CIRURGIA 5 - ACALÁSIA E MEGAESÔFAGO Flashcards

(52 cards)

1
Q

REDE NERVOSA (PARASSIMPÁTICA) ENTRE AS CAMADAS MUSCULARES DO ESÔFAGO

A

PLEXO MIOENTÉRICO DE AUERBACH - MIOENTÉRICO PLEXO MEISSNER - SUBMUCOSA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

COMO É O COMPORTAMENTO DO EEI?

A

Essencialmente fisiológico – suas fibras lisas não têm diferenciação anatômica, difícil pro cirurgião identificar o EIE o Identificamos o EIE pela manometria Mantem-se fechado (em contração tônica: contração mantida mesmo quando o músculo está relaxado) - ação mioentérica. Necessário que fique fechado para impedir o refluxo.  Abre-se em concordância com movimentos propulsivos que levam o bolo alimentar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Regulação do EIE  Neurotransmissores: EXCITATÓRIOS E INIBITÓRIOS?

A

o EXCITATÓRIO (promove a contração da musculatura) 1. Acetilcolina - Ach o INIBITÓRIO (promovem o relaxamento)  1. Óxido Nítrico – NO (principal) 2. Polipeptídeo intestinal vasoativo VIP o Excitatórios só mantem o EIE fechado, já os inibitórios são responsáveis pela peristalse e relaxamento do EIE

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Neurônio Inibitório -> NO+VIP: ação e momento dela:

A

relaxa - onda peristáltica do esôfago e relaxamento do EIE Inervação Inibitória:É responsável pela sequência peristáltica do esôfago

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Distúrbios Motores do Esôfago (DME) são divididos em primários e secundários: cite as causas

A

PRIMÁRIO: ACALÁSIA ESOFAGO EM QUEBRA-NOZES EIE HIPERTENSIVO OU HIPOTENSO ESÔFAGO HIPOCONTRÁTIL SECUNDÁRIO: DOENÇA DE CHAGAS LES DM HIPER/HIPOTIREOIDISMO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

ACALASIA GERALMENTE É POR DISFUNÇÃO DE QUAL NEUROTRANSMISSOR?

A

DISFUNÇÃO DO NO (NEUROTRANSMISSOR INIBITÓRIO)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

4 Critérios Diagnósticos:

A
  1. Contração ineficiente do corpo / região distal do esôfago. 2. Relaxamento incompleto ou ausente do EIE em resposta à deglutição; 3. Esse não relaxamento do esfíncter leva a uma frequente hipertensão EIE (> 45 mm Hg); 4. Pressão basal INTRA-esofagiana é MAIOR que INTRA-gástrica (inverso do normal) - pela presença do alimento retido;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

COMO ESTÁ A PRESSÃO NO ESÔFAGO EM COMPARAÇÃO COM O ESTÔMAGO NA ACALASIA?

A

Pressão basal INTRA-esofagiana é MAIOR que INTRA-gástrica (inverso do normal). Na acalasia, há pressão dentro do esôfago devido o alimento ficar retido nele, mas como não chega no estômago, quase não há pressão dentro deste.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

COMO É A FISIOPATOLOGIA DO MEGAESÔFAGO?

A

Megaesôfago é a consequência da acalasia. Com o passar do tempo o esôfago vai se dilatando. Perda de neurônios intramurais, principalmente neurônios inibitórios (pós-ganglionares) -> não relaxamento reflexo do EIE à deglutição -> acúmulo de alimentos no esôfago -> MEGAESÔFAGO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

QUAIS OS NEUROTRANSMISSORES DESAPARECEM NA ACALASIA? E DIMINUI CÉLULAS DE QUAL PLEXO?

A

1) Redução ou desaparecimento das cels ganglionares mioentéricas do plexo de AUERBACH > Comprometimento dos neurônios inibitórios: NO e VIP. 2) Desaparecimento seletivo, ou seja, só somem os neurônio inibitórios – não há explicação para isso 3) Preservação dos neurônios excitatórios: Ach (só tem ação de manter o EIE fechado!)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS QUE AFETA O ESÔFAGO. -> REAÇÃO CRUZADA

A

Antígenos do T. cruzi sensibilizariam células nervosas normais, tornando-as susceptíveis ao mecanismo da resposta imune contra o parasita (mecanismo humoral e celular) - reação cruzada. Perde-se assim a ação nervosa inibitória.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

V OU F: Sempre que se tenha um paciente com megaesôfago tem-se a obrigação de investigar chagas?

