CIRURGIA Flashcards

(767 cards)

1
Q

5V ou F
Os traumas penetrantes costumam produzir herniações diafragmáticas maiores que os traumas fechados.

A

FALSO
O contrário, traumas fechados de alta energia costumam produzir lesões maiores, enquanto nos traumas penetrantes as lesões serão equivalentes ao diâmetro do objeto.

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2
Q

Membro encurtado com rotação lateral sugere…

A

Fratura de fêmur.

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3
Q

Paciente com disfagia + massa compressiva pulsátil na parede posterior do esôfago, pensar em…

A

Artéria subclávia direita aberrante levando a disfagia lusória.

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4
Q

Principal distúrbio motor secundário do esôfago

A

Acometimento esofágico relacionado à esclerose sistêmica.

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5
Q

Úlcera de Cameron

A

Erosões ou úlceras (sangrantes) dispostas sobre as pregas da mucosa gástrica ao nível do hiato diafragmático, em doentes com hérnias do hiato volumosas.

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6
Q

Aneurisma periférico mais comum

A

Aneurismas de poplítea.

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7
Q

Massa poplitea hiperpulsátil

A

Aneurisma de poplítea.

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8
Q

Principal complicação do aneurisma de poplítea

A

Trombose e ateroembolismo
(Rotura é raro)
Pode comprimir a circulação do membro e precisar de cirurgia de urgência.

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9
Q

Quando operar aneurisma de poplítea eletivamente?

A

Assintomáticos
Diâmetro maior que 1,5 a 2 cm

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10
Q

Cirugia aneurisma de poplítea eletiva

A

Stent é exceção pelo local
- Ligadura do aneurisma com enxerto de veia safena ipsilateral

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11
Q

Cirurgia de urgência aneurisma de poplítea
- Indicações

A

Oclusão aguda do aneurisma de poplítea
Trombose e microembolização de fragmentos

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12
Q

Cirugia de urgência aneurisma de poplítea

A
  1. Trombólise local por cateter
  2. Arteriografia de controle
  3. Se:
    - Leito distal prévio: revasc (enxerto safena ipsilateral)
    - Leito distal ocluído: manter trombólise ou amputação primária.
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13
Q

Tronco celíaco (vasos)

A
  1. Artéria gástrica esquerda
  2. Artéria esplênica
  3. Artéria hepática comum
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14
Q

Artéria gástrica esquerda

Ramos e Irrigação

A

Geralmente não gera ramos, irriga a
pequena curvatura, é a principal das quatro artérias do estômago!

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15
Q

Artéria esplênica

Ramos e irrigação

A

Margeia o pólo superior do pâncreas, gerando alguns ramos superiores e inferiores, vascularizando o baço.
Gera um ramo importante: a artéria gastro-omental da esquerda.

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16
Q

Artéria gastro-omental esquerda é ramo da artéria…

A

Esplênica!

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17
Q

Artéria hepática comum

Irrigação e ramos

A

Irriga o fígado!
Emite um ramo: artéria gastroduodenal -> artéria hepática própria -> artéria hepática esquerda e direita.

(A artéria gástrica direita, normalmente, é um ramo da artéria hepática própria)

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18
Q

Subtipo mais comum do CA gástrico

A

Adenocarcinoma.

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19
Q

Qual o sítio mais comum de linfoma no TGI?

A

Estômag (linfoma MALT e de células B).

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20
Q

Qual linfoma estomacal é mais agressivo

A

Linfoma difuso de grandes células B!
(Mais parecido com adenocarcinoma, se tiver H Pylori trata, mas a maioria precisa de QT).

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21
Q

V ou F
A gastrectomia está indicada para os linfomas de estômago.

A

FALSO
Linfomas precisam de tratamento sistêmico. É feita a erradicação do H. Pylori e se necessário QT (principalmente no difuso de grandes células B).

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22
Q

Degastrectomia

A

Retirar o resto do estômago quando já há uma cirurgia de gastrectomia prévia.

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23
Q

Câncer gástrico familiar

Conduta frente à anomalia genética (mutação da E-caderina - gene CDH1)

A

Gastrectomia profilática.

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24
Q

Margem cirúrgica gastrectomia

A

Margem livre
- Tipo intestinal se possível > 5cm
- Tipo difuso tentar > 6 a 10 cm.

