição da diurese Sede excessiva Recusa de alimentos
39
PLANO A Volume de soro de reidratação oral (SRO) a ser oferecido de acordo com a faixa etária menores de 1 ano 1 a 10 acima de 10 anos
menores de 1 ano: 50 a 100 ml 1 a 10: 100 a 200ml acima de 10 anos: o volume tolerada
40
PLANO B No que consiste? onde é realizado? 3 pontos
Consiste em três etapas direcionadas ao paciente com desidratação, porém sem gravidade, com capacidade de ingerir líquidos, que deve ser tratado com SRO na Unidade de Saúde, onde permanecerá até a reidratação completa. * Ingestão de solução de SRO, inicialmente em pequenos volumes e aumento da oferta e da frequência aos poucos. A quantidade a ser ingerida dependerá da sede do paciente, mas deve ser administrada continuamente até que desapareçam os sinais da desidratação; * Reavaliação do paciente constantemente, pois o Plano B termina quando desaparecem os sinais de desidratação, a partir de quando se deve adotar ou retornar ao Plano A; * Orientação do paciente/responsável/acompanhante para reconhecer os sinais de desidratação; preparar adequadamente e administrar a solução de SRO e praticar ações de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos).
41
PLANO B Caso após seis horas de tratamento, não houver melhora da desidratação o que fazer?
encaminhar ao hospital de referência para internação na prática considera-se prudente encaminhar se não ocorrer melhora após três a quatro horas.
42
PLANO B Se o paciente desidratado, durante o tratamento com o PLANO B, apresentar vômitos persistentes, deve-se administrar uma dose de antiemético X . Existe alerta ANVISA para não usar em Y. Avaliar cautelosamente uso em Z.
X: ondansetrona Y: gestantes Z: lactentes
43
PLANO B Dose de ondansetrona de acordo com idade e peso -6 meses a 2 anos - Maiores de 2 anos a 10 anos (até 30kg) - acima de 10 anos ( mais de 30kg e adultos)
-6 meses a 2 anos: 2mg - Maiores de 2 anos a 10 anos (até 30kg): 4mg - acima de 10 anos ( mais de 30kg e adultos) : 8mg
44
PLANO B quantos ml/kg de SRO e horas estima-se que sejam necessários
50 a 100ml/kg em quatro a seis horas
45
PLANO B qual recomendação sobre aleitamento, alimentação, e hidratação venosa
O aleitamento materno pode ser mantido, se for tolerado. A alimentação habitual deve ser reiniciada após a fase de reidratação.1 Pacientes que evoluem com piora ou não resposta ou ainda apresentam doenças graves associadas, principalmente com alteração do sensório, devem receber hidratação venosa de imediato É importante avaliar a necessidade de adequações nutricionais para os pacientes desnutridos moderados e graves.
46
PLANO B Se existir dúvida quanto à classificação do paciente entre PLANO B ou PLANO C, deve-se
considerar o pior cenário, estando indicado o PLANO C
47
PLANO B o que fazer se o paciente continuar desidratado com pouca tolerância à reidratação oral
a sonda nasogástrica (gastróclise) pode ser utilizada. Se o paciente evoluir para desidratação grave, deve-se seguir para o Plano C
48
PLANO C quando está indicado? como o diagnóstico é realizado? diagnóstico é realizado pela presença de pelo menos dois dos seguintes sinais, sendo ao menos um destacado com asterisco:
Está indicado nos quadros de desidratação grave, com perda de peso maior que 10%. O diagnóstico é realizado pela presença de pelo menos dois dos seguintes sinais, sendo ao menos um destacado com asterisco: sinais de coma*, hipotonia*, letargia* ou inconsciência*; olhos fundos; incapacidade de ingerir líquidos; lágrimas ausentes; boca muito seca; sinal da prega abdominal desaparece muito lentamente (mais que dois segundos); pulsos periféricos fracos ou ausentes*.
49
PLANO C O Plano C consiste em duas fases de reidratação endovenosa destinada ao paciente com desidratação grave. Nessa situação o paciente deverá ser transferido o mais rapidamente possível. Os primeiros cuidados na unidade de saúde são importantíssimos e já devem ser efetuados à medida que o paciente seja encaminhado ao serviço hospitalar de saúde QUAIS ETAPAS? 5
- Realizar reidratação endovenosa no serviço saúde (fases rápida e de manutenção); - O paciente deve ser reavaliado após duas horas, se persistirem os sinais de choque, repetir - a prescrição; caso contrário, iniciar balanço hídrico com as mesmas soluções preconizadas; - Administrar por via oral a solução de SRO em doses pequenas e frequentes, tão logo o paciente aceite. Isso acelera a sua recuperação e reduz drasticamente o risco de complicações; - Suspender a hidratação endovenosa quando o paciente estiver hidratado, com boa tolerância à solução de SRO e sem vômitos.