A

V

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

ETIOLOGIA IDIOPÁTICA

A

ORIGEM AUTOIMUNE

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

ALTERAÇÃO MACROSCÓPICAS MEGAESÔFAGO NO INÍCIO:

A

NO INÍCIO: - espessamento da parede (esôfago ainda tem atividade peristáltica enquanto o esfíncter não funciona, assim o esôfago começa a hipertrofias suas células para tentar vencer esse obstáculo).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS DEPOIS, COM DOENÇA JÁ EVOLUÍDA.

A

Progressiva diminuição da espessura da parede (pela atrofia da camada muscular por exaustão e hipóxia -> dilatação progressiva =MEGAESÔFAGO em graus variados).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

NO MEGAESÔFAGO HÁ ALGUMA LESÃO ORGÂNICA OBSTRUTIVA?

A

NÃO! POIS É UMA ALTERAÇÃO FUNCIONAL. -DISFAGIA CRÔNICA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

ALTERAÇÕES MICROSCÓPICAS DA DOENÇA: 5

A

1- Edema; 1- Ulcerações; 2- Leucoplasia; (lesão esbranquiçada pré neoplásica) 3- Pode evoluir para Carcinoma espinocelular (CEC) 4- Destruição dos plexos de Auerbach; 5- Traumatismo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

QUAIS EXAMES DIAGNÓSTICOS?

A

DIANE DO Quadro clínico 1- Raio X contrastado (simples) Não é mais muito usado 2- Endoscopia digestiva alta EDA 4- Manometria OBS: Exames laboratoriais (Só serve para verificar se a causa é doença de chagas ou não, porém não serve para diagnóstico de acalasia e de megaesôfago).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

QUADRO CLÍNICO, PRINCIPAIS SINTOMAS*: 6

A

1- Disfagia (principal sintoma)* 2- Regurgitação (Regurgita o bolo alimentar que não chega no estômago e acumula no esôfago - NÃO é vômito!); 3- Emagrecimento* 4- Dor retroesternal (por causa das ulcerações que aparecem na parede do esôfago); 5- Sensação de parada do alimento (peso) na região do apêndice xifoide ou retroesternal. 6- Sialorréia (Devido a hipertrofia das parótidas); 7- PNM de repetição;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

CARACTERÍSTICA DA DISFAGIA

A

LENTAMENTE PROGRESSIVA: 2 OU + ANOS * diferente do CA de esofago que é rapida Na acalasia não há regra, por ser um distúrbio motor não há sequência de evolução! Pode começar diretamente com os alimentos líquidos. A MAIORIA TEM DISFAGIA SIMULTÂNEA PARA SÓLIDOS E LÍQUIDOS

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

CARACTERÍSTICAS DA REGURGITAÇÃO, O QUE ELA PODE CAUSAR:

A
  • Não é vomito, pois a comida não chega ao estomago e não é digerida!!! - Sem náusea! Alimento não digerido (não sofreu ação do suco digestivo). - Favorecida pela inclinação do corpo para a frente ou pelo decúbito horizontal (alimento ou líquido no travesseiro).  Causa de pneumonia de repetição e abscesso pulmonar.
22
Q

CARACTERÍSTICA DA HIPERTROFIA DE PAROTIDAS:

A

SIALORREIA - Sempre bilateral!! Pelo aumento do reflexo esôfago-salivar de Roger (pela estase alimentar e irritação constante da mucosa).

23
Q

QUADRO CLÍNICO CLÁSSICO DA ACALASIA (3)

A

1- DISFAGIA 2- REGURGITAÇÃO 3- EMAGRECIMENTO

24
Q

RAIO X SIMPLES, EM QUE SITUAÇÕES SERVE?

A

Pode-se ver os níveis hidroaéreos em casos mais avançados.