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25
Por que a ocorrência de metástase linfonodal é mais acelerada e mais agressiva no esôfago?
Porque o esôfago não possui serosa!
26
O divertículo de _______ é um divertículo de pulsão caracterizado pelo aumento da pressão intraluminal do esôfago, predispondo a herniações, geralmente acomete idosos.
Zenker
27
Por onde há a protrusão do pseudodivertículo de Zenker?
Triângulo de Killian (triângulo formado pelos músculos tireofaríngeos e pelo cricofaríngeo compondo a base, geralmente quem hernia é o cricofaríngeo).
28
Limites triângulo de Killian
Triângulo formado pelos músculos tireofaríngeos e pelo cricofaríngeo compondo a base, geralmente quem hernia é o cricofaríngeo.
29
Principal divertículo de pulsão
Divertículo de Zenker.
30
Tratamento divertículo de Zenker
* Se < 2cm e assintomáticos = acompanhamento * Se > 5cm = miotomia do cricofaríngeo + diverticulectomía ou diverticulopexia.
31
Quais os divertículos verdadeiros do esôfago?
Divertículos de tração (esôfago médio) - Relacionados a afecções mediastinais, como tuberculose e adenomegalias.
32
Divertículos epifrênicos
* Divertículos do esôfago inferior (falsos). * Relacionado a distúrbios motores do esôfago * Tratamento: fazer diverticulectomia + miotomia ampla.
33
Causas de distúrbios motores esofágicos
* Esclerose sistêmica – é secundário do esôfago * Espasmo Esofageano * Esôfago hipercontrátil (jackhammer) * Motilidade Esofageana Ineficaz * Peristalse ineficaz * Neoplasias (pseudoacalásia).
34
Paciente jovem com disfagia e que cursa com impactação alimentar e esôfago traqueizado devemos lembrar de...
Esofagíte Eosinofílica! (Dx por EDA com biópsia e > 15 Eosinófilos/CGA).
35
Tratamento Esofagíte eosinofílica
Budesonida VO ou antileucotrienos.
36
Síndrome de Plummer-Vinson (ou Paterson-Kelly ou disfagia sideropênica) - quadro clínico
Membrana esofágica + anemia ferropriva + queilite angular + onicodistrofia! | Geralmente ocorre em mulheres e aumenta o risco de CEC de esôfago
37
Anel de Schatzki
Anel na transição esôfafo-gástrica (esôfago distal). | Associação com estenose péptica
38
Principal distúrbio motor primário do esôfago
Acalásia.
39
Relaxamento incompleto do Esfíncter esofágico inferior está ligado a quadros de ...
Acalásia.
40
Características esofágicas na acalásia
Degeneração progressiva do plexo mioentérico (Auerbach) e submucoso, ocasionando: ● Relaxamento incompleto do esfíncter esofágico inferior ● Aperistalse do corpo esofágico.
41
Para o diagnóstico de acalásia quais os primeiros exames?
1. EDA (excluir neoplasia frente a um quadro de disfagia) 2. Esofagograma baritado (classificação) 3. Manometria (padrão ouro).
42
Classificação de Resende-Mascarenhas I e II (Acalásia)
* I = 4 cm, calibre aparentemente normal, trânsito lento * II = 4 a 7 cm, aumento pequeno do calibre esofágico, retenção do contraste
43
Classificação de Resende-Mascarenhas III e IV (Acalásia)
* III = 7 a 10 cm, grande aumento esofágico, com retenção de contraste, atividade motora reduzida * IV = >10cm, dolicomegaesôfago.
44
A manometria é o padrão ouro para o diagnóstico de acalásia, quais os 3 principais achados do exame no megaesôfago?
* Relaxamento incompleto do esfíncter esofágico inferior * Aperistalse do corpo esofágico * Pode haver hipertonia do esfíncter esofágico inferior.
45
Tratamentos possíveis para acalásia grau I de Resende
* Dilatação endoscópica pneumática do esôfago * Injeção de Toxina Botulínica * Medicamentoso (Nitrato, Bloqueador de canal de cálcio) - Pouco empregado * POEM (miotomia endoscópica)
46
Tratamentos possíveis para acalásia grau II e III de Resende
Cardiomiotomia (Heller) + Fundoplicatura (Pinotti) - padrão ouro
47
Tratamentos possíveis para acalásia grau IV de Resende | Forma avançada
Esofagectomia! Outras alternativas em algumas literaturas: * Cirurgia de Thal-Hatafuko (esofagogastroplastia) * Cirurgia de Serra Dória
48
Relaxamento transitório do EEI é característico de que doença?
DRGE.
49
V ou F O Helicobacter pylori é fator causal de DRGE
FALSO.
50
Alterações anatômicas da DRGE
○ Relaxamento transitório do EEI ○ Hipotonia do EEI (menos comum) ○ Alterações anatômicas da TEG (hérnia de hiato).
51
Sintomas típicos e atípicos DRGE
Típicos: regurgitação e pirose Atípicos: dor torácica, globus faríngeo, tosse, asma, PNM recorrente, pigarro, estertor, rouquidão
52
Sintomas de alarme DRGE
* Perda de peso, disfagia, vômitos, hematêmese, familiar primeiro grau câncer do TGI superior, emagrecimento * Acima dos 45 anos * Refratariedade ao tratamento clínico.
53
Quais os achados confirmatórios de DRGE na EDA
* Esofagite C e D de Los Angeles (grau B discutível) * Estenose péptica * Esôfago de Barrett (longo: > 3 cm) * Úlcera. | Se o paciente não apresentar nenhum solicitar a phMetria
54
Exame padrão - ouro DRGE
ImpedâncioPhMetria. | Diagnostica e indica se o refluxo é ácido ou não
55
Parâmetro da pHmetria que indica DRGE
pH < 4 em mais de 7% do tempo. Demeester> 14,7.
56
Qual o papel da manometria na DRGE?
Não dá diagnóstico, mas deve ser feita no pré operatório para descartar distúrbio motor concomitante à DRGE.
57
Classificação de Los Angeles para esofagite (A, B, C e D)
* A = Erosões < 5mm * B = Erosões > 5mm, não contíguas * C = Erosões contíguas envolvendo < 75% da luz do esôfago * D = Erosões contíguas envolvendo > 75% da luz do esôfago
58
Tratamento cirúrgico DRGE
Hiatoplastia (reforço no pilar diafragmático) + Fundoplicatura (Nissen/ Lind-Toupet/Dor)
59
Contraindicações ao tratamento cirúrgico DRGE
* IMC > 28 (ou 30) - Aumento da pressão intra-abdominal = FR * Se IMC > 35 = Realizar o Bypass * Cirurgia plástica – Dermolipectomia * Distúrbio motor esofágico = Fazer a manometria no pré-operatório
60
Parâmetros preditivos de bons resultados do tratamento cirúrgico
* Refluxo ácido patológico * Sintomas típicos * Boa resposta ao tratamento clínico com IBP
61
Hérnia de Hiato Tipo 1 – por deslizamento
90% dos casos!! Alargamento do hiato esofágico associado a diminuição do tônus da membrana frenoesofágica = porção intra-abdominal do esôfago e parte do estômago desliza para o tórax pela JEG
62
Hérnia de Hiato Tipo 2 - Rolamento
Paraesofágica - a JEG permanece em sua localização normal enquanto uma parte do fundo estômago hernia acima do diafragma.
63
Hérnia de Hiato Tipo 3 - paraesofágica mista
A JEG é deslocada para o tórax com uma grande porção do estômago.
64
Hérnia de Hiato Tipo 4 - paraesofágica hérnia mista
Presença de outras vísceras, como cólon, delgado, baço, pâncreas ou volvo gástrico.
65
TTO 1. Paciente com hérnia de hiato associada com DRGE 2. Paciente com hérnia de hiato volumosa, com disfagia ou empachamento 3. Paciente com hérnia com complicações, como úlcera de camaron ou volvo 4. Paciente com hérnia de hiato assintomática
1. Depende do tratamento do refluxo! 2. Cirurgia (hiatoplastia com fundoplicatura) 3. Cirurgia 4. Expectante
66
Esôfago de Barret
Substituição do epitélio escamoso do esôfago por epitélio colunar/ intestinal (Metaplasia intestinal)
67
Fatores protetores do esôfago de Barret
○ Negros ○ Infecções H. pylori ○ Consumo moderado de vinho.
68
Indicação cirúrgica no esôfago de Barret
Pacientes refratários ao tratamento por IBP com aumento do tamanho, manutenção dos sintomas ou piora da displasia em vigência do tratamento com IBP.
69
Seguimento pacientes com Barret Sem displasia e com displasia de baixo grau
○ Sem Displasia: Seguimento endoscópico a cada 3 anos. ○ Displasia de Baixo Grau: - Confirmar por 2 patologistas - Tratamento endoscópico (mucosectomia ou Ablação por Radiofrequência) - Pacientes podem ser seguidos por EDA a cada 6m, após otimização do tratamento clínico, para se tentar observar redução da displasia.
70
Seguimento geral pacientes com Barret
Endoscopia Digestiva Alta (EDA) + Biópsias (protocolo Seattle) – 4 biópsias a cada 2 cm onde há suspeita de metaplasia intestinal.
71
A colite esclerosante está associada a qual doença intestinal?
Retocolite ulcerativa
72
Quais os dois principais tipos de câncer de esôfago?
Carcinoma espinocelular Adenocarcinoma
73
Fatores de risco para Carcinoma Espinocelular de esôfago
* Tabagismo * Etilismo * Bebidas Quentes * Acalásia * Tilose * H. Pylori * HPV 16 e 18
74
Principais fatores de risco do adenocarcinoma de esôfago
* DRGE * Barret * Uso de bifosfonatos
75
Exames iniciais para diagnóstico de CA de esôfago
EDA com biópsia, porém para o diagnóstico do carcinoma espinocelular se houver suspeição o ideal é EDA com cromoscopia (lugol - as áreas suspeitas são as iodonegativas, não coradas).
76
Exames para estadiamento CA de esôfago
* TC de tórax, abdome e pelve * PET - TC * ECO - EDA (se tumor precoce) * No CEC precisa predir laringo-traqueo-broncoscopia (são tumores altos).
77
O que é câncerização de campo?
Tumores de esôfago alto (CEC) estão próximos a outras estruturas da via aérea então há a necessidade de investigação de laringe, bronquios para ver se o acometimento não se estendeu. Campos de células aparentemente normais mas que apresentam aberrações a nível molecular, á volta do carcinoma de células escamosas, particularmente no trato aerodigestivo superior, provavelmente relacionado à exposição a carcinogéneos.
78
Quais os tumores de esôfago irresecáveis?
Os que infiltram em traqueia, coluna e aorta. | TTO = QRT + paliação na maioria das vezes
79
Tratamento CA de esôfago restrito à mucosa (T1aN0)
Tratamento endoscópico (mucosectomia, se até 2cm), ESD (resseção da camada submucosa por endoscopia).
80
Tratamento CA de esôfago restrito à submucosa (T1bN0)
Esofagectomia upfront (sem quimioterapia peri operatória)
81
Tratamento CA de esôfago ressecável T3/T4a ou N+
Quimio-radioterapia neoadjuvante + Esofagectomia subtotal com linfadenectomia em 2 ou 3 campos e reconstrução com Tubo Gástrico - SEMPRE, mesmo se o tumor sumir com neoadjuvancia.
82
Qual artéria irriga o tubo gástrico?
Gastro-omental
83
Classificação de Siewert para adenocarcinoma esofágico - TEG - gástrico Siewert 1, 2 e 3
Ponto 0 = TEG * Siewert 1: de 5cm acima da TEG até 1cm acima - ESÔFAGO * Siewert 2: de 1cm acida da TEG até 2cm abaixo - Adenocarcinoma da TEG (cardia) * Siewert 3: de 2cm abaixo a 5 cm abaixo da TEG - GÁSTRICO (subcárdicos)
84
TTO Adenocarcinomas de esôfago Siewert 1 e 2
Esofagectomia com linfadenectomia em 3 campos *Em alguns lugares também é feito a gastrectomia total dos S II * Se no 1 tiver esofagectomia + gastrectomia polar também está certo (porção do estômago para fazer a reconstrução)
85
TTO Adenocarcinomas de esôfago Siewert 3
Gastrectomia total com linfadenectomia a D2
86
Principal complicação pós-esofagectomia
Fístula da anastomose cervical (cerca de 6 semanas dps: febre, taquicardia, alteração do conteúdo do dreno) | TTO = continuar com o dreno + ATB
87
Método mais sensível para o diagnóstico de litíase biliar
USG de abdome
88
Tríade de Riagler
- Aerobilia - Distensão do delgado - Cálculo na FID ÍLEO BILIAR
89
O que é íleo biliar?
Obstrução mecânica intestinal pela impactação de cálculos biliares no TGI através de uma fístula biliodigestiva.
90
Paciente de 35 anos submetida à cirurgia bariátrica, a Sleeve (gastroplastia vertical), há 6 meses evoluindo com sensação de fraqueza ao executar suas tarefas diárias. Qual condição clínica está mais associada a essa modalidade cirúrgica e é compatível com as queixas dessa paciente?
A ressecção vertical do estômago pode causar deficiência do fator intríseco por remoção de parte das células parietais levando a menor absorção de vitamina B12 e ANEMIA MEGALOBLÁSTICA.
91
Qual a conduta inicial e secundária frente a uma diástase abdominal secundária pós gestação ou consequência da obesidade?
Inicial: perda de peso, fortalecimento da musculatura abdominal, exercícios físicos. Secundária: plicatura de retos abdominais sem tela em casos leves e com tela em casos graves.
92
Paciente submetida a funduplicatura a Nissen por DRGE e hérnia hiatal evolui com disfagia para sólidos nos primeiros 10 dias após cirurgia. Qual a conduta a ser tomada?
Pacientes submetidos a esse procedimento podem apresentar algum grau de disfagia para sólidos por ate 12 semanas, a conduta é ter calma, regredir a dieta para líquida e pastosa, adicionar prócinéticos e corticoides, acompanhar, aguardar o edema passar para poder considerar falha terapêutica.
93
Mulher de 19 anos apresenta episódios de diarreia profusa com rubor facial e queixa de perda de 8 kg, atualmente seu peso é 43 kg, IMC 16. Na investigação, foi detectada uma elevação de cálcio sérico e calcitonina. Qual exame de imagem, inicialmente, deve ser solicitado para esclarecimento dessa condição?
Diarreia + rubor facial direcionam o raciocínio para síndrome carcinoide e, a perda de peso, reiteram a hipótese de câncer. Qual tumor leva a aumento da calcitonina? carcinoma medular de tireoide! Por isso o exame inicial deve ser USG de tireoide.
94
Qual sinal semiológico relativo a percussão dolorosa do gradil hepático e o que ele indica?
Sinal de Torres Homem e Abscesso hepático
95
Qual a principal complicação associada a trombose de veia esplênica?
Hipertensão portal segmentar/pré-hepática -> varizes de fundo gástrico -> HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA!
96
Paciente de 11 anos com hérnia inguinal provavelmente é Nyrus ___?
Nyrus I Hérnia indireta, típica da infância, com anel inguinal < 2 cm = Nyhus I
97
Medicação empregada na tentativa de reduzir os efeitos do sangramentos causados por uso crônico de Varfarina
Fitomenadiona (vitamina K)
98
Paciente jovem com aumento testicular indolor pensar sempre em ...
Tumor de células germinativas.
99
A estenose de carótida pode causar AVE por 2 mecanismos, quais são eles?
Hipofluxo e ateroembolismo (+ frrequente).
100
O diagnóstico por USG da estenose de carótida se dá pela velocidade do fluxo na artéria (quanto maior a estenose > velocidade), qual a velocidade de uma estenose de até 50% e de 70% e quando operar paciente assintomático?
Estenose até 50% = velocidade de 125cm/s Estenose até 70% = velocidade de 230cm/s Para operar paciente assintomático a estenose tem que ser de 230cm/s para mais.
101
Tratamento clínico estenose de carótida
Controle de comorbidades e controle de fatores de risco + AAS + estatina
102
Quais os limites superior, medial e inferior do triângulo de Halsselbach?
- Vasos epigástrico inferiores - Borda lateral da bainha do reto abdominal - Ligamento inguinal
103
Marcador tumoral relacionado ao câncer de pâncreas
CA 19-9
104
O tipo histológico mais frequente dos sarcomas retroperitoniais é:
Lipossarcoma
105
Quais as metas laboratoriais após início do tratamento de pancreatite aguda usadas pra monitorização da melhora? (5)
- Redução da ureia - Redução da hemoconcentração (hematócrito) - PAM 65-85 - Diurese > 0,5ml/Kg/h - FC < 120
106
Manobra/Sinal de Lapinsky Descreva e diga para que deve ser usada
Dor à compreensão da FID e extensão do MID (elevação do membro esticado) - útil na avaliação de apendicite retrocecal
107
Sinal de Jobert
Perda da macicez hepática na percussão com hipertimpanismo, indicando presença de ar local (pneumoperitônio)
108
Particularidade de pacientes asiáticos em relação à diverticulite
Possuem mais diverticulite à direita
109
IMC Baixo peso e peso normal
Baixo peso < 18,5 Normal 18,5 - 24,9
110
IMC Sobrepeso e obesidade grau 1
Sobrepeso 25 - 29,9 Obesidade G I 30 - 34,9
111
IMC Obesidade G II, III (mórbida), superobeso, super superobeso
O G II 35-40 O G III (mórbida) 40 -50 Superobeso 50 - 60 Super superobeso > 60
112
Critérios gerais para cirurgia bariátrica
- Ausência de doenças psiquiátricas e endocrinológicas - Sem uso de drogas ilícitas - Tratamento clínico prévio por pelo menos 2 anos - > 18 ou se entre 18-16 ter RX demonstrando epífise consolidada e avaliação pediátrica IMC > 40 (obesidade grau III - mórbida) ou IMC entre 35 e 40 + comorbidades ou IMC 30-35 + DM2 refratário (com até 70 anos, menos de 10a do dx de DM2 e refratariedade ao tto atestado por 2 endócrinos)
113
Indicações de IMC relacionadas à bariátrica
IMC > 40 (obesidade grau III - mórbida) ou IMC entre 35 e 40 + comorbidades ou IMC 30-35 + DM2 refratário (com até 70 anos, menos de 10a do dx de DM2 e refratariedade ao tto atestado por 2 endócrinos)
114
Atualização americana de IMC para bariátrica 2022 A partir de qual IMC está liberada a cirurgia?
IMC >= 35 (obesidade G II) IMC 30 + doença metabólica Ainda não é consenso no BR, mas pode cair
115
Principais contraindicações para cirurgia bariátrica
- Etilista - Cirrose com HP e varizes esofágicas - Psicose grave - Depressão grave - Doença pulmonar em estado avançado - Impossibilidade de entender o procedimento e os cuidados pós op
116
GRELINA O que é e o que acontece com ele pós bariátrica?
Hormônio da fome, produzida pelo fundo gástrico, pelas células oxínticas. Diminui com a bariátrica
117
GLP1 Função, relação com bariátrica
Hormônio produzido pelo íleo, possui efeito incretínico, aumenta saciedade, reduz produção de glicose no fígado. AUMENTA COM A BARIÁTRICA AJUDANDO BASTANTE NA PERDA DE PESO
118
Peptídeo Y Funções e relação com a bariátrica
Diminui o esvaziamento gástrico promovendo saciedade (reduz também o efeito da grelina - fome) Aumenta com a bariátrica
119
Quais hormônios diminuem e quais aumentam após bariátrica
GRELINA - diminui (o único que diminui) GLP1 - aumenta PEPTÍDEO Y - aumenta
120
Pré-operatório de bariátrica, cuidados necessários
- Redução do peso (se reduzir pra um IMC que não seria mais indicação cirúrgica opera mesmo assim pq só reduziu pro pré op) - Avaliação cardíaca, pulmonar - Cessar tabagismo (12s) e ACO (1m) - EDA, USG, espirometria, RX de tórax, densitometria óssea (se > 60a), phmetria se sintomas de DRGE e Cir programada de gastrectomia vertical (ela piora DRGE)
121
Tipos de procedimentos bariátricos
Restritivos (ex: balão gástrico - restrição mecânica à passagem de alimentos, diminuem a capacidade do estômago) Predominantemente disabsortivos (ex: derivação biliopancreatica - diminuem a absorção de nutrientes no delgado) Procedimentos mistos (ex: bypass Y de Roux - restringem o estômago e diminuem absorção)
122
Bariátrica Quais os procedimentos restritivos?
- Balão gástrico: ponte para outra cirurgia, tempo max de 6 meses, colocado por EDA, muitos sintomas adversos e pra retirar tem que ter IOT pelo risco de broncoaspirar - Banda gástrica: anel para apertar o estômago e induzir disfagia. Não é mais usado. - Gastrectomia vertical ou Sleeve: remove a maior porção do corpo e fundo gástrico. Além de efeito restritivo tem efeito neuroendócrino promovendo redução de GRELINA e aumento do GLP1 e peptídeo Y - Gastroplastia vertical anelada (Mason): separa o fundo gástrico do resto do estômago e coloca um anel para disfagia. NÃO É MAIS USADA.
123
Gastrectomia vertical ou Sleeve:
Técnica bariátrica restritiva que remove a maior porção do corpo e fundo gástrico, fazendo um tubo gástrico. Além do efeito restritivo tem efeito neuroendócrino promovendo redução de GRELINA e aumento do GLP1 e peptídeo Y. Cirurgia mais realizada no mundo.
124
Bariátrica Quais os procedimentos predominantemente disabsortivos?
- Cirurgia de Scopinaro: gastrectomia distal com anastomose em Y de Roux com ílio distal. Muita disabsorção, diarreia, desnutrição. Não é mais utilizada. - Duodenal Switch: gastrectomia vertical + grampeamento da primeira porção do duodeno. Enterre teto anastomose entre alça alimentar e biliopancreatica à 100 cm da válvula ileocecal. Também causa complicações como desnutrição, porém menos que a de Scopinaro. Ainda é usada.
125
Bariátrica Quais os procedimentos mistos?
- Bypass em Y de Rous: pouch gástrico e anastomose com alça jejunal. Encontro de alça alimentar (100cm) e biliopancreatica (100cm) - (alça comum de aproximadamente 300cm), diminuindo muito à desabsorção. Cirugia mais realizada no Brasil. - Mini gastric bypass: pouch gástrico 30ml + anastomose em doudeno. Cirurgia mais rápida, não há enteroanastomose. - Cirurgia de Santoro: gastrectomia vertical com bipartição do trânsito instrstinal, reduz o risco de deficiência de vitaminas (Faustão)
126
Bypass gástrico em Y de Roux (Robi-Capella):
Realizado um pouch gástrico e anastomose com alça jejunal. Encontro de alça alimentar (100cm) e biliopancreatica (100cm) - (alça comum de aproximadamente 300cm), diminuindo muito à desabsorção. Cirugia mais realizada no Brasil.
127
Quais as duas principais cirurgias bariátricas e quando optar por cada?
Bypass em Y de Roux e Gastrectomia vertical Bypass: DM2, síndrome metabólica, DRGE, superobesos. Gastrectomia vertical: extremo de idade, hérnia incisional gigante, osteoporose, esteatose pós transplante hepático, uso de anticoagulantes, comorbidades (hepatopatia, DRC, DII), em supersuperobesos pode ser usada como ponto para o bypass.
128
Principais complicações do BYPASS
Fístula pós baypass gástrico Sangramento TGI Obstrução (bridas, hérnias internas) Reconstrução incorreta da alça de Roux Dumping
129
Principais complicações Sleeve gástrico
Fistula Estenose da incisura angular Sangramento da linha de grampo Trombose da veia porta Dumping
130
Paciente 24h pós CPRE com dor abdominal, náusea e vômitos, 1.200 de leucócitos e TC com mínima quantidade de ar periduodenal, é indício de ....
Perfuração duodenal, uma complicação da CPRE junto com colangite, pancreatite, sepse e hemorragia. A conduta diante da perfuração duodenal é conservadora (ATB + jejum + nutrição parenteral)
131
Doença de Ormand
Fibrose retroperitoneal (ao redor da aorta abdominal, ilíacas e às vezes ureter e órgãos abdominais), na maioria das vezes idiopática.
132
Complicações pós bariátrica Fístula/Deiscência A partir de que dia ocorre e quais os sinais e como fazer diagnóstico
A partir do quinto dia Exame físico não confiável pela gordura Sinais sugestivo: Derrame pleural unilateral + distensão abdominal, conteúdo turvo do dreno, taquicardia DX: TC de abdome e pelve com contraste EV e VO / pode fazer azul de metileno se tiver dreno, pode-se fazer EED se não tiver TC
133
Complicações pós bariátrica Fístula/Deiscência A partir de que dia ocorre e quais os sinais e como fazer diagnóstico
A partir do quinto dia Exame físico não confiável pela gordura Sinais sugestivo: Derrame pleural unilateral + distensão abdominal, conteúdo turvo do dreno, taquicardia DX: TC de abdome e pelve com contraste EV e VO / pode fazer azul de metileno se tiver dreno, pode-se fazer EED se não tiver TC
133
Complicações pós bariátrica Fístula/Deiscência A partir de que dia ocorre e quais os sinais e como fazer diagnóstico
A partir do quinto dia Exame físico não confiável pela gordura Sinais sugestivo: Derrame pleural unilateral + distensão abdominal, conteúdo turvo do dreno, taquicardia DX: TC de abdome e pelve com contraste EV e VO / pode fazer azul de metileno se tiver dreno, pode-se fazer EED se não tiver TC
134
Complicações pós bariátrica Fístula/Deiscência Qual o local que mais surge fístula?
Na anastomose do pouch com o jejuno (gastrojejunostomia)
135
Complicações pós bariátrica Fístula/Deiscência Tratamento
● Paciente estável - Jejum + NPT + ATB + Hidratação ○ TC ○ Drenagem (se já tem dreno -> manter, se coleção -> drenagem percutânea) ○ Papel importante do vácuo endoscópico ● Paciente instável ○ Todas as etapas clínicas acimam + cirurgia por laparoscopia, de preferência, para drenagem e lavagem da cavidade *Rafia é conduta de exceção
136
Complicações pós bariátrica Sangramento pós BYR Clínica, locais e CD
Se for na bolsa gástrica: hematêmese + melena (intraluminal - CD = EDA para tratar) Se for na anastomose ou no estômago excluso: melena (intraperitoneal - sangue saindo do dreno - cirurgia) Geralmente os sangramentos são autolimitados, essas condutas são se graves, se leves = observar.
137
Complicações pós bariátrica Nos casos de obstrução do TGI após Bypass em Y de Roux temos que pensar em...
Hérnia interna
138
Complicações pós bariátrica Hérnia interna - conceito
Complicação tardia obstrutiva do TGI Passagem de conteúdo de alça por algum espaço que não existiria normalmente, passou a existir com a cirurgia (fica presa em alguma porção do meso)
139
Complicações pós bariátrica Hérnia interna - diagnóstico
A suspeita deve ser sempre clínica, caso tenha clínica de abdome obstrutivo pós bypass e se a tomografia vier sem alterações, devemos proceder com uma laparoscopia para checar as brechas.
140
Complicações pós bariátrica Hérnia interna - locais de obstrução
A - Hérnia pela alça alimentar e o espaço no mesocólon transverso (atualmente subimos a alça alimentar pré-mesocólon - não obstrui mais) B – **Hérnia de Petersen**, entre o mesocólon transverso e o mesentério da alça alimentar C – Hérnia entre o mesentério da alça biliopancreática e o da alça alimentar
