CIR 6: CA PULMÃO, TIREOIDE, PRÓSTATA E BEXIGA Flashcards

(49 cards)

1
Q

O que é o nódulo pulmonar solitário?

A

Lesão assintomática no Raio x com até 3 cm (se maior: massa)

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Q

Qual a conduta no nódulo pulmonar solitário benigno?

A

Raio x, TC, PET de 3-6 meses por 2 anos.

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3
Q

Quais são os fatores de risco para nódulo pulmonar solitário maligno e qual a conduta nesse caso?

A

Tabagismo, ≥ 35 anos, > 2cm (>0,8cm), crescimento em dois anos, calcificação e forma

Conduta: biópsia ou ressecção

  • Calcificação padrão salpicado/excêntrico: maligno
  • Calcificação padrão pipoca/hamartomatosa: benigno
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4
Q

Carcinoma broncogênico

Cite os principais subtipos dos não pequena células e suas características:

A
  • Adenocarcinoma: mais comum. Paciente atípico: não fumante, jovem, mulheres. PERIFÉRICO: derrame pleural.

Bronquioloalveolar: variante do adenocarcinoma. Bem diferenciado, melhor prognóstico. TC imagem em vidro fosco.

  • Epidermoide: 2ª mais comum. Paciente típico: idoso, fumante. CENTRAL: cavitação.
  • Grandes células: PERIFÉRICO.
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5
Q

Carcinoma broncogênico

Cite os características do tipo de pequenas células (oat-cell):

A

Mais agressivo. CENTRAL.

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6
Q

Clínica do carcinoma broncogênico:

A
  • Tosse, hemoptise, dispneia, dor torácica.
  • Síndromes compressivas: Síndrome de Pancoast e Síndrome da veia cava superior.
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7
Q

Descreva a síndrome de Pancoast e cite em qual tipo histológico ela é mais comum.

A

Epidermoide.

  • Dor torácica
  • Compressão do plexo braquial (dor ombro e face ulnar do braço)
  • Síndrome de Honer: ptose, miose e anidrose.
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8
Q

Descreva a Síndrome da Veia Cava Superior e cite em qual tipo histológico ela é mais comum.

A

Oat Cell.

  • Edema de face e pletora
  • Turgência de jugular
  • Varizes no tórax e MMSS
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9
Q

Quais são as síndromes paraneoplásicas associadas ao câncer de pulmão?

A
  • Epidermoide: Hipercalcemia (peptídeo PTH like)
  • Adenocarcinoma: Osteoatropatia pulmonar hipertrófica
  • Oat-Cell: Síndrome de Cushing (ACTH ectópico), SIADH, Síndrome de Eaton-Lambert (miastênica)
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10
Q

Como é realizado o diagnóstico do carcinoma broncogênico?

A

O diagnóstico é histológico.

  • Periférico:

Biópsia percutânea (core biópsia)

Toracotomia ou videotoracoscopia(VATS)

  • Central: Broncoscopia; USG endoscópica; escarro
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11
Q

Como é realizado o rastreio de câncer de pulmão:

A

Não é consenso.

  • Se feito: TC anual
  • Tabagistas entre 55-80 anos (74 anos) - Interromper após 15 anos sem doença
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12
Q

Descreva o estadiamento T do câncer não pequenas células:

A

T1: ≤3cm (nódulo pulmonar solitário)

T2: ≤5cm, ou invadindo brônquio fonte

T3: 5 a ≤7cm ou invadindo pleura/pericárdico parietal, parede torácica/nervo frênico ou nódulo satélite no mesmo lobo

T4: > 7cm ou estrutura adjacente (coração, traqueia, esofago) ou nódulo satélite ipsilateral em lobo diferente

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13
Q

Descreva o estadiamento N do câncer não pequenas células:

A

N1: Hilares

N2: Mediastinais do mesmo lado da lesão

N3: Contralaterais ou supraclaviculares

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14
Q

Descreva o estadiamento M do câncer não pequenas células:

A

M1a: derrame pleural/pericárdico ou nódulo satélite em pulmão contralateral

M1b: único órgão (osso, cérebro)

M1c: em mais de um órgão

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15
Q

Qual o tratamento do câncer de não pequenas células?

A
  • Ia (NPS): ressecção
  • Ib ou II: ressecção + QT
  • IIIA:

Se ressecável: ressecção + QT

Se irressecável: QT + RT

  • IIIB: QT + RT
  • IV: QT paliativa
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16
Q

Descreva o estadiamento e o tratamento do câncer de pequenas células (oat cell):

A
  • Limitado (1 hemitórax): QT + RT
  • Extenso (bilateral): QT paliativa
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17
Q
  1. Quais são os cânceres de tireoide bem diferenciados?
  2. Quais são cânceres de tireoide pouco diferenciados?
A
  1. Papilífero e folicular. São os mais comuns, mulher jovem, bom prognóstico. OBS: os 2 se desenvolvem nas células foliculares
  2. Medular e anaplásico. Pior prognóstico.
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18
Q

Quais são as características gerais do carcinoma papilífero?