25
RAIO X CONTRASTADO, PARA QUE SERVE, E COMO FUNCIONADA PARA AVALIAR:
- Maneira indireta de avaliar o funcionamento do esôfago: ATRAVÉS DO TEMPO DE PERMANÊNCIA DO CONTRASTE NO ESÔFAGO - ESTASE DE CONTRASTE - NÍVEL HIDROAÉREO - Orienta o tratamento
26
SINAIS CLÁSSICOS DO RAIO X CONTRASTADO
1- BICO DE PÁSSARO ou CAUDA DE RATO NO EEI 2- AUSÊNCIA DA BOLHA GÁSTRICA
27
Dolicomegaesôfago
(esôfago alongado/dilatado e tortuoso – fase final da doença) Tratamento é retirar o esôfago, pois não tem mais função.
28
NO QUE É BASEADA A Classificação de Mascarenhas, Câmara-Lopes, Ferreira-Santos.
BASEADA NO DIÂMETRO DO ESÔFAGO + ESTASE DE CONTRASTE (QUANTO TEMPO DEMORA PRA PASSAR PELO ESÔFAGO)
29
Classificação de Mascarenhas, Câmara-Lopes, Ferreira-Santos.
30
CLASISFICAÇÃO
- III e IV não tem mais contração peristáltica
31
EDA, QUANDO É INDICADA, ELA FAZ DIAGNÓSTICO?
EXAME OBRIGATÓRIO!! DETECTA ALÉM DOS ACHADOS CARACTERÍSTICOS, LESÕES ASSOCIADA (CEC), - Não faz diagnóstico, pois a dilatação nem sempre é evidente. Porém é obrigatório para verificar se há lesões;
32
ACHADOS CARACTERÍSTICOS DA EDA
- EIE pregueado e não abre espontaneamente com a insuflação de ar para permitir a passagem do aparelho, mas pode ser ultrapassado encontrando discreta ou moderada resistência, ao contrário de estenoses ou tumores que mostram grande resistência à progressão do aparelho! - Corpo esofagiano dilatado resíduos alimentares; - Mucosa friável e/ou com ulcerações;
33
EXAME PADRÃO OURO PARA ACALASIA E DISTÚRBIOS MOTORES DO ESÔFAGO
MANOMETRIA ESOFÁGICA
34
3 ACHADOS DA MANOMETRIA NO CORPO DO ESÔFAGO
1. Contrações simultâneas sem evidência de peristalse progressiva; 2. Ondas peristálticas de baixa amplitude (indicando ausência de tônus muscular; \< 40-30 mmHg) 3. Pressão intra-esofágica acima da basal (maior que a pressão intra-gástrica): pela eliminação incompleta de ar e restos alimentares (PRESSURIZAÇÃO DO ESÔFAGO)
35
2 ACHADOS DA MANOMETRIA NO EEI:
1. Relaxamento incompleto ou ausente em resposta à deglutição 2. Geralmente zona de alta pressão: \> 45 mmHg (35) / Pressão intra-esofágica\> pressão intra-gástrica
36
RESUMO DA MANOMETRIA NA DOENÇA. CORPO DO ESÔFAGO E EEI
EEI HIPERTENSO: 40 A 80 MMHG (Ach) CORPO DO ESÔFAGO: APERISTALSE E CONTRAÇÕES SIMULTÂNEAS E DE BAIXA AMPLITUDE (POUCO NO)
37
CLASSIFICAÇÃO DO MEGAESÔFAGO AVANÇADO NA MANOMETRIA
ONDAS COM MENOS DE 20 mmHg Diferente da classificação de mascarenha que precisa ter mais de 7 cm de calibre. Como a Manometria é padrão ouro, quando se tem ela faz-se por esse quesito diagnóstico (\<20MMHG), quando não, usa-se a MASCARENHA.
38
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
PSEUDOACALÁSIA: CA DE ESOFAGO ZENKER ESCLERODERMIA ESOFAGO SACA ROLHAS DRGE
39
NEOPLASIA NA ACALÁSIA, RISCO E POSSIVEIS CAUSAS
- Risco: 33 - 140 x maior que na população geral; Ocorre após 15 - 28 anos de doença; COMPLICAÇÃO TARDIA - Acalasia é considerada uma lesão pré-maligna por algumas literaturas;  Prováveis causas: o Supercrescimento bacteriano no líquido de estase \> redução de nitratos da dieta \> formação maciça de nitritos e compostos Nnitrosos \> mutação no DNA celular pelo contato prolongado destes compostos devido a estase crônica \> neoplasia; o Estase \> irritação crônica;