141
Complicações pós bariátrica Hérnia interna - sintomas
Sintomas obstrutivos intermitentes (o intestino delgado pode intermitentemente herniar e voltar para o local habitual) ● Náuseas e vômitos ● Dor abdominal pós-prandial (Geralmente no quadrante superior esquerdo)
142
Complicações pós bariátrica - Sleeve Fístulas pós gastrectomia vertical Local mais comum e tratamento
○ Local mais comum: Ângulo de Hiss (associado a estenose do antro) ○ No antro (menos comum - relacionado com a linha de grampo) Tratamento: Clínico e/ou: - Prótese endoscópica (para recobir e fechar a fístula) - Vácuo endoscópica (mais usado!!) - Se distal (antro) pode-se transformar o sleeve em Bypass ou Mini Gastric Bypass
143
Complicações pós bariátrica - Sleeve Estômago em ampulheta - estenose na incisura angular) Definição e tratamento
Má confecção do sleeve (estenose no antro) ○ Tratamento - Dilatação endoscópica - Prótese autoexpansível metálica recoberta - Transformar em Bypass gástrico nos casos graves (ou Mini Gastric Bypass)
144
Complicações pós bariátrica (Sleeve) Trombose da veia porta Fisiopatologia e conduta
○ Mais correlacionada com GV (Bypass não causa) ○ Alteração do fluxo portal pela gastrectomia (desidratação pós op) ○ Lesão térmica da veia esplênica (Anticoagular, enoxaparina seguida por warfarina)
145
Reposições necessárias pós bariátrica
○ Carência de vitamina e Fe (mais comum no BGYR) Repor: ● Vitamina B12, A e D ● Carbonato de cálcio ● Sulfato ferroso ● Ácido fólico
146
Complicações pós bariátrica Colecistite e coledocolitíase Por que ocorrem e como tratar
O rápido emagrecimento pós bariátrica predispõe a formação de cálculos. Se coledocolitíase em paciente que realizaram BGYR o tratamento deve ser via CPRE transgástrico preferencialmente VLP (o endoscópio tem que entrar pelo estômago excluso e não pela boca)
147
Complicações pós bariátrica Dumping Causas e sintomas
Ocorre mais comumente no BGYR por alimentos ricos em açúcar e gorduras e/ou passagem rápida do alimento do estômago para o intestino delgado Sintomas vasovagais ● Náuseas ● Diarreia ● Flushing ● Sudorese ● Irritabilidade ● Tremores
148
Complicações pós bariátrica Dumping precoce
Ocorre até 30 minutos após alimentação - Manifestações gastrointestinais + vasomotoras ● Devido distensão + reflexo vasovagal - Tratamento: dieta fracionada + diminuir dose de carboidratos
149
Complicações pós bariátrica Dumping tardio
Ocorre após 3 horas da alimentação pela alta liberação de insulina levando a hipoglicemia (predomínio de manifestações vasomotoras) - Tratamento ● Dieta fracionada ● Diminuir dose de carboidratos ● Acarbose ou Octreotide
150
GIST
Tumor derivados da célula de Cajal Mais comum no estômago (60-70%). Outros locais: intestino delgado (20-25%), cólon e reto (5%), e esôfago (menos que 5%) Sintomatologia: HDA; massa epigástrica; saciedade precoce. É uma lesão subepitelial (faz diagnóstico diferencial com outros tumores subepiteliais: Leiomioma, Leiomiossarcoma, Lipoma, Schwannomas, Tumor Glômico e Pâncreas ectópico).
151
GIST Diagnóstico
Endoscopia Digestiva Alta com presença lesões recobertas por mucosa normal e umbilicadas. Confirmação por: ecoendoscopia para identificar o tumor na camada muscular + PAAF. Não se deve fazer biópsia: ○ Pode pegar amostra apenas células da mucosa ○ Pode romper a cápsula do GIST - Pior prognóstico
152
GIST Diagnóstico
Endoscopia Digestiva Alta com presença lesões recobertas por mucosa normal e umbilicadas. Confirmação por: ecoendoscopia + PAAF (para ver genes - principal CD117 positivo) *não se deve fazer biópsia - pode romper a cápsula do GIST - Pior prognóstico.
153
GIST Tratamento
- Tumores menores (<2cm) = acompanhar clinicamente para observar o crescimento - Tumores > 2cm = cirurgia com ressecção com margens livres, sem linfadenectomia TIPO 1: FUNDO GÁSTRICO + GRANDE CURVATURA ○ Grande curvatura = ressecção cunha ○ Parede posterior = Endogastro cirurgia TIPO 2: PRÉ-PILORP + ANTRO ○ Gastrectomia parcial/antrectomia (não pode fazer ressecção em cunha) TIPO 3: CURVATURA MENOR ○ LECS (ressecção combinada EDA + laparoscopia) *Não faz linfadenectomia (só dissemina hematológicamente)
154
Subtipo mais comum do câncer gástrico
Adenocarcinoma
155
Linfomas do TGI Principal local de aparecimento e tipos
Correspondem a 5-10% dos tumores malignos do estômago, delgado e cólon ○ O estômago é o sítio mais comum de linfoma extranodal - Estômago (50-70%) > delgado (10-30%) > cólon (5-10%) Principais tipos de linfomas gástricos: MALT e linfoma difuso de grandes células B
156
Linfomas do TGI MALT
Tipo de linfoma não Hodgkin ● 62-90% dos casos é associado a H. pylori (cepa CagA) ○ Surge a partir do estímulo antigênico crônico (contato direto com a bactéria) ● Fator de risco: imunodeficiência, radiação, H. pylori, herpes vírus, VHC, EBV, agentes químicos ● Tratamento ○ 1ª linha: erradicar HP (mesmo negativo)!!! ○ 2ª linha: radioterapia ○ Alternativas: quimioterapia, imunoterapia
157
Linfoma difuso de grandes células B
É o linfoma mais agressivo do estômago (pode surgir a partir do MALT) H. pylori presente em 25-38% dos casos (muito menor do que o MALT), sendo o papel do HP neste linfoma controverso Normalmente apresenta doença mais avançada e mais sintomas sistêmicos (mais parecido com o adenocarcinoma) Tratamento: QT + Imunoterapia + Erradicação do HP se presente na biópsia.
158
Linfomas do estômago Aspecto endoscópico, diagnóstico, estadiamento e seguimento
○ Podem ser multifocal ○ Possuem aspecto endoscópico variável - podem simular úlcera péptica, lesão polipóide e linite. ○ Se suspeita: biópsia gástrica com histologia. ○ Caso confirmado devemos proceder com o estadiamento: EF + TC TAP + HMG, DHL + Biópsia Medula Óssea + EUS Seguimento (MALT e difuso de grandes células B) ○ Avaliar cicatriz: checar erradicação do HP ○ Risco para adenocarcinoma mais de 6x - EDA 6/6m até regressão histológica (pode levar 2-5 anos)
159
Trauma de bexiga Quais os tipos? Como suspeitar e como tratar?
- Lesão intraperitoneal de bexiga: associada a traumas contusos, hematúria, extravassamento de contraste pela bexiga via cistografia retrógrada, exploração cirúrgica com cistorrafia. - Lesão extraperitoneal de bexiga: geralmente ocorre por fratura óssea (pelve) que acaba lesando a bexiga, tratamento SVD por 10 a 14 dias.
160
O que visualizamos no espaço de Morrison no FAST?
Fígado e rim.
161
Síndrome de Mirizzi
Rara complicação da colelitíase crônica - obstrução do ducto hepático comum ou do colédoco por compressão extrínseca ou por processo inflamatório no ducto, ambos pela impactação de cálculos presentes no infundíbulo vesicular ou no ducto cístico.
162
V ou F A cirurgia minimamente invasiva da vesícula biliar diminui a incidência de lesões da via biliar.
Falso. Aumenta a chance de lesão de via biliar e é preferível no obeso pela dificuldade de acesso e fechamento de parede abdominal na abordagem aberta.
163
Cirurgia de Hartmann
Retossigmoidectomia com colostomia
164
Qual câncer mais prevalente no homem e qual câncer com maior mortalidade no homem.
Mais prevalente: próstata Maior mortalidade: pulmão
165
Fatores de risco CA de próstata
- Histórico familiar - Idade - Prostatite de repetição - Mutação no gene BRCA 2 - Raça negra *fake news: tabagismo, testosterona, masturbação.
166
Rastreamento CA de próstata
- PSA (> 2,5 não é específico para câncer, pode se alterar em outras situações. E, o paciente pode ter câncer com PSA normal) - Toque retal SBU: - início 50 anos e término 75 anos - se negros e histórico familiar: começar aos 45 anos
167
A maioria das neoplasias de próstata então na zona _____
Periférica
168
Situações que elevam o PSA
- HPB - Prostatite - Toque retal - SVD - Ejaculação Que reduzem o PSA - Finasterida - Obesidade
169
Densidade do PSA Cálculo e valor de referência
PSA / Volume da próstata Se < 0,15 tranquiliza, se maior quer dizer que tem muito PSA para pouco volume de próstata - investigar
170
Relação PSA Cálculo e cortes
PSA L / PSA T < 15% : preocupa, maior risco 15-25%: duvidosa > 25%: grande chance de ser HPB
171
Velocidade PSA PSA aumentar > 0,75 ng/ml ao ano sugere quadros _____
Benignos (infecção, manipulação) Válido para PSA T entre 4 e 10.
172
Relação PSA L/T < 18% + PSA T > 2 + densidade de PSA > 0,15 Qual a conduta?
Biópsia
173
Diagnóstico CA de próstata Estadiamento T (toque)
Toque normal: T1 Nódulo: T2 Endurecida: T3 Pétrea: T4
174
Diagnóstico CA de próstata
Toque retal + RNM + biópsia de próstata (sistemática ou guiada - RNM)
175
Escore de Gleason e ISUP
1, 2, 3 (já considerado CA), 4 e 5 Pegar os dois padrões mais frequentes nos fragmentos da biópsia analisados, classificar de 3 a 5 e somar. ISUP 1 = Gleason <= 6 (único baixo risco) ISUP 2 = G 3 + 4 = 7 ISUP 3 = G 4 + 3 = 7 ISUP 4 = 4 + 4 = 8 ISUP 5 = 4 + 5 ou 5 + 5 = 9 ou 10
176
Câncer de próstata Tratamento - Watchful Waiting
- TTO paliativo - Personalizado - Alívio dos sintomas, melhorar QV - Expectativa de vida < 10 anos - Qualquer estádio
177
Câncer de próstata Tratamento - Vigilancia Ativa
- TTO curativo, pré definido - PSA, RNM e BX - Expectativa de vida > 10 anos - Minimizar sequelas - Paciente precisa ser baixo risco
178
CA de próstata Tratamento CA localizado
Sobrevida > 15anos? Se sim - Baixo risco = Vigilância ativa (principal) ou prostatectomia ou radioterapia - Se intermediário ou alto = prostatectomia ou radioterapia + bloqueio hormonal
179
Critérios CA de próstata baixo risco
- PSA até 10 - Gleason até 6 (ISUP 1) - T1 (tumor não aparente ao toque) até T2a (nódulo até metade de um lobo prostático) *candidatos a vigilância ativa
180
Prostatectomia radical
Retira toda próstata e a cápsula prostática - para CA (para HPB não é radical)
181
Tratamento CA de próstata metastático
CASTRAÇÃO (bloqueio androgênico) Orquiectomia ou farmacológica (agonistas de GnRH) - Leva a: disfunção erétil, perda de massa óssea, aumento do RCV Quimioterapia Drogas - Alvo
182
Seguimento pós TTO CA de próstata
Se prostatectomia - PSA Zerado, se aumentar > 0,2 - RECIDIVA BIOQUÍMICA Se radioterapia - Nadir PSA 1 a 2, se aumentar 2 pontos acima do Nadir - RECIDIVA BIOQUÍMICA Se recidiva bioquímica - reestadiar, buscando metástases (TC, cintilografia óssea e PET - PSA) Se sobrevida > 10-15 anos? - Se não: watchful waiting - Se sim: cirurgia ou radioterapia (o que você não fez na primeira vez) se localizado, se metastático: castração ou terapia sistêmica.
183
Urotélio
Camada de epitélio pseudoestratificado que recobre bexiga até a pelve renal, formando todo o ureter.
184
Tumores de bexiga - A maioria é superficial. V ou F
Verdade 80% superficiais e 20% músculo invasivo
185
Fatores de risco CA de bexiga
TABAGISMO!!! - Radioterapia pélvica - Exposição a aminas aromáticas (corantes, borracha, petroquímica) - Esquistossomose com a variante do Egito (não é comum no BR)
186
Sinais e sintomas câncer de bexiga
- HEMATÚRIA (>3 hemácias por campo) Principalmente macroscópica - Disuria persistente - Polaciúria - Ureterohidronefrose
187
Exame de imagem padrão ouro para CA de bexiga
Urotomogtafia com contraste EV em 3 fases (arterial, venosa, excretora)
188
Hematúria microscópica Critérios para classificação como baixo risco e conduta
- Não fumante - < 10 hemácias por campo - H < 40a e M < 50a CD: repetir EAS em 6 meses, se persistir USG + cistoscopia (pode fazer no baixo risco citologia oncótica)
189
Hematúria microscópica Critérios para classificação como risco intermediário e alto e conduta
Intermediário: - tabagista (< 30 M.A.) - < 25 hemácias por campo - idade < 60a CD: USG + cistoscopia Alto: - > 30 M.A. - > 25 h.p.c. - idade > 60a CD: uroTC + citoscopia No risco intermediário e alto não se faz citologia oncótica
190
Diagnóstico câncer de bexiga
Após USG + citoscopia ou UROTC -> anatomopatológico por ressectoscópio (a biópsia tem que ter todas as camadas inclusive a muscular)
191
Tratamento CA de bexiga
* Tumores de baixo risco - Tumor solitário, Ta (tumor somente do endotélio), <3cm, displasia de baixo grau CD: ressecção + quimioterapia intravesical DU + cistoscopias a cada 3m, 1a e 5a *Moderado risco CD: BCG por 1 ano + cistoscopia 3m, 6m, 1a *Alto risco - Carcinoma In situ - T1(invade subepitelial)/TaG2G3 - Múltiplas lesões > 3cm - BCG por 3 anos + citoscopia a cada 3m por 2 anos A partir de T2 (invade muscular): CISTECTOMIA RADIAL - reconstrução com neobexiga ortotópica (continência) ou conduto ileal Bricker (ostomia)
192
Ingesta de cáusticos Manejo inicial
- Definir o tipo de substância, a quantidade e a quanto tempo ocorreu a ingesta. - Está em jejum (EDA só se jejum) - Disfagia? - Se estridor = acometeu via área (IOT e TC) - EDA de urgência (24 a 48h) - NÃO INDUZIR ÊMESE - NÃO BEBER ÁGUA - NÃO PASSAR SNG
193
Tratamento da ingestão de cáustico
Zargar 0: eritema leve de mucosa (observação abreviada e alta com dieta) Z 1: eritema e edema em mucosa (observação por 24h + IBP + dieta líquida por EDA progredindo pra VO Z 2a: erosões superficiais = Z1 (observação por 48h) Z 2b: erosões profundas (UTI + IBP + SNE + ATB + CE) Z 3a: necrose + úlceras profundas = Z2b e considerar cirurgia Z 3b: necrose extensa = Z2b + cirurgia Analgesia Corticoide (reduz dor, mas não evita estenose) Se estenose (2-4sem após ingestão): dilatação endoscópica espaçada pelo resto da vida
194
Esôfago de Barret
Substituição meta plástica do epitélio escamoso por colunar (intestinal)
195
Rastreio Barret
- DRGE + 3 ou mais fatores de risco (Homem, > 50 anos, branco, obesidade, tabagista, História familiar) Se rastreio neg = não repetir Se esofagite LA grau B repeti EDA em 8-12sem após IBP
196
Tratamento Barret
Baseado no grau de displasia *Indeterminada para presença de displasia* - Confirmar com 2 patologistas - IBP 2x/dia + EDA em 6m *Sem displasia* - Barret < 3cm = EDA 5 anos - Barret > 3cm = EDA 3 anos *Displasia de baixo grau* - Vigilancia (6m e 12m) ou tratamento *Displasia de alto grau ou adenocarcinoma precoce T1a* - Tratamento endoscópico TTO - MEV - Farmacológico: IBP + AAS só pra quem uso como prev secundária - Endoscópico: Ressecção por mucosectomia ou ESD e, após, radioablação ou crioterapia
197
Tipo de colágeno mais abundante no corpo
Tipo I (Pele, tendão, ossos) *Glicina aminoácidos mais abundante
198
A deficiência de quais vitaminas atrapalham a cicatrização de feridas?
A, E, C (principalmente) Além de zinco, cobre e ferro
199
Ligamento de Gruber
Adere a tireoide ao anel traqueal
200
Vascularização da tireoide
Artérias tireoidianas superiores (D e E - Ramos da carótida externa) e artérias inferiores (D e E - ramo do tronco tireocervical que é ramo da subclávia)
201
Drenagem venosa da tireoide
Veia tireoidiana superior (drena para jugular interna), veia tireoidiana media e veia tireoidiana inferior (drenam para subclávia ou veia inominada)
202
Os nervos que inervam a tireoide são ramos do nervo…
Vago
203
Nervos tireoidianas
• Laríngeo superior: - Ramo interno (sensitivo - supraglote e hipofaringe) - Ramo externo (motor - músculo cricotireoideo) • Laríngeo inferior (ou recorrente): - Motor, Inerva todos os músculos intrínsecos à laringe, com exceção do cricotireoideo. É o nervo mais importante para nossa fala! Todos ramos do vago
204
Tireoide Função das células foliculares e parafoliculares
As células foliculares formam os coloides (folículos tireoidianos) com hormônios. As células parafoliculares produzem calcitonina.
205
Fisiologia da produção dos hormônios tireoidianos
Eixo hipotálamo- hipófise- tireoide Hipotálamo libera TRH que estimula hipófise a liberar TSH que estimula a tireoide a liberar tireoglubulina (T3 e T4) que se junta com a proteína hepática TBG para ser carreada. Muito T3 e T4 inibe o eixo.
206
Tireoidite Conceito e tipos
Inflamação da tireoide - Tireoidite dolorosa e mole (inflamação) - Tireoidite indolor e dura (disfunção ou bócio)
207
Tireoidite dolorosa e mole Sinônimos e causas
- Subaguda: De Quervain / granulomatosa subaguda / não supurativa subaguda! CAUSADA POR INFECÇÃO VIRAL! - Infecciosa: aguda ou crônica! Causada por abscesso, disseminação infecciosa hematogênica ou fístula. - Radioinduzida (radioterapia) - Trauma induzida (palpação vigorosa, trauma)
208
Tireoidite indolor e dura Sinônimos e causas
- Indolor: linfocítica subaguda (variante da Hashimoto) - Associada ao parto - Associada a drogas (interferon alfa, IL 2, lítio, imunoterapia, inibidores da tirosina quinase) - Linfocitica crônica: HASHIMOTO (hipotireoidismo) - Associada a Amiodarona - Fibrosa: Riedel / Invasiva (invasiva e fibrosante)
209
O que caracteriza a cicatrização patológica?
Desorganização na deposição de colágeno (fase de maturação) Na fase de maturação a síntese deve ser = a degradação do colágeno (substituição do colágeno tipo III por tipo I). Nas cicatrizações patológicas há muito mais síntese do que degradação.
210
Terapia padrão outro para queloide?
Terapia combinada = Cirurgia + radioterapia (mesmo assim apresenta alta taxa de falha)
211
Anestésicos local Conceito
Bases fracas que bloqueiam canais de sódio, para bloquearem o impulso nervoso. Se epinefrina associada ocorre vasoconstrição local da vasa nervorum (favorece isquemia)
212
A potência dos AL está relacionada a sua…
Lipossolubilidade Quanto mais lipossolúvel (hidrofóbica) mais potente (atravessa a MP com facilidade). Alta potência: Bupivacaina, ropivacaina Média: Lidocaína, prilocaina Baixa: Procaína
213
A latência dos AL está relacionada com …
O pKA Latência: tempo da administração até o efeito, depende do pKA (valor do pH em que metade da substância está na forma ionizada e metade não ionizada) A FORMA QUE ATRAVESSA A MP É A NÃO IONIZADA!!! Quanto mais próximo o valor do pKA estiver do pH humana (7,4), mais a substância está na forma não ionizada. PKA lidocaína = 7,9
214
A duração dos AL depende de…
Da capacidade de ligação às proteínas plasmáticas (albumina p.ex.) *lembrar que a forma ativa é a livre
215
Dose máxima lidocaína
Sem vaso: 5mg/kg Com vaso: 7mg/Kg *Bupivacaina: 3mg/kg
216
Sinais e sintomas de intoxicação por AL
- Parestesia perioral e gosto metálico (sinais precoces) - Tontura, Zumbido, cefaleia, confusão mental, convulsões, coma - Arritmias, depressão cardíaca, choque cardiogênico - Meta-hemoglobinemia, hipertermia maligna - Óbito TTO: Suporte e se disponível emulsão lipídica EV
217
Exemplos fios absorvíveis
Catgut Monocryl (poliglecaprone 24) Vicryl (poliglactina 910) Ácido poliglicolico (Dexon S) Maxon (poligliconato) PDS II (polidioxanona) *podem ser biológicos como o Catgut ou sintéticos
218
Exemplos fios inabsorvíveis
Naturais: algodão, seda e linho Sintéticos: - Nylon (mono ou multifilamentar - POLIAMIDA) - Prolene (polipropileno) - Ethibond/Marsilene (poliéster) - Aço
219
Tempo para retirada de pontos Face, braços, tronco e palmas e solas
Face: 3 a 5 dias Braços: 7 a 10 dias Tronco e pernas: 10 a 14 dias Palmas e solas: 14 a 21 dias
220
Tecido com tensão alta (tendão, isso, cartilagem, fáscia, vasos) devo dar preferência para que tipo de fio?
Inabsorviveis
221
Tecido com muita inflamação ou infecção, preferencialmente que tipo de fio escolher?
Monofilamentar e inabsorvivel
222
Achei um nódulo na tireoide de um paciente, como prosseguir?
1: Solicitar TSH - TSH baixo: hipertireoidismo > solicitar cintilografia - TSH normal: eutireoidismo > solicitar USG e avaliar PAAF - TSH alto: hipotireoidismo > USG e avaliar PAAF
223
Bócio mergulhante
Bócio com componente intratorácico Sempre pedir TC e tórax antes de operar (acesso preferencialmente cervical, mas eventualmente torácico)
224
Bócio Quais resultados possíveis da cintilografia e quando puncionar
- Normal: não precisa puncionar - Bócio difuso tóxico (Graves): captação total pela glândula - não puncionar - Bócio uninodular tóxico (Plummer): grande captação de contraste em uma área específica - não puncionar - Nódulo hipocaptante: área menos captante na tireoide - PUNCIONAR *Bócio tóxico: produz hormônios - não puncionar
225
Doença de Graves Causa e como leva ao bócio
Causa: TRAb (autoimune) - Ativação dos receptores de TSH levando a alta síntese hormonal e crescimento glandular
226
Quando operar tireoide e bócio?
- Suspeita ou confirmação de malignidade - Hipertireoidismo refratário a tratamento clínico e radioterapia - Sintomas compressivos - Bócio mergulhante - Queixa estética
227
Tratamento bócio tóxico - Pilares
- Controle sintomático (betabloq) - Drogas anti-tireoidianas (metimazol, propiltiouracil) - Radioiodoterapia - Cirurgia
228
Por que não operar paciente com hipertireoidismo descompensado?
Risco de crise tireotoxica
229
Tipos de CA de tireoide
Das células parafoliculares: - CA medular (5 a 10%) Das células foliculares: - CA papilifero (80%) - CA folicular (10%) - Outros (5% - insular, anaplásico)
230
Carcinoma bem diferenciado de tireoide Características
Possui 3 características da célula folicular normal 1 - Capta iodo (NIS) - pôde-se usar radioiodoterapia para adjuvância 2 - Responde a TSH - tratamento adjuvante com supressão de TSH 3 - Produz tireoglobulina - marcar sérico para controle da doença (deve zerar)
231
Características dos nódulos tireoidianos no USG que indicam PAAF
- **Hipoecogênico** - Microcalcificações - Vascularização central - Margens irregulares - Extensão extra-tireoidiana - Mais alto que largo - Crescimento documentado
232
Seguimento pós tratamento CA de tireoide
- USG - Tireoglobulina e anti-tireoglobulina (se níveis aumentarem fazer PCI - pesquisa de corpo inteiro com cintilografia)
233
Carcinoma medular de tireoide Principais características
- Derivado de células parafoliculares (células C) da crista neural produtoras de calcitonina - SECRETA CALCITONINA! - Mais agressivo e com pior prognóstico em relação aos cânceres bem diferenciados da tireoide.
234
Tipos de carcinomas medulares de tireoide
Esporádico (75%) Familiares (25%) - Associados a mutação do gene *RET* e associação com tumores neuroendócrinos múltiplos (NEM 2A e NEM 2B)
235
Para que pesquisar mutação RET no paciente com CA medular de tireoide?
Se positivo em familiares de primeiro grau fazer tireoidectomia profilática
236
Tratamento carcinoma medular de tireoide
Tireoidectomia total + esvaziamento cervical central PARA TODOS - Esvaziamento cervical lateral em alguns casos (se N+ ipsilateral, se N0 e calcitonina < 200 ipsilateral, se > 200 contralateral) Não fazer radioiodoterapia ou supressão hormonal.
237
Exames para seguimento pós tratamento do carcinoma medular de tireoide
Calcitonina (tempo de suplicação impacta no tempo de sobrevida) e CEA
238
Câncer de tireoide que representa 1% do total, mas 40% dos óbitos, de prognóstico péssimo e tratamento praticamente paliativo
Carcinoma indiferenciado anaplásico de tireoide
239
Complicações imediatas tireoidectomias
Hematoma cervical (abrir pontos e evacuar hematoma para garantir via aérea) Hipocalcemia (lesão de paratireoides, repor cálcio e calcitriol) Lesão do nervo laríngeo inferior
240
Tipos de lesões do laríngeo inferior (recorrente) e suas complicações
- Unilateral • Paralisia mediana: disfonia • Paralisia paramediana ou lateral: piora da voz - Bilateral • Paralisia paramediana: voz ruim, respiração boa • Paralisia mediana: dispneia importante (TQT)
241
Complicações tardias tireoidectomias
Disfonia: transitória (até 6m) ou permanente Hipoparatireoidismo: transitório (até 6m) ou permanente
242
Indicações cirúrgicas de diverticulite aguda não complicada
Absolutas: - Complicações (abscesso, fístula) - Falha do tratamento conservador ou deterioração clínica - Episódios recorrentes - Sintomas intratáveis Relativas - Imunossupressão, diverticulite em cólon direito, estenose, jovens
243
Sinal de Rigler indica …
Presença de pneumoperitônio (Visualização da parede gástrica ou intestinal no RX por gás na cavidade)
244
Sinal de Chandelier
Dor intensa abdominal pélvica com à mobilização do colo uterino
245
Classificação de Hinchey
I - Abscesso pericólico confinado II - Grande abscesso que se estende pra a pelve (ou retroperitonial) III - Peritonite purulenta IV - Peritonite fecal
246
Camadas da parede abdominal anterior
Pele > Subcutâneo (Camper e Scarpa) > Aponeurose oblíquo externo > Músculo oblíquo externo, interno e reto no meio > Transverso > Fáscia transversalis > Gordura préperitoneal > peritônio
247
Hérnias Abaixo da linha arqueada de Douglas não há ____________
aponeurose posterior
248
A vascularização da parede abdominal é feita principalmente pelos vasos ______, tanto os superiores (que são ramos da ____) e os inferiores (que são ramos da _____)
Epigástricos. Superiores ramos da mamária Inferiores ramos da ilíaca externa
249
Anel inguinal Conceito
Abertura na aponeurose do oblíquo externo
250
Limites Triângulo de Hasselbach
○ Vasos epigástricos inferiores ○ Ligamento inguinal ○ Borda lateral do m. reto abdominal