A
  • Mais comum, mulher, 20-40anos.
  • Excelente prognóstico.
  • Disseminação linfática
  • Fator de risco: irradiação, onco RAS.
  • Corpos psamomatosos.
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19
Q

Quais são as características gerais do carcinoma folicular?

A
  • 2ª mais comum, mulher, 40-60anos
  • Bom prognóstico
  • Disseminação hematogênica
  • Fator de risco: carência de IODO
  • Aumento de células foliculares
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20
Q
  1. Como é realizado o diagnóstico do carcinoma papilífero?
  2. Como é realizado o diagnóstico do carcinoma folicular?
A
  1. PAAF
  2. Histopatológico
21
Q

Como é realizado o tratamento do carcinoma papilífero?

A
  • < 1cm: tireoidectomia parcial
  • ≥ 1 cm: tireoidectomia total

Se < 15 anos ou história de radiação: tireoidectomia total

22
Q

Como é realizado o tratamento do carcinoma folicular?

A
  • ≤ 2 cm: tireoidectomia parcial

Se adenoma: OK / Se câncer: totalizar

  • > 2 cm: tireoidectomia total
23
Q

Como é realizado do seguimento no carcinoma papilífero e folicular?

A
  • Supressão TSH: Levotiroxina
  • USG 6 meses
  • Tireoglobulina > 1-2ng/dl ou cintilografia positiva: ablação com 131i
24
Q

Carcinoma medular da tireoide (CMT)

