Cirurgia - Colecistite e Colangite Aguda Flashcards
(42 cards)
A colecistite aguda e a colecistite alitiásica são mais frequentes no sexo feminino ou no masculino?
- Colecistite aguda: no sexo feminino;
- Colecistite alitiásica: no sexo masculino.
Descreva o sinal de Murphy.
Interrupção abrupta da inspiração profunda por dor à palpação do hipocôndrio direito (associada à colecistite aguda).
Qual é a característica da dor da cólica biliar que a diferencia da colecistite aguda?
A dor também ocorre no hipocôndrio direito, porém é transitória (pico máximo em 1 hora).
Diagnóstico provável:
Mulher de 30 anos com dor em hipocôndrio direito há 6h, temperatura = 38oC, dois episódios de vômitos e com parada abrupta da respiração após palpação do hipocôndrio direito.
Colecistite aguda.
Diagnóstico provável
Homem de 30 anos, etilista, queixa-se de dor em faixa do epigástrio ao dorso e vômitos. Sinal de Murphy negativo. ↑Amilase e ↑lipase.
Pancreatite aguda.
Quais são os sinais locais de inflamação para colecistite aguda seguno as diretrizes de Tokyo 18?
- Sinal de Murphy;
- Massa, dor ou sensibilidade em quadrante superior direito.
Quais são os sinais sistêmicos de inflamação para colecistite aguda segundo as diretrizes de Tokyo 18?
- ↑PCR;
- ↑Leucócitos.
- Febre
Quais são os critérios para suspeita de colecistite aguda segundo as diretrizes de Tokyo 2018?
Um sinal de inflamação local + um sinal sistêmico de inflamação.
Quais são os critérios para diagnóstico definitivo de colecistite segundo as diretrizes de Tokyo 2018?
Um sinal de inflamação local + um sinal sistêmico de inflamação + imagem característica.
Qual é o exame de imagem de primeira escolha para diagnóstico de colecistite aguda?
Ultrassom de abdômen (sensível: 85% e específico: 95%).
Qual é o exame padrão-ouro para diagnóstico de colecistite aguda quando há dúvidas na ultrassonografia?
Cintilografia.
Quando indicamos tomografia de abdome na suspeita de colecistite aguda?
Para descartar complicações da colecistite (p. ex. abscesso) ou para diagnóstico diferencial.
Qual é a alteração sugestiva de colecistite aguda na cintilografia?
Se o ducto cístico não estiver patente, haverá falha de preenchimento e a vesícula biliar não será visualizada.
Qual é a principal bactéria isolada na colecistite aguda?
E. coli (41%)
Qual é o tratamento da colecistite aguda em paciente de baixo risco (ASA I e II)?
Antibioticoprofilaxia + colecistectomia videolaparoscópica (até 72h).
Qual é o tratamento da colecistite aguda em paciente de alto risco (ASA III, IV e V)?
Antibioticoterapia (4-7 dias). Se houver falha no tratamento, fazer drenagem da vesícula biliar ou até colecistectomia.
Qual é o tratamento inicial da colecistite aguda em paciente instável?
Colecistostomia (drenagem percutânea da vesícula guiada por exame de imagem) + antibioticoterapia.
Quais são os limites do trígono de Calot?
- Superior: borda hepática;
- Inferior: ducto cístico;
- Medial: ducto hepático comum.
Quais são as condutas para os pacientes Tokyo I de baixo risco e de alto risco cirúrgico?
- Baixo risco (ASA ≤ 2): colecistectomia precoce;
- Alto risco (ASA ≥ 3): antibioticoterapia + colecistectomia eletiva.
Quais são as condutas para os pacientes Tokyo II de baixo risco e de alto risco cirúrgico?
- Baixo risco (ASA ≤ 2): colecistectomia precoce;
- Alto risco (ASA ≥ 3): antibioticoterapia com ou sem colecistostomia + colecistectomia eletiva.
Qual é a complicação mais frequente da colecistite aguda?
Colecistite gangrenosa.
Quais são as condutas para os pacientes Tokyo III com ou sem disfunção neurológica, respiratória ou alteração na bilirrubina total?
- Sem disfunção: antibioticoterapia + colecistectomia precoce (após reanimação);
- Com disfunção: antibioticoterapia + colecistostomia + colecistectomia eletiva (depende do risco cirúrgico).
Qual é a principal manifestação clínica/radiológica sugestiva de colecistite enfisematosa?
Crepitação da parede abdominal/ar na topografia da vesícula biliar.
Qual é a tríade radiológica clássica do íleo biliar?
Tríade de Rigler:
- Obstrução intestinal alta.
- Aerobilia.
- Cálculo biliar ectópico (usualmente no íleo terminal).