251
Limites do canal inguinal
○Anterior: aponeurose do oblíquo externo e finaliza no ligamento inguinal. ○Inferior (chão do canal): fáscia transversalis/m. transverso. ○Início (região lateral e profunda): anel inguinal interno com abertura na fáscia transversais ○Final (região medial e superficial): anel inguinal externo com abertura do m. oblíquo externo.
252
Conteúdo do canal inguinal em homens e mulheres
Homens: - Cordão espermático - M. cremaster - Artéria e veia testicular - Ducto deferente - Vasos cremastéricos - Processo vaginalis - Ramo genital do nervo genitofemoral Mulheres: Ligamento redondo
253
ORIFÍCIO MIOPECTÍNEO DE FROUCHARD
Região da parede abdominal anterior que não é protegida por musculatura = mais propensa à formação hérnias. ○ Pode ser dividido em superior e inferior pelo ligamento inguinal. - Superior = dividido em medial e lateral pelos vasos epigástricos. ● Medial: hérnias diretas ● Lateral: hérnias indiretas - Inferior = hérnias femorais
254
OAA CARDIOEMBÓLICA Clínica
○ Dor hiperaguda ○ Sem claudicação prévia (na maioria das vezes) ○ Paciente não tem circulação colateral (isquemia progride rápido) ○ Assimetria grosseira de pulsos nos membros inferiores (o outro membro é saudável)
255
OAA CARDIOEMBÓLICA Diagnóstico
Clínico
256
OAA CARDIOEMBÓLICA Impactação de trombo em áreas de bifurcação (mudança de calibre); local mais comum é a bifurcação da artéria ____.
Femoral comum
257
OAA CARDIOEMBÓLICA Tratamento
Revascularização - Primeiramente deve-se adotar a anticoagulação plena imediata (Heparina 5.00UI EV) - Tratamento de doenças de base, ventricular ou atrial. - Embolectomia com cateter de Forgaty (arteriotomia transversa - melhor para fechamento primário) - Heparinização local
258
OAA CARDIOEMBÓLICA Síndrome de reperfusão
- Muito importante principalmente se > 6 horas - Quadro de acidose, hipercalemia, mioglobinúria - Para membros com isquemia irreversível, considerar amputação antes da revascularização
259
Queimaduras Deve-se ou não estourar/desbridar os flictenas?
Para o ATLS: NÃO! Mas já em centros de queimados o cirurgião plástico vai realizar o desbridamento para melhor avaliação da profundidade da lesão.
260
Queimaduras Zonas de Jackson
○ Zona de coagulação (necrose) - Destruição celular total (irrecuperável - necessita de desbridação e reconstrução) ○ Zona de estase (isquemia): ‘’ a queimadura aprofunda’’, células viáveis, com risco de evoluir para morte celular (conduta clínica bem feita pode manter as células viáveis - hidratação, evitar infecção) ○ Zona de hiperemia (inflamação) - Vasodilatação compensatória, dor, edema; - Todas as células viáveis - Não progride
261
Grande queimado
Paciente com queimadura de 2° ou 3° grau que possuem: > 15% SCQ, em crianças; > 20% Superfície Corpórea Queimada (SCQ) em adultos
262
Queimados Parkland
Fórmula de Parkland: 4mL x Peso x % SCQ ○ Metade nas primeiras 8h do trauma ○ Outra metade nas 16 horas subsequentes *mudou no último ATLS (10ª edição) para a fórmula de Brooke modificada: 2ml X Peso X % SCQ
263
Queimados Regra dos nove de Wallace
Cabeça: 4,5% anterior e 4,5% posterior (9% total) MMSS: 4,5% ant e 4,5% post CADA BRAÇO (18%) Tronco: 18% ant (tórax + abdome) e 18% dorso (36%) MMII: 9% ant e 9% post CADA PERNA (36%) Genitália: 1%
264
Queimaduras Critérios de internação
° Queimaduras de 2° e 3° graus: - Com mais de 20% da SCQ em qualquer idade - Com mais de 10% da SCQ em pacientes < 10 ou > 50 anos ° Em face, períneo, mãos, pés e grandes articulações ° Queimaduras de 3° grau em qualquer extensão ° Suspeita de lesão inalatória ° Queimaduras circunferenciais ° Queimaduras elétricas, químicas, associadas a politraumatismo ° Queimaduras em pacientes com doenças crônicas, com questões sociais
265
Queimados Para quem fazer reposição EV de cristaloide e qual a solução preferencial?
Grandes queimados (> 20%SCQ em adultos e > 15% em crianças - SRL aquecida
266
Queimados Principal parâmetro que norteia os ajustes da reposição volêmica
Diurese Meta: 0,5ml/Kg/hora para adulto 1ml/Kg/hora para crianças
267
Queimados Fórmula para reposição volêmica na criança
3 ml RL x Peso X %SCQ Se <30 Kg acrescentar glicose pelo risco de hipoglicemia (4ml se queimadura elétrica)
268
Queimados Escarotomia, quando indicar?
Queimaduras profundas (com terceiro grau) circunferências, impedindo ventilação por exemplo.
269
Queimados Principal medicação tópica
Sulfadiazina de prata 1% - hoje comercializado junto com nitrato de cálcio (imunomodulador - inibidor LPC) * Dermacerium (pomada com os dois juntos)
270
Queimaduras elétricas Valor considerado alta voltagem
> 1000 V
271
Queimaduras elétricas Resistência tecidual (do maior para o menor)
Osso > pele > músculo > vasos > nervos *maior resistência = maior dissipação de calor (“queimadura de dentro para fora”)
272
Quais pacientes com queimaduras elétricas precisam de ECG na admissão?
TODOS!! E a maioria (principalmente se graves), merecem monitorização contínua
273
Síndrome compartimentam é uma complicação muito associada a queimaduras …
Elétricas !
274
Diagnóstico síndrome compartimental 5 P’s
1. Pain 2. Parestesias 3. Poiquilotermia 4. Palidez 5. Perda de pulso - tardia *Pressão compartimental > 30 mmHg
275
Tratamento síndrome compartimental
- Fasciotomia (Diferente da escarotomia que é indolor pelas queimaduras de terceiro grau, aqui a pele não está queimada então dói muito, fazer em CC sob anestesia)
276
Hidratação venosa na queimadura elétrica
4ml X peso x % SQC tanto no adulto como na criança * Meta 1 a 1,5 ml/Kg/h de DU
277
Queimaduras Tratamento cirúrgico padrão ouro
Excisão tangencial + enxertia de pele parcial
278
V ou F Queimaduras por ácidos são mais graves que por alcalis!
Falso! Álcalis são piores no geral
279
Sequela de queimaduras Contratura
Perda de função pela contração da ferida no processo de cicatrização
280
Úlcera de Marjolin
CEC invasivo indiferenciado em cicatrizes de queimaduras (principalmente, mas pode ocorrer em qualquer ferida crônica - baixo prognóstico).
281
Flashburn
Confundida com queimadura elétrica, no flashburn há a ausência de circulação de corrente elétrica pelo corpo. O mecanismo de lesão é duplo, por dissipação de calor e por contusão ○ Corrente fonte – objeto metálico ○ Tratamento -> lesão ao tratamento da lesão térmica, na dúvida tratar como lesão elétrica.
282
Nódulo pulmonar é uma lesão pulmonar arredondada de até ____ cm, se maior que isso denomina-se massa pulmonar.
3 cm !
283
CA de pulmão Qual a diferença em nódulo sólido, semi-sólido e sub - sólido e qual o mais característico de câncer?
- Sub-sólido: Lesão que possuem algum componente em vidro fosco. Opacidade que permite a visualização dos vasos e brônquios. - Sólido: Lesão totalmente radiopaca (branca), não conseguimos ver nada em seu interior. Risco intermediário de CA (pode ser benigno). Semi-sólido: Lesão sólida com porções sub-sólidas (principalmente ao redor). ALTO RISCO DE CA.
284
CA de pulmão V ou F Os nódulos sub-sólidos são os nódulos de maior risco de câncer.
VERDADEIRO. O adenocarcinoma inicia-se como aparência de lesão em vidro fosco, que vai adquirindo componente sólido com o avançar da doença.
285
Câncer de pulmão Fatores de risco relacionados ao paciente
TABAGISMO! História familiar (síndromes genéticas) Idade (> 55 – 60 anos) Sexo feminino (mesmo não tabagistas) Etnia asiática (principalmente mulheres) Enfisema pulmonar.
286
Câncer de pulmão Fatores de risco relacionados ao nódulo
- Tamanho (> 15 mm) - Padrão de calcificação (excêntrica - mais sugestivo de malignidade) - Padrão de crescimento (taxa de duplicação - dobra o tamanho de 6 a 12m) - Localização (lobo superiores principalmente) - Bordas (espiculadas / retração pleural) - Parte sólida + Parte em vidro fosco (semi-sólidos)
287
Câncer de pulmão Seguimento nódulo pulmonar sólido
Se < 6mm não precisa de seguimento se baixo risco, se alto risco repete com 1 ano. Se 6 a 8 mm seguimento de 6 a 12 meses por cerca de 3 anos Se > 8mm baixo risco repete TC em 3m ou biópsia
288
Câncer de pulmão Seguimento nódulo pulmonar sub - solido (todo em vidro fosco)
< 6mm: alta se único. Se múltiplos repetir TC em 6m 6mm ou mais repetir TC em 6m Lesão cresceu ou SOLIDIFICOU = biópsia
289
Como biopsiar um nódulo pulmonar?
- Broncoscopia (se for mais central) Ou - Percutânea (se for periférico) Ou - Cirúrgica (exceção)
290
Qual o câncer que mais mata no mundo?
Câncer pulmonar!
291
Tipos de carcinoma pulmonar não pequenas células (CPNPC)
- Adenocarcinoma (mais prevalente) - Carcinoma de células escamosas - Tumor carcinóide
292
Qual o principal tipo de câncer pulmonar?
Adenocarcinoma!! O segundo é o carcinoma de células escamosas (ambos são cânceres de não pequenas células)
293
Carcinoma pulmonar de pequenas células (CPPC)
Tipo de câncer pulmonar, é um tumor neuroendócrino muito agressivo. - Alta taxa de metástase e Sd da veia cava inferior - Pacientes muuito tabagistas usualmente
294
Câncer de pulmão Tumor carcinóide
Tumor neuroendócrino, porém não de pequenas células. - Acomete pacientes jovens com sintomas infecciosos e pode não ter relação com tabagismo. - Atelectasia e lesão endobrônquica (paciente pode sibilar muito, ser confundido com uma asma que não melhora com o tratamento. Hemoptise). - Diferenciação histopatológico em: - Típico: menos invasivo, indolente (cresce invadindo a via aérea, a obstruindo) - Atípico: mais agressivo, com necrose - Quase sempre tratamento cirúrgico (responde mal a quimio e radioterapia).
295
Adenocarcinoma de pulmão
- Câncer de pulmão mais prevalente - É um CA não pequenas células - Relação com não tabagistas, porém o principal fator de risco ainda é o tabagismo - Maior relação com Orientais e mulheres jovens - Relacionado a mutações genéticas: EGFR e ALK o favorecem
296
Por que rouquidão pode ser um sintoma importante de câncer de pulmão?
Pela invasão tumoral do nervo laringeo recorrente
297
Tumor de Pancoast
Acometimento tumoral do ápice pulmonar e estruturas adjacentes, que pode causar dor no membro superior, parestesia, além da Sd de claude bernard-horner (anidrose facial ipsilateral, miose e ptose palpebral)
298
Síndrome de claude bernard-horner Conceito e Tríade clínica
Interrupção da via simpática cervical - Anidrose facial ipsilateral - Miose - Ptose palpebral
299
Quais os critérios para ressecção de metástases pulmonares? (4)
1. Tumor primário controlado/tratado (obrigatório) 2. Todas as metástases podem ser ressecadas (obrigatório) 3. Intervalo livre de doença maior que 2 anos (não obrigatório) 4. Menos de 4 nódulos pulmonares (não obrigatório).
300
Exames para estadiamento de câncer pulmonar
1. Não invasivos: TC de tórax, PET-TC, TC/RNM de crânio Se qualquer sinal de metástase ou doença localmente avançada: 2. Invasivos: EBUS-TBNA, mediastinoscopia e videotoracoscopia
301
Principal fonte de disseminação do câncer de pulmão
Linfática
302
Estadiamento do Câncer de pulmão TNM simplificado
T1: até 3 cm T2: até 5 cm T3: até 7cm T4: > 7 cm Linfonodo: 10 - 14: N1 se do mesmo lado do tumor - Mediastinais ipsilateral ao tumor: N2 - Contralaterais ao tumor: N3 M: metástase ou derrame pleural OBS: Tis: tumor sem componente sólido Tmin: 5mm de componente sólido Pleura visceral: T2 Invasão da parede torácica: T3 Nervo laríngeo (rouquidão: T4)
303
Câncer de pulmão Tratamento, se: - Estágios iniciais + possibilidade de ressecção completa + sem linfonodos mediastinais
Tratamento cirúrgico
304
Câncer de pulmão Tratamento, se: - Elevado risco de doença metastática + apenas uma cadeia linfonodal mediastinal positiva
Tratamento sistêmico (QT ou Imunoterapia) + tratamento cirúrgico.
305
Câncer de pulmão Tratamento, se: - Doença metastática + linfono mediastinal positivo
Radioterapia + tratamento sistêmico (QT, terapia alvo ou imunoterapia)
306
Câncer de pulmão Tipos de tratamentos cirúrgicos
- Lobectomia com dissecção linfonodal mediastinal (mais usado - padrão ouro) OU - Segmentectomia anatômica com dissecação linfonodal mediastinal (nova abordagem possível para tumores iniciais - Adenocarcinoma, tumores em vidro fosco ou com pouca calcificação associada, periférico e < 2 cm) Ambos podem ser feitos por videotoracoscopia.
307
Câncer de pulmão de 2.1 cm, sem suspeita de metástases linfonodais hilares mediastinais ou a distância, qual extensão da ressecção pulmonar é recomendada?
Lobectomia! (Segmentectomia só pode ser considerada se < 2cm)
308
Paciente com adenocarcinoma pulmonar de 5cm com infiltração na pleura e linfonodos mediastinais homolaterais e contraleterais positivos. Qual tratamento adequado?
N3 mesmo que sem evidência de metástase, então: Radioterapia + terapia sistêmica - QT Sem cirurgia
309
De forma geral as calcificações em nódulos pulmonares sugerem benignidade, como por exemplo a calcificação em pipoca, típica de hamartoma. Qual tipo de calcificação é sugestiva de malignidade?
Excêntrica!
310
Urina clara no começo da micção que vai se tornando rósea e vermelha ao fim é indicativo de hematúria com origem…
VESICAL! Hematúria ao final da micção sugere patologia vesical!
311
No câncer de bexiga a cistectomia está indicada a partir de T___ (T1/Ta/Ta de alto grau/T2)
T2 - quando atinge a camada muscular
312
Qual o tipo tumoral maligno vesical mais comum?
Carcinoma de células transicionais
313
Qual tipo de fundoplicatura tem 360 graus?
Nissen
314
Quais os tipos de úlcera gástrica que NÃO estão associados à produção ácida?
I (pequena curvatura) e IV (próxima a cárdia)
315
V ou F H. Pylori é a principal causa de dispepsia funcional.
Falso - Dispepsia funcional é um quadro de dispepsia na qual não há explicação por alteração gástrica.
316
Crianças com suspeita de DRGE, podemos tratar empíricamente?
Não! Em crianças existe a necessidade de comprovação com exame (phmetria) e o tratamento preferencial é alteração das fórmulas alimentares e medidas comportamentais.
317
Em portador de úlcera peptica pré política tipo III, com indicação de tratamento cirúrgico, a operação de escolha é …
Amtrectomia + vagotonia troncular
318
Câncer de apêndice Conduta ****
Descoberto pré ou intraoperatório: • Apendictomia + biópsia ou retirada do linfonodo sentinela + TC TAP + CEA + Colono Descoberta no anatomopatológico: TC TAP + CEA + colono - Menor ou igual a 1cm = apendicectomia + seguimento - Base acometida, mico ele, maior que 1cm ou metástase = colectomia direita
319
Mulher na faixa dos 40 anos, apresentando prurido, alteração de enzimas canaliculares e xantelasma, pensar em que doença e qual o primeiro exame a pedir?
Colangite biliar primária Anticorpo anti-mitocôndria
320
V ou F A hiperamilasemia deve levantar suspeita de lesão duodenal em traumas fechados
Verdadeiro. Pela proximidade anatômica.
321
Em relação aos hematomas traumáticos de retroperitônio (V ou F): HEMATOMAS EM ZONA 1 NUNCA DEVEM SER EXPLORADOS
Falso. Hematomas em zona 1 (vasos centrais como aorta e veia cava superior) do retroperitônio SEMPRE devem ser explorados pelo alto risco de hemorragia.
322
Em relação aos hematomas traumáticos de retroperitônio (V ou F): HEMATOMAS EM ZONA 3 SEMPRE DEVEM SER EXPLORADOS
Falso. Hematoma na zona 3 é normalmente secundário a fratura pélvica (zona 3 tem predominantemente vasos pélvicos) e não deve ser explorado, a menos que uma hemorragia exsanguinante. seja óbvia.
323
Em relação aos hematomas traumáticos de retroperitônio (V ou F): HEMATOMAS EM ZONA 2 NUNCA DEVEM SER EXPLORADOS
Falso! Um hematoma na região da zona 2, que predominantemente contém os rins, deve ser explorado se o hematoma estiver em expansão ou houver sangramento ativo.
324
SCA ocorre com PIA acima de ...
20 mmHg
325
Janelas ultrassonográficas avaliadas durante o E-FAST
326
Janelas ultrassonográficas avaliadas durante o FAST
- Janela subxifóidea - QSD (Espaço Hepatorrenal) - QSE (Espaço Esplenorrenal) - Janela Suprapúbica
327
Seguimento pacientes com Barret e achados indefinidos para displasia em EDA
- Otimizar tratamento com IBP e repetir EDA em 2 a 6 meses
328
Qual é a complicação mais comum da DRGE?
Esofagite erosiva.
329
V ou F? Dexametasona está indicada para TTO de náuseas e vômitos após QT.
Verdadeiro, após os antagonistas de serotonina como a ondansetrona, os corticoides estão indicados para tratamento de náuseas e vômitos pós QT.
330
Lesões metastáticas do fígado tem como origem principal tumores de...
Cólon e reto.
331
Qual a forma mais grave e letal do câncer de pele?
Melanoma (75% dos óbitos por CA de pele), mas costuma ser raro
332
Tipo mais comum de melanoma (70% dos casos)
Melanoma extensivo superficial ! *Mais relacionado a nevos. Assimetria e variação de cores.
333
Melanoma nodular
Segundo tipo mais comum de melanoma Crescimento vertical desde o começo Detecção precoce mais difícil
334
Diagnóstico melanoma
- Exame físico completo com palpação de linfonodos - ABCDE (lesão assimétrica, bordas irregulares, coloração heterogenia, diâmetro > 5mm, evolução rápida) - BIÓPSIA EXCISIONAL MARGINAL DE PELE TOTAL COM FECHAMENTO PRIMÁRIO *Se lesão muito grande ou em face é aceito biópsia incisional ou punch
335
Melanoma Classificação de Breslow
- Profundidade em espessura do melanoma (guia a ampliação de margens e pesquisa de linfonodo) - > 0,8mm de espessura - mau prognóstico • Breslow > 1mm = ampliar margens para 2 cm • Breslow < 1mm = amplia 1cm • Breslow > 0,8mm = pesquisar linfonodo sentinela • Breslow < 0,8mm = não precisa pesquisar linfonodo
336
Sarcoma
Neoplasia maligna do tecido conjuntivo pluripotente (osso, músculo, adiposo, cartilagem) - mais de 60 doenças
337
Sarcomas Quadro clínico
Massa de partes moles de crescimento progressivo e indolor (geralmente percebem quando comprimem estruturas adjacentes) em
338
Sarcoma Diagnóstico
- Exame de imagem (TC ou RNM) - Biópsia por agulha grossa ou, menos comum, incisional (nunca PAAF). *Quanto mais indiferenciado, mais ruim
339
Sarcoma de retroperitôneo
- Muito raro - Maioria lipossarcoma ou leiomiossarcoma - Suspeita se aumento do volume abdominal e síndrome consumptiva - Dx: TC abd e pelve - Ressecção com margens livres - AQUI NÃO FAZ BIÓPSIA DE TUMORES RETROPERITONIAIS (apenas se inoperáveis ou dúvida diagnóstica)
340
Ferimento descolante Fechamento primário é a melhor opção?
Não, geralmente evolui com necrose pq já há necrose de vasos. Se paciente instável, retirar enxerto de pele e fazer enxertia em segundo momento. Se paciente estável, enxertia oi retalho Se descolante oculto geralmente faz se esvaziamento por punção ou cirurgia
341
Tumor desmoide
Neoplasia de decido fibroblastico Não é sarcoma Não dá metástase Alta morbidade - cresce muito e alta taxa de recidiva Esporádico ou associado a Sd de Gardner (necesssario fazer colono) - epidemiologia principal: mulher jovem, cirurgia prévia (cicatriz, trauma, cesariana) - Bolinha na cicatriz, tumor de parede
342
Tumor desmoide Conduta
- Watch and Wait (pode regredir espontaneamente, operar e recidivar) - Inibidor COX 2 - Tamoxifeno - QT ou RT - Cirurgia última opção
343
Dermatofibrosaecoma
Sarcoma cutâneo Responde a Imatinib Tronco de jovens Sem metástases Cura com ressecção, mas altas taça de recidiva
344
Tipos de tumores de apêndice
Tumores epiteliais: adenocarcinoma, é o que mais se apresenta como apendicite aguda Tumores mucinosos: raros, maioria é benigna, produção de muco
345
Tumores neuroendócrinos de apêndice Características
- Secretam serotonina - Levam a síndrome carcinoide (rubor facial, sibilos, diarreia) - sinal de metástase - Mais comum na ponta do apêndice
346
Tumores neuroendócrinos do apêndice Conduta
- Se Sd carcinoide: TC TAP + 5-HIAA urinário + cromogranina A sérica + Octreoscan - Se achado no AP: • < 1cm: apendicectomia é curativa • > 2 cm: colectomia direita
347
Qual o principal preditor de hemorragia varicosa?
Tamanho (calibre) das varizes
348
O divertículo de Meckel está localizado
Na borda antimesentérica do íleo, 45 a 60cm próximo a válvula ileocecal.
349
Qual a etiologia mais comum de fístula colovesical?
Diverticulite aguda
350
Hemorroidas são formadas por…
Arteríolas + veias (Hemorroidas são estruturas presentes em todas as pessoas, ajudam na continência)
351
Linha que divide Hemorroidas internas e externas
Linha pectínea/denteada Acima = internas Abaixo = externas
352
Hemorroidas internas X hemorroidas externas
Interna: acima da linha pectínea, recoberta de mucosa, plexo hemorroidario superior, inervação visceral - não dói, complica mais com sangramento Externa: abaixo da linha p, recoberta pelo anoderma ou pele, plexo hemorroidário inferior, inervação somática - dói
353
Posição dos coxins hemorroidários
Lateral esquerda (3h) Posterior direito (7h) Anterior direito (11h) Padrão 12h linha média anterior
354
Principais sintomas das hemorroidas internas
Prolapso e sangramento vivo
355
Principais sintomas das hemorroidas externas
Dor, prurido e abaulamento Trombose - dor aguda - nodulação local
356
Classificação das Hemorroidas internas (4 graus)
Grau I - Ingurgitamento sem prolapso Grau II - Prolapsa com esforço e retorno espontâneo Grau III - Prolapso abaixo da linha pectínea com esforço e retorno manual Grau IV - Hemorroidas não reduzem
357
Tratamento doença hemorroidária
- MEV para todos - Internas grau II: ligadura elástica ou escleroterapia (se refratárias ao tto clínico) - Cirurgia: trombose de repetição, internas G III e IV, insucesso do tto clínico ou ambulatorial com escleroterapia
358
Técnicas excisionais de hemorroidectomia
- Milligan-Morgan (deixa aberto) - Ferguson (fechada) *Nenhuma superior a outra, escolha do cirurgião *Muita dor pós operatória
359
Técnicas não excisionais para hemorroidas internas principalmente
PPH - Prolapso circunferências da mucosa retal - com grampeador (principal complicação- sangramento) THD - Transanal hemorrhoidal dearterialization (não mais disponível no BR, sutura com USG acima da linha pé tinha - 6 a 8 pontos)
360
Principais complicações pós operatório de hemorroidectomia
- Dor anal (aguda) - Retenção urinária (aguda) - Estenose anal (crônica) - Incontinência se lesão do esfíncter - Sangramento - Infecção (fournier)
361
Características das fissuras anais crônicas
• > 6 semanas • Hipertrofia esfíncteriana • PLICOMA SENTINELA • Papila hipertrófica • Ulceração esbranquiçada
362
Tratamento fissuras anais agudas
Clínico: - Bloqueador de canal de cálcio tópico – Diltiazem. - Regularização do hábito evacuatório. - Aumento da ingesta de fibras e água. - Banho de assento.
363
Tratamento fissuras anais crônicas
Cirúrgico – esfincterotomia lateral interna - Padrão ouro (lembrar das fissuras crônicas) - reduz o tônus do canal anal.
364
Fístulas perianais Classificação de Parks
○ Parks 1 – interesfincteriana – 45% (mais comum, melhor pra tratar - fistulectomia) ○ Parks 2 – transesfincteriana – 30% ○ Parks 3 – supraesfincteriana – 20% ○ Parks 4 – extraesfincteriana – 5%
365
Fístulas perianais Regra de Goodsall-Salmon
○ Orifício externo anterior - Trajeto linear para cripta correspondente. ○ Orifício externo posterior - Trajeto curvilíneo para cripta média posterior. ○ Orifício > 3cm da borda anal - Trajeto curvilíneo para cripta média posterior ou outra cripta.
366
Fístulas perianais complexas
○ Extraesfincterianas. ○ Supraesfincterianas. ○ Transesfincterianas com > 30% envolvimento esfíncter externo. ○ Doença de Crohn, radioterapia, neoplasia.
367
Tratamento fístula perianal simples (<30% do esfíncter / superficiais / interesfincterianas)
- Fistulectomia - Fistulotomia
368
Tratamento fístula perianal complexa (alto risco de incontinência)
- Sedenho: comunica orifício interno e externo com sedenho, podendo apertá-lo gradativamente para gerar fibrose do trajeto. - Retalhos. - LIFT.
369
Abscesso perianal O que é e clínica?
Infecção das glândulas de Chiari *Aproximadamente 50% apresentam fístulas perianais. Clínica: ○ Presença de sinais flogísticos. ○ Muita dor perianal! ○ Edema em casca de laranja.
370
Abscesso perianal Tratamento
○ Drenagem!! ○ Com ou sem ATB *Cuidado com evolução para Fournier, bem como para fístulas perianais.
371
Abscesso perianal Classificação de Parks
Abscesso perianal - Supraelevador (pesquisar inflamação abdominal - relacionado com apendicite e diverticulite) - Isquiorretal - Perianal - Interesfincteriano
372
Critérios diagnósticos de pancreatite aguda
○ Dor típica em abdome superior - Clássica dor de abdome em barra, aguda, de início recente, que irradia para o dorso, associada a vômitos e náuseas ○ Elevação de enzimas (> 3x o limite superior da normalidade) - Amilase (pico precoce); Lipase (permanece elevado por maior período - maior especificidade) ○ Achados de imagem sugestivos compatíveis com pancreatite aguda.
373
Classificação Atlanta Modificada (2013) - pancreatite aguda (leve, moderadamente grave e grave)
