Cirurgia, Trauma Flashcards
(57 cards)
Distribuição trimodal das mortes:
Pico 1: segundos a minutos pós trauma ( uns 50%)
Causa de morte: lesões gravíssimas, no geral não há tratamento e sim prevenção
Pico 2: minutos até 24h
Causas de morte: lesões passíveis de TT
Pico 3: >24h
Causas de morte: complicações, SEPSE, Disfunção múltipla der órgãos de sistemas, TEP
TT: sistema de saúde qualificado
O que fazer primeiro com um paciente traumatizado?
ABCDE do trauma, mas se estiver em via pública, avaliar segurança da cena (se estiver dentro do hospital, material de proteção individual).
Obs: “X”ABCDE: paciente sangrando, fora do hospital, no PHTLS
ABCDE do trauma:
A-Via aérea B-Respiração C- Circulação D- Disfunção neurológica E- exposição e ambiente
A-
Lembrar que no A estabilizar a coluna vertebral: colar e prancha
Como verificar a via aérea? Se paciente esta falando normalmente, ok
Pode ir pro B e ofertar oxigênio
Em quais casos está indicado Via aérea artificial?
Apneia
Proteção da via aérea: paciente começa a ter rebaixamento de NC, lingua caindo…
TCE Grave- Glasgow <=8
Incapacidade de manter oxigenação com máscara
Vias aéreas artificiais
Definitivas: protegem a VA, por meio de balonete insuflado na traqueia.
EX: IOT (mais usada), INT, Crico cirúrgica, Traqueostomia
Temporárias: Máscara laríngea e crico por punção
O que fazer se não pode ou não consegue intubar?
“Não consigo intubar, o crico eu faço”?Cricotireoidostomia cirúrgica, caso não tenha contraindicação. É definitiva, ou seja, protege vias aéreas.
Se não der essa, faz a crico por punção
Contraindicação a crico cirúrgica:
Vítima com menos de 12 anos
Particularidades da crico por punção:
Jelco mais calibroso que tiver, geralmente 14 ou 12,
O2 a 15L/min ou 40 a 50 PSI
Na outra saída, tapa numa relação 1 para 4
Dá para usar por 30 a 45 minutos
Porque não fazer a traqueo no lugar da crico?
Ela é considerada procedimento eletivo
Fratura de laringe:
Clínica: Rouquidão, enfisema subcutâneo, fratura palpável.
Antes era recomendado traqueo, mas atualmente tenta a intubação antes e as vezes, até uma crico.
Máscara laríngea:
É temporária, não protege via aérea, então, assim que possível, troca-la.
B-
Fornecer O2
Exame físico do aparelho respiratório: Inspeção, palpação, percussão e ausculta
Colocar oxímetro
Pneumotórax hipertensivo:
Clássico: Trauma contuso que gera lesão em saco de papel
Alvéolo “explode” e ar passa a ir para espaço pleural e comprimir pulmão.
Desvio de traqueia com compressão de hilo
Turgência jugular: sangue que vem da cabeça fica preso
Percussão: timpanismo
Ausculta: MV abolido
Causa de morte: sangue na cabeça não desce e sangue que deveria ir pra cabeça não vai, e aí paciente tem choque obstrutivo
Deve solicitar radiografia de tórax no pneumotórax hipertensivo?
NÃO, diagnóstico é clínico e a conduta é imediata
Conduta no pneumotórax hipertensivo?
Imediatamente: Toracocentese de alívio.
Local, na criança: 2 espaço intercostal linha hemiclavicular
Criança: 4 ou 5 espaço intercostal, anterior a linha axilar média
Definitiva: Toracostomia com dreno em selo de água
Pneumotórax aberto:
Fisiopatologia: Trauma penetrante
É quando o orifício tem pelo menos 2/3 do diâmetro da traqueia e o ar “prefere” entrar por ele.
Não ocasiona o hipertensivo porque o ar também sai por esse orifício.
Timpanismo a percussão
Murmúrio vesicular reduzido
Conduta no pneumotórax aberto:
Imediata: Curativo em 3 pontas
Se fechar totalmente, transforma em pneumotórax fechado, com risco de virar hipertensivo.
Definitiva: Drenagem em selo de água
Pegadinhas de pneumotórax:
Todo pneumotórax deve ser drenado? Se for simples (não é hipertensivo) e pequeno (pega até 20 a 30% do hemitórax), não precisa submeter a drenagem definitiva. Mas se for submetido a condição que possa aumentar ou complicar, tem que drenar. Condições: Transporte aéreo ou ventilação mecânica, aí drena
Se drenar e não melhorar?
Dreno está aberto? Técnica está correta?. Hipótese: Lesão grave de brônquio fonte e aí o dreno colocado pode não ser suficiente para esvaziar o hemitórax. Se esse for o caso, conduta imediata? IOT seletiva ou mais um dreno.
Diagnóstico dessa situação: Broncoscopia
Conduta definitiva: Toracotomia
Qual função do dreno definitivo?
Permitir cicatrização do alvéolo.
Hemotórax:
Geralmente quando aborda, já parou de sangrar, tende a ser autolimitado
Fisiopatologia: Geralmente trauma penetrante que afeta vasos hilares ou sistêmicos.
Não costuma desviar a traqueia
Jugular colabada
Percussão maciça
Murmúrio abolido ou reduzido
Hipotensão
Conduta hemotórax:
Toracostomia com Drenagem em selo de água costuma resolver, logo, na imensa maioria das vezes, não precisa toracotomia
Quando fazer toracotomia no hemotórax?
Quando tá sangrando muito(Drenagem imediata de 1500mL)
Não parou de sangrar(200mL/h nas próximas 2 a 4 horas)
Necessidade persistente de transfusão