50
PLANO C volume a ser administrado nos pacientes do plano C na fase de expansão de acordo com a faixa etária - menores de 1 ano - acima de 1 ano -recem nascidos e menores de cinco anos com cardiopatia grave
- menores de 1 ano: primeira etapa 30ml/kg em 1h e segunda etapa 70ml/kg em 5h - acima de 1 ano: 30ml/kg em 30 min e 70 ml/kg em 2,5h -recem nascidos e menores de cinco anos com cardiopatia grave: 10ml/kg e avaliar parametros clinicos para adequar velocidade de infusão
51
PLANO C Após a desidratação ser corrigida, a fase de manutenção pode ser orientada solução / volume (até 10kg, 10 a 20kg, acima de 20kg) ver tabela pra entender
Soro glicosado a 5% + SF0,9 proporção 4:1 (manutenção) VOLUME : até 10kg: 100ml/kg 10 a 20kg: 1000ml + 50ml/kg de peso que exceder 10kg acima de 20kg: 1500ml + 20 ml/kg de peso que exceder 20kg (max 2000ml) + soro glicosado a 5% + SF0,9 na proporção de 1:1 volume: iniciar com 50ml/kg/dia reavaliar esta quantidade de acordo com as perdas do paciente KCL a 10% volume: 2ml para cada 100ml de solução da fase de manutenção
52
PLANO C A reidratação por X com SRO deve ser iniciada quando o paciente for capaz de ingerir líquidos, geralmente Y após o início da reidratação endovenosa, concomitantemente ao soro venoso
X: via oral Y: duas a três horas
53
PLANO C quando deve ser interrompida a reidratação por via endovenosa?
A reidratação por via endovenosa deve ser interrompida quando o paciente for capaz de ingerir o SRO em quantidade suficiente para se manter hidratado
54
PLANO C O volume e consistência das fezes deve ser avaliado e o paciente observado por pelo menos X, com reavaliações quanto ao estado de hidratação
seis horas
55
PLANO C quais recomendações acerca de alimentação e aleitamento? o que fazer se o paciente estiver com a temperatura de 39 graus ou mais
A alimentação e o aleitamento podem ser reintroduzidos quando houver melhora da desidratação com o paciente hemodinamicamente estável Se o paciente estiver com a temperatura de 39°C ou mais, além do quadro diarreico, investigar e tratar outras possíveis causas, por exemplo,pneumonia, otite, amigdalite, faringite, infecção urinária.
56
PLANO C (na real em relacao a diarreia persistente) quando encaminhar para unidade hospitalar ou especialista?
Se a diarreia persistir por mais de 14 dias e a criança for menor de seis meses de idade ou apresentar sinais de desidratação (hidratar primeiro), é necessário encaminhar para uma unidade hospitalar ou para um especialista (pediatra ou gastroenterologista pediátrico).
57
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO qual recomendação para antipireticos antiemeticos antibioticos
Antipiréticos: estão indicados nos casos de febre e dor (dipirona ou paracetamol) Antiemético: Apenas deve ser usado se o paciente apresentar vômitos persistentes. Antibióticos: Devem ser usados somente para casos de diarreia com sangue (disenteria) e comprometimento do estado geral ou em caso de cólera grave. Em outras condições, os antibióticos são ineficazes, causam resistência antimicrobiana e, portanto, não devem ser prescritos
58
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO - antibioticoterapia quais medicamentos indicados para até 10 anos/30kg (2) > 10 anos/ > 30kg (3)
até 10 anos/ 30kg: azitromicina(oral) e cefrioxona (IM) > 10 anos/> 30kg: ciprofloxacino, ceftrioxona e cefotaxima
59
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO qual recomendação para antiparasitários:
Devem ser usados somente para: amebíase, quando o tratamento de disenteria por Shigella sp fracassar, ou em casos em que se identificam nas fezes trofozoítos de Entamoeba histolytica englobando hemácias: metronidazol 50mg/kg/dia 3x/dia por 10 dias. Giardíase, quando a diarreia durar 14 dias ou mais, se forem identificados cistos ou trofozoítos nas fezes ou no aspirado intestinal: metronidazol 15 mg/kg/dia 3x/dia por cinco dias.
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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO quais vitaminas e minerais recomendados (2)
***Zinco*** está indicado para crianças menores de cinco anos de idade, como foi descrito no PLANO A *Vitamina A* reduz mortalidade e internações em populações com alto risco de deficiência, por exemplo desnutridos. A dose é variável de acordo com o quadro nutricional do paciente, mas em geral é de 50.000 UI em lactentes menores de seis meses de idade; 100.000 UI em lactentes de seis a 12 meses; 200.000 U em crianças maiores.
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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Qual recomendação acerca de antissecretor
é considerada como uma possibilidade de tratamento coadjuvante pela Sociedade Europeia de Gastroenterologia Pediátrica Hepatologia e Nutrição (ESPGHAN) e pela diretriz Iberoamericana no tratamento da diarreia aguda MAS O MS não menciona antissecretórios no seu plano de tratamento.
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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO qual recomendações acerca de probioticos?
Três cepas e uma mistura de duas cepas foram recomendadas no tratamento da diarreia aguda de acordo com a ESPGHAN 2022 e 2023: Saccharomyces boulardii cepa específica CNCM I-745: na dose de 250–750mg/dia, por 5 a 7 dias, Lacticaseibacillus rhamnosus GG ATCC53103: na dose de ≥1010 unidades formadoras de colônia (UFC) /dia, por 5 a 7 dias; Limosilactobacillus reuteri DSM 17938: doses diárias 1×108 a 4×108 UFC, por 5 a 7 dias; L. rhamnosus 19070-2 & L. reuteri DSM 12246: dose de 106 UFC de cada cepa duas vezes ao dia por 5 dias. As cepas testadas reduzem, em média, um dia da duração de diarreia.