○ Leve: - Ausência de disfunções orgânicas - Sem complicações locais - Sem exacerbação de comorbidades. ○ Moderadamente grave: - Disfunção orgânica reversível em 48h - Com ou sem complicações locais ou piora comorbidades. ○ Grave: - Disfunção orgânica que perdura por mais de 48h.
374
Classificação tomográfica de Baltazar Prognóstico pancreatite aguda
○ A = normal ○ B = aumento volumétrico ○ C = inflamação peripancreática ○ D = coleção líquida aguda única ○ E = 2 ou mais coleções.
375
Pancreatite grave se Ranson > ou = a ___
3
376
Critérios de Ranson após 48h Pancreatite aguda biliar
PESU hoje cai - PO2 < 60 - Excesso de base < -5 - Sequestro de líquidos > 4L - Ureia com aumento > 4 - Hematócrito em queda > 10% - Cálcio < 8
377
Critérios de Ranson admissão Pancreatite aguda biliar
Larissa inteligente tem grandes lábios - Leucometria >18.000 - Idade > 70 anos - TGO > 250 - Glicemia > 220 - LDH > 400
378
Colecistectomia na pancreatite aguda
Previne novos quadros - PA leve: colecistectomia na mesma internação - PA grave e coleções e /ou necrose: aguardar estabilizar quadro inflamatório (+/- 6 semanas).
379
CPRE na pancreatite aguda
Se coledocolitíase (sem migração dos cálculos) + Colangite
380
Pancreatite crônica Quadro clínico
○ Dor abdominal - Em faixa no abdome superior, típica - Pós-alimentar - Pode demonstrar irradiação para dorso ○ Insuficiência pancreática - Esteatorréia – principal manifestação - Diarreia gordurosa por desabsorção, mal cheirosa, aderente, oleosa - Desnutrição - Deficiência de proteínas e vitaminas - Deficiência endócrina; - Diabetes (risco de hipoglicemia).
381
Complicações pancreatite crônica
- Pseudocistos - Câncer - Pseudoaneurisma - Ascite pancreática - Trombose da veia esplênica
382
Tratamento pancreatite crônica
○ Dor abdominal - Abstinência etílica + dieta fracionada hipogordurosa - Analgesia farmacológica escalonada - Descompressão ductal - se estenoses e cálculos (endoscópica ou cirúrgica) - Bloqueio do plexo nervoso celíaco. ○ Insuficiência pancreática - Reposição de enzimas: lipase + amilase + protease - Tomar junto as refeições para melhor absorção - Hipoglicemiantes orais (para tratar quadros de diabetes associado, caso exista).
383
Linha que divide o fígado em lobo esquerdo e direito
Linha de cantlie
384
Cisto do ducto tireoglosso
Nódulo assintomático, palpável na linha média, que apresenta mobilidade durante deglutição ou protrusão da língua (Sinal de Sistrunk - sinal clínico quase patognomônico do cisto do ducto tireoglosso).
385
Cisto do ducto tireoglosso Fisiopatologia
A tireoide se origina na base da língua. Na quarta semana de gestação, ocorre migração da base da língua, região anterior da laringe e faringe, até se depositar na traqueia. 5ª a 10ª semana: ocorre a obliteração do ducto tireoglosso (processo fisiológico), cranialmente, ocorre a formação do forame cego e, caudalmente, pode haver a formação do lobo piramidal através do preenchimento do trajeto com tecido tireoidiano. A falha do fechamento do ducto tireoglosso pode gerar um nódulo: cisto do ducto tireoglosso.
386
Sinal de Sistrunk
Mobilidade durante deglutição ou protrusão da língua - sinal clínico quase patognomônico do cisto do ducto tireoglosso.
387
Cisto do ducto tireoglosso Diagnóstico
Clínico! ○ USG (nódulo anecóico com paredes finas); ○ PAAF (conteúdo cístico, epitélio colunar pseudo-estratificado).
388
Cisto do ducto tireoglosso Tratamento
Cirurgia de Sistrunk - Ressecção de todo o trajeto do ducto e da porção anterior do hióide (não há prejuízo em deglutição ou fonação). ○ A retirada apenas do cisto apresenta alto risco de recidiva
389
Anomalias do aparelho branquial Tipos e localização
○ Cistos (75%): - Nódulo cístico, sem aberturas, completamente circunscrito. ○ Sinus: - Abertura apenas interna ou externa, podendo ter cisto. ○ Fístulas (25%): - Abertura para o meio interno e externo. Anteriormente ao músculo esternocleidomastóideo.
390
Anomalias do aparelho branquial Diagnóstico
Diagnóstico: é clínico; ○ Exames que podem complementar o diagnóstico: - Ultrassonografia - Fistulografia se houver suspeita de fístula - PAAF: cristais de colesterol (patognomônico).
391
Anomalias do aparelho branquial Tratamento
Excisão cirúrgica, com ressecção do cisto e todo o seu trajeto.
392
Linfangioma
Anomalia congênita benigna dos vasos linfáticos, em que ocorre uma dilatação de vasos linfáticos e baixo fluxo vascular.
393
Linfangioma Classificação
○ Macrocístico: - > 1 cm, sinônimo: Higroma cístico - Massa translucente, pouco delimitada, pele normal ○ Microcístico: - < 1 cm - Chamados de Linfangioma circumscriptum - Conglomerado de vesículas translucentes ou hemorrágicas ○ Misto
394
Linfangioma Quadro clínico
Desde assintomático até; ○ Lesões orais, cervicais, faríngeas, orbitárias. ○ Compressão de estruturas adjacentes. ○ Infecção. ○ Sangramento. ○ Dor.
395
Linfangioma Diagnostico
○ Exame físico: transiluminação (principalmente no macrocístico), igual ao realizado na hidrocele; ○ Complementares possíveis: RM, USG / TC, PAAF.
396
Linfangioma Tratamento
○ Observação: se lesões pequenas e assintomáticas. ○ Intervenção: se lesões sintomáticas, dolorosas, deformidade significativa ou ameaça de estrutura vital. ○ Escleroterapia é a primeira opção. Realizada a partir da punção e injeção do conteúdo esclerosante. ○ Laserterapia com CO2; ○ Interferon-alfa; ○ Propranolol; ○ Rapamicina (sirolimus); ○ Ablação por radiofrequência; ○ Excisão cirúrgica (apresenta alta taxa de recorrência, e há dificuldade de ressecção completa).
397
Anomalia vascular mais frequente em crianças
Hemangioma
398
Hemangioma Tratamento
○ Depende do tamanho, localização, morfologia, idade e crescimento. - Observação (maioria tem resolução espontânea). - Intervenções iniciando do menos invasivo: ● Beta bloqueador ● Corticosteroides sistêmicos ● Interferon / vincristina ● Terapia esclerosante ● Embolização ● Excisão cirúrgica.
399
Cisto dermoide
É um cisto revestido por epitélio, que pode apresentar evidência de anexos epiteliais (cabelo, folículo piloso, glândulas sebáceas) - diagnóstico diferencial com o teratoma. ● Um dos principais diagnósticos diferenciais do cisto de ducto tireoglosso, representa 25% das anomalias congênitas da linha média do pescoço.
400
Cisto dermoide Apresentação clínica
○ Mole, móvel ○ Normalmente = nódulo assintomático no assoalho da boca ○ Crescimento lento ○ Presente na Linha média ○ Topografia supra-hióidea ○ NÃO é elevado na deglutição - Não aderido (sem sinal de Sistrunk).
401
Cisto dermoide Diagnóstico e tratamento
● Diagnóstico Clínico! ● Exames complementares: ○ Ultrassonografia: sinal do “saco de bolas de gude” ○ Tomografia Computadorizada ○ PAAF: conteúdo mesodérmico ou epitelial ● Tratamento = excisão cirúrgica.
402
Costela cervical
Costela extranumerária junto à sétima vértebra cervical! ○Usualmente bilateral, porém frequentemente assimétricas ○O principal risco é o de compressão nervosa e/ou vascular.
403
Costela cervical Quadro clínico
○ Dor aguda ou em peso (devido a compressão) ○ Sensação de massa endurecida ○ Irradiação da dor para ombro, pescoço, membros superiores e tórax ○ Alteração da sensibilidade (parestesia) ○ Piora com elevação do membro superior.
404
Costela cervical Diagnóstico
Clínico, que pode ser auxiliado por exames complementares: ○ Rx de tórax ou coluna cervical ○ Tomografia Computadorizada.
405
Costela cervical Tratamento
○ Sintomas leves: Fisioterapia. ○ Sintomas severos e debilidade funcional: Cirurgia (ressecção da costela + escalenotomia).
406
Torcicolo congênito
Atitude anormal e permanente da cabeça em relação ao plano do ombro, devido a contratura do músculo esternocleidomastóideo (severidade variável). Causa desconhecida.
407
Torcicolo congênito Diagnóstico
Diagnóstico Clínico; ○ Na USG, pode-se ter o encontro de um pseudotumor de fibrose dentro do músculo esternocleidomastóideo (Fibromatosis colli).
408
Torcicolo congênito Tratamento
De acordo com a idade: ○ < 1 ano: - Fisioterapia intensiva - Alterações posturais - Adaptações do ambiente - A maioria resolve nessa fase. ○ > 1 ano: - Avaliar se a mobilidade cervical é limitada (< 15° de rotação) ou há assimetria facial, na presença considerar cirurgia: ● Miotomia ● Liberação muscular ● Desinserção da musculatura ● Ressecção do músculo fibrosado.
409
Qual tumor de pele mais comum?
CBC Carcinoma Basocelular
410
Qual a neoplasia maligna mais comum na raça humana?
Câncer de pele. *Principalmente CBC
411
CA de pele Carcinoma Basocelular V ou F Há influencia da latitude na prevalência.
Verdadeiro. Quanto mais próximo da linha do equador, maior risco - Austrália (40: 1) Finlândia
412
Principal localização dos cânceres de pele basocelulares (CBC)
80% são na região cervicofacial. ○ Ocorre apenas onde há pelos. ○ Localizações mais comuns: - Nariz (1/3 dos casos). - Região malar. - Pálpebras. - Couro cabeludo. - Sulco nasogeniano.
413
Principais subtipos dos cânceres de pele CBC
○ Nodular (70-80% dos casos) e superficial - Mais prevalentes e menos agressivos.
414
Tratamento dos cânceres de pele CBC
○ Curetagem ○ Crioterapia ○ Eletrocoagulação ○ Terapia fotodinâmica ○ Quimioterapia tópica ○ Radioterapia ○ Excisão cirúrgica (abordagem mais comum e mais eficiente).
415
O CEC de pele apresenta uma lesão precursora, qual?
Queratose actínica.
416
Apresentação clássica CEC de pele
○ Apresenta-se normalmente como uma placa ou pápula. ○ Quando a lesão é firme, mais fixa e ulcerada: pensar em forma invasiva.
417
Tratamento CEC de pele
○ Principalmente por meio da excisão cirúrgica. ○ O esvaziamento cervical terapêutico deve ser realizado quando há metástase. Lembrando que a taxa de metástase cervical é de aproximadamente 10% (CBC<1-3%). Radioterapia (o CEC não é tão radiossensível quanto o CBC): ○Tratamento primário nos casos não cirúrgicos.
418
Quando fazer pesquisa de linfonodo sentinela em melanoma?
○ Paciente clinicamente negativo (cNO) para linfonodo metastático. ○ Paciente com risco intermediário ou alto de metástases: Espessura > 0,8 mm Ulceração Invasão linfovascular* > 1 mitose/mm²* *principalmente em pacientes jovens.
419
Principal tumor maligno primário do fígado
Carcinoma hepatocelular.
420
Segundo tumor maligno primário do fígado
Colangiocarcinoma.
421
Principal fator de risco para carcinoma hepatocelular
Cirrose.
422
Prevenção primária do câncer hepático
○ Combate e conscientização sobre riscos do etilismo ○ Vacinação contra HBV ○ Controle da obesidade (NASH) ○ Controle da contaminação de alimentos e pesticidas ○ Se infecção viral presente: - Tratar! O tratamento leva à resposta virológica sustentada, que está associada à regressão de fibrose e menor risco de progressão para câncer. Principalmente se hepatite C.
423
Câncer hepático Em quem rastrear?
● Cirróticos (Child A e B) - Child C apenas se listáveis para Transplante Hepático. ● Infecção pelo HBV
424
Câncer hepático Como é feito o rastreio?
● USG de Abdome Superior a cada 6/6 meses. ○ Em pacientes cujo USG é prejudicado (obesos, esteatose severa ou cirrose avançada), TC ou RM estão indicados. ● Alfa-fetoproteína (AFP) ≥ 20 ng/ml. *Segundo o UpToDate®, sua solicitação é opcional, associada ao aumento de falso-positivos.
425
Câncer hepático CD frente ao achado de nódulos inferiores a 1 cm no rastreio
Redução do intervalo de nova ultrassonografia (ex. 3 meses).
426
Câncer hepático CD frente ao achado de nódulos > 1 cm no rastreio
Exame axial (TC/RM) trifásico para confirmação diagnóstica.
427
Câncer hepático (CHC) Diagnóstico
Tomografia ou RNM contrastadas com: ○ Lesão hipervascular, com wash-out na fase venosa ○ Hiperatenuação periférica nas fases venosa e tardia (cápsula / pseudocápsula) *Dispensa biópsia na maioria dos casos (a imagem já é muito fidedigna).
428
Câncer hepático Principais características imaginológicas do tumor do CHC
○ Lesão hipervascular, com wash-out na fase venosa ○ Hiperatenuação periférica nas fases venosa e tardia (cápsula / pseudocápsula).
429
Câncer hepático (CHC) Classificação LI-RADS
- LR-NC: Não categorizável (Repetir exame em 3m) - LR-1: 100% Benigno (rastreio rotina) - LR-2: Provavelmente benigno (rastreio rotina ou em menor tempo) - LR-3: Probabilidade intermediária para CHC (Encurtar intervalo para novo exame) - LR-4: Provável CHC (Planejamento multidisciplinar. Pode incluir biópsia) - LR-5: 100% de certeza de CHC (Planejar tratamento, sem necessidade de biópsia).
430
Câncer hepático (CHC) Exames para o estadiamento
- Tomografia de tórax – rotina. - Cintilografia óssea de corpo inteiro (Tc-99m) – casos selecionados. *As metástases extra-hepáticas mais comuns são para pulmão, linfonodos intra abdominais, osso e adrenais (em ordem).
431
Câncer hepático (CHC) Quadro clínico
Sintomas = doença avançada e na maioria das vezes não candidata a tratamento curativo. ○ Assintomáticos ○ Descompensação de hepatopatia preexistente ○ Hipercalcemia da malignidade (sobretudo na vigência de metástase óssea) ○ Situações especiais: - Sangramento tumoral / Rotura - Icterícia obstrutiva (por invasão de via biliar) - Febre (associada à necrose tumoral).
432
Câncer hepático (CHC) Tratamento se câncer: muito precoce (0), nódulo único ≤ 2 cm, Child A, ECOG 0
- Ablação (candidato se longe de vasos sanguíneos e via biliar). - Ressecção (importante não ter hipertensão portal, ter MELD baixo e plaquetas > 100.000).
433
Câncer hepático (CHC) Tratamento se câncer: precoce (A), nódulo único ou ≤3 nódulos ≤ 3 cm, Child A-B, ECOG 0.
Nódulo solitário: ● Se bom candidato para cirurgia: ressecção ● Se não, questionar se é candidato à tranplante: ○ Se sim, realizá-lo. ○ Se não, ablação ou quimioembolização (intenção não curativa ou ponte para o transplante). 2-3 nódulos < 3 cm: ● Questionar se é candidato à transplante e seguir o fluxo já citado: ○ Se sim, realizá-lo. ○ Se não, ablação ou quimioembolização (intenção não curativa ou para para o transplante).
434
Câncer hepático (CHC) Tratamento se câncer: intermediário (B), Multinodular, Child A/B, ECOG 0.
PALIATIVO! - Quimioembolização (TACE) (sobrevida global mediana > 26-30 meses). - Primeira linha de tratamento sistêmico (QT) com atezolizumab + Bevacizumab (opção incorporada muito recentemente) (sobrevida global mediana > 17 meses)
435
Câncer hepático (CHC) Tratamento se câncer: avançado (C), invasão portal, N1, M1, Child A/B, ECOG 1/2.
PALIATIVO. - Primeira linha de tratamento sistêmico (QT) com atezolizumab + Bevacizumab (opção incorporada muito recentemente) - sobrevida global mediana > 17 meses. - Segunda linha: sorafenib ou lenvatinib (Sobrevida global mediana de 12-15 meses).
436
Câncer hepático (CHC) Tratamento se câncer: estágio terminal (D), Child C, ECOG >3.
Best Supportive Care - sobrevida global mediana de 3 meses.
437
Câncer hepático (CHC) Quando está permitido realizar a ressecção cirúrgica?
○ Child A ○ MELD ≤ 8 ○ Ausência de hipertensão portal - EDA sem varizes (obrigatório) - Sem circulação colateral visível aos exames de imagem ○ Ausência de coagulopatia (INR normal, Plaquetas > 100.000) ○ Fígado remanescente deve ser adequado.
438
Câncer hepático (CHC) Ablação por Radiofrequência / Microwave (objetivo de indução de necrose do tumor). Quando fazer?
- Potencial curativo - Lesões < 3 cm sem invasão macrovascular - Lesões distantes da via biliar principal.
439
Câncer hepático (CHC) Critérios transplante hepático - doador cadavérico Critério de Milão/Brasil (CMB)
- 1 nódulo de até 5 cm - Até 3 nódulos de até 3 cm - Desconsidera nódulos inferiores a 2 cm - Pontuação especial no MELD: *Entrada na fila: pontuação virtual de 20; Se em 3 meses ainda não transplantou, sobre para 24 pontos; Se em 6 meses ainda não transplantou, sobre para 29 pontos.
440
V ou F? Estima-se que 50% dos pacientes apresentarão metástases hepáticas na sua evolução
Verdadeiro. *Metade destes pacientes terão metástases ao diagnóstico (sincrônicas). O restante terão metástases metacrônicas, isto é, ao longo do acompanhamento do paciente.
441
Principal sítio de metástases à distância do câncer colorretal
Fígado.
442
Tratamento para metástases hepáticas do câncer colorretal
Cirurgia + QT (Pode ser só um outro, ou diferentes combinações, dependendo de certos aspectos)
443
Metástases hepáticas do câncer colorretal Vantagens QT Perioperatória (antes e depois da hepatectomia)
○ Permite cirurgia em tumores menores e distanciamento do tumor de estruturas nobres. ○ Avalia bem resposta ao tratamento (“seleciona” os melhores pacientes para cirurgia).
444
Metástases hepáticas do câncer colorretal Escore Clínico de Risco “Fong Quais são os 5 critérios?
- 2 ou mais nódulos hepáticos. - CEA maior que 200 ng/ml. - Nódulo maior que 5 cm. - Linfonodo comprometido na ressecção primária. - ILD (intervalo livre de doença) menor que 12 meses. 3 ou mais critérios do escore clínico de risco Fong, indica um provável benefício com a QT perioperatória. 0 a 2 pontos, pode-se considerar cirurgia à princípio.
445
Metástases hepáticas do câncer colorretal Padrão ouro na investigação diagnóstica
RNM de abdome superior, com ou sem contraste.
446
Metástases hepáticas do câncer colorretal Para alguns pacientes, o limitante para a ressecção é a manutenção de um fígado remanescente funcional. Quanto devemos deixar?
Pacientes saudáveis devem deixar um remanescente de 20-30%, e, no exposto a quimioterapia, 30-40%.
447
Metástases hepáticas do câncer colorretal Estratégias para aumento do remanescente hepático
- Ligadura ou embolização da veia porta - Ressecções escalonadas
448
Metástases hepáticas do câncer colorretal Vanishing Metastases
○ Lesões metastáticas pequenas que podem “desaparecer” na vigência de QT. ○ Considerar marcação percutânea se: - Lesão menor que 2 cm pré QT. - Lesão pequena distante da superfície hepática que eventualmente não poderá ser palpada.
449
Metástases hepáticas do câncer colorretal Quando o paciente é candidato a cirurgia?
- Candidato à ressecção completa (R0). - Fígado remanescente adequado para manter as condições vitais. *Margem > 1 cm (É buscado, mas deixou de ser um impedidor para cirurgia).
450
Termoablação
Utilizar temperatura para promover necrose tumoral (radiointervenção).
451
Metástases hepáticas do câncer colorretal Abordagens se doença sincrônica (clássica, simultânea e reversa)
Abordagem clássica: envolve abordar o cólon, seguido de QT e posterior abordagem do fígado: - Indicado para doença colônica sintomática com necessidade de abordagem imediata. Abordagem simultânea de Cólon + Fígado, seguido de QT: ○ Se lesão colônica e a hepática manejáveis de maneira simultânea sem grande morbidade. Abordagem reversa (“liver first”): primeiro realizado QT (neoadjuvância), depois a abordagem do Fígado e depois QRT (quimio + radioterapia) e posterior abordagem do Reto ou cólon (existem variações na ordem das abordagens). ○ Aborda o sítio que define prognóstico oncológico (se reto envolvido pior prognóstico).
452
Metástases hepáticas do câncer colorretal Estadiamento é um exame fundamental para avaliação quanto a possibilidade de cirurgia. Como investigar doença extra-hepática?
RNM com contraste hepatoespecífico + PET-TC Obrigatória possibilidade de ressecção completa em todos os focos.
453
Terceiro tumor hepático incidental mais comum (e o mais cobrado em prova)
Adenoma hepático.
454
Adenoma hepático Epidemiologia
○ Preponderância feminina (10:1) ○ Idade entre 35-40 anos ○ O uso de contraceptivos hormonais é um fator de risco importante.
455
Adenoma hepático Fatores de risco
○ Uso de contraceptivos hormonais ○ Esteróides anabolizantes (crescimento na população masculina) ○ Obesidade / Esteatose hepática ○ Hemocromatose ○ Doenças do Glicogênio: - Glicogenose tipo I (associação com adenoma em 50% dos casos) e III (associação em 25% dos casos).
456
Adenoma hepático Quadro clínico
● Dor e desconforto abdominal, normalmente mais insidiosa e eventual (alguns pacientes são assintomáticos) ○ Quando o paciente se apresenta com dor aguda, suspeitar de complicações, como trombose ou rotura.
457
Adenoma hepático Complicações (sobretudo se > 5 cm)
○ Hemorragia (15-30%) - Maior chance durante a gravidez, devido ao aumento dos hormônios femininos ○ Risco de degeneração maligna (pode se transformar em carcinoma hepatocelular).
458
Adenoma hepático Diagnóstico
Exames de imagem (TC ou RM), idealmente RM: ○ No geral, lesão hipervasculares ○ Podem apresentar realce vascular na periferia (telangiectasias) ○ Componente hipodenso (gordura) ○ Hiperdensidade (se sangramento recente) *Apresentação variada conforme subtipo
459
O adenoma hepático é uma entidade heterogênea, quais os principais subtipos (3) e palavras chaves para principais características?
○ HNF-1α Inativado (30-40% dos Adenomas) - Esteatóticos (componente gorduroso importante) ○ Inflamatórios (40-55% dos Adenomas) - Associado a mutações da via JAK/STAT, obesidade e síndrome metabólica ou num contexto de alto consumo de álcool - Aspecto telangiectásico à microscopia - Sinal hiperintenso em T2 (anel ao longo da periferia da lesão - Sinal do Atol). ○ β-Catenina Ativado (10-20% dos Adenomas) - Risco aumentado de degeneração para CHC - Mutações do gene da beta-catenina (se em éxons 3 - associação com DEGENERAÇÃO MALIGNA) - Não possui características típicas que possam diferenciá-lo à RM.
460
Adenoma hepatocelular Manejo se: múltiplos nódulos
Paciente com adenoma hepatocelular = solicitar RM com contraste hepatoespecífico ○ Múltiplos nódulos (adenomatose hepática) > 5 cm ● Se irressecável ou glicogenose: transplante hepático em casos selecionados ● Ressecável: ressecção < 5 cm = vigilância ativa.
461
Adenoma hepatocelular Manejo se: nódulo único
Masculino = ressecção. Feminino = parar terapia hormonal. ● < 5 cm = vigilância! ● ≥ 5 cm = repetir RM após 6-12 meses da interrupção da terapia hormonal (maioria tende a diminuir) e reavaliar: ○ ≥ 5 cm em mulher mesmo após cessação hormonal: - RM sugestiva para HNF-1alfa mutado = vigilância ativa - Lesão não sugestiv para HNF-1alfa mutado = considerar biópsia e embolização ou vigilância ativa - Aspecto de adenoma inflamatório ou suspeita de beta-catenina mutado = ressecção *Ruptura/ sangramento (caso agudo) = embolização transarterial + ressecção se lesão viável. Repetir imagem após 3-6 meses e aguardar reabsorver hematoma.
462
Adenoma hepatocelular Manejo se: gestante
○ USG frequente (a cada 6-12 semanas) para acompanhar tamanho ○ Adenomas <5 cm, não exofíticos e que não estejam crescendo: sem contraindicações ou interferência na via de parto. ○ Considerar embolização para lesões maiores (após 24 semanas) ○ Antes de 24 semanas: considerar cirurgia especialmente para lesões periféricas.
463
As lesões tumorais da transição esofagogástrica são mais comumente...
Adenocarcinomas
464
Hiperplasia nodular focal Epidemiologia
● Segundo tumor hepático mais comum, após o hemangioma ○ Lesão benigna de origem não-vascular mais comum (85%)! ○ Prevalência estimada entre 0,4-3% (estudos de necropsia) - Preponderância feminina (90%).
465
Hiperplasia nodular focal Apresentação típica
Na maioria dos casos, lesão única e inferior a 5 cm, bem circunscrita, não encapsulada e que contém um cicatriz central! - Múltiplos (20-30% dos casos) - Não apresentam hemorragia ou malignização - Não guardam relação com gestação ou uso de contraceptivos.
466
Hiperplasia nodular focal Etiologia
Hiperproliferação de hepatócitos em resposta a uma arteríola anômala, formando uma massa bem circunscrita com uma cicatriz central. -- Na região da cicatriz, podem ser observadas arteríolas distróficas.
467
Hiperplasia nodular focal Diagnóstico (USG, TC e RNM)
USG: apresentação variável, no doppler - aspecto de “roda raiada" (arteríola central). TC: lesão homogênea hipervascular – enchimento homogêneo na fase arterial, cicatriz central. RNM com contraste hepato-específico: PADRÃO - OURO! Imagem hipointensa em T1 e hiperintensa em T2. - **Hipersinal** na **fase hepatobiliar** (diferencial importante do adenoma hepatocelular).
468
Hiperplasia nodular focal Manejo
○ Conservador! ○ As indicações cirúrgicas se restringem aos casos sintomáticos – por efeitos compressivos, dor - Na dúvida diagnóstica: biópsia. -Gravidez e uso de contraceptivos orais **não** são contraindicações.
469
Mulher, 27 anos, em ultrassonografia de abdome de rotina foi encontrada lesão de 4,7 cm localizada no lobo hepático direito. Realizou ressonância magnética de abdome superior que mostrou lesão hipervascularizada, com contornos bem delimitados e presença de “cicatriz central”. Na fase hepatobiliar houve retenção do contraste hepatoespecífico pela lesão. Qual o diagnóstico mais provável para essa paciente?
Hiperplasia nodular focal!
470
Tumor hepático mais comum
Hemangioma!
471
Hemangioma hepático Epidemiologia