40
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
ELE NÃO RECUPERA A ATIVIDADE MOTORA DO ESÔFAGO. Devolver a capacidade de deglutição ao paciente; Aliviar obstrução causada pelo não relaxamento do EIE; Impedir o RGE - quando o tratamento for cirúrgico;
41
Tratamento medicamentoso:
Paliativo – não restaura a função do EIE - Bloqueadores do Canal de Cálcio: nifedipina - Não libera Ach assim não deixa contrair. o Cálcio é quem leva a Ach de um axônio para outro. (Não é bom pois tem que tomar todo dia depois das refeições e tem efeitos colaterais) - Relaxantes da Musculatura Lisa: derivados nítricos: dinitrato de isossorbitol Desvantagens:Efeitos colaterais das drogas - Indicação: estágio inicial – grau I
42
Dilatação Pneumática: OBJETIVO E INDICAÇÕES
Objetivo: Causar rotura “controlada” da musculatura circular no EIE E diminuição de sua pressão basal; - Indicações: o Gestantes – vai desnutrir se não ficar a dilatação o Pacientes sem condições clínicas para cirurgia; o Opção do paciente (não quer operar)
43
Dilatação Pneumática: EFETIVIDADE E COMPLICAÇÕES
- Tratamento NÃO cirúrgico mais efetivo!! - Complicações: o Perfuração (0,5% - 10%); o Esofagite de refluxo; o Hemorragia (grave é incomum); o Divertículo epifrênico (perfuração incompleta).
44
Toxina Botulina: AÇÃO
POR EDA, Bloqueia a ação da acetilcolina na fenda sináptica – impede que a Ach seja liberada na fenda e isso deixa a musculatura relaxada Alto índice de recidiva. Por rebrotamento do axônio - pode haver formação de novas junções neuromusculares com restauração do tônus, ou seja, acaba recidivando.
45
TTOS QUE INDUZEM FIBROSE. (dificulta procedimento cirúrgico futuro).
DILATAÇÃO PNEUMÁTICA E TOXINA BOTULÍNICA
46
ORDEM DE MELHORES TTOS:
CIRURGIA, DILATAÇÃO, TOXINA BOTULINA E MEDICAMENTOS
47
Tratamento Cirúrgico: FINALIDADE E TIPO
- Tem finalidade terapêutica definitiva (para melhorar a DEGLUTIÇÃO e não para CURAR a acalasia); - O tipo de cirurgia depende do grau do megaesôfago. Depende de qual exame está disponível para classificar
48
CIRURGIA MEGAESÔFAGO NÃO AVANÇADO:
Cirurgia no megaesôfago não avançado: CARDIOMIOTOMIA/SECÇÃO DO EEI E FUNDIPLICATURA PARCIAL Objetivos: o Anular a ação do EIE -\> Cardiomiotomia o Promover a profilaxia do refluxo GE -\> fundoplicatura parcial Por que parcial? Por que ainda há atividade peristáltica
49
CIRURGIA NO MEGAESÔFAGO AVANÇADO
QUANDO NA MANOMETRIA: ondas peristálticas com amplitude \< 20 mmHg, qualquer que seja o calibre esofageano. Esôfago está sem função fisiológica, só serve para complicações!! -ESOFAGECTOMIA – por que o esôfago não tem mais atividade peristáltica. ESÔFAGO PROXIMAL FICA POIS É ESTRIADO E VOLUNTÁRIO.
50
MORTALIDADE NA CIRURGIA DE MEGAESOFAGO AVANÇADO
Alta morbimortalidade! Possui uma série de complicações durante e pós o procedimento!
51
Tratamento endoscópico para acalasia: POEM
- Procedimento endoscópico novo - Miotomia endoscópica semelhante à técnica de Heller - A camada muscular interna é seccionada  Estudos a longo prazo não concluídos
52
ESCORE DE ACOMPANHAMENTO PÓS TRATAMENTO
ESCORE DE ECKARDT CONSIDERAR: PERDA PONDERAL, DISFAGIA, DOR RETROESTERNAL E REGURGITAÇÃO CLASSIFICA EM REMISSÃO OU FALHA TERAPÊUTICA