  1. Origem:
  2. Marcador:
  3. Diagnóstico:
A
  1. Células C ou parafoliculares
  2. Calcitonina
  3. PAAF
25
Quais são as formas de apresentação do **Carcinoma Medular da Tireoide (CMT)?**
* _Esporádico_ (80%) * _Familiar_ (20%): Associação com a NEM 2 NEM 2A: CMT + Feo + Hiperpara NEM 2B: CMT + Feo + Neuromas
26
**Carcinoma medular da tireoide (CMT)** 1. Proto oncogene presente: 2. Tratamento: 3. Seguimento:
1. Proto Oncogene RET: pesquisar em parentes de 1ª grau, se positivo realizar tireoidectomia profilática 2. Tireoidectomia + linfadenectomia 3. Calcitonina
27
**Carcinoma anaplásico ou indiferenciado da tireoide:** 1. Características gerais: 2. Diagnóstico: 3. Tratamento:
1. PIOR prognóstico, mais raro e agressivo, acomete idosos, pessoas com deficiência de iodo. 2. PAAF 3. Traqueostomia + QT/RT
28
O que é o **carcinoma de células de Hurthle** e qual seu tratamento?
* Variante mais agressiva e menos diferenciada do folicular * Grande tamanho e citoplasma eosinofílico e granular (oncócitos) * Tratamento: tireoidectomia total + linfadenectomia
29
Qual a conduta diante de um **nódulo de tireoide**?
* 1ª passo: anamnese + exame físico * 2ª passo: TSH _TSH SUPRIMIDO:_ Cintilografia ➡️ Quente ➡️ Adenoma tóxico (Cirurgia/ablação). **/** Se frio ➡️ USG _TSH NORMAL:_ USG ➡️ Se \< 1cm: acompanha **/** Se ≥ 1 cm ou suspeito: PAAF
30
Quais são as características que indicam nódulo de tireoide **suspeito**?
\< 30 ou \> 60 anos, irradiação, história familiar positiva, rouquidão, crescimento, USG: Chamas IV e V, microcalcificações.
31
Qual é a classificação da PAAF para nódulos tireoidianos e a conduta de acordo com a classificação?
Classificação de **Bethesda** 1. _Insatisfatória:_ PAAF 2. _Benigno:_ Seguimento 3. _Atipia indeterminada:_ PAAF [3 E 4: ANÁLISE GENÉTICA] 4. _Folicular:_ Cirurgia 5. _Suspeito:_ Cirurgia 6. _Maligno:_ Cirurgia
32
**Hiperplasia Prostática Benigna** 1. Etiologia: 2. Localização mais comum:
1. Não é totalmente esclarecida, porém com o envelhecimento aumentam os receptores de androgênio. 2. Zona de transição
33
Qual a fisiopatogenia da **Hiperplasia Prostática Benigna**?
Obstrução Uretral: * Componente estático/mecânico * Componente dinâmico/funcional (maior tônus do músculo liso -\> receptores alfa 1) ⬇️ Hipertrofia do detrusor: menor capacidade de armazenamento
34
Qual o quadro clínico da **HPB**?
* **Sintomas obstrutivos:** jato fraco/intermitente, hesitação, esvaziamento incompleto.. * **Sintomas irritativos** (armazenamento bexiga): noctúria, incontinência urinária, urgência miccional..
35
Como escolher o tratamento adequado para pacientes com HPB?
Baseado nos sintomas: escore de IPSS - International Prostate Symptom Score * IPSS \< 8 (leve): acompanhamento regular * IPSS ≥ 8 (moderado/grave): tratar
36
Quais são os tratamentos **medicamentosos** para IPB?
* **Alfa-bloqueador:** tansulosina, doxazosina (melhor para sintomas irritativos; efeito rápido) * **Inibidor 5-alfa redutase:** finasterina, dutasterida (bom se sintomas obstrutivos -\> próstata volumosa; efeito demorado) * **Anticolinérgicos:** oxibutina, tolterodina (para sintomas graves de armazenamento)
37
Qual o tratamento cirúrgico para **HPB** e qual sua indicação?
**Indicação:** não responsivos ou complicações (retenção, hidronefrose, IRA) Transuretral - _RTU_ ou aberta _RTU ➡️_ Solução hipotônica: complicação hiponatremia sintomática
38
**Câncer de próstata** 1. Qual o principal tipo histológico? 2. Quais são os fatores de risco?
1. Adenocarcinoma (CA próstata é o tumor maligno mais comum no Brasil) 2. Idade aumentada, HF, negros, dieta gordurosa, carnes vermelhas defumadas
39
**Câncer de próstata** 1. Clínica: 2. Diagnóstico:
1. Maioria assintomático (periférico) ; Se doença avançada: sintomas irritativos, sintomas obstrutivos, metástase óssea -\> dor. 2. Histopatológico
40
Como é realizado o rastreio no **câncer de próstata**?
Não é consenso. Fazer se \> 50 anos (negros ou HF positiva: \> 45 anos) * Toque real: nodulações, irregularidades, endurecimento, * PSA
41
Quando indicar a **USG transretal** com biópsia?
* Toque positivo * PSA \> 4ng/ml (\>2,5ng/ml se \< 60 anos) * PSA entre 2,5 e 4ng/ml em \> 60 anos: refinamento Velocidade \> 0,75 ng/ml/ano Densidade \>15 -\> afastar HBP Fração livre \< 25%
42
Qual o tratamento no câncer de próstata para **doença localizada**?
* Prostatectomia radical * Radioterapia * Vigilância ➡️ PSA \< 10ng/ml e Gleason ≤6
43
Descreva o **Escore de Gleason**:
Soma das duas histologias mais frequentes. **1** (mais diferenciado) ➡️ **5** (indiferenciado) * **≤6:** diferenciado (baixo risco) * **7:** intermediário (médio risco) * **8-10:** indiferenciado (alto risco)
44
Qual o tratamento do câncer de próstata na **doença metastática**?
* Privação androgênica (castração) Cirúrgica: orquiectomia bilateral Química: análogos GnRH (Leuprolide, Goserelina)
45
**Câncer de Bexiga/Tumor urotelial** 1. Tipo histológico mais comum: 2. Fatores de risco:
1. Carcinoma de células transicionais 2. Tabagismo, sexo masculino, \> 40 anos, exposição da hidrocarbonetos (pintor, frentista, sapateiro)
46
**Câncer de Bexiga/Tumor urotelial** 1. Clínica: 2. Diagnóstico:
1. HEMATÚRIA ( \> 40 anos + hematúria = investigação ) 2. Citologia e Cistoscopia com biópsia (retirar músculo adjacente)
47
Qual o tratamento do **câncer de bexiga** quando não há invasão da camada muscular?
Sem invasão = superficial (T1N0M0) * RTU-B + seguimento 3/3 meses * Adjuvância com BCG intravesical se risco alto ou intermediário (recorrência, grandes, multifocais (\>40%), T1, \> 3cm
48
Qual o tratamento do **câncer de bexiga** quando há invasão da camada muscular?
Invasivo: ≥ T2 * QT neo: 3 ciclos * Cirurgia radical: cistectomia + linfadenectomia * QT ajd: 3 ciclos
49
Qual o tratamento do câncer de bexiga quando há **metástase**?
Tentar remissão completa. * QT +/- Ressecção da doença residual