● Tumor hepático mais comum! - 0,4 - 20% de toda população ● Predominância no sexo feminino (6:1) ● Pode ser diagnosticado em todas as idades - mais comumente entre 30 - 50 anos.
472
Hemangioma hepático Apresentação mais comum
○ Nódulos hepáticos frequentemente pequenos (< 4 cm) e solitários, mas podem atingir até 20 cm de diâmetro - Mesmo grandes, a maioria dos pacientes é assintomática - Alguns pacientes podem apresentar dor / desconforto quando lesões maiores que 5 cm.
473
Hemangioma hepático Complicações
○ Ruptura - rara: geralmente associada a biópsias inadvertidas ○ Síndrome de Kasabach-Merritt (muito rara): - Trombocitopenia, coagulopatia de consumo e púrpura associada ao hemangioma.
474
Hemangioma hepático Características
○ Lesão plana ○ Bem delimitada ○ Coloração avermelhada a azulada ○ Fibrose / calcificação e trombose pode ser observada - especialmente em lesões maiores - Possível causa da dor referida pelos pacientes.
475
Hemangioma hepático Diagnóstico
USG: lesão hiperecogênica, bem delimitada e geralmente pequena (< 3 cm). TC: ○ Hipodenso na fase pré-contraste; - **Realce globuliforme com preenchimento centrípeto** nas fases contrastadas (arterial, portal e equilíbrio). RNM: ○ Hipointensa em T1 (e realce similar ao da TC nas fases contrastadas) ○ Hiperintensa em T2.
476
Hemangioma hepático Manejo geral
● Conservador em quase 100% das situações! ○ Acompanhamento com nova imagem (podendo ser USG) pelo potencial risco de crescimento ao longo dos anos. OBS.: Gravidez e uso de contraceptivos não são contraindicações.
477
Hemangioma hepático Indicações cirúrgicas
- Sintomas importantes - Crescimento rápido - Dúvida diagnóstica ● Os casos complicados (hemangiomas gigantes, irressecáveis), podem ser possíveis candidatos ao transplante hepáticos.
478
Cisto hepático simples Epidemiologia e etiologia
● Prevalência em torno de 2,5 – 5% ○ Discreta predominância da população feminina (1,5:1) ● A maioria das lesões são de caráter congênito Etiologia: epitélio ductal que **não** se comunica com a árvore biliar.
479
Cisto hepático simples Manifestações gerais
○ Maioria é assintomática ○ Podem existir quadros sintomáticos com: - Dor abdominal, saciedade precoce, vômitos (considerar efeito de massa) - Massa palpável – hepatomegalia - Raramente – cistos muito grandes: ● Hemorragia ● Rotura ● Obstrução biliar – por compressão.
480
Cisto hepático simples Diagnóstico (USG, TC, RNM)
○ Ultrassonografia: - Confirmatória na grande maioria dos casos (S > 90% e E > 90%) ● Conteúdo anecóico, sem septações, com bordas finas ● Realce acústico posterior – se volumoso ● Avascular ao doppler. ○ Tomografia computadorizada: - Padrão bem delimitado, hipodenso - Sem realce nas fases contrastadas (na RNM também).
481
Cisto hepático simples Manejo
○ Acompanhamento – se < 4 cm ○ Tratamento: apenas se sintomático - Aspiração percutânea (com ou sem injeção de agente esclerosante) - Cirurgia: ● Destelhamento – mais comum ● Excisão ● Hepatectomia - Caso a conduta seja pelo procedimento cirúrgico, a via preferencial é a laparoscopia.
482
Cistos hepáticos - cisto hidático Etiologia e órgãos acometidos
Causado pela infecção Echinococcus granulosus ○ Cão é o hospedeiro definitivo e o homem o intermediário acidental ● Fígado é o órgão mais comumente afetado no ser humano (52-77%), seguido por pulmão (10-40%), cérebro e outras vísceras ○ Acometimento subclínico pode durar muitos anos ○ Pode evoluir com complicações e até mesmo óbito (2-5%).
483
Cistos hepáticos - cisto hidático Fatores de risco e manifestações
● Fatores de risco: ○ Morador de área rural ○ Origem de região endêmica ● Manifestações: ○ Sintoma mais comum - Dor em hipocôndrio direito e/ou epigástrio ○ Náusea, febre ou dispepsia ○ Icterícia ou anafilaxia - doença avançada ○ Ruptura do cisto - pode desencadear anafilaxia (inclusive fatal) – o conteúdo cístico é bastante imunogênico ○ Ruptura do cisto para via biliar (colangite).
484
Cistos hepáticos - cisto hidático Diagnóstico
○ Teste sorológico: - Mais usado = ELISA Baixa acurácia. - Melhor resultado com immunoblotting ○ USG específico em aproximadamente 90% - TC e RM são úteis a fim de confirmar o diagnóstico! São capazes de demonstrar pontos de calcificações, cistos-filhos e cistos extra-hepáticos.
485
Cistos hepáticos - cisto hidático Manejo
○ Eliminação parasitária (mebendazol / albendazol) ○ Cirurgia ou PAIR (“Puncture, aspiration, injection, re-aspiration”) - Cirurgia pode ser conservadora (destelhamento) ou radical (pericistectomia, hepatectomia) - É imprescindível evitar o derramamento do conteúdo do cisto, pelo risco de implante secundário ou anafilaxia.
486
Cistadenoma biliar Etiologia e epidemiologia
● Lesão com potencial de evolução para malignidade, em até 30% dos casos! ○ Rara, de crescimento lento ○ Surge dos ductos biliares (ductos embrionários não involuídos ou ductos aberrantes) ● Preponderância feminina (9 : 1) ○ Idade média de 45 anos ○ O segmento hepático IV é o mais afetado.
487
Tumores hepáticos - Cistadenoma biliar Manifestações
○ Maior parte assintomático ou com sintomas inespecíficos ○ Em anatomopatológico: cisto multiloculado com conteúdo mucinoso e dividido por septos / paredes espessadas, com tamanho variado
488
Cistadenoma biliar Diagnóstico
○ Exames axiais (TC e RM) são padrão-ouro - RM + ColangioRM: avalia a comunicação com a via biliar - A densidade é maior em comparação ao cisto simples (pela presença de conteúdo mucinoso) - Nas fases contrastadas, observa-se realce das septações ou nas paredes do cisto. ○ CEA / CA 19.9 - Alguns pacientes podem expressar dosagem sérica aumentada (normal não exclui).
489
Cistadenoma biliar Tratamento
○ Tratamento visa a ressecção completa da lesão Casos onde ressecção completa seja de alto risco ou tecnicamente impossível: - Ressecção poupadora de parênquima com ablação de parede residual do cisto.
490
Doença policística hepática Etiologia e epidemiologia
○ Presença de múltiplos cistos hepáticos simples ○ Pode estar associada com doença renal policística autossômica dominante (50%) ○ Rara (1/160.000) ○ Ligeira predominância feminina ○ Subestimada - muitos são assintomáticos ● Lesão com potencial de evolução para MALIGNIDADE! (até 30%).
491
Doença policística hepática Manifestações
○ Sintomas manifestam-se mais nas mulheres por ação estrogênica (com múltiplas gestações) ○ Minoria com complicações agudas: - Rotura - Sangramento - Infecção - Compressão de estruturas vitais - VCI, porta, via biliar.
492
Doença policística hepática Diagnóstico e classificação de Gigot
○ Testes de função hepática comumente são normais ○ Ultrassonografia: capaz de fornecer diagnóstico na maioria dos casos! - Classificação de Gigot avalia a distribuição da doença e sua gravidade ● Gigot Tipo 1: 1. Poucos cistos volumosos (> 7 cm), focais 2. Tratamento; Destelhamento + Omentoplastia ● Gigot Tipo 2: 1. Múltiplos cistos pequenos a médios 2. Tratamento: Combinação de ressecções + destelhamentos, se cabível ● Gigot Tipo 3: 1. Parênquima tomado por cistos 2. Critério especial para Tx Hepático.
493
Doença policística hepática Manejo
- Interromper contraceptivo (e demais terapias hormonais) ○ Tratamento: apenas em casos sintomáticos! - Cirurgia: aspiração + esclerose - Farmacológico (análogo de somatostatina, inibidor de mTOR).
494
PONS – Preoperative nutrition screen malnutrition screening tool Para que serve e critérios avaliados
Usado para rastreio de desnutrição em avaliações pré operatórias - IMC <18,5 ou perda de peso nos últimos 6m (sem dieta) ouredução da quantidade alimentar na última semana + - Albumina < 3 = - Necessidade de melhora nutricional pré operatória.
495
Preparo nutricional pré-operatório Como avaliar sarcopenia?
○ Hand-grip test (avalia força muscular com um aparelho - <26kg em homem e <16kg em mulheres) ○ Dual-energy X-ray absorptiometry (DEXA) - exame padrão-ouro para avaliação de sarcopenia ○ Uso de USG/TC/TM pode ser preditora fidedigna de perda de massa muscular (psoas index).
496
Esplenectomias não traumáticas Principais indicações
○ Anemias ○ Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) ○ Esferocitose hereditária ○ Deficiência de G6PD ○ Síndrome de Felty (complicação rara associada com artrite reumatóide, cursando com esplenomegalia e neutropenia) ○ Cistos /abscessos esplênicos ○ Massas esplênicas (necessidade de diagnóstico histopatológico).
497
Esplenectomias não traumáticas Vacinação necessária e qual o melhor momento para fazer?
Vacinas contra germes emcapsulados! ○ Influenza (3V SUS ou 4V privada) ○ Pneumocócica (23V - 2 doses, com intervalo de 5 meses entre elas) ○ Meningocócica C: reforço a cada 5 anos (SUS e B ou ACWY na rede privada) ● “Regra dos 14 dias” ○ É recomendado a aplicação do esquema vacinal 14 dias antes do procedimento cirúrgico - Caso seja recomendado no pós-operatório, deve-se esperar 14 dias (no mínimo).
498
Esplenectomias não traumáticas Cuidados pré - operatórios
● Otimizar citopenias e vacinação! ○ Se plaquetopenia: manter valores > 50.000 - Na PTI administrar Imunoglobulina EV, no período pré-operatório e a transfusão de plaquetas deve ocorrer após ligadura da artéria esplênica. ● Risco de tromboembolismo venoso; ○ A profilaxia farmacológica é recomendada sempre ○ Em PTI: solicitar contagem de plaquetas, no pós-operatório, a fim de avaliar o início da anticoagulação profilática.
499
Esplenectomias não traumáticas Principais acessos cirúrgicos
Laparotomia: - Mediana, subcostal esquerda, em “L” - Via preferencial quando o baço é muito grande, em que não há possibilidade de morcelar a peça cirúrgica Laparoscopia (4 trocanteres) ○ Menor tempo de hospitalização ○ Menor necessidade de transfusões ○ Menor quantidade de sangramento ○ Quanto a mortalidade é duvidoso.
500
Limites do triângulo para linfademectomia inguinal
Ligamento inguinal Sartório Adutor longo
501
Limites do triângulo para linfademectomia inguinal
Ligamento inguinal Sartório Adutor longo *complicações associadas: linfedema, linfocele, necrose de pele e infecções.
502
Câncer de pênis Tipo histológico predominante e lesões pré malignas
CEC (95%) Melanoma, linfoma, sarcoma (5%) - Eritroplasia de Queyrat (placas eritematosas - carcinoma In situ) - Lesão de Buschke-Lowestein (condiloma acuminado gigante) - Doença de Bowen
503
Câncer de pênis Fatores de risco
- Fimose (postectomia neonatal = proteção) - HPV (16 e 18) - Má higiene - HIV - Tabagismo - Zoofilia
504
Câncer peniano Tratamento
Se lesão superficial: agentes quimio ablativos, laser. Se lesão avançada: glandectomia, penectomia parcial (se invadiu corpos cavernosos, penectomia total ou amputação (T4 - tumores invasivos) Pode ser necessária a linfadenectomia inguinal.
505
Câncer peniano Manifestações e diagnóstico
○ Lesões exofítica, ulceradas ○ 50% acometem a glande, prepúcio - Disseminação: via linfática - principal ○ Grande morbidade! ● Diagnóstico: ○ Anatomopatológico - Biópsia da margem da lesão! Indicações: - Lesões típicas - Úlceras ou lesão com período de cicatrização > 3 semanas.
506
Conduta cirúrgica mente ara pancreatite crônica refratária ao tratamento medicamentoso com dilatação do ducto pancreático (> 10 MM)?
Pancreatojejunostomia latero-lateral (Procedimento de Puestow)
507
Conduta cirúrgica mente ara pancreatite crônica refratária ao tratamento medicamentoso com dilatação do ducto pancreático (> 10 MM)?
Pancreatojejunostomia latero-lateral (Procedimento de Puestow)
507
Conduta cirúrgica mente ara pancreatite crônica refratária ao tratamento medicamentoso com dilatação do ducto pancreático (> 10 MM)?
Pancreatojejunostomia latero-lateral (Procedimento de Puestow)
508
Íleo biliar
Cálculo biliar em algum segmento do intestino causando obstrução intestinal mecânica.
509
Causas de pseudo-obstrução intestinal (sintomas obstrutivos sem obstáculos mecânicos)
- Íleo funcional - Síndrome de Ogilvie - Íleo espástico por porfiria
510
Síndrome de Ogilvie ou pseudo-obstrução colônica
Dilatação de uma parte do cólon ou do reto sem obstrução intrínseca ou processo inflamatório extrínsecos.
511
Íleo biliar Tríade de Rigler
1. Cálculos radiopacos ectópicos 2. Pneumobilia 3. Distensão de alças intestinais *exame de escolha = TC de abdome
512
Íleo biliar Tratamento
Enterolitotomia + ressecção e sutura do trajeto fistuloso + colecistectomia (em tempo único ou 2 tempos a depender da condição do paciente)
513
Em pacientes com carcinoma de canal anal o tratamento ideal é:
Esquema nigro = QT + RT (mitomicina+ 5- fluoracil). Cirurgia só para casos refratários (amputação abdominoperineal)
514
O abscesso anorretal é desencadeado por:
Infecção com origem nas criptas anais.
515
Zona de Ziedler Limites
Superior: 2 espaço intercostal Lateral direito: linha paraesternal direita Inferior: sexto espaço intercostal Lateral esquerdo: Linha axilar anterior
516
Lesões na Zona de Ziedler tem alta probabilidade de lesar...
Coração e grandes vasos
517
Conduta para pacientes vítimas de trauma torácico com derrame pericárdico, estáveis e sem tamponamento
Janela pericárdia - subxifóidea
518
V ou F Em fraturas expostas sempre devemos reduzir e alinhar na cena do trauma.
Falso. Só devemos fazer alinhamento e redução se sinais de lesões vasculares ou nervosas. Caso não haja é melhor que seja feita em CC com ortopedista.
519
Tipo de fio mais indicado para sutura de bexiga
Absorvível - Poliglactina (Vicryl)
520
Distúrbio ácido-básico em casos de tórax instável grave
Distúrbio misto - Alcalose metabólica pela taquipneia - Acidose metabólica pelo aumento do lactato decorrente do trauma e instabilidade.
521
Qual agente antimicrobiano tópico age na anidrase carbônica (AC) e pode causar um distúrbio ácido-base?
Acetato de Mafenide (AM = Acidose Metabólica). *Sulfadiazina de prata causa classicamente leucopenia transitória.
522
Qual agente antimicrobiano tópico age na anidrase carbônica (AC) e pode causar um distúrbio ácido-base?
Acetato de Mafenide (AM = Acidose Metabólica). *Sulfadiazina de prata causa classicamente leucopenia transitória.
522
Qual agente antimicrobiano tópico age na anidrase carbônica (AC) e pode causar um distúrbio ácido-base?
Acetato de Mafenide (AM = Acidose Metabólica). *Sulfadiazina de prata causa classicamente leucopenia transitória.
522
Qual agente antimicrobiano tópico age na anidrase carbônica (AC) e pode causar um distúrbio ácido-base?
Acetato de Mafenide (AM = Acidose Metabólica). *Sulfadiazina de prata causa classicamente leucopenia transitória.
523
Efeito adverso relacionado a sulfadiazina de prata
Sulfadiazina de prata causa classicamente leucopenia transitória.
524
Câncer de pulmão - Avaliação pré operatória para liberação ou não de cirurgia
Aval risco cardiovascular Se baixo risco cardiovascular = avaliação respiratória: ppoVEF1 (previsto pós op do VEF1) > 60% + ppoDLCO (previsto pós op capacidade de difusão do gás carbônico) > 60% = baixo risco respiratório - PODE OPERAR Se menores que 60% = ergoespirometria (investiga se o coração consegue suplementar a deficiência pulmonar) - Se > 20ml/Kg/L = baixo risco (cirurgia) - 10 a 20 = individualizar - Se < 10 = contraindica cirurgia!!
525
O resultado da ergoespirometria que contraindica lobectomia em paciente com adenocarcinoma pulmonar é:
VO2 max = < 10 ml/Kg/L
526
Características adenocarcinoma pulmonar In situ
- < 3cm - crescimento lepídico puro - ausência de invasão a outras estruturas - sem padrões de adenocarcinoma invasivo (afinar, papilar ou microcápsulas) - sem calcificações
527
3 locais a anatômicos de estreitamento do esôfago
- Constrição pelo músculo cricofaríngeo, constrição broncoaórtica e constrição diafragmática.
528
Zona prostática mais associada a HPB
Zona de transição
529
Qual o principal hormônio associado a HPN?
Testosterona (na verdade sua forma ativa - di-hidrotestosterona)
530
V ou F HPB atinge cerca de 90% dos homens > 80 anos
Verdade.
531
LUTS (Lower Urinary Tract Symptoms) ○ Sintomas de armazenamento (refere a capacidade da bexiga de acomodar a urina)
- Aumento da frequência - Urgência - Urgeincontinência - Noctúria.
532
LUTS (Lower Urinary Tract Symptoms) ○ Sintomas de esvaziamento (relacionado ao jato urinário)
- Hesitação - Esforço - Jato Fraco - Intermitência.
533
Escala IPSS (índice de sintomas prostáticos) Parâmetros avaliados, score mínimo e score máximo
Mínimo 0 e máximo 35 (7 parâmetros) FUNWISE ○ Frequência ○ Urgência ○ Noctúria ○ Weak (Jato) ○ Intermitência ○ Straining (força) ○ Esvaziamento.
534
HPB Exames complementares a serem solicitados
○ PSA ○ Urina I / Urocultura (afastar ITU) ○ Urofluxometria (< 12ml/s é um fluxo reduzido para homens) ○ Exames de imagem: - USG: importante no pré operatório ○ Estudo urodinâmico em alguns casos
535
HPB Quando realizar estudo urodinâmico?
- Sintomas importantes de LUTS, mas a urofluxometria em seu fluxo máximo deu normal (Qmax > 15) - Início precoce ou tardio dos sintomas: < 50 ou > 80 anos - Resíduo pós miccional (RPM) grande > 300 - Fator de risco para bexiga neurogênica - Sintomas com próstatas pequenas (< 30g) - Dúvida diagnóstica.
536
HPB Diagnóstico
○ Diagnóstico é clínico ○ Exame apenas com indicações claras ○ Seguimento com PSA para triagem de Neoplasia.
537
HPB Etapas do tratamento
1º Monoterapia 2º Terapia combinada 3º Medicamentos alternativos 4º Cirurgia
538
HPB Monoterapia
Alfa-1 Bloqueadores (1a linha)! ● Diminui a resistência uretral. ● **Tansulosina e Doxazosina** ● Ação Rápida (dias) ● Diminui IPSS e aumenta o Qmáx (fluxo máximo) ● Efeitos colaterais (pode causar falha terapêutica): ○ Ejaculação Retrógrada ○ Hipotensão postural (orientar tomar à noite).
539
HPB Terapia combinada
Iniciar quando o paciente não apresenta melhora em 1 mês da monoterapia com Alfa-1 Bloqueadores. Inibidores da 5-alfa-redutase: ● **Finasterida e Dutasterida** ● 2a linha - monoterapia ou combinada ● Ação lenta (semanas) ● Diminui IPSS e Aumenta Qmáx ● Efeitos colaterais (30% dos pacientes apresentam durante o uso, se pararem de usar o sintoma melhora): ○ Perda de libido ○ Disfunção erétil - A indicação para terapia combinada é a próstata Próstatas > 40g.
540
HPB ○ Medicamentos alternativos para controle de sintomatologia
- Antimuscarínicos! ● Oxibutinina (Útil diante de muitas queixas de armazenamento) ● Diminui IPSS e não melhor Qmáx ● Não fazer se resíduo > 150ml (maior risco de retenção) - Inibidor de PDE-5 ● Tadalafila ● Relação com Disfunção Erétil ● Diminui IPSS e não melhora Qmáx ● Não pode ser usado junto com nitrato.
541
HPB Quando operar?
● Refratariedade ao Tratamento Medicamentoso ● RUA (retenção urinária aguda) ● Cálculos Vesicais ● ITUs de repetição (estase urinária) ● IRA / Hidronefrose
542
HPB Como decidir qual cirurgia optar?
Como operar? Baseado no volume da próstata: ● < 30g: ○ RTUp (ressecção transuretral da próstata) ou ITUp (incisão transuretral da próstata) ● 30 - 80 g: ○ RTUp ○ HoLEp (Enucleação Endoscópica da Próstata com Laser Holmium) ○ Vaporização ● > 80 g: ○ HoLEp ○ PTV (prostatectomia transvesical).
543
O principal diagnóstico diferencial de HPB (tipo de obstrução vesical) é a hipocontratilidade vesical. Como diferenciar?
Estudo urodinâmico (uretrocistografia).
544
Tratamento HPB se: alto risco cirúrgico
Embolização da próstata para redução do volume e melhora dos sintomas.
545
Tratamento HPB se: desejo reprodutivo
Lift uretral (preserva ejaculação).
546
Tratamento HPB se: grande risco de sangramento
HoLEp ou vaporização.
547
Principal complicação do tratamento da HPB
Intoxicação hídrica.
548
HPB Intoxicação hídrica
**RTU com energia monopolar** utiliza líquido hiposmolar → absorção de líquido hiposmolar → hiponatremia → alterações Neurológicas. Conduta: ● Finalizar a RTU o mais rápido possível ● Manejar com Solução hipertônica 3%.
549
Qual o principal tipo de câncer de cabeça e pescoço?
CEC - Carcinoma espino celular
550
V ou F? A maioria das HDB cessam espontaneamente.
Verdadeiro! ○ 80-93% dos casos cessam espontaneamente ○ Demonstra baixa mortalidade: 3%.
551
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Principais etiologias
De acordo com a idade. - Doença diverticular: 30-65% - Colite isquêmica e doença orificial: 5-20% - Angiodisplasia: mais frequente em jovens - Pós-polipectomia - Neoplasia/DII.
552
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Clínica
Enterorragia e/ou hematoquezia - anemia tende a estar associada
553
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Diferença enterorragia e hematoquezia
- Enterorragia: sangramento com características diarreicas, de modo explosivo, precedido de cólicas, de coloração vermelho-vivo em geral - Hematoquezia: sangramento associado às fezes, seja de coloração vermelho-vivo ou com algum coágulo residual.
554
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Manejo Inicial
○ MOV - Estabilização! ○ Exame físico: toque retal!!! ○ Anuscopia – útil para diagnóstico diferencial com doenças orificiais ○ EDA (excluir sangramento alto)
555
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Principal causa em adultos
Doença diverticular dos cólons! *Sangra mais do lado direito (sangramento arterial).
556
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Exames para diagnóstico etiológico
○ EDA (excluir sangramento alto) ○ Colonoscopia (diagnóstica e terapêutica - necessita de estabilidade e preparo) ○ Se ressangramento: AngioTC ou cintilografia podem ser feitas.
557
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Uso da Cintilografia com 99Tc
○ Se sangramento não identificado na colonoscopia ○ Identifica sangramento de fluxo > 0,1 mL/min = exige sangramento ativo ○ Não é preciso quanto ao sítio do sangramento ○ Pode ser repetido!
558
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Uso da AngioTC
○ Identifica sangramentos de 0,3 – 0,5 mL/min ○ Exige estabilidade hemodinâmica ○ É um exame mais disponível ○ Avalia o abdome como um todo ○ **Deve ser feito com uso de contraste** ○ Não é terapêutica.
559
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Uso da arteriografia
○ Indicado em pacientes com **instabilidade** hemodinâmica ○ Identifica sangramento com fluxo entre 0,5 – 1,0 mL/min = exige sangramento ativo ○ Pode ser terapêutica, com auxílio da embolização! - Atenção para a possibilidade de isquemia!
560
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Lesões vasculares - Dieulafoy
Pode acontecer em qualquer lugar do trato digestivo (HDA; HDB) Vasos anômalos alcançando a mucosa tortuosamente com um calibre de até 3 mm ○ Patologicamente, o vaso é normal: não é um lesão de causa aneurismática.
561
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Lesões vasculares - Angiectasias
○ Malformações vasculares degenerativas ○ Demonstra relação com: - Idade, DRC - Algumas síndromes genéticas: (Síndrome de Heyde, Osler-Weber- Rendu) ○ São mais comuns em: - Cólon proximal (ceco e cólon ascendente) e delgado.
562
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Colopatia isquêmica
○ Mais prevalente em idosos, com alguma comorbidade cardiovascular ○ Alguma fator precipita a descompensação: diarreia, sangramento (em outro sítio).
563
Como o uso de anticoagulantes influencia a hematúria no câncer de bexiga?
Não influencia.
564
Como o uso de anticoagulantes influencia a hematúria no câncer de bexiga?
Não influencia.
565
Tipo histológico responsável por 90% dos cânceres de bexiga
Carcinoma urotelial de células de transição.
566
Hemorragia digestiva baixa (HDB) Retite actínia
● História prévia de radioterapia!!! ○ Ocorre em homens e mulheres (próstata x colo de útero) ● Endoarterite → Isquemia → neovascularização ● Anemia ou sangramento recorrente: indicação para o tratamento com método de argônio.
567
Critérios diagnósticos uretrite
Ardência durante a micção ou sem urinar + secreção. ● Critérios maiores para uretrite são: ○ Pus no meato uretral externo ○ Secreção com > 2 leucócitos por campo ○ Urina 1 matinal com > 10 leucócitos por campo ou esterase leucocitária positiva.
568
Uretrite gonocócica Tratamento
Ceftriaxona 250 ou 500mg IM DU
569
Uretrite Não-Gonocócica (UNG) Principais agentes e tratamento
○ Principal agente: Chlamydia trachomatis! - Tratamento: Azitromicina 1g VO DU. Alternativa: Doxiciclina 100mg VO 12/12h 7d. ○ Trichomonas vaginalis - Pode causar uretrite persistente e prurido - Tratamento: Metronidazol 2g VO. ○ Mycoplasma genitalium; - 15% das UNG e 33% das uretrites persistentes. Tratamento: ● Azitromicina 1g VO. Se persistente: Moxifloxacino 400mg/dia por 7-14 dias.
570
Exame padrão ouro para fraturas de face
Tomografia computadorizada com reconstrução 3D (axial, coronal e sagital).
571
Fratura tipo Blow-out
Trauma direto da região orbital, levando ao aumento da pressão intraocular → Descompressão ocorre pela ruptura das paredes medial e inferior, com isso, ocorre a herniação do conteúdo intra-ocular para o seio maxilar.
572
Fratura tipo Blow-out Clínica
● Encarceramento muscular (o músculo está aprisionado na espícula óssea) - emergência ○ Dor intensa na tentativa de olhar para cima ● Enoftalmia ● Diplopia ○ Imobilidade ocular ○ Reflexo óculo cardíaco (hipotensão, bradicardia, náuseas e vômitos).
573
FRATURA NASO-ORBITO-ETMOIDÁRIA (NOE)
● Fratura do osso nasal, orbital e etmóide ○ Fraturas combinadas (66%): Frontal, zigoma, maxila.
574
Fatura nasal Hematoma de septo
EMERGÊNCIA CIRÚRGICA = Drenagem e colocação de splint/ tampão. ○ Risco de dissecar posteriormente e causar obstrução aguda das via aéreas.
575
Fatura nasal Quando fazer rinoplastia aberta?
Apenas nos graus II e III.
576
Fratura de maxila Fratura Le Fort tipo 1
Tipo 1: transversal ● Acima dos processos alveolares dos dentes, próximo à altura do seio piriforme, se estendendo lateralmente até os pterigóides laterais ● Uni ou bilateral.
577
Fratura de maxila Fratura Le Fort tipo 2
Tipo 2: fratura piramidal ● Desde os processos pterigóides posteriores, subindo em direção craniomedial, passando pela maxila e pela parede inferior da órbita, juntando-se na linha média próxima ao osso nasal com uma fratura contralateral.
578
Fratura de maxila Fratura Le Fort tipo 3
Tipo 3: disjunção crânio-facial. ● Completa separação do crânio do restante da face, podendo ocorrer um alongamento da fase/ retrusão ● Caracterizada por uma fratura que vai desde o processo zigomático frontal, passando pela parede lateral, inferior e medial da órbita, juntando-se na linha média com a fratura contralateral (no meio da órbita) ● Possível ser unilateral.
579
Estenose traqueal
Redução da luz traqueal decorrente de algum efeito patológico (> 50% do diâmetro - geralmente iniciam-se os sintomas) ● 3 pontos de pressão do cuff– “Pontos de pressão da morte”: ○ Parede anterior ○ Parede posterior ○ Subglote.
580
Estenose traqueal Causas
○ Pós intubação (mais frequentes). ○ Traumática. ○ Fraturas de cartilagens. ○ Inflamatórias. ○ Policondrite, amiloidose, sarcoidose. ○ Paracoccidioidomicose, tuberculose. ○ Idiopáticos.
581
Estenose traqueal Quadro clínico clássico
○ Paciente jovem com história recente (7-14 dias) de intubação orotraqueal prolongada (> 10 dias, sem previsão para ser extubado) ○ Dispneia progressiva, cornagem e estridor laríngeo ○ Sintomas presentes = estenose > 50%.
582
Estenose traqueal Diagnóstico
○ Tomografia de laringe (pescoço) e traqueia (tórax) ○ Avaliação endoscópica (broncoscopia flexível, broncoscopia rígida, laringoscopia de suspensão.
583
Estenose traqueal na emergência Conduta inicial
1. Estabilização (O2 + nebulização com adrenalina + corticóide EV) 2. chamar ajuda (profissional capacitado com aparelho de broncoscopia) 3. Tentar ventilar sem intubar enquanto isso, por exemplo, por máscara laríngea (A IOT pode causar trauma na estenose, levando a formação de edema e oclusão da via aérea).
584
Estenose traqueal na emergência Conduta após estabilização inicial
- Avaliação endoscópica! Não deu certo? Melhorar a posição, caso não funcione realizar intubação orotraqueal com tubo fino (5 - 5,5) - Traqueostomia ou cricotireoidostomia ou próteses: Caso seja necessário, o ideal é fazer o procedimento na região da estenose! Obs: traqueostomia não é procedimento de emergência.
585
Estenose traqueal Tratamento
○ Conduta definitiva depende da situação endoscópica e clínica! - Ressecção e anastomose de traqueia (ideal) - Alternativas: ● Dilatações ● Prótese traqueal (Tubo T de Montgomery, endopróteses, stents) ● Traqueostomia definitiva.
586
Estenose traqueal Critérios para indicação de ressecção e anastomose de traqueia
● Sem inflamação ● Paredes estáveis ● Extensão < 5cm (estenose curta, para ser possível aproximar os cotos) ● Poucas comorbidades, jovem, sem DRGE, sem corticoide. *40% de complicações.
587
Complicações das manipulações traqueais: ○ Fístula traqueo-esofágica
- Principal causa é o trauma, como a lesão por guia de intubação - Tratamento – correção cirúrgica após otimização clínica e nutricional (GGT) – fechamento da fístula com rotação de retalho muscular (correção complexa).
588
Complicações das manipulações traqueais: ○ Fístula traqueoinominada
– Erosão pela cânula (traqueostomia baixo) ou erosão pelo balão da traqueia e inflamação do tronco braquicefálico - Mortalidade de 87% - forma fístula direto da aorta para dentro da via aérea - Conduta – insuflar o balonete, inserir o dedo no traqueostomia e comprimir em direção ao tronco braquiocefálico, até o momento da correção definitiva.
589
Paciente de 25 anos pós acidente de moto e intubação prolongada evolui com estenose de traqueia de 1,5 cm de extensão em porção média. Já submetido a tratamento por dilatação evolui com recidiva da estenose. Considerando que o paciente não tem nenhuma outra comorbidade qual o melhor tratamento para esse caso?
Ressecção e anastomose de traqueia.
590
Critérios para profilaxia com IBP para evitar úlcera de stress
Critérios maiores: (1) - VM > 48h - Coagulopatia (P<50.000, INR > 1,5) - ECMO Critérios menores: (se dois ou mais) - Antecedente de HDA < 12m - Choque (hipoperfusão/hipotensão - UTI há mais de 1 semana - TCE - Politrauma - Insuficiência hepatica ou renal - TRM - Uso concomitante de corticoide em dose alta (>250mg de hidrocortisona ou equivalente) - Grandes queimados (> 20%SCQ) - Uso de anticoagulantes, anti-plaquetarios e AINES - FMO
591
Artérias que compõem a arcada de Riolan
Mesentérica superior, cólica média, cólica esquerda e mesentérica inferior
592
Camadas da derme
Papilar (superficial) e reticular (profunda).
593
Colangite biliar primária Anticorpo e tratamento
Anticorpo: anti mitocôndria Tratamento: ácido ursodesoxicólico
594
ColangioRNM com achado de contas de Rosário (estenoses multifocais com dilatações segmentares). Característico de …
Colangite esclerosante primária!
595
Numa suspeita de gastroparesia diabética qual o melhor exame para confirmação diagnóstica?
Cintilografia com refeição radiomarcada. *Para todas gastroparesias
596
Síndrome de Heyde
HD Baixa por angiodisplasia + estenose de valva aórtica
597
Tumores de cabeça e pescoço A partir do diagnóstico inicial de metástase cervical de um tumor primário oculto, qual o sítio primário mais provável se neoplasia de evidência de infecção por HPV? E por EBV?
HPV: orofaringe EBV: nasofaringe!
598
Exemplos de transudato
Ins. Cardíaca, renal, hepática.
599
Exemplos exudatos
Empiema, neoplasia, TB
600
RX em PA ou em Perfil é melhor para ver DP?
Perfil da pra ver volumes menores.
601
Critérios de light
Ptn pleura/ptn serica > 0,5 LDH pleura/ LDH sérico > 0,6 LDH pleural > 2/3 sérico *Se 1 positivo = Exudato *Se proteína pleural > 3,5 já é praticamente certeza que é Exudato
602
Qual avaliação do líquido pleural possui maior importância na elucidação da etiologia do derrame pleural exudativo?
Citologia diferencial e oncótica! Exudato linfocítico: TB ou Neoplasia Exudato neutrofílico: Paramneumônico
603
Derrame pleural Exudato neutrofilico/polimorfonucleares - critérios de complicação
- pH < 7 - LDH > 1000 - Glicose < 40 - Bacterioscopia positiva - Pus (Empiema) *TTO: esvaziamento da pleura (dreno, toracocentese terapêutica, toracoscopia) * Empiema = drenagem (99% das vezes)
604
Qual exame bioquímico de maior sensibilidade para definir o estado de complicação de um derrame pleural exudativo?
PH do líquido pleural (<7,0) colhido em seringa de gasometria heparinizada.
605
Derrame pleural loculado (fase 2) Tratamento
Videotoracoscopia - deloculação *DP não respeita a gravidade ao RX nessa fase
606
Derrame pleural complicado (fase 3) - Espessamento pleural, encarceramento pulmonar, retração pulmonar Tratamento
Videotoracoscopia com decorticação Ou Toracostomia prolongada se o paciente não aguentar a cirurgia (idoso frágil, TB pleural, neoplasia pleural, pulmão ruim) *Nivel hidroaéreo ao RX nessa fase
607
Quilotórax Critérios diagnósticos
Triglicerídeos > 110 Colesterol < 200 Quilomicrons *quiloso em 50% dos casos *Dx com artrite reumatoide (TG <50, colesterol > 200, cristais de colesterol).
608
Tratamento quilotorax
1- Jejum/dieta/suporte Não traumático: tratar a causa de base Traumático: < 500ml/dia Além do conservador, se persistir por 7 a 14 dias e/ou piora clínica = ligadura do ducto linfático ou embolização ou pleurodese Traumático > 1L = jejum/suporte + ligadura do ducto linfático ou embolização ou pleurodese direto.
609
Tratamento hérnia de hiato tipo 1 Deslizamento
Tratar conforme sintomas e complicações (DRGE, obesidade, úlceras)
610
Tratamento hérnia de hiato tipo 2 - paraesofagica
Rara Hiatoplastia + fundoplicatura
611
Tratamento hérnia de hiato tipo 3 - paraesofagica mista
Hiatoplastia + fundoplicatura
612
Dieta tratamento de esofagite eosinofilica
- Leite - Trigo - Ovo - Soja - Nozes - Frutos do mar Por 6 a 8 semanas
613
Principal causa dos diverticulos de tração
Tuberculose
614
Divertículo de Killian- Jamison
Divertículo esofágico inferior ao músculo cricofaringeo (o de Zenker é superior).
615
Principais tipos de pólipos biliares
Depósito de lipídeos (colesterolose).
616
Pólipos biliares Adenomiomas
Proliferação (crescimento) da mucosa para dentro da parede mais profunda da vesícula. Benignos. Expectantes. Sem vigilância.
617
Adenomiose/adenomatosa da vesícula biliar Conduta
Não requer segmento e, não havendo outra indicação para colecistectomia, não se indica cirurgia, pois não vira câncer.
618
Pólipo biliar Fatores de risco para evolução para câncer
○ Pólipos grandes (> 1cm) ○ Colangite Esclerosante Primária (CEP) ○ Pólipos sésseis (incluindo espessamento parietal focal - > 4 mm) ○ Etnia (indianos procedentes do sudeste asiático) ○ Idade > 50 anos ○ Litíase associada (associação incerta).
619
Polipo biliar Conduta se > ou = a 2cm
- Tratar como câncer - Estadiamento (TC ou EUS) - Cirurgia proposta: Colecistectomia estendida: ● Linfadenectomia do peri-hepático + ressecção do leito hepático (dos segmentos 4B e 5).
620
Polipo biliar Conduta se pólipo entre 1 e 2cm
- Tratar como risco para câncer - Quando há câncer, é geralmente precoce e limitado até a mucosa (T1a) - Colecistectomia VLP é tratamento adequado e com potencial curativo.
621
Polipo biliar Conduta se pólipo < 5mm
vigilância com USG (semestral e depois anual) - Mas se cresceu, 6 – 9 mm: colecistectomia (vigilância em não candidatos).
622
Pólipo biliar em pacientes com colangite esclerosante primária.
Fator de risco conhecido para câncer - Bibliografia divergente, mas já tem o risco para câncer. ● Não cirrótico: Praticamente todos os guidelines indicam colecistectomia independentemente do tamanho do pólipo ● Cirrótico: alguns guidelines ainda mantém com a colecistectomia mandatória, outros só se > 8 mm ○ No geral, é melhor indicar a cirurgia.
623
Polipo biliar Conduta se pólipo 6 - 9mm
Vigilância com USG em intervalos menores. - USG 6/6 meses no 1° ano - Após, se manteve o tamanho estável, anualmente - Se teve crescimento >2mm = colecistectomia.
624
Síndrome colestática / Icterícia obstrutiva
○ Icterícia ○ Acolia fecal ○ Colúria ○ Prurido ○ Aumento de Bilirrubina Direta.
625
Sinal de Couvosier-Terrier
Palpação da vesícula biliar hiperdistendida e indolor. * Sinal de tumores periampulares.
626
Principal tipo de tumor pancreático exócrino
Adenocarcina ductal (90%) *10% são Tumores mucinosos, misto (adenoescamoso) ou acinar.
627
Tumor periampular mais comum (70%)
Adenocarcino ductal de pâncreas *péssimo prognóstico.
628
Amilase e lipase > 20.000 + paniculite pancreática, poliartralgia e eosinofilia, pensar em...
Adenocarcina acinal pancreático (raro)
629
Critérios de ressecabilidade - Câncer de pâncreas - Ressecável
Tumor sem acometimento de ramos arteriais ou venosos. *Dispensa biópsia, indicar cirurgia!
630
Critérios de ressecabilidade - Câncer de pâncreas - Boderline
- Envolvimento venoso (veia mesentérica superior ou veia porta) > 180º graus, com possibilidade de reconstrução - Envolvimento venoso < 180º com irregularidade de parede - Abaulamento arterial (artéria mesentérica superior ou tronco celíaco) < 180 graus *Biópsia para elucidar dúvida diagnóstica
631
Critérios de ressecabilidade - Câncer de pâncreas - Iressecável / Localmente avançado
- Impossibilidade de reconstrução venosa - Envolvimento arterial > 180º graus (mesentérica superior, tronco celíaco, hepática, menos a gastroduodenal que sai na cirurgia e outras pouco importantes). *Biópsia antes de iniciar quimioterapia paliativa.
632
Câncer pancreático Cirurgia de Appleby
Pouco usual, cirurgia para tumores do corpo pancreático proximal, quando o tumor invade o tronco celíaco, necessitando de ressecção do tronco celíaco (mantém a gastroduodenal, que vai, a partir de refluxo, perfundir o fígado).
633
Câncer de pâncreas Conduta se tumor ressecável
○ Lesões Ressecáveis = Cirurgia (gastroduodenopancreatectomia - Wipple) + Quimioterapia Adjuvante - Não drenar via biliar se não houver indicação - Critérios para Drenagem da via biliar: ● Colangite ● Complicações sistêmicas (Insuficiência renal aguda / Coagulopatia grave) ● Atraso para cirurgia.
634
Câncer de pâncreas Conduta se tumor boderline
- EcoEndoscopia + PAAF - Drenagem da via biliar por CPRE, com prótese idealmente metálica - Quimioterapia neoadjuvante - Cirurgia se boa resposta ou estabilidade do tumor e boa performance do paciente.
635
Câncer de pâncreas Conduta se tumor irressecável
- QT paliativa - Drenagem da via biliar por CPRE (idealmente prótese metálica) ● Sobrevida limitada.
636
Tratamento Sistêmico para câncer de pâncreas Indicações
○ Obrigatório num contexto de tratamento curativo, seja neoadjuvante ou adjuvante ○ Paliativa se lesões irressecáveis
637
Câncer de pâncreas Artery-first Approach
○ Manobra de Kocher ampla (até a aorta retropancreática) e tenta palpar AMS para verificar se ela está livre (inspeção da AMS primeiro, a fim de excluir infiltração do tumor).
638
Câncer de pâncreas Amilase no dreno > 3x o LSN após Wipple sugere…
Fístula pancreática
639
Qual melhor prognóstico, tumor de pâncreas ou de papila?
Papila
640
Quadro clínico tumor de papila?
○ Sintomas mais precoces que o CA de pâncreas ○ **Icterícia Flutuante** - principal ○ HDA.
641
Tumor de papila Diagnóstico
○ Endoscopia com visão lateral: melhor exame para diagnóstico ○ Colangiorressonância ○ TC TAP (tórax, abdome e pelve).
642
Tumor de papila Tratamento
Duodenopancreatectomia - principal Ampulectomia - alternativa, porém muitas complicações, pouco usada.
643
Tumor periampular de melhor prognóstico
Tumor de duodeno *Adenocarcinoma de duodeno é o mais comum.
644
Principais localizações dos colangiocarcinomas
○ Intrahepático (10%) ○ **Peri-hilar (Bismuth-Corlette) – 50%** ○ Distal (Periampulares) – 40%.
645
Colangiocarcinomas Classificação de Bismuth-Corlette
- Tipo I: Tumores abaixo da confluência dos ductos hepáticos - Tipo II: Tumores acometendo a confluência dos ductos hepáticos (Tumor de Klatskin) - Tipo IIIa: Tumores envolvendo o ducto hepático comum e o ducto hepático direito - Tipo IIIb: Tumores envolvendo o ducto hepático comum e o ducto hepático esquerdo - Tipo IV: Tumores que envolvem a confluência e se estendem para o ducto hepático direito e esquerdo - Tipo V: Multifocal
646
Tumor de Klatskin
Colangiocarcinoma peri hilar (tipo II da classificação de Bismuth-Corlette - tumores acometendo a confluência dos ductos hepáticos - hepático comum).
647
Tratamento colangiocarcinoma Se: Tumores intrahepáticos e tumores distais
- Intrahepáticos: ressecções hepáticas com margens negativas. Segundo NCCN 2022: Linfadenectomia do hilo hepático é recomendada. - Tumores distais: Duodenopancreatectomia (Whipple)
648
Tratamento colangiocarcinoma - Se: Tumores perihilares, segundo a Classificação de Bismuth-Corlette.
- Tipo I e II: excisão extra-hepática com linfadenectomia regional e derivação biliodigestiva em Y de Roux - Tipo IIIa: hepatectomia direita - Tipo IIIb: hepatectomia esquerda Tipo IV: ressecções complexas de segmentação hepática e ressecções em bloco com veia porta (apenas em centros especializados quatemários) ou transplante hepático.
649
Tumor de Klatskin Critérios de irressecabilidade
○ Fatores do Paciente: condições clínicas desfavoráveis, cirrose com hipertensão portal ○ Fatores locais: - Envolvimento bilateral de ductos biliares até ramificações secundárias - Envolvimento circunferencial / oclusão da veia porta - Envolvimento circunferencial de ramo portal - Envolvimento ductal até ramos secundários com atrofia do lobo contralateral ○ Fatores distantes: - Linfonodos para além do ligamento hepatoduodenal - Metástases à distância.
650
Classificação de ECOG 0 e 4
Avalia capacidade funcional - 0 = hígido - 4 = completamente acamado.
651
Durante a realização de videolaparoscopia diagnóstica, a arritmia cardíaca que ocorrecom maior frequência é...
Bradicardia sinusal. *Importante estímulo vagal e ativação do parassimpático.
652
Pancreatite crônica ● Tratamento Cirúrgico se: ○ Ducto Pancreático Principal Dilatado (≥ 7 mm)
Derivações pancreatoentéricas - Pancreatojejunostomia látero-lateral (Puestow) *não faz esplenectomia, nem pancreatectomia distal.
653
Tumor mais comum do trato gastrointestinal
Colorretal.
654
Câncer colorretal Fatores de risco
○ Sedentarismo ○ Estilo de vida não saudável – dieta pobre em fibras e rica em substâncias industrializadas ○ Diabetes ○ Tabagismo ○ Etilismo ○ Obesidade ○ Idade.
655
Câncer colorretal Síndromes e doenças relacionadas
○ Hereditária: - Polipose adenomatosa familiar - Polipose associada à MUTYH - Síndrome de Lynch (HNPCC) ○ Doença inflamatória intestinal ○ Colite actínica: - Secundária à radiação abdominal.
656
Câncer colorretal Sequência carcinogênica
1. Epitélio normal, sem alterações 2. Agressão epitelial (fatores de risco) 3. **Mutação do gene APC** (gene supressor tumoral) – predispõe à formação de pólipos 4. Mutação da beta-catenina – demonstra potencial displásico 5. **Mutação do gene K-Ras** (proto-oncogene) – aumento do potencial displásico (baixo para alto grau) 6. **Mutação do gene p53** – origem de tumor com potencial invasivo da membrana basal 7. Evolução carcinomatosa – com mutações finais da telomerase. OBS.: A origem da mutação do gene p53 marca a origem do carcinoma!!! APC > KRAS > P53 ○ O processo leva, em média, 10 anos, na população geral.
657
Câncer colorretal Pólipos neoplásicos (apresentam displasia - risco de malignização)
**Adenomas**: ● Tubular – MELHOR prognóstico ● Viloso (VILÃO) – PIOR prognóstico ● Tubuloviloso –prognóstico intermediário. **Serrilhados**: ● Lesões planas, de coloração semelhante à da mucosa normal, o que prejudica o diagnóstico e o tratamento endoscópico.
658
Câncer colorretal Pólipos não-neoplásicos (não apresentam displasia)
**Hamartomas**: ● Entretanto, acima do pólipo hamartomatoso, pode surgir um pólipo adenomatoso **Inflamatórios**: ● Antigamente, era denominados “pseudo-pólipos”, sendo relacionados com etiologias inflamatórias; ● São áreas de cicatrização da mucosa. § Hiperplásicos: ● São áreas com proliferações pequenas da mucosa.
659
Câncer colorretal Rastreamento para população geral
○ 45 anos a 85 anos - **Colonoscopia a cada 10 anos** (MELHOR - capacidade de identificação de pequenos pólipos, e polipectomia) - Teste imunoquímico fecal (TIF) para sangue oculto, anualmente - Sigmoidoscopia, a cada 10 anos associado ao TIF, anualmente - Sigmoidoscopia, a cada 5 anos - Colonografia por tomografia computadorizada (CTC), ou Colono virtual, a cada 5 anos - Teste de DNA de fezes multitarefas com DNA-FIT a cada 3 anos - Teste de sangue oculto nas fezes baseado em Guaiac, anualmente - 75 a 85 anos - rastreamento individualizado - Levar em consideração expectativa de vida e performance status.
660
Câncer colorretal Rastreamento para grupos de risco
○ Familiares de primeiro grau com câncer colorretal: - A partir de 40 anos de idade ou, pelo menos, 10 anos antes da idade que o familiar apresentou câncer colorretal - O rastreamento é sempre realizado com colonoscopia. ○ Alto risco (PAF, Lynch, RCU, Doença de Crohn): a depender do protocolo.
661
Câncer colorretal Indicação colonoscopia virtual
Lesões intransponíveis em colonoscopia convencional, mas em cólon com capacidade de preparo ● Em geral, a impossibilidade é dada pela visualização de tumor obstrutivo.
662
Câncer colorretal As afecções do cólon _____ (direito/esquerdo) são menos sintomáticas.
Direito.
663
Câncer colorretal Clínica se acometimento do cólon direito, esquerdo e reto.
- Cólon direito: anemia, fadiga, massa palpável, dificilmente evolui com obstrução intestinal, sangue oculto nas fezes (menos sintomático, pior prognóstico) - Cólon esquerdo: hematoquezia, alteração do hábito intestinal e consistência fecal, obstrução - Reto: tenesmo, dor, calibre fecal reduzido, obstrução
664
Câncer colorretal Estadiamento - exames
Diferem na imagem da pelve Para cólon: TC de pelve Para reto: RNM de pelve Para ambos: - TC de tórax e abdome superior, CEA e colonoscopia completa (exclusão de outras lesões sincrônicas).
665
Câncer colorretal TNM
Tis - situ / mucosa T1 - submucosa T2 - muscular T3 - subserosa T4 - serosa Nx - Não avaliados N0 - Sem linfonodos comprometidos N1 - 1 a 3 + N2 - 4 ou mais + M0 - Sem metástase M1 - Metástase a distância
666
Câncer colorretal Estadiamento (0 a IV)
0 - Tis N0M0 (in situ) 1 - T1-T2 N0M0 2 - T3-T4 N0M0 3 - Tx N+M0 4 - TxNx M1
667
Câncer colorretal Tratamento câncer de cólon
○ À princípio, CIRURGIA sem neoadjuvância ● Cólon direito: colectomia direita ● Cólon esquerdo: colectomia esquerda ● Cólon transverso: transversectomia ● Sigmoide: retossigmoidectomia A margem cirúrgica colônica deve ser de, pelo menos, 5 cm! + Linfadenectomia – com ligadura dos vasos na origem – com retirada de, pelo menos, 12 linfonodos + Ligadura arterial: ● Cólon direito: artéria ileocecoapendicocólica ● Cólon transverso: artéria cólica média ● Cólon esquerdo: artéria mesentérica inferior (Ramos retal superior, sigmoideana, cólica esquerda).
668
Câncer colorretal Tratamento do câncer de reto (extraperitoneal) Neoadjuvância - Benefícios e indicações
Indicações: ● Lesões T3 (subserosa) ou T4 (serosa) ● Linfonodo positivo ● Tumores distais que envolvem o esfíncter anal (pela tentativa de preservação esfincteriana) ● Envolvimento da fáscia mesorretal (pela tentativa de melhor da margem comprometida) - Esquema terapêutico: ● Quimiorradioterapia: 5-fluorouracil + Leucovorin, associado à 5040cG de radioterapia ou terapia neoadjuvante total - Benefícios: ● Downstaging tumoral; ● Eleva a taxa de preservação esfincteriana; ● Redução das taxas de recidiva local do tumor; ● Em 15 – 30% dos pacientes, ocorre o desenvolvimento de resposta patológica completa (o tumor desaparece clinicamente) – proceder com Watch and wait.
669
Câncer colorretal Tratamento do câncer de reto (extraperitoneal)
○ Localizam-se há, aproximadamente, 7 cm da borda anal, estando abaixo da reflexão peritoneal (reto médio e baixo) 1. Neoadjuvância 2. Cirurgia ou Watch and wait para casos selecionados de pacientes com resposta completa a neo (desaparecimento tumoral) *Esquema padrão-ouro é dado por: neoadjuvância – aguardo de 12 semanas – cirurgia. ○ Excisão total do mesorreto – reto extraperitoneal - Retirada do reto acompanhado de toda a gordura adjacente que o cerca - Em relação ao reto, a presença de margem distal, desde que livre (se extraperitoneal), de neoplasia é suficiente para ressecção R0! ● A indicação da amputação de reto depende do acometimento do esfíncter.
670
Câncer colorretal Indicação para amputação retal
○ Amputação abdominoperineal do reto (cirurgia realizada, ou não, após o resultado obtido pela neoadjuvância - Indicação: ● RNM com evidência de invasão da musculatura elevadora do ânus.
671
Câncer de reto precoce FLuxograma abordagem
Lesão precoce que alcança, no máximo, a camada mucosa 1. Estadiar - Se: Adenocarcinoma in situ ou T1N0M0: tratar por ESD - Dissecção endoscópica da submucosa ou TEM/TEO (cirurgia endoscópica transanal). - Se: > T1N0M0: neoadjuvancia e cirurgia.
672
Câncer de reto precoce Padrões de Cripta de Kudo e tratamento
- I – IV – Ressecção endoscópica - Vi – 30% de probabilidade de invasão submucosa - Ressecção endoscópica ou Cirurgia - Vn – invasão grosseira da camada submucosa - Cirurgia.
673
Câncer colorretal Indicações de QT
*Desde que não tenha feito neoadjuvancia total - Presença de linfonodos positivos (III) - indicação principal - Presença de menos de 12 linfonodos ressecados com a peça cirúrgica - Tumor T4 - Cirurgia de urgência em tumores obstruídos e perfurados - Tumores pouco diferenciados - Invasão angiolinfática e perineural.
674
Cancer anal Divisão do canal anal
○ Acima da linha pectínea: epitélio colunar, correlaciona-se com a Artéria retal superior, drenagem por vasos linfáticos mesentéricos inferiores e pararretais, inervação visceral – logo, acima da linha, não há sensação de dor mas, apenas, de distensão. ○ Abaixo da linha pectínea: epitélio pavimentoso escamoso, irrigação pela artéria retal inferior, drenagem por vasos linfáticos inguinais e femorais superficiais, inervação somática – ou seja, há sensibilidade à dor, abaixo da linha.
675
Cancer anal Como é feito estadiamento?
O TNM do CEC anal é feito de acordo com o tamanho do tumor. - Palpação da virilha (possível fonte de metástase linfonodal) - TC do tórax e abdome - Ressonância magnética da pelve - PET-CT (metástase oculta/Acometimento linfonodal).
676
Cancer anal Tipo principal
CEC (de origem epitelial escamosa), subtende-se que tais lesões surjam abaixo da linha pectínea *Lesões acima da linha pectínea são similares aos adenocarcinomas retais.
677
Cancer anal Tratamento
○ Não se opera a maioria! ○ **O tratamento padrão-ouro do CEC de canal anal - quimirradioterapia combinada (esquema Nigro)** Exceções: ● Lesões in situ ou T1N0M0: Ressecção local, em substituição ao esquema Nigro ○ Lesões acima de T1N0M0: esquema Nigro ○ Cirurgia só se: resposta incompleta à quimiorradioterapia ou recidiva local. Tipos: - Linfadenectomia inguinal de resgate: nos casos de doença linfonodal residual - Amputação abdominoperineal do reto: aos casos de recidiva local ou resposta incompleta.
678
A arcada de Riolan faz parte da vascularização do intestino grosso e é composta pela ligação entre dois vasos. São eles...
Cólica média (e direita ramos da mesentérica superior) e cólica esquerda (ramos da mesentérica inferior).
679
Qual o componente nutricional que mais se torna deficiente após ressecção gástrica total?
Ferro (os estoques esgotam mais rápidos que de B12).
680
Síndrome de Brown-Séquard
Hemissecção medular, geralmente secundária ao trauma.
681
Síndrome de Brown-Séquard Clínica
- Acometimento da motricidade voluntária (corticoespinal) **ipsilateral** à lesão - Acometimento da sensibilidade profunda (cordão posterior, fascículo grácil e cuneiforme - propriocepção, vibração, tato epicrítico) **ipsilateral** à lesão - Acometimento da sensibilidade superficial (trato espinotalâmico - temperatura, dor e pressão) **contralateral** à lesão.
682
Casos nos quais é mandatório a realização de radiografia cervical antes de retirar o colar de imobilização
- Paciente com ≥ 65 anos - Mecanismo de trauma de risco, como queda de alturas elevadas, colisão de veículos, ejeção, trauma de bicicleta - Parestesia em extremidades - Incapacidade de rodar a cabeça em 45º, se não apresentar nenhum outro fator de risco.
683
No trauma raquimedular, a síndrome da cauda equina cursa com:
Parestesia distal da perna, perda sensorial no períneo (anestesia em sela), disfunção vesical, intestinal e do nervo pudendo, o que pode ocasionar retenção urinária, polaciúria, incontinência urinária ou fecal, disfunção erétil, redução do tônus retal e anormalidades do reflexo bulbocavernoso.
684
Características da síndrome do primeiro neurônio motor
- Síndrome piramidal (lesões no sistema piramidal - córtex cerebral, o trato corticoespinhal e as vias descendentes até a medula espinhal) - Hiperreflexia, espasticidade (hipertonia elástica dos músculos), reflexo cutaneoplantar em extensão (sinal de Babinski) e clônus.
685
Características da síndrome do segundo neurônio motor
- Síndrome da unidade motora (Lesões no neurônio motor inferior, que se encontra na medula espinhal - afetam os nervos periféricos, as raízes nervosas e a junção neuromuscular) - Reflexos hipoativos, atrofia muscular, hipotonia e a presença de fasciculações.
686
Homem, 78 anos, refere perda súbita da acuidade visual do olho direito que se reverteu em menos de 5 minutos (amaurose fugaz). Pode-se afirmar que a fonte embólica mais provável, neste paciente, foi artéria carótida...
Interna direita. *êmbolo na carótida interna ipsilateral é uma das principais etiologias de amaurose fugaz (artéria oftálmica é ramo da carótida interna).
687
CA de tireoide mais prevalente
Papilífero (80%) oriundo de células foliculares.
688
TI-RADS Quando biopsiar?
3 (se >2,5cm), 4 (se > 1,5cm) a 5 (se > 1,0cm)! TI-RADS 1 e 2 não biopsia.
689
Nos pacientes com massas tireóideas e nos quais haja suspeita da síndrome de neoplasia endócrina múltipla (NEM) do tipo 2, ou de carcinoma medular esporádico, deve ser obtido o nível de base de:
Calcitonina.
690
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)
Doença autossômica dominante de penetrância completa, ou seja, desenvolvimento da doença em 100% dos casos. ○ Mutação do gene APC (gene supressor tumoral) - Predispõe à formação de pólipos. ● A presença de **mais de 100 pólipos adenomatosos** no cólon, sugere fortemente, o diagnóstico para a doença.
691
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) Gene envolvido
○ Mutação do gene APC (gene supressor tumoral) - Predispõe à formação de pólipos.
692
Síndrome de Gardner Pólipos colônicos adenomatosos + ...
Variante da PAF → tudo que tem na PAF + osteoma de mandíbula, tumores desmóides de parede abdominal, dentes suprerários, retinite pigmentosa. * Os tumores desmoides são benignos, de origem do tecido conjuntivo. Demonstram alta capacidade recidivante e, em geral, se associam com traumas.
693
Síndrome de Turcot Pólipos colônicos + ...
Polipose adenomatosa (PAF) + tumores cerebrais (meduloblastomas e gliomas). DICA: Síndrome de TurCot: polipose + tumores cerebrais.
694
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) Tratamento
○ Proctocolectomia total com bolsa ileal em J + ileostomia de proteção em pacientes entre 15-20 anos de idade - IDEAL ○ Colectomia total: - Útil em pacientes com desejo de preservação do reto, para manutenção da qualidade de vida - Indicado em pacientes com poucos pólipos; - Seguimento: Retossigmoidoscopia anual + polipectomias - Em adição: introdução de anti-inflamatório - Celecoxibe ou AAS: reduz a formação de novos pólipos retais.
695
SÍNDROME DE LYNCH / HNPCC – Hereditary nonpolyposis colorectal cancer
○ É o mais comum dos cânceres colorretal hereditários conhecidos (mais que PAF) - Advém de pólipos pré-existentes (esporádicos)! ○ A sequência Adenoma - Adenocarcinoma é muito mais acelerada - aumento significativo do risco de CCR ● Instabilidade de microssatélites – Mutação nos genes (MLH1, MSH2, MSH6, PMS2 - “PM Coraçãozinho”) ● Tumores são, predominantemente, do lado direito do cólon, pela associação dos fatores, demonstra pior prognóstico.
696
SÍNDROME DE LYNCH / HNPCC – Hereditary nonpolyposis colorectal cancer Neoplasias associadas
- Principais: endométrio, ureter, pelve renal; Outras: ● Intestino delgado ● Estômago ● Ovário ● Glioma cerebral. ▪ Lynch 1: Câncer de cólon em jovem ▪ Lynch 2: Câncer colorretal + extracolônico.
697
SÍNDROME DE LYNCH / HNPCC – Hereditary nonpolyposis colorectal cancer Rastreio
○ Colonoscopia, a cada 2 anos – a partir dos 20 anos de idade ou 10 anos do caso mais jovem na família. ○ USG transvaginal ou aspirado uterino - identificação de tumor de endométrio ○ Urina tipo 1; pesquisa de hematúria - identificação de tumor de pelve renal ou ureter.
698
SÍNDROME DE LYNCH / HNPCC – Hereditary nonpolyposis colorectal cancer Tratamento
Colectomia Total + Ileorretoanastomose ○ Tumores são, predominantemente, do lado direito - Tendência a aparecer tumor do outro lado depois da remoção primária, então no tratamento há a retirada de todo o cólon.
699
SÍNDROME DE LYNCH / HNPCC – Hereditary nonpolyposis colorectal cancer Critérios de Amsterdam
○ Avalia o risco de o paciente desenvolver a síndrome. REGRA 3 – 2 – 1 – 1 - 3 ou mais pessoas da família com câncer relacionado à síndrome, sendo pelo menos um parente de primeiro grau – pode ser incluído o paciente em questão, caso já apresenta a doença (CCR, endométrio, intestino delgado, ureter ou pelve renal) - 2 gerações ou mais consecutivas acometidas - 1 ou mais CCR antes dos 50 anos de idade - 1 parente de primeiro grau.
700
POLIPOSE ASSOCIADA AO MUTYH (POLIPOSE ATENUADA)
● Mutações autossômicas recessivas, ou seja, bialélicas no gene MUTYH ○ Múltiplos **pólipos adenomatosos** colorretais, principalmente em cólon direito, em que foi excluída a mutação do gene APC ● Apresenta-se com lesões entre 10 – 100 pólipos; ● Demonstra risco aumentado para outros tumores: ○ Estômago, duodeno, mama, ovários, osteomas.
701
Síndrome de Peutz-Jeghers
● Síndrome autossômica dominante, relacionada com a mutação do gene STK11 ○ **Pólipos hamartomatosos** no TGI ○ Os sintomas tendem a surgir em torno dos 10 anos - Em geral, manifestam-se através de intussuscepção e sangramento do TGI ○ Pigmentação mucocutânea - caracterizadas pelos depósitos de melanina (mucosa oral e perianal).
702
Síndrome de Peutz-Jeghers Caracterizada por
Pólipos hamartomatosos no TGI + Pigmentação mucocutânea (mucosa oral e perianal).
703
Síndrome de Peutz-Jeghers Risco aumentado de câncer ...
- TGI (colorretal, delgado, esôfago, estômago) - Mama - Pâncreas - Ovário - Testículos - Pulmão.
704
Síndrome de Peutz-Jeghers Tratamento
- Seguimento - Procedimentos conservadores (polipectomias ou ressecções segmentares).
705
Síndrome da polipose juvenil
▪ 10 ou mais pólipos hamartomatosos em trato gastrointestinal, principalmente em intestino grosso ▪ Rara, componente familiar ▪ Criança, anemia, hematoquezia, intussusepção, sangramento - Não há presença de mutação do gene STK11 ou presença de lesões melanocíticas; ● Baixo potencial maligno, 0,01% dos CCR.
706
Síndrome de Cowden
● Relacionado ao gene PTEN, presença de pólipos hamartomatosos no TGI ● Manifestações clínicas: lesões mucocutâneas características (hiperpigmentação peniana, queratoses acrais, neuromas mucocutâneos) ● Demonstra aumento de risco de câncer em: TGI (colorretal), mama, endométrio, tireóide. *Pólipo harmatromatoso + câncer de mama ▪ Tumores faciais e hiperceratose palmo-plantar.
707
Síndrome de Cronkhite canada
● Síndrome relacionada a formação de pólipos hamartomatosos em indivíduos idosos ▪ Única não hereditária ▪ Descendentes japoneses, rara, > 50 anos, alopecias, distrofia ungeal, diarreia crônica.
708
O cólon direito é irrigado pela ...
- Artéria mesentérica superior!!! (que se divide em ileocólica [íleo terminal, ceco, apêndice], cólica direita [vasculariza cólon ascendente] e cólica média [vascularização até metade do transverso]).
709
A mesentérica inferior irriga...
- Nutre metade do cólon transverso e o descendente pela cólica esquerda, o sigmoide pela sigmoidea, e a artéria retal superior vasculariza o reto.
710
Arcada de Riolando
Comunicação entre a cólica média (ramo da AMS) e cólica esquerda (AME).
711
Artéria marginal de Drumond
Vaso presente em todo o cólon ligando os vasos vizinhos.
712
Embora grande parte do intestino tem irrigação colateral, existem 2 pontos sensível, propensos a isquemia, quais são eles?
* Ponto de Griffith: na região do ângulo esplênico do cólon * Ponto de Sudeck: na transição retosigmoidiana (flexura retossigmóidea).
713
Tratamento medicamentoso hipertermia maligna
Dantrolene!
714
Exemplo de derrames pleurais exudativos e transudativos
a) Exsudato (Lembra que é inflamatório): Infeccioso, Neoplásico, TEP, Doenças Abdominais (Pancreatite, Colecistite, Perfuração Esofágica) b) Transudato: ICC, Cirrose, Síndrome Nefrótica, Diálise Peritoneal, Atelectasia, Mixedema.
715
Característica do exame físico do Derrame Pleural
Macicez à percussão torácica, murmúrios vesiculares reduzidos e frêmito tóraco-vocal ausente.
716
Priapismo de baixo fluxo Etiologia
○ Envolve fenômenos veno-oclusivos ○ Fatores de risco: anemia falciforme ou uso de medicações (medicação intracavernosa para ereção ou cocaína).
717
Priapismo de alto fluxo Etiologia
○ Envolve fístula artério-venosa (sangue arterial entra nos corpos cavernosos, causando a ereção) ○ Fator de risco: Trauma Perineal ○ Não configura urgência urológica, pois não causa isquemia.
718
Priapismo de baixo X alto fluxo
●Baixo fluxo ou Isquêmico: ○ Extremamente doloroso ○ Ereção 10/10 (importante) ○ Pode levar a isquemia tecidual (urgente) ○ Gaso: sangue escuro, PaO2 < 30, pCO2 > 60, pH < 7,25 ○ USG: fluxo reduzido ou ausente na artéria cavernosa; índice de resistividade aumentado; sinais de trombose em corpo cavernoso ou esponjoso. ● Alto fluxo ou não isquêmico: ○ Geralmente indolor ○ Ereção “meia bomba” (o sangue não está totalmente represado) ○ Gaso: sangue vivo, PaO2 > 90, PCO2 < 40, pH > 7, 35 ○ Fístula artério-venosa pode ser vista.
719
Priapismo de baixo fluxo Tratamento
- Irrigação/Lavagem dos corpos cavernosos - Injeção de alfa agonista (adrenalina, fenilefrina) - Shunt distal (produção de fístula entre o corpo cavernoso e esponjoso para drenagem do sangue represado) - Shunt proximal cirúrgico.
720
Priapismo de alto fluxo Tratamento
- Observação clínica (costuma ser involução até 24-48h) - Embolização em casos refratários.
721
Priapismo de baixo fluxo Consequências possíveis
Fibrose dos corpos cavernosos e disfunção erétil.
722
O que ocorre na fratura peniana?
Ruptura traumática da túnica albugínea.
723
Causas do trauma peniano
○ Trauma com o pênis em ereção - Choque direto contra períneo - 60% das vezes ocorre com a mulher por cima ○ Rituais Culturais e Religiosos: Ex: Taqaandan.
724
Fratura peniana Clínica e diagnóstico
- Clínica: hematoma peniano (sinal da beringela), uretrorragia, bexigoma (20-40% cursam com lesões uretrais). - Dx: Clínica + examde físico. Se dúvida: ● USG de pênis - ruptura da continuidade de túnica albugínea (Primeiro exame a ser solicitado) ● RM em casos raros se mantiver dúvida ● UCRM (uretrocistografía retrógrada e miccional) se suspeita de trauma uretral.
725
Fratura peniana Tratamento
● **Correção cirúrgica imediata** ● Se suspeita de lesão uretral, avaliar uretra em toda sua curvatura, e, se possível, realizar a rafia da lesão ○ Manter sonda vesical de demora se houver lesão uretral por pelo menos 10-14 dias para a cicatrização da uretra.
726
Fratura peniana Seguimento / possíveis complicações
● Infecção: sempre drenar o hematoma volumoso ● Curvatura peniana: pode prejudicar a atividade sexual do paciente, melhor prognóstico se correção precoce/ imediata ● Disfunção Erétil: risco de formação de “Shunt”, fator psicogênico ● Fístula arterio-venosa: possível sequela, com risco de evoluir com priapismo.
727
Vascularização testículo
○ Irrigação: artérias testiculares (origem direta da aorta), artéria deferencial e artéria cremastérica ○ Drenagem venosa: Plexo pampiniforme e as veias testiculares (a esquerda drena para a artéria renal esquerda, o que favorece varicocele do lado esquerdo; já a veia testicular direita drena para a Veia Cava Inferior).
728
Torção testicular Clínica
○ 2 picos: Infância e 12 aos 15 anos (mais comum é intravaginal - extravaginal = torção em RN ou pré natal) ○ Dor de início agudo e forte intensidade ○ Comum ocorrer no Período noturno ○ Sinal de Brunzel: elevação do testículo torcido ○ Sinal de Angell: testículo torcido mais elevado e horizontalizado ○ Bell Clapper: implantação alta da túnica vaginal que se estende até a região do cordão, permitindo maior mobilidade do testículo e favorecendo sua rotação ○ Reflexo cremastérico abolido.
729
Orquiepididimite Clínica
○ Causa mais comum de dor escrotal ○ Início Subagudo - dor leve a moderada que aumenta progressivamente ○ Febre ○ Sinal de prehn positivo: alívio da dor durante elevação do testículo.
730
Orquiepididimite Causas
○ Causa mais comum de dor escrotal ○ Ocorre em todas as faixas etárias - Criança: pensar em quadro infeccioso de etiologia Viral - Adulto jovem: pensar em IST - Idoso: pensar em ITU, principalmente se houver fatores de risco, como HPB.
731
Escroto agudo Blue dot sign
Sinal de torção de apêndice testicular, no qual a conduta pode ser expectante.
732
Tratamento torção testicular
○ 1º Passo - Escrototomia (se considerar colocar prótese, preferir acesso inguinal) ○ 2º Passo - Abordar testículo torcido (distorcer, aquecer, conferir viabilidade) ○ 3º Passo - Escolher entre orquidopexia (se viável) e orquiectomia (se inviável) para o testículo torcido ○ 4º Passo - Orquidopexia contralateral - SEMPRE - independente da conduta para o testículo torcido.
733
Tratamento orquiepididimite
○ Se sexualmente ativo: - Cobrir Neisseria e Chlamydia com: ● Ceftriaxone 250mg IM dose única ● Doxiciclina 100mg VO de 12/12h por 10 dias - Triar outras DSTs. ○ Se usuário Sexualmente inativo: - Cobrir E. coli e Pseudomonas com: quinolona VO por 10 dias.
734
Anatomia uretra anterior e uretra posterior
○ Uretra posterior: prostática e membranosa. ○ Uretra anterior: bulbar e peniana.
735
Classificação do trauma de uretra Anterior X posterior - etiologias associadas
○ Posterior: quase exclusivas de **fratura da pelve**, ocorrendo em 1-10% das fraturas de pelve (principalmente fratura do anel anterior ou diástase púbica) ○ Anterior: relação com trauma urogenital, principalmente a queda a cavaleiro. Porém, a causa mais comum é **iatrogênica**, em casos de sondagem vesical.
736
Trauma de uretra Clínica e diagnóstico
● Uretrorragia (principal sintoma) ● Próstata não tocável ● Hematoma perineal ● Retenção urinária Dx: Uretrocistografia retrógrada e miccional (padrão ouro).
737
Trauma de uretra Tratamento
● Trauma contuso: realiza-se cistostomia / realinhamento endoscópico, e, após, reavaliar para tratamento definitivo ● Trauma penetrante ou fratura peniana: realiza-se reparo primário da uretra.
738
Balanite Xerótica Obliterante
Doença crônica de causa mal definida, interrogando se causas autoimunes ou pós-infecção viral, causando estenose e fechamento do meato uretral e alterações na glande, com aderências.
739
Principal complicação do trauma de uretra
Estenose de uretra. *○ Tratamento a depender da porção acometida (desde meatotomia a retalhos de pele ou enxertos com mucosa oral, dilatação, uretroplastia, etc).
740
Trauma testicular Conduta
- Deslocamento testicular: realizar reposicionamento manual ou orquidopexia imediata - Hematocele: ● Se acúmulo de sangue < 3x o volume testicular: conduta conservadora ● Se acúmulo de sangue > 3x: indicação de cirurgia, porém evitar orquiectomia - Ruptura testicular: ● Remover coágulos, ressecar túbulos inviáveis, fechar albugínea novamente.
741
Trauma de bexiga Diagnóstico
Uretrocistografia retrógrada e miccional ○ Lesão extraperitoneal (mais comum): extravasamento do contraste em “Chama de vela” ○ Lesão intraperitoneal: Delineamento de alças pelo contraste ● Cistotomografia (alternativa): ○ Injeção de contraste diluído (1:6) intravesical por via retrógrada ○ Cistoscopia se lesões intraoperatórias (em cirurgias de sling p.ex.).
742
Trauma de bexiga Tratamento se lesão extraperitoneal
○ Tratamento Conservador: paciente irá de alta com SVD de 20 a 24 Fr, associado à antibioticoterapia ○ Repetir cistografia em 14 dias com o paciente ainda sondado para avaliar possibilidade de retirar a sonda ○ Indicações para abordagem cirurgia: - Lesão colo vesical - Fragmento ósseo entrando na bexiga - Lesão de reto associada - Se realizar Laparotomia Exploradora por algum outro motivo.
743
Trauma de bexiga Tratamento se lesão intraperitoneal
○ Cirurgia imediata com rafia da bexiga em 2 planos com fio absorvível - Drenagem da rafia pelo alto risco de fistulizar ○ Antibioticoterapia ○ SVD por 7 a 10 dias e repetir a cistografia antes de retirar a sonda, para garantir ausência de vazamento.
744
Trauma renal Classificação (Grau I ao V)
○ Grau 1: hematoma subcapsular ou hematúria macroscópica não justificada por outra causa ○ Grau 2: hematoma perirrenal contido em retroperitônio (não está em expansão) e laceração < 1 cm ○ Grau 3: laceração > 1 cm, que não chega ao sistema coletor ○ Grau 4: lesão que atinge o sistema coletor e/ou lesão vascular do hilo renal contida e/ou trombose de artéria renal ○ Grau 5: estilhaçamento renal com parênquima fragmentado ou avulsão completa do hilo renal.
745
Trauma renal Quadro clínico e diagnóstico
● Estigmas de trauma: hematoma lombar, fratura de costela, escoriações próximo a região lombar ● Desconfiar sempre que houver Hematúria (mas nem todos tem hematúria) ● Procurar sinais e instabilidade hemodinâmica DX: Tomografia computadorizada de abdome total com contraste EV (padrão ouro).
746
Trauma renal Tratamento
● Paciente Estável = prefere-se a observação ativa (paciente internado e avaliação contínua) ○ Indicações para embolização: falha do tratamento clínico (instabilidade) e/ou queda seriada da Hb - sangramento ativo sem indicação absoluta de cirurgia ● Indicações absolutas de cirurgia para o trauma renal: ○ Instabilidade hemodinâmica mantida ○ Lesões grau 5, trombose arterial ou ferimentos penetrantes ○ Hematoma peri-renal pulsátil ou em expansão.
747
Trauma renal Indicações de angioembolização
○ Sangramento renal ativo: encontrado no exame de imagem como Blush (extravasamento de contraste por algum vaso) na TC ○ Fístula Arterio-Venosa ○ Pseudoaneurisma traumático.
748
Trauma renal Urinoma - conduta
Urinoma = coleção de urina. - CD: ATB e reavaliar com TC em 7 dias; Se infecção ou manter achado, está indicada a drenagem, passando um Duplo J e/ou realizando Nefrostomia.
749
Principal causa de trauma de ureter
Iatrogênica durante cirurgias.
750
Trauma de ureter Diagnóstico
○ TC de abdome e pelve com contraste e fase excretora tardia (20 min) ○ Pielografia ascendente se a lesão ocorrer no intraoperatório.
751
Trauma de ureter
○ Paciente instável: passagem do duplo J ou nefrostomia, paciente pode evoluir com estenose, e sua reconstrução pode ser realizada posteriormente quando o paciente estiver estável ○ Paciente estável: - Procede-se com o reparo imediato - Se lesão parcial do ureter, pode-se passar o duplo J ou realizar rafia primária - Se lesão proximal do ureter (acima do cruzamento dos vasos ilíacos), tende-se a preferir uma anastomose primária - Se lesão do ureter distal, esta região está sujeita a uma tensão maior, por isso, prefere-se um reimplante ureteral (em bexiga).
752
Câncer de próstata Para fazer vigilância ativa o PSA deve ser ____ e o Gleason deve ser menor ou igual a _____.
Para fazer vigilância ativa o PSA deve ser < 10 e o Gleason deve ser menor ou igual a 6.
753
Quando encaminhar um paciente com nódulo prostático para biópsia?
Todo nódulo prostático deve ser submetido à biopsia transretal guiada por USG ou RM.
754
A veia gonadal direita mais frequentemente drena para a veia...
A veia gonadal direita drena para a veia cava inferior; diferente da veia gonadal esquerda, que drena para a veia renal esquerda.
755
A técnica de correção de hérnia inguinal que pode ser considerada com tensão e apresenta maior índice de recidiva é a técnica de ...
Técnicas com tensão são aquelas em que o reforço da parede posterior é feito com o próprio tecido, sem uso de telas. As técnicas de Lichtenstein e nas abordagens laparoscópicas sempre há uso de telas, sendo elas tension free. Já em Shouldice e Bassini, não há uso de tela, e há certo grau de tensão. Dentre elas, a de Bassini possui maior risco de recidivas, tanto que está em desuso.
756
Componentes do cordão espermático, em homens:
- Músculo cremaster e vasos cremastéricos. - Ducto deferente e vasos deferentes. - Ramo genital do nervo genitofemoral. - Plexo pampiniforme (conjunto de veias do epidídimo).
757
Em relação à fístula colovesical, qual a etiologia mais frequente?
Diverticulite aguda!
758
Subtipos histológicos de melanoma cutâneo
- Extensivo superficial/expansivo - Nodular - Lentiginoso acral - Lentigo maligno.
759
Tipo mais comum de câncer de boca e língua
CEC.
760
Quais são os limites anatômicos do triângulo de Callot (trígono cisto-hepático) e qual é o seu conteúdo?
- Ducto hepático comum medialmente - Ducto cístico lateralmente - Borda inferior do lobo hepático superior direito -"fígado em seu teto” *E, por dentro do triângulo, passa a artéria cística (ramo da hepática direita).
761
A artéria apendicular é um ramo da artéria...
cecal posterior que por sua vez é um ramo da ileocólica. Todas elas são ramos da artéria mesentérica superior.
762
Tríade da isquemia mesentérica
Dor abdominal + hipotensão + fezes sanguinolentas.
763
Indicações de colecistectomia eletiva em pacientes com colelitíase assintomática
- Cálculos biliares grandes, > 1,5-2,0 cm - Hemólise crônica, como os portadores de drepanocitose - Pacientes que serão submetidos a procedimentos abdominais, como bariátrica - Pólipos biliares > 10 mm - Vesícula em porcelana - Diabéticos, com ressalvas e inclusão variável segundo as referências. *Pacientes com colecistite enfisematosa devem ser submetidos à colecistectomia de urgência, não apenas eletiva.